- CAPÍTULO DOIS –

Segredos do Passado

Depois de mais alguns minutos cheios de curiosidade e cansaço – Lupin sendo o que mais parecia desgastado – o nôitebus, finalmente, parou subitamente e Bobby gritou "Ottery St. Catchpole". Lupin se levantou, pegou o malão de um lado e Harry do outro, Christine pegou a gaiola de Edwiges, e eles desceram. E lá estava - a Toca; fazia tempo que Harry não a visitava. Tinha sentido saudades daquele lugar, onde era sempre (quase) pacífico e alegre.

- Eu pensei que os Weasley tivessem se mudado para Grimmauld Place. – Harry comentou, lembrando-se das férias no ano passado quando todos penaram para manter a casa limpa. Seria injusto com a Sra. Weasley se ela não pudesse ficar lá, já que foi ela quem penou mais.

- Sim, é verdade. – Lupin disse enquanto caminhavam até a porta. – Mas desde a morte de Sirius perdemos o direito de ficar com a casa.

- Mas e a ordem? – Harry disse baixinho para que Christine não pudesse ouvir. Vai ver ela nem sabia da existência da ordem.

- Não precisa sussurrar. – ela sussurrou para Harry. – Eu já sei sobre a Ordem da Fênix.

A garota sorriu e Harry de novo teve a sensação de que a conhecia de algum lugar.

- Não se preocupe com a Ordem, Harry. Já estamos cuidando do assunto. – Lupin disse, e lançou um olhar para Christine que baixou os olhos.

Antes deles chegarem à porta, Sra. Weasley apareceu, com um roupão rosa e os cabelos enrolados em bobes, abrindo os braços para abraçar Harry.

- Harry, querido, está tudo bem com você? Machucou-se? – ela disse carinhosamente enquanto sufocava Harry num abraço forte.

- Estou bem, Sra. Weasley.

- E vocês, tudo bem? – ela se dirigiu aos outros dois, e ao ver a atadura no braço de Lupin soltou um gritinho.

- Lupin, seu braço! – ela exclamou.

- Já está tudo bem, Molly. Christine já me ajudou com o corte. Está tudo bem. – Lupin disse tentando acalmá-la.

À menção de Christine a Sra. Weasley a olhou subitamente com os olhos arregalados e curiosos.

– Você é Christine? – ela disse.

- Sim, senhora. – Christine respondeu com um sorriso.

A Sra. Weasley deu um grande sorriso e abraçou a garota.

- Seja bem-vinda, querida. – ela disse gentilmente.

O jeito que a Sra. Weasley agiu com uma desconhecida não surpreendera a Harry porque ela era uma pessoa muito bondosa e gentil, mas havia alguma coisa nos olhos dela, de Lupin e Christine que deixou Harry muito curioso.

- Bom, entrem...entrem...Sintam-se à vontade. – Molly disse indicando a porta. – Vocês querem alguma coisa?Um chá, torradas, qualquer coisa?

- Só um cantinho para descansarmos, Molly. – Lupin disse cansado.

- Ah, claro. Claro, vocês devem estar exaustos. Podem deixar esse malão aqui, depois levaremos lá para cima. Harry, pode ir subindo para o quarto de Rony, tenha cuidado para não acordá-lo. Christine, vou lhe arranjar um lugar no quarto da Gina, e Lupin, você pode ficar no quarto de Percy.

- Não, eu prefiro ficar aqui no sofá, Molly, se isso não lhe incomodar. Quero estar aqui caso algo aconteça. – Lupin disse.

- Tudo bem, então já lhe trago cobertores. Harry você sabe o caminho, certo? – Harry afirmou e se dirigiu para as escadas, logo atrás vinha a Sra. Weasley e Christine. – Vou lhe mostrar o quarto, querida. E depois você vai me contar tudinho.

Harry tentou imaginar o que era "tudinho".Eles subiram as escadas lentamente tentando não fazer barulho. Cada um se dirigiu ao seu respectivo quarto.

Quando Harry chegou na porta do quarto de Rony ouviu vozes agitadas – já sabia que Rony estaria acordado. Ele bateu na porta e entrou. Rony, Fred e George estavam lá, e quando viram Harry pararam de tagarelar e o olharam como se estivessem esperando que ele dissesse algo.

- O quê que aconteceu? O papai saiu daqui correndo. O Ministério está chamando toda a ajuda que pode para conter os trouxas. – Fred perguntou curioso.

- O quê?

- O que quer que tenha acontecido lá na sua casa está se espalhando feito água entre os trouxas. Um monte viu o que aconteceu, e um deles chegou a chamar um repórter trouxa. Mas já apagaram a memória desse. – George explicou.

- E aí, quem te atacou dessa vez? – Rony perguntou sonolento.

- Malfoy e todos os outros que foram presos pelo Ministério. – Harry respondeu. – Eles fugiram hoje de noite. Lupin disse que os dementadores devem tê-los ajudado.

- Com certeza isso vai estar no Diário Profeta. Vamos ver o que o Ministério tem a dizer sobre isso. Se os dementadores realmente passaram para o lado de Você-sabe-quem... Estamos perdidos. – Fred disse despreocupadamente, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Não quero nem pensar nisso. – Rony, por outro lado, parecia desesperado.

- Bom, mas pelo menos temos bruxos mais preparados agora. Sabemos o que está por vim. – George disse. – E temos o Harry agora, isso deve significar algo.

Quando Harry ouviu aquilo se perturbou um pouco. Ele não contara a ninguém sobre a profecia, e nem pretendia tão cedo. Ele tentava evitar pensar nisso, por se lembrava muito bem de uma frase da profecia "...nenhum poderá viver se o outro sobreviver...", não queria imaginar o que aconteceria nos próximos dias ou meses.

Para alívio de Harry, e um pouquinho de surpresa (pois Rony era sempre curioso), Rony deu um grande bocejo e disse:

- Harry, pode se sentir à vontade. E eu vou dormir. Amanhã teremos tempo suficiente para falar mais a respeito. – e caiu na cama quase já roncando.

Harry olhou para os gêmeos que deram de ombros, e com um Crack desapareceram. Harry se deitou na cama que prepararam para ele, e depois de um tempo olhando para o teto ele adormeceu.

"AAAAAAHHHHH!!! SOCORROOOO!!! ALGUEM ME AJUDAAA!!!!" , os gritos eram finos e agudos, chegavam a doer no ouvido..

Harry e Rony pularam da cama assustados.

"ALGUÉM FAÇA ALGUMA COISA, PELO AMOR DE DEUS!!! SOCORROO!!! Agora são...sete...e meia...AAAAHHHHHH!!! MANHÊÊÊ!!!"

Harry olhou para o chão e viu entre as camas um despertador bem incomum; ele tinha uma boca que se arreganhava berrando e ficava pulando no chão.

- Ah, eu mato aqueles idiotas! – Rony bufou se jogando de costas na cama.

- Brinquedo dos gêmeos? – Harry perguntou sonolento.

- Aham... – Rony respondeu bocejando, se virou na cama e voltou a dormir.

Harry também deitou na cama pretendendo voltar a dormir, mas...

"Você tem...cinco segundos...antes da...autodestruição...cinco...quatro...".

- Mas que...? – Rony resmungou irritado.

Harry abriu os olhos para dá uma checada no despertador ; ele estava vibrando e borbulhando violentamente - estava prestes a explodir. Harry imediatamente colocou os óculos e fez menção de sair do quarto, mas antes que ele e Rony pudessem chegar na porta, o despertador explodiu e bosta voou para todos os lados. Os dois ficaram ensopados. Eles se olharam miseravelmente enquanto a porta se abria cautelosamente atrás deles.

- Nada melhor do que começar o dia com um bom susto e banho gelado. – Fred disse rindo do estado dos dois. Num demorou nem um segundo e Harry e Rony estavam pulando em cima dos gêmeos.

- UOW...Peraí, isso aqui é um casaco de couro muito fino. – George disse tentando correr para as escadas.

Depois de um bom banho bem cheiroso, as duas vítimas desceram para o café. Só quem estava lá era a Gina e a Sra. Weasley.

- Cadê o Fred e o George? – Harry perguntou enquanto se sentava à mesa.

- Trabalho. Por incrível que pareça. Estão levando essa história de loja muito à serio. – Sra. Weasley respondeu, aparentemente conformada, enchendo os pratos dos dois com torradas, bacon e ovos.

- Mãe, eles estão fazendo o que eles gostam. Isso é ótimo. E ainda por cima tão se dando bem. Estão fazendo um ótimo trabalho na loja. – Gina disse.

- É, mãe, a senhora tem que admitir que esse negócio tá fazendo muito bem a eles. E para nós também. – Rony acrescentou.

- Eu sei, eu sei. Só queria que eles fizessem algo mais útil. Eles são tão inteligentes, e desperdiçar isso em brincadeiras?! – Sra. Weasley disse, e soltou um suspiro conformado, - Mas se é o que lhes faz feliz. O quê que eu posso fazer? Além disso é tão bom quando eles estão no trabalho... Tão pacífico... – ela continuou com um olhar sonhador, e começou a cantarolar baixinho.

- Ah, Rony, os Granger chegam hoje. Tem que desgnomizar o jardim. – Gina falou, quando terminou seu café.

- Mas eu já fiz isso ontem! – Rony berrou indignado.

- Eu sei, mas aquelas pestes voltaram ontem de noite.

- Os Granger vem para cá? – harry perguntou.

- Não te falei? Os pais da Mione decidiram passar as férias com a gente. Eles souberam do que está acontecendo e pediram para ficar conosco. Querem ficar num lugar mais seguro com a Hermione. – Rony explicou metendo um enorme pedaço de torrada na boca. Foi quando Harry se deu conta...

- Sra, Weasley cadê a Christine e o Lupin? – ele perguntou.

- Eles já foram, querido. Dumbledore passou aqui cedinho.

- Quem é Christine?! – Gina e Rony perguntaram em coro.

- Uma garota que estava com o Lupin. Ela passou a noite aqui. – harry explicou.

- E o quê que essa garota estava fazendo com o Lupin? – rony perguntou curioso.

- Não tenho idéia. – harry respondeu, ele já se fizera essa pergunta várias vezes. – Sra. Weasley, a senhora sabe?

- Ahn... Não, não sei. – Sra. Weasley respondeu, mas algo em sua voz dizia o contrário.

O resto do dia ocorreu muito bem. Os Granger chegaram logo após o almoço e passaram a tarde conversando com os Weasley (passaram uma boa parte do tempo tentando explicar a um curioso Arthur Weasley ( que chegou quase de manhã do trabalho. "Eu não sei o que os trouxas tem na língua. Quando cheguei lá todo o quarteirão já sabia e corria para a casa dos tios de Harry para ver alguma coisa", ele disse cansado "Mas conseguimos conter a história.) o que era eletricidade e como funcionava, enquanto os mais jovens atualizavam as notícias.

- Não acredito que eles fizeram isso. – Hermione disse indignada. – Como puderam deixar você andar por aí sem ninguém para protegê-lo.

- Eles tem assuntos mais importantes para resolver ao invés de ficar de babá. – Harry protestou. – Além do mais, eu sei me proteger.

- Como quando se protegeu dos dementadores ano passado? – Hermione estava muito indignada.

- Aquilo foi diferente. O gordo do meu primo me atrapalhou. E tava tudo escuro.

- Mesmo que você saiba alguns feitiços para se proteger não significa que você está seguro, Harry. – ela continuou.

- A Mione está certa. – Gina disse. – Você corre um perigo maior do que podemos imaginar, Harry. O próprio Você-sabe-quem, aquele a quem todos temem, está atrás de matá-lo.

Harry não argumentou mais. De um certo modo elas estavam certas.

- Bom, o que importa é que Harry está bem. E que agora está mais protegido. – Rony disse com um sorriso alegre. - Só imagino a cara do Malfoy. Agora que o pai dele é um fugitivo. – ele continuou com um sorriso maldoso.

- É mesmo. - Gina também sorriu maldosa.

- Isso se ele voltar mesmo para Hogwarts. – Mione disse seriamente.

- Como assim? É claro que ele volta. – Harry disse.

- Não sei. – Os outros a olharam exigindo explicações. – Bom, vocês acham que o Lucio vai deixar o filho voltar para o lugar onde o maior inimigo de seu mestre está?!

- É verdade. – Gina disse, desmanchando o sorriso malvado. – Poderiam querer usar o Malfoy para descobrir onde encontrá-lo.

- Merda! – Rony disse decepcionado. – Não vai ter Draquinho para encher o saco?

- Acho ótimo que ele não vá. Um chato a menos. Esse ano vai ser mais tranquilo. – Gina disse, voltando a sorrir.

- Eu espero. – Harry disse. Realmente, sem o Malfoy para encher o saco a escola ia ficar mais tranquila, mas não totalmente. Talvez com ele lá as coisas piorassem. Harry se lembrou das imagens que vira quando foi atacado.

– Vamos lá, Gina? – Rony perguntou se levantando.

- Lá onde? – Harry perguntou.

- Treinar. – Gina explicou enquanto se levantava. – Estamos treinando todo dia desde o início das férias. Rony não cansa.

- Sabe como é, né?! Jogando no time da Grifinória, preciso estar em forma. – Rony disse estufando o peito com orgulho.

- Falando nisso, Harry. Você foi reintegrado no time? – Hermione perguntou.

Harry então se lembrou que não tinha conversado sobre isso com os professores desde que Umbridge foi embora. Como é que ele poderia ter esquecido algo tão importante?

- Não sei. Não falei com a McGonagall sobre isso. – ele respondeu.

Eles pegaram vassouras e se mandaram para o local onde os Weasley sempre treinavam. Harry também jogou, mas Hermione ficou lá embaixo com os pais que nunca tinham visto quadribol antes. Quando os gêmeos chegaram no final da tarde, trocaram de roupa e se juntaram aos outros. Foi a tarde mais animada que Harry teve em um bom tempo.

O tempo foi se passando, e nada demais aconteceu – a não ser que dois dias antes do aniversário de Harry, eles receberam a notícia de que finalmente conseguiram tomar a casa de Sirius de volta, e de que eles deveriam ir para lá. Todos ficaram agradecidos (e aliviados) porque, apesar da diversão que tinham na Toca, num teve um dia em que eles não pensassem no perigo que corriam. Bom, pelo menos Harry pensava nisso.

No manhã seguinte (depois de muita correria) os Weasley, os Granger, e Harry estavam entrando, de dois em dois, na lareira da Toca para sair na casa de Sirius. Harry estava contente por voltar àquele lugar, mas ao mesmo tempo sentia uma melancolia, pois sabia que não encontraria mais Sirius em sua casa. Ele não deixara de sentir um certo sentimento de culpa pela morte de seu padrinho.

- Crianças, podem ir subindo e se ajeitando nos quartos. Eu os chamo quando o almoço estiver pronto. – Sra. Wealsey disse quando todos já se encontravam na cozinha de Sirius.

Harry, Rony, Hermione e Gina (os gêmeos aparataram para os quartos) já estavam subindo as escadas (silenciosamente para não acordar o quadro da mãe de Sirius – se bem que ela estava bastante quieta, a cortina parecia pregada por magia) quando viram uma criatura pequena, velha e feia, que resmungava o tempo inteiro. Ao ver Monstro descendo as escadas de cabeça baixa resmungando algo para si mesmo, Harry voltou no dia em que foi enganado pelo elfo, o que resultou na morte de seu padrinho. Seu coração bateu rápido e forte com pura raiva e ódio.

Harry largou sua bagagem, que caiu escada abaixo quase derrubando Gina, que estava atrás dele, e disse por entre os dentes:

- VOCÊ!... SUA CRIATURA ASQUEROSA! EU VOU TE MATAR!!!

Monstro arregalou os olhos (com certeza não esperava ver Harry) muito surpreso e assustado. Harry subiu correndo as escadas atrás de Monstro que saiu correndo em disparada gritando feito um louco chamando sua mestra (que ao ouvir a zoada começou a berrar lá embaixo de dentro do quadro). Harry ouviu as vozes dos Weasley e os outros lá embaixo, eles devem ter se assustado com o barulho do baú caindo, e os gritos da Sra. Black. Mas ele não se importava, só queria botar as mãos naquele elfo imundo e desgraçado, e quebrar cada ossinho que ele tivesse, e bem lentamente. Ele queria fazer aquele elfo sofrer o máximo possível. Por causa dele Harry correu para o Ministério achando que Sirius estava correndo risco de vida... Por causa dele toda aquela confusão aconteceu... Por causa dele Sirius morreu.

- FOI TUDO SUA CULPA, SEU MALDITO!!! – harry gritou, ainda correndo.

Ele pegou a varinha de dentro do bolso, mas não sabia se usava ou não por causa do Ministério. Se ele usasse poderia ter que passar por outra audiência, e chegaria a ser expulso de Hogwarts. Harry queria muito usar a varinha e machucar Monstro, mas não valia a pena ser expulso de Hogwarts por causa disso. Guardou a varinha, mas não parou de correr atrás de Monstro (que era velho, mas bem rápido), queria arrancar o pescoço daquele fedelho.

Eles correram até o último andar, onde Monstro se trancou num quarto, ainda gritando pela mestra.

- Mestra, por favor salva eu. Salva o podre Monstro, mestra. Eles vão espancar Monstro até ele morrer, mestra. – O elfo gritou quando se trancou no quarto.

- MONSTRO, ABRE ESSA PORTA! – Harry berrou. Monstro continuava gritando aterrorizado. – ABRE SENÃO VOU ARROMBAR!

Obviamente ele não abriu, então harry começou a se jogar na porta descarregando toda a raiva que sentia. Mas era inútil, a porta era muito resistente, mas mesmo assim Harry não descansaria até por as mãos no elfo.

- Harry...Harry... Pára! – Mione disse quando ela e os outros o alcançaram. – Se acalme!

- ME ACALMAR?! – Harry berrou assustando Mione. – ELE TEM QUE SOFRER. TEM QUE SER CASTIGADO. ESSE... MALDITO! – Harry deu um chute forte na porta que fez Monstro dar um grito desesperado lá dentro.

- Harry, acredite, nós sabemos disso. Todos desejam a mesma coisa. Mas você tem que se acalmar. – Mione insistiu tentando acalmar Harry.

- Não me diga que você vai proteger esse nojento depois de tudo o que ele fez, Mione! – Rony disse fazendo uma careta para hermione. – Harry, estou com você, arrebenta a porta e acaba com aquele fedorento, que depois sou eu.

- Eu não estou do lado dele. Mas não é preciso tanta violência. – Mione argumentou.

- EU NÃO VOU MEACALMAR ATÉ QUE ELE RECEBA O QUE MERECE! – Harry gritou furioso, para que Monstro ouvisse.

Assim que ele terminou a frase a porta se abriu.

- Não se preocupe com isso, ele está e continuará pagando pelo que fez. – Era a garota, Christine, que se encontrava ali, e o elfo estava se encolhendo atrás dela.

- O quê que você está fazendo aqui? – Harry perguntou confuso, ao mesmo tempo em que os outros falavam em coro: - Quem é você?

- Não estou fazendo nada, já estou indo embora. – ela respondeu a Harry. – E meu nome é Christine, muito prazer, e com licença que tenho que ir. – ela continuou para os outros, fechando a porta e saiu em direção às escadas, carregando uma mochila nas costas.

- Como assim? O que você estava fazendo aqui? – harry perguntou, ainda confuso, seguindo a garota com os outros, também confusos, atrás.

- Tirando uma sonequinha. – ela respondeu.

Crack, Crack.

Os gêmeos aparataram bem na frente de Christine, que não os viu e esbarrou em Fred e caiu os dois no chão.

- Olá! Como vai? Teve um bom dia? – Fred perguntou, rindo, para a garota que estava em cima dele.

- O quê que está acontecendo. Harry? – Lupin apareceu atrás do gêmeos, junto com o Sr. e Sra. Weasley.

- De repente essa casa ficou tão lotada. – Christine disse tentando se levantar.

- Não foi nada, só o maldito Monstro que deu de cara com a morte. – Harry disse, se lembrando do que estava fazendo antes da surpresa, procurando o elfo (Monstro tinha aproveitado a distração dos outros e chispou dali antes que pudesse dizer "Ai").

- Se divertindo sem nós, harry?! – George disse decepcionado.

- Aquele asqueroso ainda está vivo? – Fred perguntou se levantando. – E quem é você? – ele perguntou a Christine.

- Christine Willams. Agora, com licença. Tenho que pegar um avião e estou em cima da hora. – ela respondeu olhando no relógio de pulso e em seguida desceu as escadas correndo.

- Eu lhe acompanho, Christine. – Lupin disse seguindo-a.

- Para quê que ela quer um avião? – Rony perguntou abobado.

Todos foram descendo as escadas.

- Para onde você está indo? – Harry perguntou quando alcançou a garota.

- Para casa. – ela respondeu.

- E onde fica?

- No outro lado do atlântico. Peraí, eu estou passando por algum tipo de investigação, é? – ela respondeu impaciente.

- Srta. Willams... – Dumbledore estava ao pé da escada, havia começado a subir quando eles desceram. – Estou vendo que não mudou de idéia. – ele continuou, notando a mochila que a garota carregava.

- Não mesmo. Tenho que voltar, ainda não acabou as férias. Dá tempo de chegar antes da hora. – Ela respondeu apressada indo em direção à porta.

- Tem certeza? – Dumbledore perguntou calmamente. Christine parou na porta e o olhou incerta.

- Tenho. Tchau para vocês. Foi um prazer conhecê-los. – ela disse e saiu. Lupin foi atrás.

Dumbledore baixou a cabeça parecendo decepcionado. Todos olharam da porta para Dumbledore.

- Professor, sei que não é da minha conta, mas... o quem é ela, o que estava fazendo aqui? – Harry perguntou bastante curioso, assim como os outros estavam.

Dumbledore o olhou cansativo e depois, com um sinal da mão, chamou a todos para descer até a cozinha.

- Bom, Harry... – ele começou, - Na verdade, isso é um pouquinho da conta de todos vocês. Veja bem, Christine é filha de seu padrinho, Sirius Black.