SAILOR MOON V: Shadowmoon
AUTORES- MISTER BLUE E WLAD
awajnberg@yahoo.com.br
wladvale@yahoo.com.br
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JANEIRO 2002
CAPÍTULO 5- NO EXTREMO DA INVEJA
SHADOWMOON CAPITULO 5:
Cena 1:
No avião particular fretado por Rumiko, que está cruzando o Oceano Pacífico Rumo ao Japão!
Shadowmoon dorme profundamente! Mas, seu sonho não é tranqüilo! Ele se contorce na poltrona de passageiro, enquanto o seu sub consciente é invadido por "FLASHES de memória", como um quebra-cabeça dividido em várias partes.
Visão 1: Ele se vê diante de um reino todo dourado! Mas, o que acha mais esquisito é que ele vê nos céus , a imagem do planeta Terra e não da lua!
Visão 2: Ele se vê diante de uma mulher e sua filha adolescente, mas não consegue definir os rostos. Ele está amarrado e de joelhos, enquanto o povo do lugar grita em histeria e fúria, pedindo para mata-lo!
Visão 3: Alguém com uma voz, suave e amigável, toma sua defesa dizendo-lhe que ele é inocente! Ele olha para a figura que se coloca corajosamente entre ele e seus captores. Mas, não consegue enxergar muito bem o seu rosto, apenas pode perceber que ela tem cabelos curtos e escuros.
Visão 4: Para a sua surpresa ele vê a imagem do Anjo Branco ao lado de um jovem de cabelos escuros, trajando uma armadura escura e com ornamentos de símbolos de nobreza (um príncipe?). O Anjo diz para não dar ouvidos a moça e acabar com esse "Cão mentiroso"!!!
Visão 5: A jovem salvadora protesta! Enquanto que ele vocifera: "Dê-me uma espada, seus cães! E mostrarei com a ponta de sua lâmina quem é mentiroso!!!!"
Visão 6: Súbito, o jovem príncipe aproxima-se dele e afasta a moça do local! Em seguida os dois se entreolham severamente! Então, sem nenhum aviso, o jovem saca sua arma e desce com fúria sobre ele e....
Jimmy acorda num sobressalto da sua poltrona respirando ofegante e com o corpo todo suado! Ao seu lado está Issac, lendo tranqüilamente uma revista e com um estranho e esquisito aparelho, em forma de capacete, na cabeça. O aparelho não para de piscar varias cores luminosas em volta, em pequenas lâmpadas.
Caramba! O que foi? Estava tendo um pesadelo, é? – Pergunta Issac, assustado!
Mais ou menos... Sei lá!? Foi tudo muito confuso? Tive um sonho, cheio de imagens estranhas. Parecia que eu estava vivendo lembranças de alguém que era eu... Mas, ao mesmo tempo não era eu....
Não tô entendendo nada...
Ah! Esquece! Eu mesmo não entendo bem, que sonho maluco foi esse! Só que parecia tudo tão real...
"Fica frio", Jimmy! Já passou! Você está acordado agora! Relaxe!
Issac tenta tranqüilizar o seu amigo dizendo que ele esta muito cansado e ainda está muito tenso por tudo que aconteceu nos últimos dias e, especialmente, nas últimas horas! E que ele precisa se acalmar e tentar relaxar, pois esse é o melhor "remédio" para o stress!
Ele exibe seu relógio de pulso ao amigo, e avisa Jimmy, que em pouco mais de quatro horas, estarão pousando no aeroporto Internacional de Tókyo! E pede para tentar relaxar até lá!
Jimmy pergunta pela sua avó, pois percebe que ela não está sentada em seu lugar, pouco mais a frente e, Issac informa que ela foi a cabine de comando conversar com o comandante do avião! Sobre o que, ele não fazia idéia alguma! Mesmo o porquê, a velha senhora não dava satisfações do que fazia para nenhum dos dois! Por isso, Issac sabiamente, nem chegou a lhe perguntar nada!!!
Jimmy balançou a cabeça, afirmativamente e só quando sentiu-se mais calmo, é que, então percebeu o "capacete ridículo" que Issac está usando e finalmente pergunta:
O que essa "geringonça" que você pôs na cabeça? Está parecendo um imbecil com esse troço cheio de luzinhas!
Alto lá, Jimmy! Mais respeito com as minhas "incríveis e extraordinárias invenções", meu caro ninja! – protestou Issac, com seu habitual bom humor, exibindo um sorriso maroto nos lábios. – Esse aparelho engenhoso sobre a minha cabeça, nada mais é do que a minha mais nova e fantástica invenção: o "CYBER LANGUAGE BRAIN".
Sei que vou me arrepender em perguntar, mas para que serve isso, além de lhe fazer parecer uma "lâmpada humana"? Sua cabeça está piscando mais que enfeite de árvore de natal... – disse Jimmy com sarcasmo.
É simples, meu caro ninja! Esse meu "genial invento"me permite aprender qualquer idioma do planeta em, no Maximo, 24 horas! E o estou usando para aprender a falar, ler e a escrever em japonês! – diz Issac com um largo sorriso de satisfação.
"Mais uma invenção de "cientista maluco"!, pensou Jimmy. Mas, como seria inevitável, Jimmy começou a ouvir Issac dar uma detalhada explicação técnica de como as informações sobre o idioma japonês (Kanjis, Kathanas, pronúncias e etc...) são processadas pelo computador interno do capacete e enviadas, por meio de ondas subliminares até os neurônios e a área de memória de seu cérebro!
Mas o fato era que, realmente, Issac já podia falar, naquele momento, um japonês fluente e até mesmo ler nessa língua, como o próprio inventor garantia. Jimmy, que até aquele momento, juntamente com sua avó Rumiko eram os únicos que dominavam o idioma nipônico, ficou surpreso ao ver como Issac já estava falando bem e quase sem sotaques o Japonês.
E, como se isso não bastasse, Issac ainda lhe mostrou uma edição da revista NEWSWEEK em japonês, que estava lendo!
Jimmy olha com desconfiança, mas realmente vê que era uma edição da revista norte-americana que é editada em japonês, para circulação no país nipônico!
Súbito uma foto e uma extensa reportagem na revista chama a sua atenção e Jimmy pergunta:
O que é isso que está lendo?
È a reportagem de capa da revista. É sobre um grupo muito famoso de super-heroínas do Japão, chamado de SAILORS SENSHI! Você já tinha ouvido falar delas, Jimmy?
Jimmy acenou a cabeça, afirmativamente:
Acho que sim! Já ouvi falar delas pelos noticiários brasileiros. Mas, não as conheço muito bem... –disse sem demonstrar muito interesse.
Issac por sua vez, demonstrava um vasto conhecimento sobre as heroínas. Na verdade, Issac gostava de atualizar informações sobre as super heroínas que agiam em todo o mundo (especialmente se fossem muito bonitas). Era o caso dessas Sailors.
Issac começou a lhe fazer um breve relatório sobre elas:
Que o grupo era constituído por pelo menos por cinco guerreiras adolescentes, mas segundos outros relatos, de testemunhas, esse grupo possuía outros membros que apareciam eventualmente. O número certo, contudo, era desconhecido!
Cada uma das Sailors tem poderes relacionados, aparentemente com algum elemento da natureza: Vento, água, fogo, etc...
Todas eram muito poderosas e valentes. E haviam lutado com uma ameaça atrás da outra, vencendo-as, admiravelmente, cada inimigo.
Sua líder era chamada de Sailor Moon, a guerreira mais forte de todo o grupo. Uma moça bela, forte, inteligente e bonita! E que se destacava das demais.
O grupo luta sempre em conjunto ou sozinhos! E atualmente, a Sailor Moon e suas companheiras são as heroínas mais populares de todo o Japão!
A sua base de operações, segundo suspeita da policia japonesa, está localizada em algum lugar da capital Tokyo! Isto porque a maioria de suas aparições foram registradas em vários pontos da capital!
Issac abre um largo sorriso e diz:
Puxa, Jimmy! Seria super legal se acabássemos encontrando essas "gatinhas"... Quero dizer, essas "Sailors", durante nossa missão, no Japão, não acha? Quem sabe, podemos até convida-las para um "cineminha"... – diz com um sorriso malandro, cheio de segundas intenções!
Não diga bobagens!! – diz Jimmy rispidamente e com raiva para o seu amigo. – Será que preciso lembrar-lhe que estamos em uma missão séria e de grande perigo? Isso não é hora de ficar fazendo piadinhas idiotas ou pensar bobagens, enquanto Wilton está em coma numa UTI!
Desculpe, Jimmy! Não quis fazer piadas nesse sentido! Também, penso no estado do Wilson a toda hora! – falou Issac num tom apaziguador. – Falei desse jeito, por que é a minha maneira de ser. De lidar com a tensão que estamos enfrentando desde que tudo isso começou! Você sabe como eu sou!
Houve um breve momento de silêncio, em que os dois amigos se entreolharam, e, depois, Jimmy disse:
Me desculpe! Não quis gritar com você, Issac! È claro que você não falou por mal! Você é um humorista incorrigível e eu já devia ter aprendido a me acostumar com isso, meu amigo! Me perdoe! – disse Jimmy colocando a mão sobre o amigo, sentado a seu lado.
Tudo bem! Eu sei que este momento está sendo muito difícil para todos nós, Jimmy! Não esquenta!
Quando fiz a minha piada, na verdade eu queria dizer, que seria bom contarmos com a ajuda de algum super herói japonês, quando chegarmos. Isso poderia nos ajudar, em muito em nossa busca ao "Anjo"... E essas "Sailors" me parecem que poderiam ser de grande ajuda e...
Jimmy repudiou a idéia na mesma hora:
Esquece, Issac! Não preciso de ajuda para caçar aquele maldito assassino! Especialmente dessas garotas.
Ora, e por que não?
Olhe para elas! Essas cinco moças parecem mais "modelos fotográficos fantasiadas" do que super-heroinas sérias! Podem ser bonitinhas e tal, mas duvido, sinceramente, que elas tenham forças ou poderes suficientes para enfrentar uma verdadeira ameaça.
Pô, Jimmy! Também não é assim! Eu pesquisei sobre essas "Sailors". Elas não são só modelos fotográficos como você quer insinuar. Elas são super-heroínas muito poderosas!
Ah, não me faça rir! Essas tontas não durariam nem 1 minuto se tivessem que enfrentar o ARARIBÓIA ou sequer o CANGACEIRO ASSASSINO!!, lá no Brasil – disse Jimmy, que completou. - A última coisa que quero, neste momento, era topar com elas ou qualquer outro, "super-heroi japonês de quinta categoria", que possa nos atrapalhar em nossa missão!
Jimmy olhando a foto das Sailors com visível desprezo!
Mas, então, seus olhos se fixaram em uma das moças das fotos: Uma sailor de cabelos curtos e uniforme com detalhes azuis. Súbito, imagens de seus sonhos começaram a desfilar-lhe em sua mente, e Jimmy foi tomado de uma estranha sensação de DEJÁ VU! De que conhecia essa moça... Mas, como? De onde? Estava confuso...
Issac percebeu a estranha mudança na fisionomia de seu amigo e perguntou-lhe se havia algo de errado! Jimmy dispersou seus pensamentos e disse que não! Apenas um pensamento veio a cabeça...mas, não era nada!
Dizendo isso, Jimmy voltou a se recostar a o seu assento e consultou seu relógio! Faltava umas 4 horas para aterrissarem em Tokyo! Quatro Horas!
Logo, Logo, sua caçada ao "Anjo Branco" iria recomeçar! E, desta vez, o maldito assassino não iria lhe escapar de maneira alguma...
CENA 2:
Colégio Juuban High School. Horário de intervalo de aula
Os alunos do colégio se amontoavam-se como um bando de afoitos e desesperados, em frente a imenso quadro de avisos, localizados no salão principal da escola. Todos estavam ansiosos para verem a colocação das notas dos últimos exames do mês. Querendo ver a colocação de cada um no "ranking das notas" como era popularmente chamada.
Amy chegou ao salão vindo da sala de aula. Estava distraída, lendo um livro de biologia avançado e mal percebia a movimentação a sua volta!
"Amy! Amy! Venha ver!!"- disse Serena aparecendo, de repente, pegando, num impulso, o seu braço! Ela arrastou Amy com ela até pararem em frente ao imenso mural!
"Você conseguiu, de novo, Amy! Tirou o primeiro lugar! É a aluna com as melhores notas do colégio! Olha, lá em cima!!!" – disse Serena, apontando para o topo da lista.
Amy olhou para cima e sorriu, timidamente!
Seu nome estava mais uma vez, no topo da lista da classificação da rodada de provas daquele mês! Ela estava feliz, não pelo fato de ter tirado o primeiro lugar nas notas, deixando para trás centenas de alunos do colégio! Mas, sim pelo fato de seus esforços em dedicar-se aos estudos terem sido recompensados! Isso a aproximava do grande sonho de ser uma grande médica, algum dia, como a sua mãe! E isso era o que mais queria da vida!
Olhou para Serena, que estava animada com o sucesso dela! A qual gritava a todos que estavam por perto, que sua amiga tinha tirado o primeiro lugar nas provas! Serena estava tão contente com o sucesso da amiga, que era como se ela mesma tivesse conseguido tirar o primeiro lugar! Se bem que, quando, Amy viu em que colocação Serena ficou no quadro das notas (bem abaixo da media regular), iria com certeza aconselha-la para estudar mais. Nem que para isso, tivessem que combinar de estudar em grupo por mais uma hora, junto com o resto das meninas.
Mas, Amy sabia que estudar não era muito o "forte" da Serena! Sua mente só tinha espaço para seus sonhos românticos com Darrien e outras coisas, como roupas, comidas, novelas e etc... Mas, como sempre, Ela se esforçaria a ajudar sua amiga nos estudos! E, com certeza, um dia as duas, junto com as demais iriam para a faculdade!
Serena era a sua melhor amiga! Mais do que isso! Era como se fosse uma irmã de verdade! E ouvi-la anunciar o seu triunfo nos estudos a todos a sua volta, alegrava o seu coração!
Alguns alunos, começaram a cumprimenta-la pelo seu sucesso nas provas, mas subitamente, uma voz, cheia de despeito e sarcasmo se fez ouvir por todos:
Então, a "ratinha de laboratório" conseguiu se dar bem nas provas de novo, né? – disse Sayaka, acompanhada das suas duas "valetes".
Sayaka aproximou-se, abrindo caminho por entre os alunos, que a temiam e a respeitavam como uma aluna "barra-pessada". Serena colocou-se entre ela e Amy, tomando as dores da amiga!
Você chamou a Amy de que,? Sua invejosa! – gritou Serena indignada!
Ora! Ora! O que temos aqui? É a "loura burra" desse colégio chato! E como sempre, abrindo a boca fora de hora!
O que disse? – perguntou Serena irritada.
Fique quietinha no seu canto, "gentalha"! Meu assunto é com sua amiga CDF, ali!
Sua mal-educada! Pensa só porque vem de uma família rica e influente, pode ir tratando os outros sem educação e respeito? – pergunta Serena desafiadoramente.
Eu posso fazer o que quiser, sua tonta! Inclusive isso!
Sayaka empurrou Serena, abruptamente e sem aviso! Ela tropeçou num das meninas, que acompanhavam Sayaka e que havia se agachado atrás de Serena, caindo no chão!
SERENA! – gritou Amy, acudindo sua amiga caída. Em seguida voltou-se para Sayaka. - Por que fez isso, Sayaka?
Não gosto de gente intrometida, sua CDF! E muito menos, garotas querendo pousar de "alunas modelos" nessa escola, como você!
Está enganada! Eu não estou querendo "pousar" de nada! Só estou me esforçando em meus estudos e cumprindo da melhor forma que posso, minhas tarefas escolares e obrigações, como os demais alunos daqui!
Ah, qual é? Pensa que me engana? Aposto que você "colou" na maioria das provas que fez! Ninguém pode tirar tantos "primeiros lugares" nesses exames difíceis e chatos! É impossível!
Não quando se estuda a sério! – respondeu Amy. – Não quando se presta atenção nas aulas e não as "cabula" como você e suas amigas fazem.
Ora, sua exibida! Quem é você para me falar dessa maneira...?
Sou uma estudante do colegial! Uma pessoa que respeita os colegas e os professores! Jamais faltei com respeito a nenhum deles e muito menos fico "exibindo" minhas boas notas, como meio de me vangloriar sobre os meus colegas, como você está insinuando.
Ah, tá! Vou fingir que acredito...
Pouco importa no que acredita ou não, Sayaka! Você é arrogante demais para compreender, que existem pessoas como eu, que amam os estudos e os livros. Que se encantam e fascinam com os novos conhecimentos que eles nos propiciam. Mas, sabe o que é melhor nisso tudo? É que posso dividir meus conhecimentos, com meus colegas. Pessoas sinceras e amigas como Serena! – disse olhando afetuosamente para a sua amiga. - Ajuda-la nas matérias que ela ou qualquer outra de minhas amigas e colegas tenham mais dificuldade. Quando estudamos juntas, após a escola, é uma oportunidade que tenho de retribuir o apoio e a amizade sincera que sempre me deram. Dentro e fora do colégio! – diz Amy, esboçando um sincero sorriso de carinho e amizade à Serena.
Amy! – diz Serena sorrindo!
Sim, Sayaka! Fico contente quando tiro boas notas! Mas, acredite, fico mais contente em ver minhas colegas tirando boas notas, também! Sabendo que isso é resultado de compartilhar e dividir os meus conhecimentos, com elas e meus colegas, quando estudamos juntos.
Sayaka cerra os dentes, com raiva. Aquela garota acabara de lhe dar uma lição de moral diante de todo o colégio. Uma humilhação publica.
Ela não pode deixar que essa suburbana medíocre leve a melhor.
Quando Amy, finalmente, ajuda Serena a se levantar, Sayaka dispara:
Belo discurso, "geniazinha"! Pena que não engulo essa babaquice que falou! Aposto que dormiu com todos os professores deste colégio, para garantir esse primeiro lugar nas provas! – disse Sayaka com sorriso cruel!
Houve um grande murmúrio entre todos os alunos que acompanhavam a discussão entre as duas garotas. O choque daquela insinuação grave chocou a todos.
Serena perdeu a calma e queria ir direto para cima de Sayaka e acertar aquela "cara nojenta" com um bom soco. Mas, foi detida por Amy, que fez sinal para ela não partir para a violência.
Em seguida, Amy aproximou-se de Sayaka e a olhou bem de frente, de modo serio e firme. E, então lhe disse de maneira direta e segura. Essa última insinuação teve uma resposta direta e segura de Amy à sua antagonista:
Não, Sayaka! Não fiz uma coisa dessas. E sabe por que? Porque isso é algo que é mais de seu feitio, de seu caráter, do que do meu, Sayaka!
Vamos, Serena! Vamos embora daqui! Precisamos ir andando estudar na
casa de Rei, hoje! - disse Amy, calmamente, a sua amiga e começando a
caminhar para a saída do colégio.
Mal chegou a dar dois passos, quando de repente, Sayaka, enfurecida de ódio, atacou-a por trás, dando-lhe uma "chave de pescoço", traiçoeiramente. Amy deixa seus livros caírem no chão, e leva suas mãos ao pescoço, numa tentativa de se soltar.
Sua suburbana medíocre! Puxa-saco de professores! Como ousa me afrontar desta maneira? – grita Sayaka, demonstrando um ódio incontrolável por Amy.
Serena tenta socorrer sua amiga, mas é detida e agarrada pelas valetes de Sayaka! Os outros alunos, por medo, não ousam interferir na briga.
Gritando ofensas contra Amy, chamando-a de "gentalha", Sayaka sussurra no ouvido de Amy, que ela irá receber uma lição para nunca mais "bancar a esperta" com ela. Dito isso, Sayaka puxa do bolso do seu uniforme um pequeno e afiado estilete.
Agora, sua garota metida a esperta – diz Sayaka, aproximando a Lâmina bem perto do rosto de Amy – Vou deixar uma lembrança nessa sua "carinha de anjo" para que você nunca mais se meta a esperta comigo, sua CDF!!
Ao ver a lâmina aproximar-se do seu rosto e ouvindo os gritos desesperados de Serena, Amy age por impulso, sem tempo para pensar.
Graças aos treinos diários de luta marcial com Lita, Amy age como havia sido orientada pela sua amiga, num situação idêntica a essa: Desfere uma cotovelada na altura do estômago de sua inimiga, que fica imediatamente baqueada com a reação inesperada de sua oponente. Sentindo o braço em volta em seu pescoço se afrouxar,
Amy imediatamente, aplica-lhe um perfeito golpe de judô e joga sua adversária no chão, onde rola desastradamente até um cesto de lixo, espatifando-o por completo. O resultado disso: Sayaka fica com o rosto e roupas totalmente sujos, além de seu orgulho ter sido totalmente destruído. Aquela garota, não só fora mais esperta, como num só golpe a desmoralizou e a ridicularizou perante a escola inteira.
As suas duas comparsas soltam Serena e correm para auxiliar a sua líder. Ajudam-na se levantar do chão, mas ela num gesto tresloucado, se solta e recusa auxilio. Ela está totalmente dominada pelo ódio da humilhação que aquela garota acabara de faze-la passar.
Sua desgraçada! Olha só o que você fez comigo, maldita! Eu vou acabar com a sua raça de uma vez por todas! Eu vou...
As promessas de vingança de Sayaka são interrompidas pela chegada, súbita, do diretor do colégio, o sr. Tokugawa. Ele estava passando pelo salão naquela hora e pode presenciar boa parte do que aconteceu.
Parece que você arrumou mais uma confusão desta vez, não é, srta. Sayaka?! Mas, desta vez, sua família não poderá aliviar sua punição! Vamos até o meu gabinete agora, que irei chamar seus pais para uma conversa séria! – disse ele num tom severo.
Sayaka sabe que não seria prudente desafia-lo com risco de uma expulsão. E, sem saída obedece.
Mas, não antes de olhar cheio de ódio para Amy e murmurar um juramento de vingança.
Você vai me pagar muito caro por isso, sua desgraçada! Muito Caro!
Em seguida, ela acompanha o diretor até o seu gabinete.
Serena aproxima-se da amiga e pergunta se Amy está bem. E ela diz que sim. Serena pede que ela tome muito cuidado com Sayaka, pois ela é uma garota terrível e poderá querer se vingar. Amy tranqüiliza Serena e promete tomar cuidado.
Em seguida, as duas partem juntas do local.
CENA 3:
Antiga Fabrica de Plásticos "Iwata" – Subúrbios de Tokyo
Ela grita, enquanto as poderosas correntes elétricas percorrem todo o seu corpo. É uma tortura insuportável, e a Rainha Bery. Blasfema contra todas as criaturas infernais do Negaverso pela dor que é obrigada a passar.
Ela se encontra amarrada por pés e mãos numa plataforma cheia de equipamentos eletrônicos, refletores de radiação e alguns imensos tubos de ensaios. Seus braços estão furados com varias agulhas de Seringa, ligadas a tubos conectados a sacos de soro, mas que contém estranha mistura verde, que lentamente, vai se misturando ao seu sangue, durante todo o processo.
Ela continua a gritar de dor. Desde que ela foi colocada sobre a plataforma, a quase uma hora, e o dr. Àtila iniciou sua experiência de mutação genética. O cientista está acompanhando toda a agonia da vilã através de seu aparelho de controle, analisando cuidadosamente a leitura de dados que observa em seus monitores e controlando os fluxos e refluxos da experiência através de botões no painel. Ele está calmo, com a atenção toda voltada a seu trabalho.
O mesmo não pode ser dito de Malachite, que assiste aflito e agoniado a "tortura" por que passa sua soberana. A dor que observa ela passar é insuportável de mais, por varias vezes, questiona a si mesmo se deveria ter permitido que Atila fizesse essa operação horripilante. Sua vontade é faze-lo parar com isso imediatamente. Interromper toda essa experiência médica...
Mas, ele não podia Havia sido proibido pela própria Rainha Beryl de atrapalhar essa operação, seja por quais motivos fossem. Ela sabia, tão bem quanto ele o que estava em jogo, naquela operação A própria sobrevivência física da Rainha Beryl O corpo humano que a mente dela habitava, estava já em fase de decomposição celular, quando eles chegaram a fabrica Iwata., duas horas atrás.
O local, um antigo esconderijo de Zeocyte, um dos generais do Negaverso já falecido, estava abandonado há vários anos. E nesse tempo todo, ninguém ousou entrar na fabrica, pois o local adquiriu fama de ser mal-assombrado. As poucas pessoas que viviam na redondeza, juravam escutar estranhos barulhos e "luzes verdes" refletidas nas janelas quebradas da fabrica.
Idiotas! Pensava Malachite. Esses tolos humanos não sabiam que o barulho e as luzes que ouviam e viam eram produzidos por "enormes sementes orgânicas" geradas pela própria dimensão negra do Negaverso. Zeocyte havia trazido elas da dimensão diabólica para usa-las num dos ataques às Sailors.
Infelizmente, o idiota acabou sendo derrotado pelas heroínas, antes mesmo que pudesse tê-las utilizado e foi punido severamente pela rainha Beryl.
Assim as "sementes" acabaram sendo esquecidas naquele local abandonado. E ali ficaram durante todos esses anos, sem que ninguém os achasse. Foi muita sorte a Rainha Beryl ter se lembrado das "sementes", pois elas na verdade foram tudo que restaram do Negaverso. E, ironicamente, haviam se tornado a última chance de sobrevivência da Rainha Beryl. Em seu interior, encontrava-se o código de DNA e o material biológico que Átila necessitaria para a sua experiência.
O cientista agiu depressa, Malachite reconhecia. Em menos de uma hora montou o seu equipamento de laboratório (com a ajuda dos dois criminosos que havia libertado, os quais carregaram os equipamentos) e retirou o que precisava das sementes. Algumas misturas no tubo de ensaio e pronto. A formula, como o próprio Átila se referia a estranha mistura que fizera estava pronta.
Faltava a fase seguinte e a mais critica de todas: A operação de mutação genética.
Malachite lembrava que a Rainha Beryl estava num estado deplorável, quando foi colocada no aparelho de Átila. Sua pele estava literalmente murchando e definhando. Mas, ela ainda encontrou forças o suficiente para olhar para Malachite e dar uma última ordem:
"Haja o que houver, não pare a operação em hipótese alguma! Ela é minha última chance de sobreviver, entendeu bem? Mesmo que eu grite, implore, retorça todo o meu corpo...Façam tudo até o fim! Senão, tudo terá sido em vão e eu estarei morta!" – disse ela contundente.
Malachite meio hesitante, deu sua palavra que faria como o ordenado.
E assim foi feito.
Agora a experiência chegava a sua fase decisiva e Átila avisava a seu comparsa que iria aplicar a "última dose". Então, apertando os botões, o cientista injeta o restante da formula no corpo da mulher e dá uma descarga energética mais forte de todas. Tão forte que o corpo da vilão começa a emitir uma luz esverdeada e, subitamente, toda a aparelhagem explode.
Minutos se passam até a fumaça se dispersar e Malachite está aflito. Ele teme que a experiência tenha sido um fracasso total e que a sua soberana já esteja morta.
Ele olha furioso para Átila e o ameaça:
Se ela estiver morta, você vai implorar por uma morte rápida seu charlatão!
A resposta de Átila é um largo sorriso:
- Eu nunca falho em minhas experiências! Sou um verdadeiro artista da bio-engenharia genética, chefe! Mas, desta vez, vejo que consegui me superar! He! He! He! Olha atrás de você! He! He! He!
Malachite se vira e em meio da fumaça que já se desfez, ele vê erguida dos escombros da aparelhagem, a Rainha Beryl em seu corpo original! O mesmo corpo e aparência física que tinha durante a guerra contra as Sailors. Só que ela está um pouco diferente do que era naquela época. Sim, Malachite percebe logo em seguida. Ela emite uma energia muito mais forte e poderosa do que possuía anteriormente. Um poder que causava até mesmo medo em Malachite.
Ele se ajoelha enquanto sua soberana se aproxima.
Bom Trabalho, doutor! Estou me sentindo ótima! Parece que me rejuvenesci alguns séculos! E esse poder que eu sinto em minhas veias é algo indescritível – diz a vilã.
O cientista agradece o elogio e diz que fez algumas melhoras no DNA dela, justamente para torna-la e a seu corpo muito mais forte e poderosa do que era antes. E que ao vê-la daquela maneira a considera como sua maior obra prima!
Beryl solta uma risada cruel de gelar o sangue de medo e estala os dedos, fazendo aparecer do nada o seu cajado real.
Em seguida, pede para que Malachite a acompanhe até uma sala reservada, pois precisa discutir com ele uma estratégia de vingança contra as Sailors!
Algo tão cruel e horrível que fará com que Sailor Moon e suas amigas venham a se lamentar amargamente de ter cruzado o caminho dela.
CENA 4:
Num ISAKAYA (barzinho japonês) no bairro de Shinjuku – naquela mesma noite
.
Dezenas de pessoas se amontoavam pelo bar. Eram quase dez horas da noite, mas um grupo de motoqueiros com suas roupas de couros, jeans e estampas cheio de símbolos anárquicos falavam aos gritos, bebiam e fumavam sem parar.
Eram o grupo de BOZOZOKOS (gangue de jovens motoqueiros e marginais) que estavam curtindo a noite. Eles eram os JOKERS, uma das clãs de Bozozokos mais conhecidos e temidos de toda a região de Tokyo. Era um grupo de vinte motoqueiros, todos fortes e mal encarados liderados por seu líder, NOMURA., um sujeito forte de olhar cruel, que estava sentado numa mesa afastada, bebendo cerveja em companhia de uma garota de uniforme colegial. O que chamava atenção para as pessoas que passavam perto da mesa era o fato de o uniforme dela estar muito sujo...
Os dois estavam conversando a mais de meia hora. Nomura, entre um cigarro e outro, escutava atentamente, a moça falar. Afinal, não só fora ela que havia lhe telefonado algumas horas atrás e marcado esse encontro, no barzinho como estava pagando as bebidas e os petiscos para todo o grupo. E uma "boca livre" era algo que não podia se recusar...
É claro que nada disso seria de graça. Ele conhecia Sayaka a bastante tempo para saber que ela jamais faria uma "gentileza" como essa, sem querer algo em troca.
Nomura escutou-a com toda a atenção até ela terminar de lhe contar toda a história da briga daquela tarde no colégio.
Quando ela acabou, Nomura soltou uma gargalhada e tomou mais um gole de cerveja. Sayaka não gostou dessa atitude e disse que não gostava que zombasse dela. Nomura pediu desculpas, mas, não podia deixar de achar graça que Sayaka tivesse levada uma surra de uma CDF, uma patricinha do colegial! Logo ela, que ocasionalmente, participava das farras que os JOKERS promoviam por toda a cidade. E ela sabia brigar bem. De maneira suja, é claro. Mas, de que outra maneira poderia ser?
Mas ter perdido uma luta para uma "patricinha", na frente de todos os alunos do colégio.... Nossa! Com certeza, foi a humilhação máxima para Sayaka. A garota deve estar se remoendo por dentro, pensava Nomura.
Mas, ele já imaginava o que ela estava querendo dele e de sua gangue com toda aquela "amabilidade". Mas, fazia questão que ela lhe pedisse o favor, pessoalmente.
E não demorou muito para que ela abrisse sua pasta e jogasse sobre a mesa uma foto de Amy! Ele não seria idiota de perguntar onde e como ela havia obtido a foto (Sayaka tinha lá os seus recursos). Pegou a foto e examinou:
É essa a garota?- perguntou examinando o rosto da foto – Ela é uma gracinha!
Poupe-me de seus comentários! Quero saber se você e o resto da turma podem dar uma lição nessa CDF maldita! Quero que ela pague muito caro pela humilhação que me fez passar, hoje, no colégio! Muito caro!!! E creio que você entendeu bem o que quero que vocês façam... – completou com um olhar cruel de ódio!
Nomura olhou novamente a foto e depois passou a diante para os outros motoqueiros. Todos, sem exceção começaram a assobiar, falar gracinhas e gesticular de maneira obscena, enquanto a foto era passada de mão em mão.
Enfim, Nomura falou:
Pode deixar com a gente, Sayaka! Como vê, a turma vai adorar conhecer essa menina! Creio que a gente vai se divertir de montão com ela! He! He! He!
Ótimo! Amanhã de manhã teremos uma aula de biologia, apenas! E deveremos sair por volta de meio-dia do colégio! Fiz um mapa do trajeto que ela costuma percorrer até chegar em casa! – disse Sayaka entregando um papel desenhado – Não tem como errarem! Façam o serviço amanhã, sem falta!!! Depois, acertamos o "pagamento"...
Pode deixar! A gente vai dar um trato nessa garota que ela jamais irá se esquecer! He! He! He!
Sayaka sorri cruelmente. Ela sabe muito bem a barbaridade que Amy está prestes a sofrer nas mãos desses "animais". E isso a deixa muito satisfeita.
CENA 5:
Numa Mansão tradicional japonesa, no Bairro de Ebisu – Manhã do dia seguinte.
O sol estava nascendo naquele sábado e Issac tinha acabado de acordar. Levantou-se com certa dificuldade, apesar de ter dormido confortavelmente naquela cama tão macia.
Esforçou-se um pouco para ficar sentado e, depois, deslizar para a sua cadeira de rodas, que havia posto ao lado da cama, na noite anterior.
Estava no segundo andar de uma casa muito bem decorada e bastante grande para os padrões japoneses. Foi até o banheiro, tomou uma rápida ducha e, depois, dirigiu-se até o elevador da casa, que apesar da velha Rumiko não ter admitido, ele sabia que ela havia mandado construir, especialmente, para ele. "A vovó nunca vai dar o braço a torcer e admitir que me fez um grande gentileza! Ô, velha teimosa, sô!!!" – pensou ele sorridente, enquanto passava pelo quarto da velha senhora e por uma fresta da porta a viu fazendo suas orações matinais em frente ao pequeno oratório xintoísta.
Pegou o elevador e apertou um botão escondido, secretamente no painel . Uma voz metálica se fez ouvir.
"Código de acesso!"
" Red Flash" – respondeu Issac! A voz metálica confirmou o código e o elevador, começou a descer. Mas, ele não parou no andar térreo da mansão, que só tinha uns três andares, como normalmente teria feito. Em vez disso, uma porta secreta se abriu, no térreo, e o elevador continuou a descer, até chegar a uma caverna subterrânea, a uns 30 metros de profundidade.
Issac desceu do elevador e esboçou um largo sorriso. Sentia-se novamente em casa. Assim como no Brasil, a mansão japonesa possuía uma caverna secreta com todos os equipamentos de combate ao crime, que dispunham no esconderijo de São Paulo: Computador, motocicleta, um vasto arsenal de armas e um laboratório de primeira linha.
Mal podia acreditar que Rumiko tinha construído uma base de operações como a do Brasil, no Japão. Não só naquele país como em outras partes do mundo também. Mas, isso era uma outra história.
Ele tinha, novamente, o seu local de trabalho. E podia continuar ajudando Jimmy como fazia sempre, como conselheiro, apoio e pesquisador. Ele mal pode acreditar quando Rumiko lhes contou sobre essa base em Tokyo. Ficou radiante. Já Jimmy , com aquele seu costumeiro "ar sério ninja" só balançou e fez um agradecimento polido.
E, por falar no dito cujo... Issac escutou o barulho de uma moto correndo por uma via secreta e se aproximando do esconderijo.
Em menos de um minuto, ShadowMoon apareceu e estacionou seu potente veículo no centro do laboratório.
Bom dia, ShadowMoon! Chegou bem na hora do café da manhã! Como foi seu passeio noturno? Encontrou alguns "bandidos malvados" para espancar? – disse Issac com seu costumeiro bom humor e ironia.
Oi, Issac! A moto precisa ser calibrada e a propulsão turbo precisa aumentar a potência e...
Tudo bem, chefe! Deixe tudo comigo! Eu sei que preciso fazer uma geral nos equipamentos e nos armamentos daqui. Mas, ao contrário de você, eu preciso de meu "sono de beleza" para me recompor de uma viagem de avião de mais de 24 horas! Pessoas normais se cansam depois de uma jornada dessas, sabia disso? Ops!!! Me desculpe! Eu esqueci que estou diante de um ninja! Um sujeito que tem um verdadeiro "fôlego de gato"! Um ninja como você não pode se cansar assim tão fácil, né? Mal chegamos aqui, na noite passada, e você já quis pegar a moto e sair por aí, a caça do Anjo. Pois bem, quero saber como foi o seu passeio!
Jimmy retirou sua mascara e olhou com severidade para Issac. Seu amigo sabia ser bastante irritante as vezes, com aquelas piadas e ironias. Mas, ele sequer, se incomodava ou importava com isso! Era um sujeito sempre bem humorado, não importasse a situação que fosse. Ele era o seu melhor amigo e um sujeito que poderia confiar sempre! Apesar de não admitir nunca isso para ele.
Jimmy acabou respondendo:
Fui apenas dar um passeio... conhecer o território! Precisava estar familiarizado com as ruas avenidas e outras vias de acesso da cidade. Tokyo é mil vezes maior do que São Paulo e ainda não vi nem dez por cento desta cidade.
Vou preparar um mapa da região metropolitana de Tokyo e coloca-lo no computador da moto. Com isso, você não vai se perder, te asseguro! – disse Issac! – Mas, você ainda não me respondeu a minha pergunta...
Não! Eu não mandei nenhum marginal para o hospital, se quer saber! Na verdade, eu peguei a moto e saí, simplesmente para arejar a minha cabeça! Não consigo tirar o Anjo da cabeça... Tenho que pegar esse desgraçado de alguma maneira... – praguejou Jimmy!
Calma, tudo a seu tempo! A gente vai agarrar esse crápula! Esqueceu de nosso plano? Estou preparando tudo!
Na segunda-feira, ou seja, depois de amanhã, você já começa as aulas no colégio dessa menina... Serena! Se tudo sair direitinho como planejei nos documentos que preparei para enviar ao colégio, você irá não só aparecer como um estudante estrangeiro vindo fazer um intercâmbio no país, como ainda vou coloca-lo na mesma sala de aula que ela!
Não era isso que queria? Ficar bem perto dessa garota para vigia-la?
O mundo da informática é uma maravilha, meu caro Jimmy! Com um computador e uma internet, faço qualquer coisa! Inclusive forjar documentos!!! Deixe tudo comigo, ok?
Valeu, Issac! – disse Jimmy , colocando sua mão sobre o ombro do seu amigo. – Vovó esta rezando?
Como sempre! Olha Jimmy, por que você não sobe, toma uma boa ducha e descansa? Depois, quando você acordar, você arruma suas coisa no quarto, ok!?
Vou tomar uma ducha e desfazer as malas de uma vez! Pode deixar! Mas, não estou cansado...
Eu sei, amigo! Compreendo perfeitamente! – Disse Issac, podendo perceber o quanto Jimmy estava ansioso e tenso com tudo aquilo. Precisava arrumar alguma coisa para tentar distraí-lo! Então teve uma idéia! - Olha, por que você não faz o seguinte: A nossa dispensa está vazia e precisamos abastece-la com comida! Por que, então, você não dá um pulo no supermercado e faz umas compras? Deve ter algum por perto e você ainda aproveita para conhecer a vizinhança, que tal? Vamos, vai dar um passeio, por aí!!!
Jimmy fica pensativo por alguns minutos. Ele sabe que Issac está sugerindo isso para ele dar uma volta e espairecer um pouco. Ele sabe muito bem, que Issac, embaixo de seu costumeiro sarcasmo, está muito preocupado com ele.
Por favor, Jimmy! Eu sou um sujeito que precisa se alimentar bem! Senão os "neurônios de meu pobre cérebro genial" não funcionam direito! – diz Issac, fazendo cena melodramática.
Ok! Vou ao super mercado mais tarde!
Oh! Obrigado Jimmy! Você é meu "ninja preferido" sabia?! Tão prestativo....
Ta legal! Chega de piadas infames! Já disse que vou as compras! Enquanto isso, será que é pedir muito a você que arrume a minha moto e as coisas por aqui?
Deixa comigo! Até o final da tarde vou deixar tudo aqui nos TRINQUES!!!!
Ótimo! Hoje a noite, quero fazer uma visita a casa do nosso "alvo"! Se o Anjo já está aqui, em Tokyo, preciso ficar de olho nela a partir de agora! Conto com você. Issac!
Issac faz um sinal com o polegar para cima dizendo que tudo ficará bem. Em seguida vê Jimmy pegar o elevador e subir.
CENA 6:
Colégio Juuban High School Horário de saída.
Amy cruzou o portão de saída do colégio. Procurando ignorar o falatório e os cochichos que ouvia, por todo o colégio, inclusive, na sua própria sala de aula. Mas, era impossível. Depois, do que ela considerava num infeliz incidente, não se comentava outra coisa no colégio, a não ser a briga entre ela e Sayaka, no dia anterior. Era o assunto do dia.
Muitos ainda estavam espantados pelo fato de Amy, uma aluna exemplar, geralmente, quieta e tranqüila, ter se envolvido numa briga violenta, ainda mais com a aluna mais "barra pesada" do colégio. E, o que era pior, ter levado a melhor em cima de sua adversária, que sofrera uma humilhante derrota a frente de todos.
Logicamente, todos, apesar de não demonstrarem isso explicitamente, adoraram ver aquela "filhinha de papai" mal caráter ter levado a pior. Ela merecia que alguém lhe desse uma merecida lição. Que lhe desse uma surra. Só o que espantava fora o fato de a Amy ter sido a pessoa que levou isso em prática. A maioria dos alunos haviam apostado, que seria Lita a aluna, que iria "se pegar" com Sayaka, pois era conhecimento de todos, como as duas se odiavam.
Mas, a vida era cheia de surpresas.
E Amy passou o dia todo tentando inutilmente, ignorar aquele falatório no colégio. Mas, no seu íntimo, era impossível. Ela lamentava o que havia acontecido. Se pudesse teria evitado a todo custo entrar naquela briga com Sayaka. Mas, não teve escolha. Agora, tinha que suportar em silêncio ser o foco de olhares e conversa silenciosas entre seus colegas.
O fato de Sayaka não ter aparecido no colégio naquela manhã, deixava Amy preocupada. Não sabia se isso era um bom ou mau sinal. Ainda mais na hora da saída, quando ao ir ao seu armário pegar seus sapatos e ir embora, encontrou uma carta anônima. Não sabia quem a havia colocado lá, e nem tinha nenhum nome no envelope, a não ser o dela, escrita em tinta vermelha.
Amy respirou fundo e abriu o envelope. Tirou o papel fino de dentro e abriu: Os olhos de Amy se arregalaram de espanto. No papel havia um desenho mal feito dela, caída ao chão, machucada e sangrando. Em cima do desenho, estava escrito: "Sua hora está chegando...."
Amy percebeu a aproximação de alguém por trás dela e, num impulso se virou, pronta para qualquer ataque:
Ai!!! Calma, Amy! Sou eu! – gritou Serena assustada, levantando sua mochila para se defender.
Serena! Oh, desculpe-me! Eu pensei... Eu pensei... Esquece!
Esta tudo bem com você, Amy? – perguntou Serena para sua amiga, já falando normalmente.
Mas, é claro... – disse Amy, escondendo a carta atrás de si. Não queria que ela visse aquela ameaça. Não queria preocupa-la.
O que você tem, aí, atrás?
Nada! Nada importante... São só umas anotações que fiz ...
Anotações, é? Será que posso dar uma olhada?
Mas... Mas, Serena! Eu já disse que... – Antes que Amy pudesse terminar a frase, Serena num movimento brusco e inesperado avança para Amy e pega a força a carta que ela estava tentando esconder.
Serena! Não! – Mas, era tarde para Amy protestar! Serena viu o conteúdo dele com o rosto horrorizado. Em seguida, se enfureceu e rasgou aquela carta imunda em vários pedaços.
Bandida! Canalha! Quem ela pensa que é para lhe ameaçar de uma forma tão baixa e suja como essa? Essa menina devia estar na cadeia e não no colégio!
Serena! Acalme-se, por favor! Isso não é nada sério! Foi uma brincadeira de mau gosto de alguém aqui da escola... – disse Amy, tentando mostrar que não levava a sério aquela ameaça.
Brincadeira de mau gosto, uma pinóia! Isso é uma ameaça! Aquela bandida da Sayaka está aprontando alguma coisa contra você...
Serena ficou agitada e pediu para acompanhar Amy até a lanchonete, onde tinham combinado de se encontrar com Darrien e as meninas. Iria discutir com todos a briga dela com Sayaka e as possíveis ameaças de retaliação que Amy poderia ser vítima.
Aquela Sayaka é muito vingativa, Amy! Depois do que aconteceu ontem, ela vai querer se vingar de alguma maneira! Eu conheço bem aquela peste!
Serena continuou a falar sobre o perigo que era essa menina e as coisas que tinha ouvido falar de Sayaka. Coisas meio que inacreditáveis e exageradas, pelo que ouvia Amy sair falar da boca de Serena.
Por fim ambas, saíram do colégio. No lado de fora, andando sobre o muro estava Lua, que pulou imediatamente sobre o colo de Serena. Olhou para Amy e perguntou se ela estava bem. Serena havia lhe contado na noite anterior, sobre a briga e quem era essa Sayaka. Lua demonstrou preocupação e como Serena pediu que Amy tomasse cuidado e, por alguns dias, só viesse e fosse embora do colégio em companhia de Serena ou de uma das amigas. Pelo menos, até que as coisas se acalmassem, disse Lua.
Amy tentou tranqüilizar as duas, dizendo que estava tudo bem e que ela tomaria cuidado. Mas, no seu intimo, Amy não queria envolver nenhuma de suas amigas nesse problema. Não queria que ninguém pudesse vir a se machucar ou a se ferir por causa dela. Essa era um problema que ela teria que resolver de uma maneira ou outra sozinha.
Não queremos que nada de mal te aconteça, Amy! Nós todos gostamos muito de você e estamos preocupadas com sua segurança! Por favor, Amy! Prometa que não vai sair da escola ou de sua casa sozinha por favor!
Serena parou em frente de Amy e pôs as mãos sobre os ombros dela. As duas se entre olharam e os olhos de serena transbordavam de uma calorosa emoção quando ela disse:
Eu gosto de você, Amy! Você é a minha melhor amiga! Minha melhor amiga!
Amy se emocionou com aquelas palavras! Colocou um das mãos sobre a mão de Serena e disse, esboçando um sorriso tímido:
E você é como uma verdadeira irmã para mim, Serena! Te gosto muito!
As duas se abraçaram como se fossem duas irmãs de verdade, sob olhar lacrimejante de Lua. Ela também estava emocionada e contente em ver como as duas moças tinham tanto afeto mutuo. Mas, teve que interrompe-las`.
Meninas, temos que ir! Senão vamos chegar atrasadas à lanchonete!
É verdade! O pessoal deve estar esperando pela gente! Se demorarmos muito, eles vão começar a almoçar sem a gente...- disse Amy sorridente.
Ai, não! Isso não! Se atrasarmos eles vão acabar comendo tudo sozinhos e não vão deixar nada para nós! GRRRR!!! A Rini é uma comilona que só vendo!! Ela vai comer tudo sozinha e o que é pior... VAI FICAR SOZINHA COM O MEU DARRIEN!!! BUUUAAA!!!!
Serena! Para de falar bobagens e vamos indo logo!! – disse Lua.
Vamos! – disse Amy.
O trio continuou a sua jornada, um pouco mais tranqüilos. Entretanto, sem que elas percebessem, um grupo de motoqueiros, escondidos logo atrás, as observavam a distância.
Nomura baixou os binóculos e sorriu, cruelmente. Virou-se para trás e falou aos motoqueiros de sua gangue, que já estavam cansados de tanto esperar.
Liguem as maquinas, pessoal! Assim que elas dobrarem aquela rua, a nossa "festinha" vai começar! He! He! He!
E fez se um rugido de 20 motos acelerando. Os JOKERS iam começar o ataque.
CENA 7:
Mansão Hara (QG de Shadow Moon) – Naquele exato momento.
Jimmy fizera como prometera a Issac: desfez as malas e arrumou as coisas no seu quarto. Em seguida, tomou uma ducha fria, e , logo depois, vestiu-se numa roupa informal: camisa, calça jeans e sapatos.
Em seguida, foi até o quarto de sua avó, que ainda estava meditando e orando. Pediu licença e entrou no quarto. Relatou o seu "passeio noturno" e pediu desculpas por ter saído de repente, sem avisar.
Rumiko o perdoou e disse que compreendia o que ele estava passando. Wilton era uma grande amigo dela também, mas, advertiu-o para não deixar que os seus sentimentos de vingança pessoal atrapalhassem o "equilíbrio" de sua mente. Ela deveria se manter em equilíbrio e focada em sua missão. Como um ninja autêntico deveria mantê-la.
Ele fez uma movimento afirmativo com a cabeça. Depois, disse, que iria sair para comprar mantimentos para casa. Conforme havia prometido a Issac.
Rumiko concordou. Não havia nenhum alimento ou bebidas naquela casa. Nem, tampouco, material de limpeza. Precisariam disso para limpar alguns cômodos da casa, por isso pediu que ele, também comprasse material de limpeza.
Jimmy prometeu que assim o faria. Levantou-se e já caminhava para a porta quando Rumiko lhe disse, sentindo uma nova premonição:
Jimmy! Mantenha-se alerta!
Jimmy estranhou aquele conselho mas nada disse. Saiu do quarto, desceu as escadas, e, após conferir o dinheiro que tinha na carteira, saiu da mansão em direção ao supermercado.
CENA 8:
Bairro de Ebisu, numa rua de pouco movimento.
Serena estava contando para Amy que Darrien havia prometido leva-la para o cinema. Ela sabia que tinha um filme de romance, perfeito, passando num cinema, perto da casa dela.
O único problema que ela via naquela "tarde romântica", que esperava tão ansiosamente, era que Rini fazia questão de ir junto com eles. E isso era algo que Serena não estava disposta a permitir.
Vou a cinema com o Darrien, sozinha! Nem que tenha que amarrar a Rini na cama dela. Aquela pestinha não vai atrapalhar o meu namoro com Darrien!!! – disse taxativamente.
Amy sorria achando graça nessa infantilidade de Serena. Já Lua a censurava por agir como uma criança boba.
Então, Lua, subitamente, parou. Alguma coisa estranha estava lhe chamando a atenção.
Serena e Amy, também, pararam de imediato, ao perceberem que Lua estava agindo de modo estranho.
O que foi Lua? Por que parou? – perguntou Serena.
Há alguma coisa estranha no ar... Não estou bem certa do que seja!
Coisa estranha? Mas, do que é que você está falando? – perguntou Serena, novamente.
SHHH!!!! Escutem! Esse som....
Estou ouvindo, também! – confirmou Amy – Parece ruído de motores... E creio que estão vindo dessa direção e.....
A frase morreu na boca de Amy, quando ela se virou e, viu as motos e os Jokers se aproximando em direção delas. Ela imediatamente percebeu o que estava prestes a acontecer e gritou para suas amigas:
É uma gangue de motoqueiros! Eles estão atrás da gente! Precisamos fugir o mais depressa possível! – gritou Amy.
Depressa, meninas! Corram! – gritou Lua.
Serena estava petrificada de medo e mal conseguia se mexer, vendo aquele bando de vândalos se aproximando delas. Foi preciso que Amy a agarrasse pela mão e a puxasse com ela enquanto começava a correr desesperadamente.
Infelizmente, só conseguiram correr alguns metros, antes das motos as alcançassem.
Os motoqueiros gritavam e passavam com suas motos de raspão por elas, gritando, fazendo piadas sujas e tentando levantar-lhes as saias. Amy tentava proteger Serena e vice-versa.
Já Lua se esquivava para não ser atropelada, até que um dos motoqueiros, armado com um bastão de beisebol, golpeou-a e a jogou para longe. Lua bateu contra uma parede de tijolos e caiu ferida no chão, quase sem sentidos. As duas estudantes estavam sem saída e num ato de desespero, Serena tentou se transformar, mesmo que isso fosse acabar revelando sua identidade secreta. Mas, tinha que tentar salvar a si e as suas amigas:
Seus canalhas! Vocês vão ver! Vou arrebentar a cara de todos vocês! – gritou furiosa. – Pelos poderes...
Cala a boca, sua vadia! – gritou um dos motoqueiros, desferindo-lhe um soco na cabeça de Serena, no momento que passava com sua moto, por detrás da estudante loira. Serena caiu desacordada no chão, na mesma hora!
Serena! NÃO!!!! – gritou Amy ao ver sua amiga tombar. E com uma fúria até então desconhecida de si própria, avançou sobre o agressor, pulando em cima dele. Foi o suficiente para ele cair com a moto ao chão e se machucar.
Amy conseguiu golpear e derrubar ainda mais dois motoqueiros, mas sabia que não podia resistir por muito tempo, seus atacantes eram em grande número (vinte no total) e ela estava totalmente cercada, com Serena a seus pés, desacordada. Ela não tinha opção a não ser se transformar.
Chegou a pegar sua "caneta de transformação", mas, antes que pudesse usa-la, um dos motoqueiros golpeou sua mão com uma corrente, jogando sua "caneta" para longe e fazendo-a gritar de dor:
Nada disso, "gatinha"! Você não vai usar nenhum canivete ou faca contra a gente! He! He! He! – disse o atacante, que, na verdade, era o próprio Nomura. Enquanto ele passava a corrente para um dos motoqueiros completou. – Você é uma boa "menininha", não é, docinho? He! He! He! E é "muito feio" uma moça bem educada como você querer ferir a gente, que só que ser seus amigos!!! He! He! He!
Antes que Amy pudesse fazer alguma coisa, dois motoqueiros a imobilizaram por trás, agarrando seus braços. Ela tentou, desesperadamente, se libertar, mas foi em vão. Estava completamente a mercê de seus perseguidores e Nomura a olhava com um olhar cruel de desejo.
E ele começou a se aproximar dela....
CENA 9:
Bairro de Ebisu, alguns quarteirões mais ao norte.
Jimmy havia caminhado calmamente pelas ruas do bairro, enquanto olhava tudo ao seu redor, tentando se distrair, como Issac havia sugerido. Infelizmente, isso não estava adiantando. Não parava de pensar no "Anjo" e em sua missão.
Sua avó tinha razão. Ele precisava manter sua mente em "foco" e não deixar que suas emoções atrapalhassem o seu raciocínio. Sentia o seu ódio contra o seu inimigo crescer a toda hora e amaldiçoava o "alvo" (Serena Tsukino) por ter sido, indiretamente, responsável pelo ataque e a fuga de presos do Carandiru 5.
Se não fosse por ela, o "anjo" não teria atacado o local e, conseqüentemente, os policiais do local não teriam morrido. E nem Wilton estaria entre a vida e a morte na UTI de um hospital.
Ele estava sendo injusto com essa coitada, no fundo sabia disso. Como Issac havia corretamente falado: "Pare de agir, feito um imbecil! Você acha que essa garota queria virar alvo de um assassino sádico e de um bando de super-criminosos? Seja, qual for a razão do "Anjo" querer matar esta garota, precisamos proteger essa pobre coitada à todo custo! Era isso que seu avô e seus pais fariam se estivessem aqui, hoje! Ou será que não?" disse Issac com severidade ao amigo durante a viagem de avião para o Japão.
Sim, Issac estava certo. Seu avô e seus pais não hesitariam de proteger esta garota. Fosse de que maneira fosse. Mas, ele não conseguia parar de culpa-la, também, pelo que ocorrera no Carandiru 5. Não conseguia parar de ter raiva dela. Era errado, ele bem sabia disso, mas não conseguia evitar este sentimento...
Seus pensamentos se dispersaram ao ver os letreiros de um supermercado, logo a diante.
Bom, vamos as compras! – murmurou, tentando fazer uma piada para si mesmo. Mas, não achou graçba do que disse.
Mas, quando ele ia entrar no local, sentiu uma estranha presença atrás de si ao mesmo tempo que ouvia uma voz, chamá-lo pelo nome:
Jimmy! Jimmy Hara!
Jimmy, imediatamente, se virou para trás, já assumindo posição de combate.
Mas, não conseguiu enxergar o vulto a sua frente, pois uma luz forte lhe enturvava a visão. Só podia perceber que se tratava de um vulto de uma mulher alta, trajando um vestido claro. Mas, não conseguia olhar-lhe o rosto.
Quem? Quem é você? E como sabe o meu nome? – perguntou irritado! Ele fora pego desprevenido. E odiava isso.
Não há tempo para isso! – falou a mulher com uma voz aflita e nervosa – Por favor, corra naquela direção, o mais rápido que puder. – disse a mulher misteriosa, apontando para uma rua estreita a uns poucos metros de distância. – Há duas pessoas que estão correndo sério perigo! Precisam de sua ajuda, urgente!!
Duas pessoas? Mas, quem...?
Por favor, vá depressa!!! – disse a moça, desesperadamente.
Jimmy não sabia por que razão, mas os seus instintos ninjas diziam para obedece-la, sem questionar. E, então, ele começou a correr, em disparada, na direção que ela indicara...
CENA 10:
Numa rua deserta. Local onde Serena e Amy foram atacadas.
Lua que quase fora atropelada pelos motoqueiros, começava a voltar a si. Pôs se em pé, com dificuldade, e olhou para cima. Viu Serena caída ao chão desacordada e Amy imobilizada pelos motoqueiros. Queria pular e arranhar os atacantes, mas sabia que não teria forças e nem condições para isso.
Só tinha uma opção, que era ir até a lanchonete e pedir ajuda as demais meninas e a Darrien. E, foi o que ela fez., enquanto que odiava em seu intimo abandonar Serena e Amy naquela situação.
Amy estava presa e imobilizada por dois motoqueiros, enquanto Nomura aproximava-se dela, até ficar frente a frente. Ele levou a mão ao rosto de Amy e fez um carinho nele. Amy repeliu o gesto como se fosse uma coisa repugnante.
Ei, gatinha! Você é mais bonita pessoalmente do que nas fotos! He! He! He! – disse ele com um bafo que fedia a cerveja . Amy ficava enojada só em vê-lo de perto.
Me soltem! Me soltem! – gritava Amy.
Fica fria garota! Você e sua amiga não vão a lugar nenhum agora! Ah, sim! Nem pense em ficar perdendo tempo gritando por socorro! Não há ninguém por aqui! Essa rua é praticamente deserta e, quase nunca, ninguém passa por aqui! Portanto, poupe o seu fôlego, ok!? He! He! He!
Quem são vocês? O que querem?
Ora, "geniazinha"! Será que não sacou nada ainda? Ou está se fazendo de burra só para me agradar! Nós, somos os "Jokers" e você é a nossa convidada especial para, digamos assim... a nossa "festinha particular", não é verdade pessoal?
Ouve uma ovação de todos os motoqueiros concordando
– Sabe, foi muito legal de sua parte trazer uma amiga sua para nossa "festinha", também! Tem um pessoal aqui, que vai ficar doidinhos para conhece-la... He! He! He!
Fique longe dela, seu animal imundo! – gritou Amy furiosa. Não permitiria que ninguém encostasse um dedo em Serena.
Ah, o que foi, meu bem? Tá com ciúmes? Não precisa ficar! Vou cuidar muito bem de vocês duas! Aliás, acho que vou começar tirando a roupa dela, peça por peça! Não é legal deixar que o uniforme fique sujo, com ela caída no chão, não concorda comigo? He! He! He!...
NÃO TOQUE NELA!!!!!! – Gritou Amy, num misto de fúria e desespero. Num gesto impensado, conseguiu chutar por entre as pernas de Nomura, fazendo-o cair de joelhos, sentindo dor.
ARRRGHHH!!!! Sua Piranha!!!! – gritou ele rugindo de dor. Mas, logo que se recuperou, aproximou-se dela e, sem pensar duas vezes a esbofeteou com força.
A cabeça de Amy virou para o lado e sentiu uma dor terrível no local da pancada. No canto de sua boca começou a escorrer um filamento de sangue. Quase não conseguia manter-se desperta, mas, em seguida sentiu a mão de Nomura agarra-la com força o seu queixo e puxa-la para perto dele.
Nomura parecia uma animal ensandecido, roendo-se de dor.
Sua CDF fillha da mãe! Você me machucou, sabia? Desgraçada!
Seu...nojento!!! – foi o que ela respondeu em meio a intensa dor que sentia no queixo.
Eu tentei ser "legal" com você! Mas, já vi que vou ter que pegar "pesado"! – puxou um canivete que tinha no bolso e num movimento preciso cortou a blusa de Amy ao meio, deixando o seu sutien e busto a amostra de todos.
NÃÃÃOOO!!!!
Quando eu e a turma acabarmos de nos divertir com "você" e sua amiguinha, vocês sequer vão conseguir voltar a andar!!
Pessoal, a "loirinha" é toda de vocês!!! Divirtam-se! Eu vou estar muito ocupada com essa daqui!!!
NÃÃÃOOO!!!!! – gritou Amy desesperada, enquanto via os motoqueiros se aproximarem de Serena. E também, ao ver Nomura, com o canivete, aproximar-se para beija-la no corpo! – Meu Deus, por favor, nos ajude! – disse ela numa prece silenciosa, com lagrimas nos olhos. Fechou-os para tentar não ver a violência que elas estavam próximas de ser vitimas.
Mas, então de repente, uma voz firme e severa, se fez ouvir por todos naquela rua:
SOLTEM-NAS!!!
Súbito, todos pararam e olharam na direção de onde estava partindo aquela ordem.
Foi, então, que o viram....
FIM DA PARTE CINCO
