Capítulo 2 - Ainda nas trevas, época de desilusões

Já era noite nas escuras e silenciosas ruas de Londres.

Os passos secos de um grupo de rapazes ecoavam nas pequenas poças de água que a chuva deixara.

O clima estava frio e seco, e as esquinas da cidade tão desertas e sombrias, que suas respirações podiam ser ouvidas a uma certa distância.

Um som de gargalhadas femininas atraiu suas atenções, o que os fez se desviarem do rumo que seguiam.

- O Mestre não se importaria, não é? - sussurrou o mais moço ao ver um grupo de belas jovens de pé na calçada.

- Quer ir com ela meu rapaz? - indagou a mais velha, que aparentava pouco mais de 25 anos.

- Não temos tempo. - tentou intervir um deles, que trajava vestes negras como a noite que ali estava.

- Deixe disso, Severus! - interrompeu um homem alto, com longos cabelos loiros - Temos tempo de sobra. - então ele deu uma leve tapa nas costas de seu companheiro, sorriu, e esticou as mãos para uma das moças. Severus bufou, exasperado.

Logo, todos se divertiam. Mas a atenção do jovem rapaz fora atraída de repente.

Uma mulher?

Sim - fora a resposta imediata que seus olhos lhe deram.

- Senhorita? - questionou, franzindo o cenho.

Ela deu alguns poucos passos em direção a Severus, saindo da escuridão e sendo iluminada pela fraca luz dos lampiões no alto dos postes.

Sua face continha a palidez dos mortos, mas não deixava de ser a mais bela já vista por ele.

Seu olhar o hipnotizara. Seu olhos verdes eram de um magnetismo incrível, os quais se banqueteavam com a alma dele e o enfeitiçavam, o que o atordoava cada vez mais.

Severus não podia dizer se o hálito dela era quente como fogo ou frio como gelo, os se seus lábios vermelhos queimavam ou gelavam os seus; não sabia se estava dormindo ao acordado, mas se por um acaso fosse um sonho, não queria despertar.

Quando se separaram, ele perguntou:

- Seu nome?

- Katrina. - ela sussurrou de volta.

A bela mulher afastou-se dele, e disse:

- Rapazes, garotas, vamos para a Reunião da Camarilla!