Capítulo 4 - Descobertas, decepções, e a promessa

Envolvidos naquele ritual de prazer naquela exótica sala, o casal não ouvira a correria e a agitação ao lado de fora da porta.

Só repararam que havia algo errado quando a porta foi aberta violentamente.

- Sua horrível criatura das Trevas! Deixe esse pobre homem em paz! - foi o que bradou uma voz rouca, mas furiosa.

Katrina ergueu a cabeça. Um filete de sangue escorria no canto de seus lábios vermelho- escuro.

Ela ergueu-se rosnando como uma gata- selvagem. Fuzilou o velho homem parado a sua frente com o olhar, e depois riu assustadoramente.

- Ora, ora, ora, Van Kenhy. A que devo a honra? - disse a garota, fingindo uma mesura.

- Seu ser demoníaco! Finalmente consegui. Descobri o centro da Camarilla na Inglaterra! Vou exterminá-los como ratos! - ele urrava, com estranha satisfação na voz.

- Quem te garante? - ela murmurou, mais para si mesma do que para ele, para depois olhar novamente para a cama onde Severus estava sem entender uma só palavra que fora trocada.

- Anjo, partirei, mas volto um dia somente para ti. - ela sussurrou, para depois lhe dar um leve beijo nos lábios, e desaparecer como fumaça.

- Maldição!!!!!!! - o velho gritou. - Homens! Quem trouxer a cabeça de Katrina Van Kelly ganhará condecorações! - depois, com um sorriso psicótico, se retirou do local as pressas.

*** Um ano depois...As manchetes do Profeta Diário eram:

"Potter assassinados misteriosamente em sua própria casa!"
"Lorde Das Trevas desaparecido. Será o fim do cruel vilão?"
"Harry Potter, o menino que sobreviveu"

- Que decepção.... - murmurava Lucius, sentado no balcão do 3 vassouras - Esperava mais de você Severus. Abandonar o Mestre assim, do nada? Mais essa agora! Fomos chamados no Ministério. Que vergonha. Isso só se compara ao dia naquele castelo, como era mesmo o nome?

- Camarilla. - sussurrou ele.

- Ainda não acredito na vergonha que passei naquele dia - lamentava-se ele. - Carregado para fora de um castelo em plena madrugada, desacordado. Que vergonha, por Merlin!

- O que elas eram Lucius? - Severus indagava.

- Elas quem? - As mulheres que foram conosco.

- Vampirezas, meu velho, vampirezas. Sugaram nosso sangue como se fosse suco.

- Por que não nos mataram?

- Creio que porque aqueles caçadores chegaram.

- Eram caçadores?

- Acho que sim. Senão, não saberiam da existência do castelo não é?

- Tanto faz. - disse ele, entornando o copo de vinho, com amargura.

- Oh, não, diga que não!

- O que, Lucius?

- Não me diga que se apaixonou por aquela criatura!?

- Eu não falei isso!

- Por que se sim....

- Se sim, o que?

- É que... Eu ouvi certos comentários... De um homem meio idoso...

- Sei quem é. O que ele disse? - indagou Severus, ansioso.

- Ele disse "Por que essa mulher não se apaixona por um dos seus de uma vez? Esse coração duro e frio dela deveria parar de arrasar humanos."

- Então, você acha que...?

- Não sei. Mesmo que ela tivesse, o que você faria? Tornaria-se vampiro também? - Lucius ria.

A face de Snape não se alterou.

- Deus, eu estou dando-lhe idéias. - o loiro murmurou, levando o copo rapidamente aos lábios.

- Claro que não! - ele bradou de repente, levantando-se e dando um tapinha no ombro de Malfoy. - Você sabe que a única mulher que amei e sempre vou amar é Lily!

- Lily Potter? Ora vamos! Assim você me confunde, homem! E, pelo amor de Merlin, só um idiota para acreditar que você realmente gostava daquela sangue-ruim.

- Gostava sim!

- Ah, tá bom.

- Tá. Não gostava, mas todos acreditaram que sim!

- Eu sei, é ridículo! Os dois homens bufaram e mais uma vez viraram as taças de vinho.

- Vai lá.

- Lá aonde?

- Em Hogwarts!

- Fazer o que?

- O velho disse que queria falar contigo, lembra?

- Que velho? Ah, Albus...

- Claro, agora vá, que com essa cara de cachorro abandonado você me irrita!

Com um leve sorriso, o rapaz saiu do bar, e lançou-se ao vento frio do povoado bruxo. ----