Capítulo 5 - Conhecendo Harry Potter e a ajuda inesperada

A cerimônia de seleção iniciaria-se em poucos segundos, e, em sua cadeira na mesa dos professores, um homem pensava.

"Já faz tanto tempo. Por que não consigo me esquecer disso?" Sabe do que tinha vontade? De mandar tudo às favas e procurá-la. Mas sabia perfeitamente que isso não seria possível. Tinha um emprego e um nome a manter agora. E era de seu conhecimento que seria muito complicado arranjar outro trabalho à essa altura, afinal, todos sabiam de seu passado negro.

"Diabos" Ele sabia o que tinha que fazer. Tinha que continuar com a impressão que sempre deu. O mau. O tirano. E a partir daquele dia, deveria odiar um garoto que nem fazia idéia de como era. Tudo para manter a imagem de sempre. Orgulhoso. Ele ria-se por dentro. "Minha vida é um lixo." E quanto mais pensava nisso, mais tinha vontade de rir.

Finalmente as portas se abriram e os novatos chegaram. Pouco depois o chapéu seletor chamava à frente:

- Harry Potter.

Novamente a vontade de rir. Como poderia odiar um garotinho como aquele: pequeno e frágil como um coelhinho? "Francamente" pensou.

Mas se era o que devia de ser feito... ---

Os anos se passaram. O famoso Harry Potter agora iria se formar no fim do semestre. O clima de terror voltara a escola.

Voldemort ressurgira. Há tempos, sim, faria quase dois anos. Mas agora mais ameaçador do que nunca. Até Dumbledore estava assustado. Afinal, uniram-se a ele Dementadores e Gigantes.

É, seria uma batalha difícil

Na sala dos professores, o diretor dizia:

- Meus amigos, se a situação fosse outra, com toda a certeza eu nunca permitiria, mas levando em conta que toda a ajuda é bem vinda...

- O que quer dizer, Albus? - indagou a professora Minerva McGonagall, de Transfiguração.

- Aceitamos a ajuda de certas pessoas, muito poderosas, mas poucas vezes amigáveis.

- Por favor, não diga "trouxas". - suspirou Snape, agora com a face marcada pela amargura e tristeza de anos de infelicidade.

- Não. Acalme-se Severus. Vocês irão ver quem são no jantar. Podem ir agora. ---

No jantar.

- Alunos! - Dumbledore erguia-se.- receberemos visitas muito importantes no dia de hoje. Gostaria que recebessem-lhes com alegria. Podem entrar.

A porta do Salão Principal se abriu, e de lá, um grande grupo de pessoas trajadas com longos mantos negros apareceu.

- Vocês irão se dividir nas 4 casas. Ventrue na Grifinória, Brujah na Lufa- lufa, Toreador na Corvinal, e Tremere na Sonserina.

Snape engasgou-se com o vinho. "Escutara direito? Não. Não poderia ser. Devia estar ficando velho"

- Os líderes dos clãs, por favor, aproximem-se.

De Ventrue, um homem alto e loiro se destacou, de Toreador, uma bela mulher com curtos cabelos loiros azulados se apresentara, e de Brujah, um rapaz baixinho e cheio de sardas deu alguns passos à frente. Então... Sim, lá estava ela, linda como nunca, e, por incrível que pareça, os anos não a tinham envelhecido, continuando Katrina com a mesma face e extrema beleza de antes.

O Mestre de Poções estava sem palavras e nem de disfarçar fazia questão: o queixo caíra e as mãos suavam, atraindo a atenção de Flitwick.

- O que houve, Snape?

- Quê?! Ah, nada, estou bem. - ele quase gritara a resposta, sem querer. Flitwick franziu o cenho, mas antes que pudesse abrir a boca para comentar, sua atenção foi atraída, pois o diretor curvara-se para dizer algo aos novatos.

- Sabem que tens grandes responsabilidades, por tanto cumpram com a promessa, alimente-se fora daqui. - Dumbledore parecia preocupado.

- Está tudo bem, "nos conformes", como vocês dizem. - disse o líder de Brujah, sorrindo.

- Agora vão.

Os clãs sentaram-se nas mesas, e agora conversavam entre si, despertando a curiosidade entre os alunos.

- Ei! Meu nome é Draco Malfoy, vocês devem ser muito bons para se sentarem entre a gente não é?

Os vampiros se entreolharam.

- Digo o mesmo para você, caro Malfoy. - a voz de Katrina se sobressaiu.

Isso fez o garoto se calar um pouco, mas ele comentou novamente um tempo depois, vendo que até agora ninguém tocara na comida.

- Não estão com fome?

- Ao contrário, doce criança. Poderíamos comer toda uma colônia. - a mulher fez a piada.

Todos gargalhavam, mas Draco arrepiara-se e decidira-se então manter-se quietinho.

Com o fim do banquete, todos foram para seus dormitórios.