Quando Molly Weasley chegou com os gêmeos tomou um grande susto ao ver Harry Potter abraçado a Gina, sentado à mesa, tomando calmamente o lanche da tarde junto com Rony e Hermione. Os quatro estavam tão entretidos na conversa que nem perceberam que agora tinham companhia. Os gêmeos pigarrearam.
- Hum-hum... - estavam, como a mãe, surpresos mas também muito felizes.
Os quatro se levantaram, um tanto quanto constrangidos, da mesa e então Molly falou.
- Harry, querido! Que bom que você está aqui – sorria, tinha percebido que a filha estava com a mão entrelaçada a dele. Isso significava que estava tudo bem entre eles de novo.
- Obrigado Sra. Weasley. Eu também estou muito feliz - disse enquanto apertava, nervoso, a mão delicada de Gina na sua. Molly estava também muito curiosa a respeito daquela situação toda.
- Mas como? O que aconteceu? - perguntou para a filha.
Hermione ficou um pouco receosa de que a mãe de Rony se ressentisse por ter contado tudo sobre a visita da Weasley mais nova para Harry. E ele, por sua vez, não sabia como Molly reagiria, sabendo que tinha praticamente invadido A Toca, convencendo Rony a deixá-lo subir. Gina então tomou iniciativa de falar.
- Mamãe, o que eu posso dizer é que está tudo resolvido agora. Eu vou contar tudinho para a senhora mas eu quero dizer, antes que a senhora se aborreça com quem quer que seja, é que se não fosse por eles três - incluía a pequena participação de Rony - eu não estaria de volta e... - a mãe não precisou ouvir mais nada.
Molly foi ao encontro da filha e a abraçou forte, com lágrimas nos olhos. A menina estava praticamente sendo esmagada pela mãe.
- Minha garotinha... Que felicidade. Eu não suportava mais isso. Eu quero meus filhos perto de mim. Eu tive sete porque gosto da casa cheia - olhou ternamente para Rony, Mione e Harry. - Venham cá meus filhos. Na realidade eu tenho nove - incluía os dois com aquilo. Puxou todos e os abraçou juntos, sem deixar de apertar Gina. Depois soltou os três, ainda detendo a filha nos braços, e disse, sorrindo. - Muito obrigada por devolver a nossa Gina para nós... Isso é o que importa e... - ela se assustou ao ver a expressão espantada dos meninos, olhando para trás dela enquanto continuava a espremer Gina entre os braços. Quando se virou fez a mesma cara que eles. Percy estava bem à sua frente. Tinha acabado de aparatar na sala.
- Eu sinto muito mamãe... - ele disse simplesmente, ajoelhando aos pés de Molly e a enlaçando pela cintura. Ela o abraçou enquanto ele chorava, soluçando como uma criança assustada.
Percy estava extremamente abatido e bem mais magro. A barba ruiva, por fazer a várias semanas, lhe dava um ar mais velho. Estava realmente diferente e poderia passar despercebido até mesmo por quem o conhecesse bem se não fosse o cabelo ruivo encaracolado, tão característico.
- Meu querido - Molly disse calmamente, acariciando a cabeça do filho, passando a mão por entre os cachos vermelhos, como fazia quando era pequeno. - Está tudo bem, está tudo bem, você está em casa agora...
Os outros, mesmo estando muito curiosos com toda a situação, entenderam que aquele momento era muito delicado e não fizeram nenhum comentário.
Ainda estavam chocados com tudo quando Arthur Weasley aparatou na sala com um "pop" suave. Ele olhou para o filho, abraçado à sua esposa daquela forma, e balançou a cabeça, desolado.
- Então é verdade... Eu sabia que você estaria aqui se fosse realmente verdade.
O garoto ainda continuava abraçado a Molly, que tinha no rosto a expressão de dúvida e surpresa, embora estivesse feliz de ter os filhos todos reunidos de novo. Arthur continuou.
- Eu sinto muito, meu filho... Mesmo sabendo que você voltaria por isso, eu não gostaria que fosse esse o preço - o rapaz se levantou, erguendo a cabeça, parecendo mais calmo agora.
- Eu sei papai - disse timidamente. - Eu sei... - hesitou mas foi puxado por trás do pescoço pelo pai para um demorado abraço. Arthur tinha lágrimas nos olhos e os outros meninos pareciam também comovidos enquanto Gina e Mione apertavam forte as mãos de Harry e Rony, respectivamente.
- O que houve, meu Deus do céu? - Molly perguntou, preocupada, recuperando-se do choque. Os dois ainda ficaram em silêncio, de cabeça baixa. Percy finalmente falou, tentando se controlar.
- A Penny, mamãe... - ele se referia a sua namorada desde os tempos da escola, Penélope Clearwater, que havia pedido em casamento sem que os próprios pais soubessem no período em que estivera fora de casa, na Irlanda. - Ela... Ela... - ele suspirou fundo, Gina apertou tanto a mão de Harry que estava quase cortando a circulação do rapaz, já estava começando a ficar dormente embora ele não tivesse reclamado.
- Ela está morta, Molly - disse Arthur, poupando o filho de dizer tais palavras. Percy abaixou a cabeça.
Todos ficaram chocados. Gina se abraçou a Harry, Hermione fez o mesmo com Rony enquanto os outros pareciam tão desconcertados que não esboçaram reação alguma. Apenas Molly falou alguma coisa.
- Como? Por quê? Eu não compreendo...
- Foi assassinato, mamãe. Ela foi morta porque eu fui estúpido... Estúpido por confiar nas pessoas erradas, estúpido por ter sido cabeça dura, egoísta e orgulhoso, estúpido por ter traído a confiança de vocês e decepcionado a quem eu mais amo... E agora eu sou um assassino, porque eu fui o culpado da morte da Penny... - agora deixava as lágrimas escorrerem livremente pelo rosto.
- Não diga isso querido... – a mãe disse enquanto o abraçava novamente.
- Você não pode ter sido culpado, como você saberia? - Arthur tentava de algum modo chamá-lo à razão.
- Pai, eu fui para a Irlanda porque eu não acreditei em você. Eu a chamei para passar uns dias lá comigo... Ela era minha responsabilidade...
- Não, meu filho, não é assim também, você está sendo muito duro consigo mesmo... Ela era sua namorada, é natural que você a chamasse para uma visita.
- Papai, nós estávamos noivos, íamos nos casar no próximo mês - Molly e os outros abriram a boca, espantados. Até Arthur ficou surpreso.
- Você não nos disse nada querido... - Molly parecia um tanto quanto sentida pelo filho não ter contado nada em nenhuma das cartas.
- Foi tudo muito repentino... Aconteceu... - ele hesitou antes de continuar. - Nós pretendíamos contar... Só não sabíamos como... - Molly colocou a mão na boca, penalizada.
- Meu filho, eu não sabia... – a mãe tinha os olhos cheios de lágrimas e os outros não tinham mais palavras. As meninas continuavam penduradas em Harry e Rony. E os gêmeos estavam sérios de uma forma como nunca tinham estado em toda a vida.
- É mamãe... A Penny e eu íamos ter um bebê... - ele respirou fundo e mudou da expressão consternada, recompondo-se, para uma que transparecia ódio puro. - Por isso eu voltei... Pai, eu quero ajudar, eu quero acabar com quem fez isso, eu quero acabar com quem destruiu a família que eu ia ter.
- Calma Percy, não funciona assim. Vingança não é a solução pra sua dor.
- Pai... - ele deu uma pausa, recompondo a voz. – Eu a encontrei, ela estava na minha casa, tinha feito um jantar romântico para nós... Estava deitada no chão da cozinha, gelada, morta... Eles a mataram simplesmente, como se não fosse nada demais... - nessa hora Harry se lembrou do que tinha sentido em relação a Gina no ano anterior, quando pensou que estivesse morta, e concordou que, realmente, destruir quem tinha feito aquilo seria pouco.
- Quem a matou, Percy? E por quê? - a mãe perguntou finalmente.
- Eu esperava que papai pudesse me explicar isso...
- Comensais da Morte, Molly, a mando de Você-Sabe-Quem. Foi o que eu soube no Ministério. Ela foi morta porque algum conhecido de Fudge, na Irlanda, é provavelmente espião de Você-Sabe-Quem. Eles estão agindo primeiro fora da Inglaterra, onde é mais fraca a ascensão de Dumbledore e do Ministério. Outras pessoas foram mortas em outros países, os jornais estão abafando os casos. São sempre pessoas relacionadas ao Ministério da Magia ou a ex-funcionários do mesmo. Por isso eu acho que escolheram a Penélope, Percy. Os Comensais pretendem iniciar uma mobilização internacional, colocando os bruxos de outros países contra o nosso Ministério. Querem que sejamos cobrados pelo que está acontecendo. Assim, quando fragmentarem bem o nosso poder, atacarão aqui. É o que Moody, Mundungo e Dumbledore acham. Eu concordo com eles.
- Meu Deus, papai. A coisa é mais séria do que eu pensava. Nós precisamos fazer alguma coisa. Eu não imaginei que tinha havido mais mortes. Achei que era simplesmente por eu ser amigo do Fudge... - ele parou. - Quer dizer, eu era... Porque depois do que ele fez...
- O quê? - disse Arthur. - O que aquele cretino fez, Percy? - o rapaz respirou fundo.
- Ele disse que a Penny tinha morrido de causa natural. Que era para eu não comentar isso com ninguém e que se eu dissesse algo poderia arriscar a pele dele. Canalha... Ele nem mesmo me deu os pêsames. Achou que eu acreditaria que a minha noiva tinha simplesmente morrido quando eu sei muito bem identificar alguém que sofreu uma Maldição Imperdoável.
- Eu sinto muito, filho - Arthur olhou em volta, para os outros. - Todos nós sentimos...
Nesse instante ele reparou que Gina estava ali, chorando, mas o que mais o espantou foi ver a filha pendurada no pescoço de Harry Potter. Esfregou os olhos, mal podia acreditar.
- Gina, é você mesmo? - a menina se virou para o pai.
- Sim papai. Sou eu.
- Mas eu pensei... Pensei... O Harry está aqui também?
- Olá Sr. Weasley. Realmente. É o que o senhor está pensando.
- É paizinho. Eu voltei - ela largou Harry e correu até o pai, abraçando-o carinhosamente.
- Como? - Molly olhou para ele, repreendendo-o. Ela também gostaria de saber mas Gina contaria depois. No momento o mais importante era dar assistência a Percy. Ela começou a pôr ordem na casa.
- Tudo bem crianças. Subam. Harry, você fica conosco hoje, querido. Mande uma coruja para a sua madrinha avisando. Rony, prepare a cama dele no seu quarto. Gina, Mione, vocês podem ajudar os meninos. Vocês dois - ela se referia aos gêmeos. - Subam para o quarto de vocês e tentem não explodir nada, pelo menos hoje, por favor. Percy, meu bem, você deve subir para tomar um banho quente, fazer a barba... Depois desça que eu e seu pai vamos conversar um pouco com você. Gui e Carlinhos estão quase chegando, vão querer falar com você, querido.
Prática como sempre, Molly tinha colocado tudo em seu lugar, administrando filhos e casa e, agora que todos já tinham subido, tinha alguns minutos a sós com o marido, finalmente desabafou.
- Oh Arthur! Pobre menina... - ela começou a chorar. - O nosso neto... Nós íamos ser avós - Arthur abraçava Molly, afagando-lhe os cabelos.
- Querida, não fique assim. Ele vai precisar de nós agora.
- Eu sei... Mas eu fico pensando no pobrezinho, sozinho, passando por tudo isso...
- Nós tentamos poupá-lo Molly. Mas às vezes a vida é dura com a gente para nós podemos aprender alguma coisa. Eu sinto que tenha sido assim, dessa forma...
Ficaram ainda mais alguns minutos abraçados daquele jeito. Gui e Carlinhos aparataram, quase juntos, na sala. Foram informados de toda a situação pelos pais, ficando extremamente consternados. Quando Percy desceu as escadas abraçaram o irmão e iniciaram uma longa conversa sobre os rumos que cada um tomaria dali para frente, durou quase a noite toda. Enquanto isso, lá em cima, os outros estavam reunidos no quarto de Rony. Harry ainda tinha que mandar uma coruja para a madrinha e estavam arrumando a cama para ele dormir.
- Minha nossa! - era tudo o que Rony conseguia dizer.
- Ron, você já disse isso umas mil vezes. Eu estou tentando escrever uma carta aqui... Assim fica difícil se concentrar - Harry tinha ficado muito nervoso com toda aquela situação.
- Me dá isso aqui Harry. Deixa que eu escrevo - Mione tomou a pena da mão do amigo, era bem mais prática para essas coisas. - Vá ficar um pouco com a Gina. Ela acabou indo para o quarto dela, não me parecia muito bem.
Harry entregou prontamente o pergaminho nas mãos da amiga, que escreveu um breve bilhete justificando a estadia dele n'A Toca para Allana. Enquanto isso Harry batia à porta de Gina.
- Entre Harry - o menino se espantou.
- Como é que você sabia que era eu? - ela riu.
- Não sei... Eu só sabia... Eu simplesmente sinto quando é você... - ele sorriu de volta.
- Por que você saiu do quarto do Rony, Gina?
- Ah Harry! É que eu estou me sentindo tão mal...
- Eu sei, isso tudo é terrível... Eu tamb... - ela cortou o garoto.
- Não Harry, não é por isso que eu estou mal, e é justamente por isso que estou mal, entende? – ele fez uma expressão de dúvida.
- Sinceramente? Não. Agora eu fiquei realmente confuso...
- Eu estou mal por que não estou mal, entendeu? Não queria que a Mione e o Ron me vissem sorrindo desse jeito. Mas eu não consigo parecer infeliz...
- Ahn? - Harry ajeitou os óculos no rosto.
- Eu estou triste pelo Percy, é claro, mas eu não consigo vivenciar essa tristeza. É que eu estou muito feliz para estar triste... - Harry tinha finalmente entendido onde a menina queria chegar.
- Eu sei Gina. É estranho... O melhor dia da sua vida de repente ter que ser um dia triste, não é isso? - a garota confirmou. - Eu também me sinto assim... Embora tenha ficado muito abalado com o que houve, sinto-me capaz de voar sem vassoura de tão feliz que eu estou, sabe... Por ter recuperado você... - ele se aproximou da menina.
- Você não me recuperou, Harry Potter! - ela fechou ainda mais o espaço entre ambos. Harry se espantou com a resposta.
- O quê você quer diz... - ela o interrompeu, beijando-o de leve nos lábios.
- Você só pode recuperar aquilo que perdeu e você não me perdeu, Harry... Nunca - disse entre um beijo e outro. O garoto estava novamente começando a sentir "intoxicado" com aquilo.
- Gina, eu estou começando a ficar "feliz" até demais, se é que você me entende - a menina corou mas riu.
- Vamos então! Vamos ficar um pouco com o Rony e a Mione. A não ser, é claro, que eles tenham resolvido ficar "felizes" lá no outro quarto, aí nós realmente atrapalharíamos... - os dois caíram na gargalhada e já estavam quase saindo, de mãos dadas, do quarto quando a Sra. Weasley bateu à porta.
- Gina! Posso entrar, querida?
- Sim mamãe - Molly entrou no quarto e sorriu para Harry.
- Querida, eu sei que você deve estar cansada, eu também estou em frangalhos. Mas será que você pode me explicar como as coisas afinal se resolveram entre vocês dois?
- Mas o Percy... Ele... - Molly interrompeu.
- Ele está com o seu pai e seus irmãos na sala. Eu subi para ver como vocês estavam e aproveitei para vir conversar com você. Depois eu vou descer. A noite vai ser muito longa, querida - ela encarou a filha demoradamente mas Harry se adiantou.
- Fui eu, Sra. Weasley. Eu fui o responsável.
- Harry! - Gina se espantou com a atitude. Não queria que ele assumisse tudo sozinho daquele jeito.
- Eu tentei contatar Gina por corujas todo esse tempo. Mas nunca tive respostas. Então me desesperei.
- HARRY! - ela estava começando a ficar preocupada, não sabia como a mãe reagiria.
- Deixa eu contar, Gina - ele a olhou, decidido.
- É, filha, deixa o Harry contar. Continue querido.
- Então na noite do meu aniversário eu tive um sonho. Um sonho que mudou tudo. Tentei enviar outra carta contando mas sabia que a Gina não leria. E quando o Ron e a Mione foram lá para casa eu resolvi que tinha que aproveitar aquela situação de alguma forma.
Agora a própria Gina estava atenta, não sabia exatamente como tinha sido todo o processo. Queria saber qual tinha sido a participação de Hermione e como tinham conseguido resolver tudo.
- Então - ele respirou fundo e prosseguiu. Gina apertou a mão na sua, encorajando-o a continuar. - Eu fui conversar com a Mione. Fui implorar por notícias da Gina. Estava a ponto de enlouquecer. Sabia que se eu tentasse falar alguma coisa com o Rony ele nunca cederia. É teimoso demais, vocês sabem... - Molly e Gina sorriram em concordância, era óbvio que Rony era cabeça dura, era um Weasley autêntico. - Então eu comecei a falar com a Hermione. Mas eu não estava suportando todo aquele sofrimento. E quando eu comecei a chorar... - ele abaixou a cabeça, embaraçado. - Mione me disse que a Gina estaria aqui e eu vim mostrar o sonho a ela com a ajuda de um encantamento que descobri com a Hermione - continuava encarando o chão, falava sem ao menos parar para tomar fôlego, como se quisesse terminar o mais rápido possível. Molly ergueu carinhosamente o queixo dele, interrompendo-o.
- Não se envergonhe dos seus sentimentos, Harry - Gina deu mais um apertão na mão dele e Harry prosseguiu, olhando nos olhos de Molly.
- Não é isso, Sra. Weasley... É que, eu estou me sentindo muito culpado por ter agido pelas costas de vocês. Vocês sempre foram a minha família e eu não gostaria que vocês perdessem a confiança em mim. Nem na Mione. Não queríamos desapontá-los. De modo algum.
- Querido, quem disse que nós perdemos a confiança em vocês? - o garoto arregalou os olhos, surpreso demais para acreditar no que ouvia. - Às vezes, Harry, nós estamos muito envolvidos com uma situação e não conseguimos enxergar novas possibilidades para sair dela. Creio que o que você e Hermione fizeram foi exatamente isso. Vocês enxergaram um caminho que nós não conseguíamos ver. E esse atalho trouxe a nossa Gina de volta, é isso o que importa. Diga a Hermione que eu tenho vocês dois em alta conta, ainda mais agora - o menino sorriu. Ela já estava saindo do quarto quando se voltou de novo para ele. - Harry, obrigada meu filho - deu um grande abraço nele e saiu com os olhos cheios d'água do quarto. Gina o olhou, espantada.
- Nossa! Que trabalhão você teve. Eu não tinha imaginado. Deve ter sido horrível para você - ele olhou nos olhos da menina, cheio de ternura.
- Foi sim... Mas eu faria de novo. Tudo de novo. Não me arrependo de nada. Cada segundo valeu à pena. Só para eu poder estar perto de você novamente - esticou a mão para ela e saíram do quarto.
Naquela noite - embora estivessem muito atormentados com o que tinha havido com Percy - Rony, Harry, Gina e Hermione experimentaram uma maravilhosa e calma noite de sono. Dormiram um sono sem sonhos, revigorante. O que seria muito útil. Afinal o dia seguinte traria novos e terríveis desafios para todos enfrentarem.
