Capítulo 2 - Dor e sofrimento

-Então vamos começar... -disse Lucio -eu escolhi cinco feitiços, que vão avançando no nivel de perigo, de seis em seis meses eu vou usar um, bem, mas se você se defender dele não terá o próximo, podemos começar?

-Sim! -o menino respondeu, enquanto na verdade queria dizer "e eu tenho escolha?".

-Sfacor! -sibilou Lucio.

Diego percebeu melhares de facas cortando sua pele, mas não fez nada, preferia sofrer a entrar no mundo das trevas, nunca, era uma palavra forte, mas nunca mesmo ele se meteria com isso.

O menino voltou para o quarto depois disso, ele abriu uma ducha gelada e sentiu a água percorrer todos os cortes, que seriam permanentes, eles sangrariam até que o autor do crime morresse, e o que demoraria a acontecer...

Seis meses se passaram e dessa vez foi lançado um novo feitiço, Sangrul, era como se milhares de agulhas penetrasse o corpo dele toda vez que ele corresse, ou fizesse algum exercício alem do normal, era algo como que impedia fuga, ou seja, ele não podia mais correr pela casa nem fazer atividades que um menino de sete anos faz.

Depois de mais seis meses ele voltou lá e recebeu o terceiro feitiço, Doupment, esse é um feitiço que toda vez que anda rápido, deita, senta ou levanta a cabeça roda toda e sente uma tontura, se fizer qualquer uma dessas atividades muito rapido pode acabar desmaiando, isso era uma tortura que parecia que nunca ia acabar.

O quarto dos feitiços foi o Eyperf, ele atinge o olho da vítima, deixando o olho inteiro vermelho, apenas a pupila escura dilatada no centro e a vista embaralhada, o resultado disso foi o menino usar óculos de sol durante o dia e a noite, dizendo que era apenas um estilo novo, que todos estavam usando.

No dia do quinto feitiço, diego levantou cedo lentamente, ele estava ficando cansado daquilo, levantou e saiu andando pelo corredor, ele não sabia qual era o quinto feitiço, mas que deveria ser fatal e esse ele não iria deixar atingi-lo, ele iria fugir, pegou uma mochila e guardou algumas roupas, um cobertor, um travesseiro, uma lanterna e algumas bolachas.

Deixou com Sammy, a elfa era a única que sabia o que acontecia com ele, e não contara a ninguém sob ameaça, ele havia dito que se alguém além dela ficasse sabendo ele a libertaria e ela nunca mais o veria, o que deixou a elfa triste, mas concordou em manter sigilo.

Naquela tarde Diego entrou no recinto onde ficava sua mãe e seu irmão, poucas vezes fora lá, abriu a porta e viu um sorriso no rosto da mãe que brincava com seu irmão, ele entrou lá e pegou o bebe, abraçando ele e falando como num sussurro:

-Se não fosse você eu já teria fugido daqui... Mas eu não aguento mais... Me desculpa Draco...

O garotinho de apenas oito anos se assustou quando a porta abriu, Lucio Malfoy entrou por ela, Diego deixou o irmão no colo da mãe e se levantou rapidamente indo para o outro lado da sala, mas antes que fizesse isso, caiu de joelhos batendo as costas no sofa, como se estivesse bebado, Narcisa fez menção de ir até o filho mas Lucio o empediu.

O garoto de joelhos, a cabeça abaixada, os olhos vermelhos a mostra, ele desviava o olhar da mãe a todo custo, ele não queria que ela soubesse, mas ve-lo assim foi inevitavel.

-Céus, o que esta acontecendo com você Diego?

Narcisa deixou o filho menos no berço e foi até ele, passando as mãos pelos cabelos do filho todo desalinhados e abraçando-o.

-Por que você não me contou? O que você tem a dizer a respeito Lucio? -ela olhou para ele com uma raiva no olhar.

-Não tenho nada a dizer! Ele não deve ter comido direito! -disse observando o menino caido no chão.

-Seu filho da p... -mas Diego não conseguiu terminar a frase, a tontura voltou a tomar conta de si.

-Vamos ver quem é melhor aqui! -Lucio disse com raiva -Crucio!

-Reversus factalitis! -o menino disse vendo o espanto tomar conta do pai.

Ele se levantou vendo o pai se contorcer no chão e mancando chegou até onde ele estava:

-Só espero que você não cometa o mesmo erro com o Draco... Porque se depender de mim você nunca mais vai me ver... -e saiu pela porta deixando dois adultos abismados e um menininho de dois anos chorando.