Capítulo 4- Será dessa vez?
Assistidas as próximas aulas, Seren suspirou, enquanto andava até o Salão Principal. As pessoas passavam e olhavam para ela de modo estranho, assustado.
Os três garotos com quem conversara hoje no café-da-manhã se aproximaram dela.
- Oi. – cumprimentou o moreno.
- Olá. Deixe-me ver.... vocês são Lorde Potter, Lorde Weasley e Lady Granger, não?
- Certo, mas... pode me fazer um favor, Seren?
- O que, lorde Weasley?
- Chame-nos pelos nomes. Isso é... constrangedor.
- Você acha mesmo? Mas é uma forma de respeito...
- Pode ser para você, mas eu acho isso vergonhoso. E acredito que Harry e Hermione também acham.
- Ok, ok. Se vocês assim preferem...
- E... Seren, não é normal carregar os livros assim.
- E por que não, lor... Harry? É tão mais prático....
- Pode ser, mas nós não temos o costume de levar os livros levitando atrás de nós. Nós os carregamos. E além do mais, é proibido usar magia nos corredores.
- Ah, pouco me interessam essas proibições. Só quero ir à biblioteca.
- Mas agora é hora do almoço.... – disse Hermione com ar de superioridade.
Seren revirou os olhos.
- E a que horas eu posso ir à biblioteca?
- Sorte sua – lhe explicou Rony – que hoje é sexta-feira e temos a tarde de folga. Pode ir assim que o almoço acabar.
- O que quer dizer que posso ir agora. Não costumo comer a essa hora. E não estou com fome.
- Mas é melhor vir. – sugeriu Harry – Dumbledore almoça conosco e pode notar que você não está presente. E pode se zangar.
- Deixe que se zangue, se a senhorita sacerdotisa não se importa.
- Fique quieta, garotinha. Não zombe assim de uma serva da Grande Deusa-Mãe. – o tom de Seren era ameaçador
E dizendo isso, Seren deu as costas para eles e se dirigiu à grande mesa da Corvinal. Quando as comidas apareceram, Seren fez uma cara de nojo e disse, sem tentar ser discreta:
- Ecat. Como podem comer isso?
E só pegou poucas verduras e legumes que haviam na mesa. Decidiu que reclamaria da comida a Dumbledore o mais rápido possível, e antes do jantar, de preferência.
Logo que acabou de comer, Harry, Rony e Hermione foram se encontrar com ela (Hermione muito a contragosto, e arrastada pelos amigos).
- Quer que a acompanhemos até a biblioteca? – perguntou Harry, muito gentil
Seren olhou-os com desprezo. Já os aturara suficientemente por um dia. Eram o tipo de gente que a enojava.
- A srta. Emerië agradece a gentileza, mas não quer mais ficar na companhia de gente tão irritante quanto vocês.
Surpresa por alguém se intrometer assim em sua conversa, Seren se virou para ver quem era e reconheceu o garoto ao lado de quem sentara-se essa manhã na aula de Poções.
- Sr. Malfoy, que prazer vê-lo aqui!
Seren sorriu para ele. Era raro vê-la sorrir, mas estava feliz porque alguém a compreendia nesse lugar.
Draco pegou delicadamente a mão da garota e deu um beijo.
- Levo-lhe até a biblioteca, se assim quiser, mademosele.
- Que gentil! Irei com prazer.
- A propósito, quer ajuda com o trabalho de poções?
- Eu aceito. Só me dou bem com ervas.
E, lado a lado, Seren e Draco foram até a biblioteca. Só que lá chegando, descobriram que a biblioteca estava fechada, em virtude de uma reforma. Só abriria daqui a duas semanas.
Seren fez uma cara de dar pena, olhou para o teto, e disse, em tom de prece.
- Morrigan, o que fiz a ti? Sabes que preciso encontrar os escritos. Por que prepara-me armadilhas assim?
Percebendo o desespero da menina, Draco passou o braço pelo ombro dela, reconfortando-a.
E ela, ao se dar conta que expôs muito seus sentimentos, afastou-se bruscamente do rapaz, voltando à sua pose altiva de sacerdotisa.
- Me ajudará com a tarefa que Severo passou-nos ou não?
- Claro que sim. Vamos até o Salão da Sonserina, para ficarmos mais a vontade.
- Sim. Mas antes poderia levar-me à sala de Al... do diretor?
- Então vamos andando.
Draco levou-a até a entrada da sala do diretor. Por sorte o encontraram chegando na sala.
- Sacerdotisa, que prazer em vê-la! – cumprimentou o diretor – Como vão suas pesquisas?
Com os olhos apertados de raiva, Seren disse:
- Alvo, não me avisaste que a biblioteca estava em reformas.
- Sério? – respondeu em tom leviano – Me esqueci.
- E gostaria de fazer uma reclamação.
- Diga, srta. Emerië.
- As refeições. Não são servidas verduras nem legumes direito. E nem ao menos cereais e frutas. Sabes que não como carne nem nada muito temperado ou industrializado.
- Ho-ho. Falarei com os elfos que mudem o cardápio.
Ela fez um pequena reverência em agradecimento.
- Mas eu quero lhe fazer um pedido, srta.
- Diga, Alvo.
- Use o uniforme corretamente, não desrespeite as regras da escola (pois elas valem para você também) e não aja como se fosse superior aos professores, pois você não é.
Seren abriu a boca para protestar, mas fechou-a logo em seguida e fez que sim com a cabeça.
- Obrigado. Agora pode ir.
Quando o diretor desapareceu de suas vistas, Seren começou a praguejar.
- Como ele pôde? Que direito tem para falar comigo assim ou exigir-me algo?
- Então por que motivo permanece aqui, se lhe desagrada? – perguntou Malfoy
- Preciso encontrar o que está perdido a anos. E acho que está aqui. Só suporto esse lugar, essa magia e essas pessoas pelo bem dos Deuses.
Draco a conduziu até o Salão da Sonserina e pegou seus materiais.
Em certo momento, o rapaz perguntou:
- Ousará desobedecer o diretor mais uma vez e continuar a não usar o uniforme?
Seren suspirou, cansada.
- Mais tarde, mais tarde. Troco de roupa para o jantar.
E eles passaram o resto da tarde fazendo a poção que Snape pedira e, quando terminaram, Seren contou a Draco algumas coisas sobre sua religião, despertando o interesse dele.
N/A: Gente, desculpa a demora. É que eu ando com o dom de travar as minhas fics. Sabe, escrever até certo ponto e não ver meios de continuar? Já fiz isso com duas fics. Então é difícil escrever tudo. Mas eu vou continuar me esforçando para conseguir. E mandem comentários.
