DE VOLTA À CAPELA
CAPÍTULO 12 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
"James Atkins foi indiciado pelo assassinato de Clarence Whitfield e está sendo investigado pelo crime de tráfico de drogas", disse Hanson aos seus oficiais que estavam sentados à mesa de reunião, após sair de um telefonema com o promotor que estava cuidando do caso. "O traficante que Carl viu com ele no estacionamento já foi identificado e preso, assim como os seus comparsas".
"E o garoto Whitfield?", perguntou Lachance, ainda preocupado com o estado emocional dele.
"Está sob os cuidados de um psiquiatra e vai prestar testemunho contra Atkins", respondeu Hanson.
"Além de drogas, a polícia encontrou um bastão de baseball e uma toalha ensangüentada no quarto do Atkins, que ficava na própria escola, já que ele também era vigia noturno", disse Hoffs, cruzando os braços.
"Muito oportuno", comentou Alex. "Mas pelo que havíamos investigado antes, não havia casos de drogas dentro do colégio, certo?"
"Ele traficava para fora", explicou Hoffs, que continuou: "A perícia confirmou que o bastão com a toalha pode ter sido usado como arma no assassinato de Clarence, já que as amostras de DNA confirmaram que era sangue dele".
"Além de traficante, assassino", comentou Lachance, visivelmente transtornado.
"Acho que já vi isso", disse Alex, com o olhar perdido sobre a superfície da mesa. "Usarem uma toalha para agredir alguém. Faz parecer que foi qualquer tipo de golpe".
"Por isso achamos que foi um espancamento", deduziu Lachance. "E tudo levava a crer que eram os brutamontes que o estavam perseguindo".
"E, no final de tudo, ainda ficam em aberto os casos de bullying no colégio", disse Lisa, subitamente.
"Não sei", disse Hanson. "A mãe de Carl disse que ele tem recebido muitas visitas, e mencionou até mesmo o garoto Wilson".
"Acho que a polícia vai ter muito trabalho quanto a isso", comentou Hoffs. "Se houvesse mais campanhas nas escolas, recriminando o bullying. Até mesmo os professores têm medo de se envolver. Chega a ser muito mais do que lamentável".
Hanson ficou pensativo. Havia sido um caso complexo, pensou. O que parecia ser uma coisa, ao final, acabou se revelando outra. E, olhando para a sua equipe, sentiu orgulho de tê-los como seus colegas de trabalho.
"É isso", disse Alex se levantando. "Já são mais de sete horas. Acho que vou indo. Alguém quer esticar a noite em algum lugar?", perguntou a todos, olhando, principalmente, para Lisa, que sequer lhe deu atenção.
Não havendo qualquer outra manifestação, Alex pegou seu casaco e saiu, depois de se despedir, logo seguido de Lachance. Lisa esperou alguns minutos e também saiu.
"Então, acabou sua participação na capela?", perguntou Hanson a Hoffs, enfiando as mãos nos bolsos do casaco.
"Segunda-feira volto para a Homicídios", respondeu ela, com um pequeno sorriso no canto dos lábios, satisfeita em ter ajudado na capela e ansiosa para voltar ao seu departamento.
"E o quê achou?", perguntou ele. "Acha que a equipe tem potencial?"
Hoffs sorriu.
"Gostei deles", disse ela. "Acho que o Mancini é meio desajeitado, mas pode dar conta do recado. O Lachance surpreendeu. Cheguei a pensar que ele não ia conseguir se adaptar", comentou ela, pensando no desempenho dos novos membros da capela.
"O garoto foi muito bom", concordou Hanson, que lembrou quando ele conseguiu que Carl revelasse o ocorrido no estacionamento, desvelando todo o caso.
"Swanson também foi brilhante", disse Hoffs, vestindo as luvas e se preparando para sair, enquanto Hanson a acompanhava até a porta. "Acho que você vai dar conta do recado, Tom", comentou ela, finalmente.
Hanson sorriu.
"Simmons telefonou", disse ele.
"É mesmo?", indagou ela, surpresa. "E o quê ele disse?"
"Ele não é de elogiar, como eu imaginava, mas disse que dará o apoio necessário para continuarmos com nossos trabalhos", respondeu Hanson, lembrando da conversa.
Hoffs sorriu, orgulhosa, e depois de se despedir, perguntou a Hanson se ele também já estava indo embora. Mas ele disse que ficaria mais um pouco, que tinha um relatório para terminar. Quando Hoffs foi embora, Hanson, que na verdade não tinha nenhum relatório, ficou olhando para a capela vazia. Era um sonho que se realizava, e naquele momento só conseguia pensar nas pessoas que o tornaram realidade e que já não faziam mais parte de sua vida, como Jenko, Fuller e mesmo seu pai, pois, se não tivese sido por ele, Hanson jamais teria se tornado policial, ou jamais teria continuado com a carreira, anos antes, quando questionou seu futuro. Um pequeno sorriso de realização surgiu no canto de seus lábios, e ele finalmente soube que estava no lugar certo.
FIM
CAPÍTULO 12 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
"James Atkins foi indiciado pelo assassinato de Clarence Whitfield e está sendo investigado pelo crime de tráfico de drogas", disse Hanson aos seus oficiais que estavam sentados à mesa de reunião, após sair de um telefonema com o promotor que estava cuidando do caso. "O traficante que Carl viu com ele no estacionamento já foi identificado e preso, assim como os seus comparsas".
"E o garoto Whitfield?", perguntou Lachance, ainda preocupado com o estado emocional dele.
"Está sob os cuidados de um psiquiatra e vai prestar testemunho contra Atkins", respondeu Hanson.
"Além de drogas, a polícia encontrou um bastão de baseball e uma toalha ensangüentada no quarto do Atkins, que ficava na própria escola, já que ele também era vigia noturno", disse Hoffs, cruzando os braços.
"Muito oportuno", comentou Alex. "Mas pelo que havíamos investigado antes, não havia casos de drogas dentro do colégio, certo?"
"Ele traficava para fora", explicou Hoffs, que continuou: "A perícia confirmou que o bastão com a toalha pode ter sido usado como arma no assassinato de Clarence, já que as amostras de DNA confirmaram que era sangue dele".
"Além de traficante, assassino", comentou Lachance, visivelmente transtornado.
"Acho que já vi isso", disse Alex, com o olhar perdido sobre a superfície da mesa. "Usarem uma toalha para agredir alguém. Faz parecer que foi qualquer tipo de golpe".
"Por isso achamos que foi um espancamento", deduziu Lachance. "E tudo levava a crer que eram os brutamontes que o estavam perseguindo".
"E, no final de tudo, ainda ficam em aberto os casos de bullying no colégio", disse Lisa, subitamente.
"Não sei", disse Hanson. "A mãe de Carl disse que ele tem recebido muitas visitas, e mencionou até mesmo o garoto Wilson".
"Acho que a polícia vai ter muito trabalho quanto a isso", comentou Hoffs. "Se houvesse mais campanhas nas escolas, recriminando o bullying. Até mesmo os professores têm medo de se envolver. Chega a ser muito mais do que lamentável".
Hanson ficou pensativo. Havia sido um caso complexo, pensou. O que parecia ser uma coisa, ao final, acabou se revelando outra. E, olhando para a sua equipe, sentiu orgulho de tê-los como seus colegas de trabalho.
"É isso", disse Alex se levantando. "Já são mais de sete horas. Acho que vou indo. Alguém quer esticar a noite em algum lugar?", perguntou a todos, olhando, principalmente, para Lisa, que sequer lhe deu atenção.
Não havendo qualquer outra manifestação, Alex pegou seu casaco e saiu, depois de se despedir, logo seguido de Lachance. Lisa esperou alguns minutos e também saiu.
"Então, acabou sua participação na capela?", perguntou Hanson a Hoffs, enfiando as mãos nos bolsos do casaco.
"Segunda-feira volto para a Homicídios", respondeu ela, com um pequeno sorriso no canto dos lábios, satisfeita em ter ajudado na capela e ansiosa para voltar ao seu departamento.
"E o quê achou?", perguntou ele. "Acha que a equipe tem potencial?"
Hoffs sorriu.
"Gostei deles", disse ela. "Acho que o Mancini é meio desajeitado, mas pode dar conta do recado. O Lachance surpreendeu. Cheguei a pensar que ele não ia conseguir se adaptar", comentou ela, pensando no desempenho dos novos membros da capela.
"O garoto foi muito bom", concordou Hanson, que lembrou quando ele conseguiu que Carl revelasse o ocorrido no estacionamento, desvelando todo o caso.
"Swanson também foi brilhante", disse Hoffs, vestindo as luvas e se preparando para sair, enquanto Hanson a acompanhava até a porta. "Acho que você vai dar conta do recado, Tom", comentou ela, finalmente.
Hanson sorriu.
"Simmons telefonou", disse ele.
"É mesmo?", indagou ela, surpresa. "E o quê ele disse?"
"Ele não é de elogiar, como eu imaginava, mas disse que dará o apoio necessário para continuarmos com nossos trabalhos", respondeu Hanson, lembrando da conversa.
Hoffs sorriu, orgulhosa, e depois de se despedir, perguntou a Hanson se ele também já estava indo embora. Mas ele disse que ficaria mais um pouco, que tinha um relatório para terminar. Quando Hoffs foi embora, Hanson, que na verdade não tinha nenhum relatório, ficou olhando para a capela vazia. Era um sonho que se realizava, e naquele momento só conseguia pensar nas pessoas que o tornaram realidade e que já não faziam mais parte de sua vida, como Jenko, Fuller e mesmo seu pai, pois, se não tivese sido por ele, Hanson jamais teria se tornado policial, ou jamais teria continuado com a carreira, anos antes, quando questionou seu futuro. Um pequeno sorriso de realização surgiu no canto de seus lábios, e ele finalmente soube que estava no lugar certo.
FIM
