SAILOR MOON V: SHADOWMOON
Capitulo 9: O DILEMA DE MERCÚRIO
CENA 1:
Residência de REI HINO. No Templo Xintoísta. Naquele exato momento.
Sailor Moon e seus companheiros estavam, literalmente, encurralados, no pátio do Templo do avô de REI.
Cercados pelos horripilantes Aracnóides, os soldados monstros da Rainha Beryl, as Sailors Guerreiras, bem como o valente Tuxedo Mask, e, até mesmo, os pequenos felinos Lua e Ártemis, lutavam, corajosamente, com todas as suas forças contra aquela legião demoníaca, muito superior as dos heróis em número e força.
Como se aquela luta, desesperadora, para sobreviverem a armadilha mortal da Rainha Beryl e de Malachite já não fosse o suficientemente angustiante para todos, o combate assumia um proporções mais mortal e perigoso, diante da fúria incontrolável do monstro "Gene Malévolo" RAIDAK.
O monstro os atacara com uma força descomunal e com uma selvageria indescritível. Nem mesmo a força de Tuxedo Mask ou os poderes combinados de todas as Sailors foram suficientes para sequer abalar ou deter Raidak.
O monstro repelira todos os ataques das heroínas sem grandes esforços. E o que era pior: contra-atacou-as com uma fúria e selvageria redobrada., com suas garras afiadas e seus disparos flamejantes de sua boca..
Era uma criatura que não se detinha por nada ou por ninguém. Parecia, ser, realmente, invencível, como gabara-se o dr. Átila, momentos atrás.
E, agora, Raidak rugia, com cruel satisfação, ao ver todos os seus inimigos, tombados ao chão, feridos e com suas forças quase que exauridas por completos.
RRRAAARRR!!! É só isso que conseguem fazer para me enfrentar, seus idiotas? RRRAAARRR!!! Isso não chega a me fazer nem "cócegas", seus inúteis! RRRAAARRR!!! – rugia o monstro num misto de fúria e de desprezo pelos seus oponentes.
Seu miserável! – praguejou Tuxedo Mask, caído ao chão, próximo a Sailor Moon. O herói de capa e cartola apertou com força o cabo de sua bengala, externando sua frustração.
Esse monstro... É... É... É muito forte... AIII!!! – balbuciou Sailor Júpiter, esforçando-se a se levantar do chão.
Maldição! Tem que haver... alguma maneira de derruba-lo... UNGHH!!! – gemeu Vênus, rolando pelo chão, com muita dor.
Tem que haver... UNGHHHH!!! ...uma maneira de salvar Nicolas... reverte-lo a forma humana... – dizia, meio que sem esperança, Marte.
Coragem, meninas! A gente vai dar um jeito de se safar desta... AIII!!! ...e ajudar nossos amigos... Já estivemos em situações piores... UNGH!!! Mas, sempre conseguimos superar os perigos... por pior que fossem... – disse, corajosamente, Sailor Moon, que num esforço penoso, mas determinado, colocou-se de pé, novamente. E , olhando para Raidak e os Aracnóides furiosa, gritou: - E NÓS VAMOS CONSEGUIR VENCER MAIS ESTA BATALHA!!!
Sailor Moon... – murmuraram as demais Sailors num misto de surpresa e admiração.
Vamos, pessoal! Coragem! Não podemos entregar os pontos tão facilmente... Não podemos deixar a Rainha Beryl conquistar o nosso amado planeta. TEMOS QUE PROTEGE-LO A TODO CUSTO! NEM QUE TENHAMOS QUE SACRIFICAR AS NOSSAS PRÓPRIAS VIDAS!!!! – gritou ela, olhando, desta vez, para a rainha Beryl e Malachite.
Sim! – gritaram as Sailors e Tuxedo Mask em coro. Inspirados pela atitude corajosa de Sailor Moon frente aos inimigos, todos, a muito custo e apesar das dores dos ferimentos em seus corpos, colocaram-se, novamente em pé.
A rainha do Nega-Verso sorriu, cruelmente, ao ver a situação desesperadora que suas inimigas se encontravam. Apesar das palavras corajosas de Sailor Moon, tanto a Rainha como seu fiel general, Malachite, não tinham qualquer dúvida, que a próxima investida de Raidak e dos Aracnóides contra o grupo de heróis, selaria em definitivo, a derrota das Sailors.
Tola! Acha que sua tentativa patética em continuar me enfrentando adiantará alguma coisa? Será que não percebe que está tudo acabado para você e suas guerreiras? Vocês não são páreos para o poder inigualável de Raidak e, muito menos, para meus soldados aracnóides. Há! Há! Há! Há!
Logo! Logo! Raidak trará para mim os seus corpos, mortos e mutilados, e os colocara diante de meus pés... Há! Há! Há!
Que pena, Sailor Moon! Esperava muito mais de você e suas amigas! Hé! Hé! Hé! Achava que vocês todos proporcionariam uma grande resistência contra os nossos "novos soldados", mas, pelo visto, acho que exagerei em pensar que vocês todos tinham forças suficientes, capazes de se oporem a nós... He! He! He! – Ria Malachite de maneira sádica, vendo que suas inimigas, estavam prestes a serem eliminadas de uma vez por todas.
E que a sua vingança pessoal, tão ansiada durante tanto tempo, estava prestes a se concretizar.
Já chega de perdermos mais tempo! Malachite! Mande Raidak e os Aracnóides acabarem com as Sailors e seus aliados de uma vez por todas! – ordenou a rainha das trevas, furiosa.
As suas ordens, majestade! – Virou-se para Raidak e os soldados monstros e ordenou. – Raidak! Soldados Aracnóides! Destruam todos! He! He! He!
RRRAAARRR!!! Ouço e obedeço, Senhor Malachite! RRRAAARRR!!! Irei estraçalhar a todos sem misericórdia! RRRAAARRR!!! ARACNOIDES!!! ATAQUEM!
Sailor cerrou os dentes ao ouvir aquela ordem e ver os seus inimigos vindo, novamente, ao ataque. Suando frio, virou-se para as suas companheiras.
Meninas! Precisamos pensar em alguma estratégia. – disse Sailor Moon, ao mesmo tempo que olhava para Sailor Mercury. – Mercury! Alguma idéia?
Não muitas, Sailor Moon! – disse a garota, pesarosa. – Estamos todos encurralados pelos nossos inimigos, aqui, nesse espaço estreito entre o portal de entrada e o templo. Nosso espaço de ação, por causa disso, é muito reduzido. Impedindo que consigamos organizar um ataque maior e melhor coordenado. Infelizmente, o inimigo nos tem onde querem. E a vantagem é toda deles...
Mercury tem razão, Sailor Moon! Precisamos sair daqui! E depressa! Senão aqueles monstros vão acabar com a gente. – avisou Júpiter.
Precisamos sair do templo e tentar alcançar a rua, lá embaixo. Isso nos dará um campo mais aberto para lutar e revidar... – observou Mercury.
É nossa única chance! – concordou Ártemis, que assim como Lua, também, combatia os aracnóides, como podiam ao lado de suas amigas.
Não! Não! Por Favor! Não façam isso! Já esqueceram que meu avô está nas garras de um dos subordinados de Beryl? E que ameaçou tirar a vida dele, caso fujamos do templo? – suplicou Marte, ao mesmo tempo que todos olhavam em direção do campanário do templo, onde o avô de Marte (Rei) estava amarrado no mastro principal, desacordado. E, ao seu lado, o Lunático, com uma espada em punho, apontava a ponta afiada da arma, na barriga de sua vitima.
É isso mesmo, gurias! Ninguém vai sair daqui! Ordens do "chefe"! Se tentarem dar o fora daqui, esse baixinho aqui vai virar um "espeto". He! He! He!
Desgraçado! Deixo-o em paz! – gritou Marte furiosa e ameaçadoramente. – Se você o ferir de novo eu acabo com sua vida, bandido desgraçado!
UUUIIII!!!!! Estou morrendo de medo, gata! – disse o Lunático num de deboche. – Se fosse você, eu me preocupava mais consigo mesma, do que com o velhote. Você e sua turma estão tão enrascados, aí, em baixo, que duvido que você tenha alguma condição de fazer qualquer coisa contra mim. He! He! He!
Ela não, mas, eu sim, seu grande canalha. – disse uma voz feminina vindo de trás do Lunático.
O que? – disse ele pego de surpresa pela presença inesperada naquele campanário. Num ato de auto-reflexo, virou-se para ver quem estava lá, mas no meio do movimento de sua cabeça, um poderoso soco atingiu-lhe em cheio o seu rosto, partindo-lhe, pelo menos dois dentes.
O Lunático foi nocauteado na hora: A espada que segurava caiu de suas mão, ao mesmo tempo que ele tombava, sem sentidos, do alto do campanário, para o chão.
Sua queda deteve momentaneamente o avanço dos monstros, que surpresos e atordoados, não sabiam o que havia acontecido. Tão pouco Sailor Moon e seus aliados, quanto a Rainha Beryl e os comandados de Malachite.
Maldição! O que significa isso? – Vociferou, encolerizada, a Rainha Beryl!
Significa que o seu "jogo sujo" vai ficar mais "equilibrado", agora, sua bruxa traiçoeira! – respondeu uma voz feminina do alto do Campanário.
Quem se atreve a me afrontar desse jeito!? – perguntou Beryl.
Somo nós! – gritaram três mulheres altivas com roupas de Sailors, num tom desafiante.
Malditas intrometidas! RRRAAARRR!!! Quem são vocês! RRRAAARRR!!! - Rosnou furioso Raidak.
Faço parte de uma nova era. Sou Sailor Urano! E entrarei em ação! – disse a mulher de cabelos claros e curtos
Eu também faço parte de uma nova era. Sou Sailor Netuno! E entrarei em ação! – completou sua companheira de canelos compridos.
Sou a guardião do tempo e do espaço. E dos mistérios que neles se ocultam. Sou Sailor Plutão! E, Também entrarei em ação!
SOMOS AS SAILORS DO SISTEMA SOLAR EXTERIOR! E ESTAMOS TODAS PRONTAS PARA ENTRAR EM AÇÃO!!! – gritaram as três Sailors, em coro. Como um grito de guerra e de desafio a seus inimigos.
Em seguida, as três guerreiras, pularam do alto do campanário e pousaram ao lado de suas amigas. Prontas para entrar em combate ao lado de suas companheiras.
Sailor Neptune havia desamarrado o avô de Rei e trazido com ela em seus braços, ao pousar.
Imediatamente, Marte foi a seu encontro junto com Mercury, preocupado em saber se o seu avô havia sofrido um ferimento muito grave na cabeça. Mas, Mercury a tranqüilizou, dizendo que não era nada grave, após verificar o ferimento, superficialmente..
Malditas! RRRAAARRR!! – Praguejou Raidak com a inesperada vinda de reforços de seus inimigos.
Plutão! Você e suas amigas se recuperaram mais rápido que eu podia imaginar. Maldição! – praguejou Beryl.
Não pense que cairemos, tão facilmente diante de seus poderes diabolicos, desta vez. Estamos preparadas paras suas cruéis artimanhas, Beryl! – advertiu Pluto com o cajado em punho, pronta para a ação.
Malditas intrometidas... – praguejou Malachite.
Já Sailor Moon e seus companheiros, não disfarçavam a alegria da chegada de suas três amigas.
Urano! Neptune! Plutão! Graças a Deus que vocês apareceram! – disse Sailor Moon alegre e emocionada.
Desculpe-nos pela demora, Princesa! Tivemos alguns... Contratempos... – disse Urano, já tomando posição de combate.
Contratempos?
Explicamos depois para vocês todos. Agora, que tal tentarmos dar o fora daqui?
Urano! Você não precisa nos perguntar isso, de novo... – respondeu Sailor Moon com sacarmos, ao mesmo tempo que ela e os demais, voltavam-se, em posição de luta, em direção a Raidak e os Aracnóides.
Idiotas! RRRAAARRR!! Vocês não vão a lugar nenhum! Malditas! RRRAAARRR!! Pouco me importa se agora tem mais algumas de vocês, Sailors! RRRAAARRR!! Isso não muda nada! Todas irão perecer aqui. RRRAAARRR!!
Isso que você pensa, monstro repugnante! – respondeu Urano, furiosa. Ergue o punho para o alto, invocando o seu poder e, em seguida, socou a terra, gritando. - TERRA TREMA!
Uma poderosa e gigantesca esfera energética partiu dos punhos de Sailor Urano, e correu pelo chão, em direção a tropa monstruosa da Rainha Beryl, atingindo-a em cheio.
Como resultado do impacto, uma poderosa explosão sucedeu-se, destruindo quase todos os Aracnóides e atirando Raidak, alguns metros de distância, ao longe.
Eis a nossa chance, pessoal! Vamos sair daqui! Rápido! – Gritou Sailor Moon.
Vão vocês todas na frente! Eu, Urano e Neptune daremos cobertura a vocês! Depressa! – disse Plutão.
Levem o avô de Marte a um hospital. Ele precisa de cuidados... – retrucou Neptune.
Podem deixar com a gente! Mas, vocês...
Não se preocupe conosco, Sailor Moon! Logo, estaremos atrás de vocês...
Nosso carro está estacionado, no final da rua, próximo ao parque. Hotaru está lá dentro, desmaiada.
O que?! O que aconteceu com Hotaru? – exclamou assustada Chibi Moon. – Ela esta bem?
Sim, "Pequena Dama"! Ela está. Mas, precisa, de auxilio médico, também! – tranqüilizou-a Plutão.
Mas...
Chega! Não há tempo a perder para ficar discutindo! - gritou Urano Impaciente, vendo que Raidak havia se levantado do chão e preparava-se para, novamente, enfrenta-las. – Tuxedo Mask!
Sim, Urano?
As chaves do meu carro estão no porta-malas. Pegue-as, e leve Chibi Moon, Hotaru e o velho para um hospital ou qualquer outro lugar seguro. Mas, bem longe daqui. Entendeu?
Sim! Compreendo... – disse ele, resignado. Não gostava de ter que abandonar Sailor Moon e as demais, durante uma luta, mas, só ele tinha condições de dirigir o carro. E a segurança de Chibi Moon, Hotaru e do velho senhor era a prioridade naquele momento. – Deixe tudo por minha conta.
Ok!
Sailor Moon... Eu…
Tudo bem, Tuxedo Mask! Eu entendo... - disse ela, gentilmente, segurando-lhe as mãos. Sabia pelo olhar que ele demonstrava, o quanto angustiava para ele ter que abandona-la e as demais, em plena luta. Mas, ela sabia que, naquele momento, era a coisa mais certa a fazer. – Não se aflija! Agüentaremos firme, até que você retorne.
Não vou demorar... Meu amor! Prometo! – respondeu ele, apertando com força, suas mãos com as delas.
Princesa! Depressa! Eles estão se reagrupando... – advertiu Neptune.
Houve uma última e singela troca de olhares entre o casal e depois, soltaram, suas mãos. Tuxedo Mask, imediatamente, colocou o avô de Rei sobre seus ombros e pegou Chibi Moon, pela mão.
Não quero ir! Não quero deixar vocês sozinhas... – protestou Chibi Moon.
Chibi Moon! Sua prioridade agora é ajudar Tuxedo Mask a cuidar do avô de Marte e de Hotaru. Tome conta deles. Confio esta missão a você... – disse Sailor Moon, sem conseguir esconder sua emoção.
Sim! Está certo! Conte comigo. – disse, finalmente, a menina, ao compreender o quão difícil era para Sailor Moon se separar dos dois, naquele momento. E o quanto estaria sofrendo por dentro.
Eu sei... – disse ela, num triste sorriso para os dois e acenando a cabeça. Em seguida, esforçando-se ao máximo ela se virou para suas companheiras. – Pessoal! Depressa! Vamos sair daqui! Sigam-me!
Sim! – responderam as demais Sailors, em uníssono.
Sailor Moon, Mercury, Marte, Vênus, Júpiter e os felinos, correram em direção ao Portal, seguidos por Tuxedo Mask e as pessoas que levava.
- Idiotas! Não deixem que escapem! Detenham-nos! – gritou furiosos, Malachite.
Raidak e os Aracnóides, tentaram cortar-lhes, o caminho, mas foram, fortemente, repelidos por Sailor Urano, Neptune e Plutão, que os atacaram com todas as suas forças, destruindo mais alguns Aracnóides e atordoando o monstro "Gene Malévolo".
Logo, Sailor Moon e seus amigos desceram as imensas escadarias até alcançarem a rua, lá em baixo.
Elas conseguiram! – disse Plutão, ao observar que suas companheiras estavam, já, bem longe do templo.
Ótimo! Então, agora é nossa vez, de sairmos daqui! Vamos! – gritou Urano.
Em seguida, as três Sailors desceram as escadas, sendo seguidas por Raidak e mais alguns soldados Aracnóides, que estavam no encalço delas.
Enquanto corriam para encontrar as demais, Urano disse a suas duas companheiras:
Isso não está certo! Foi fácil demais...
Tem razão! – concordou Neptune. – Beryl e seus aliados não fizeram nada para nos deter...
Isso não é do feitio de minha irmã. Ela deve estar planejando algo. Garotas, fiquem bem alertas.
Ok! – disseram em coro, as duas.
Mal imaginavam, o quanto o alerta de Plutão viria a ser tão justificado...
CENA 2:
No Templo Xintoísta. Naquele exato momento.
Malachite fez um gesto como se tentasse impedir que as Sailor cruzassem o portal do templo e alcançassem as escadas. Mas, discretamente, foi detido pela Rainha Bery, que segurou pela mão e acenou, negativamente, com a cabeça.
Frustrado, viu-se impedido de cortar a rota de fuga de suas inimigas. E, quando a últimas três guerreiras atravessaram o portal e desceram as escadas, o cruel assassino não suportou mais essa situação e disse:
Majestade. Porque me deteve? Eu poderia facilmente ter detido a fuga dessas intrometidas...
Sei disso, meu caro general! – disse a mulher secamente.
Mas, então, por que fez isso?
Porque quero que Sailor Moon e suas malditas aliadas continuem com essa tola ilusão de que conseguiram escapar de nossas garras. He! He! He! Isso fará com que a "pequena surpresa" que preparei para todos no parque, lá embaixo, deixem-nas, ainda mais desesperadas com sua inevitável destruição. He! He! He! – Virou-se para o cientista brasileiro – Não é verdade, dr. Átila?
Não se preocupe minha rainha, tudo já está preparado conforme a suas ordens. He! He! He! Mal sabem essas Sailors que estão todas correndo em direção a suas próprias "sepulturas". Há! Ha1 Há!
Malachite soltou uma gargalhada cruel. Estava contente em ver que sua soberana havia se preparado para qualquer surpresa inesperada.
Azar para as malditas Sailors, pensou ele.
CENA 3:
Na rua principal de acesso ao parque. Há um quarteirão de distância do templo Xintoísta.
Sailor Moon e suas amigas estavam quase alcançando o parque cheio de arvores, que tinha um pequeno playground para crianças, no final daquela rua.
Tuxedo Mask! Ali! Veja, é o carro de Urano. – disse ela, para o seu amado, que estava correndo ao seu lado, apontando em direção do veículo estacionado.
Sim, já vi!
Olhem lá! É Hotaru! Estou vendo o rosto dela na janela traseira do carro... Céus! Ela está ainda desmaiada! – observou, Chibi Moon aflita.
Sailor Moon sentiu um enorme aperto no coração ao ver também o rosto de Hotaru, sem sentidos. Virou-se para Tuxedo Mask e para Rini.
Vão depressa! Eu e as garotas daremos cobertura para vocês, enquanto partem de carro.
Sailor Moon...
Vão depressa! – disse ela enfaticamente, ao mesmo tempo que parava no meio da rua, e tentava coordenar a resistência. – Meninas, se posicionem. Vamos proteger a saída de Tuxedo Mask, deste ponto.
Sim! - gritaram as quatro Sailors, parando, abruptamente de correr e se posicionando para mais um combate.
Sentindo um forte aperto em seus corações, Tuxedo Mask, carregando o avô de Sailor Marte, e Chibi Moon correram em direção ao carro.
Sailor Moon olhou com tristeza e melancolia, o grupo alcançar o veículo e abrir a porta.
Neste exato momento, Sailor Plutão, Sailor Urano e Sailor Neptune, acabavam de chegar no local onde elas estavam.
Preparem-se, garotas! O tal de Raidak e aqueles monstros asquerosos estão bem atrás de nós. Vão chegar a qualquer instante. – avisou Urano, colocando-se em posição de luta, ao lado de suas amigas.
Temos que "segura-los" aqui, o maxímo que pudermos! – disse Sailor Moon. - Pelo menos, o tempo suficiente para Tuxedo Mask e seu grupo fugirem no seu carro.
Pode deixar! Daqui esses monstros não passam! – garantiu Sailor Urano!
Não deixaremos que eles consigam atravessar esse ponto da rua. – Apoio, enfaticamente Sailor Júpiter.
Eu não teria tanta certeza assim, suas idiotas! – disse uma foz feminina, num tom cruel e familiar.
O que?! – balbuciou Sailor Moon, ao mesmo tempo que virou-se me direção do local onde originava-se a voz.
Infelizmente, nem ela e nem suas companheiras, tiveram tempo de se virarem, pois, inesperadamente, o chão sobre os seus pés começou a tremer como se ocorresse um forte terremoto. Sailor Moon e suas amigas mal conseguiam se manter em pé!
Garotas! Cuidado! – gritou Sailor Moon.
Mas o seu alerta veio tarde demais, quando, subitamente, mãos monstruosas começaram a "brotar" do chão, agarrando-as pelos pés e braços, desequilibrando-as e fazendo-as cair, por terra.
Sailor Moon e suas companheiras estavam, completamente, imobilizadas e a total mercê de seus captores.
Haviam caído, outra vez, em uma mortal armadilha da rainha Beryl e seus comandados. Só que, desta vez, sem chances de, sequer esboçar uma reação.
Essa situação levou pânico e desespero para todas as guerreiras, principalmente para uma delas:
Oh, Espíritos Ancestrais! Não pode ser! Está tudo acontecendo exatamente como vi em meu sonho... Em minha visão! – gritou desesperada Sailor Marte, recordando-se do terrível sonho profético de noites atrás. - Seremos destruídas!
Acalme-se, Marte! Não entre em pânico! Vamos sair dessa! – disse Sailor Moon, tentando tranqüilizar a amiga, que demonstrava estar a beira do pânico total. Mas, diante daquela situação sem esperança, nem Sailor Moon acreditava em suas próprias palavras.
Elas tinham sido pegas de surpresa e estavam totalmente, sem saída.
Mas, o que está doida varrida está falando? – rosnou Urano, tentando se liberta daquelas garras.
Ela está...
A "sacerdotisa" está dizendo que a sorte de vocês, Sailors, já estava selada, há muito tempo. E que, finalmente, a minha vingança, tão aguardada, irá se concretizar. He! He! He! – respondeu Beryl, surgindo em meio a escuridão, rodeada por Malachite e seus subordinados.
Rainha Beryl! – disse Sailor Moon lutando, freneticamente, para se soltar daquelas garras, mas, sem sucesso.
Poupe seus esforços, Sailor Moon! Por mais que tente, não conseguira se libertar das garras de meus Aracnóides.
Você deveria ter percebido que meus Aracnóides foram criados com material genético das aranhas, cara jovem. – disse o Dr. Átila, limpando os óculos, numa atitude puramente cínica e cruel, enquanto falava.: - E assim como as aranhas, eles tem a capacidade de se moverem sob a terra, por túneis ou esgotos. He! He! He!
Por isso, sugeri a rainha que permitisse que alguns de meus Aracnóides ficassem escondidos, debaixo da rua, para barrar ou impedir, qualquer tentativa de fuga da parte de vocês. Além, é claro, de demonstrar, digamos, "as habilidades subterrâneas", de minhas criações. He! He! He!
Desgraçado! – praguejou Urano.
Parabéns, doutor! O senhor está subindo em meu conceito e, é claro, do general Malachite, a cada instante.
Ora, minha Rainha! Apenas procuro servir os meus "clientes" da melhor maneira que posso. Afinal de contas, tenho que fazer jus a minha reputação de cientista genético... – abriu um largo sorriso cruel, e completou. - ... além de fazer por merecer o meu pagamento, é claro! He! He! He!
Pois então, tome isso, seu crápula! – disse, inesperadamente, uma voz feminina vinda de trás de Sailor Moon.
O que?
BOLHAS DE MERCURIO! AÇÃO!!! – disse Sailor Mercury, disparando seu poderoso raio energético contra o dr. Átila, atingindo-o em cheio.
ARRRGGHHH!!!!! – gritou o cientista brasileiro, sendo jogado para longe e chocando-se contra uma árvore, dolorosamente.
Mercury! – gritou Sailor Moon, ao ver a amiga, juntamente com Lua e Ártemis, sobre a capota de um carro estacionado ao lado.
Garota Maldita! Como foi que...
Como foi que escapei de sua armadilha, Beryl? Não foi somente, Sailor Marte, que teve esse horrível pesadelo premonitório...
Quer dizer...
Sim, sua bruxa! Eu também tive o mesmo sonho profético de Sailor Marte, noites atrás! – disse ela olhando firme para a rainha do mal e em posição de luta. – E quando chegamos a esta rua, também, lembrei-me como ela era idêntica a este sonho. E, por isso, já sabia de ante-mão o que estava prestes a acontecer.
Mas, quando estava prestes a alertar Sailor Moon e as garotas, o chão começou a tremer e, num gesto de auto-reflexo, sem pensar, pulei sobre a capota deste carro, onde sabia que estaria a salvo das garras de seus soldados-monstros, sua bruxa!
Você é esperta, Sailor Mercury! Muito esperta! – disse a Rainha Beryl com um misto de raiva e sarcasmo.
Você vai ver o quanto sou esperta, Rainha do Mal! Assim que libertar todas as minhas amigas das garras de seus monstros abomináveis. – Mercury levantou as mãos para usar seu poder de ataque. – MERCURY AQUA RAPHSODY...
PARE! Detenha seu ataque, Sailor Mercury! – pediu Malachite com uma voz zombeteira e sorrindo com sarcasmo. – Pelo menos até que você tenha feito a "escolha certa"... – disse o cruel assassino sorrindo cruelmente para a garota.
Hã!!! "Escolha certa"!!?? – disse Mercury, confusa e, detendo o seu golpe energético. – Do que está falando, Malachite?
Ora, de quem você pretende salvar, é claro, jovem guerreira. He! He! He! Suas amigas ou... – Malachite apontou em direção do outro extremo da Rua. - ...Endimyon e seus "protegidos". He! He! He!
Sailor Mercury, assim como as demais Sailors olharam para a direção apontada por Malachite.
Oh, Meu Deus! Tuxedo Mask! Chibi Moon! NÃÃÃOOO!!!!! – gritou horrorizada Sailor Moon, ao vê-los, todos, desmaiados, e nas garras de Quimera e dos Aracnóides.
He! He! He! Acharam mesmo que nossos Aracnóides não estariam vigiando, atentamente, seus movimentos? Que não os deteriam antes que chegassem ao carro, Sailor Moon!? Idiotas! Endymion e a garotinha mal tiveram tempo de se protegerem do golpe de Quimera.
Seu bandido traiçoeiro!
He! He! He! Mas, não se preocupe, Sailor Moon! Nada acontecerá com o príncipe Endimyon...ainda! He! He! He! A minha soberana tem, digamos, planos muito "especiais" para ele...
Seus desgraçados! – praguejou Sailor Moon.
Já sua "pequena guerreira" e os outros dois... São totalmente descartáveis por nós. – concluiu Malachite com ar de sadismo. - Assim sendo, deixarei que Quimera e os Aracnóides, que estão com ele, saciem seu desejo incontrolável de matar e de "beber sangue humano quente"... He! He! He!
Não! Seu Monstro! Não permitirei que faça isso! – gritou Sailor Mercury furiosa e ao mesmo tempo aterrorizada com o que pudesse acontecer com Chibi Moon, Hotaru e o avô de Rei.
Ah, não? E o que pretende fazer, minha cara jovem? Me enfrentar? He! He! He! Você não é uma idiota, que nem suas tolas companheiras, aí, presas ao chão, Sailor Mercury! Pelo contrário, sempre foi a mais inteligente. A mais sábia. A estrategista do grupo.
Você, Sailor Mercury, sabe que não teria chance alguma de me enfrentar sozinha. Meus poderes são muito superiores aos seus. He! He! He!
Mercury cerrou os dentes de raiva e frustração. Sentindo raiva de si mesma, por saber que, no seu intimo, concordava com as palavras de Malachite. A diferença de força entre os dois era gritante e Malachite, certamente, a derrotaria.
O que... O que.. O que você está querendo... – disse ela, numa voz tensa.
Ora, garota! Será que não me ouviu direito? – disse ele com cruel sarcasmo. – Quero que você faça uma escolha. Agora! Quem você prefere salvar? Suas amigas, imobilizadas, ai, no chão, tão pertinho de você...ou aquelas duas pirralhas e o velho inútil?
O que?!
Ora, Sailor Mercury! Não faça essa cara de espanto! Sei muito bem que sua mente privilegiada, já deve ter entendido o "joguinho" que quero fazer com você. He! He! He!
Jogo? O que é isso que está dizendo, Malachite? – gritou furiosa Sailor Júpiter.
Que a amiga de vocês, Sailors, deverá decidir quem ela tentará salvar, e quem ela deverá, "lamentavelmente", deixar morrer. Ou melhor dizendo: "Sacrificar" para que os outros sobrevivam.- completou ele com frieza na voz.
O que? – disse assombrada Sailor Neptune.
Isso mesmo que vocês ouviram, suas tolas idiotas! – disse Beryl, deliciando-se com o joguinho armado por seu general. – Sua amiga não tem chance de salvar todos ao mesmo tempo. Algumas de vocês, senão todas, irão morrer, enquanto sua companheira tenta salvar os outros.
É verdade, Sailor Moon!- explicou, Sailor Plutão. – Se Mercury optar por tentar nos libertar, terá que enfrentar Malachite e seus soldados, e, nesse meio tempo, aquele monstro gigantesco e os Aracnóides acabarão com as vidas de Chibi Moon, Hotaru e do velho senhor...
...E se ela tentar salvar os três, terá que enfrentar esse monstro enorme, o tal de Quimera, e os Aracnóides sozinha, também! Só que para fazer isso, acabará nos deixando inteiramente a mercê e dessa bruxa e desse assassino. – Rosnou Urano num misto de raiva e frustração! – Eles acabarão conosco, quando Mercury estiver na metade do caminho para socorre-los.
E Mercury, sabe muito bem disso! Posso ver, perfeitamente, a angústia nos olhos dela. – Completou Plutão, olhando para Mercury, com tristeza.
Sailor Moon olhou para Mercury. E as demais guerreiras presas, fizeram o mesmo. E todas, sem exceções, podiam ver claramente, o angustiante dilema, que estava estampado no rosto de Mercury. Seu rosto suava frio e seus punhos tremiam, de raiva e de nervosismo.
Mercury... – balbuciou Sailor Moon, compreendendo, perfeitamente, o que sua amiga estava passando, naquele momento. Melhor que qualquer uma das demais.
"Meu Deus! Isso não é justo! Esse pesadelo não pode estar acontecendo de novo. Não pode! Não me obrigue a passar por isso, novamente! Não depois do que aconteceu esta tarde... De novo não!", pensava ela consigo mesma, lamentando, desesperadamente, a cruel ironia do destino, que, mais uma vez a colocava num dilema apavorante.
Desta vez, ela não deveria somente se submeter aos caprichos de um motoqueiro degenerado e sua gangue, para salvar Serena e um misterioso rapaz.
Não era sua vida, somente, que ela poria em risco, desta vez. Mas, também, escolher, quem deveria morrer ou viver. Não haveria alternativas desta vez. Ela estava sem-saída. Literalmente falando.
Olhou para suas companheiras Sailors. Feridas e presas ao chão por garras monstruosas, que apertavam-lhes os braços e as pernas, imobilizando-nas.
Virou-se para o outro lado e viu Quimera, com Sailor Chibi Moon, em uma de suas monstruosas mãos, rosnando furiosamente para ela, num tom de desafio. Ao seus pés, estavam Tuxedo Mask e o avô de Sailor Marte caídos, desacordados, cercados por alguns aracnóides, que, também, cercavam o carro onde Hotaru estava, desacordada ainda.
Virou-se para Malachite e Beryl, novamente:
Seus miseráveis!- disse num misto de raiva e frustração. Sem saber o que deveria fazer. Qual decisão angustiante, que seria obrigada a tomar.
Estou cansada de esperar, garota! Então? Qual é a sua decisão? Quem você irá tentar salvar? E quem você deixará para morrer? He! He! He!
Sua Bruxa! – respondeu Sailor Moon., que virou-se para amiga. – Mercury! Não se preocupe conosco! Trate de salvar, Chibi Moon e os outros! – disse ela com firmeza.
Isso mesmo! Não se preocupe conosco! Salve Chibi Moon e Hotaru! Eu suplico! – gritou, furiosamente, Urano.
Não se preocupe em nos salvar, Mercury! Trate de salvar, se puder as meninas e meu avô. Por favor! – suplicou Sailor Marte.
Esqueça de nós, Mercury! E salve-os! – gritou Sailor Vênus.
Garotas! – balbuciou Mercury comovida, ao ver aquele gesto de sacrifício que suas companheiras estavam, prontas a aceitar. E seus olhos se encheram de lagrimas. – Eu não posso! Não posso deixar que minhas amigas morram! Nenhuma delas! Não posso!
Ah, não? He! He!- respondeu Malachite com uma cruel risada. – Talvez, isso a ajude a se decidir de uma vez. He! He! He!
Malachite virou-se para Quimera e os aracnoides que estavam com ele. Ergueu um dos braços e, com voz, cruel, ordenou:
Quimera! Esmague essa menina com as suas mãos!
Ouço e obedeço, mestre! GRRR!!!! – rosnou Quimera, ao mesmo tempo em que erguia Chibi Moon, com uma das mãos e envolvia-na, por entre seus imensos dedos, com garras. – Vou esmagar essa "pestinha" como se "espremesse uma laranja"... GRRRRRR!!!!
Nããããooo!!! – gritou, em coro, Sailor Moon e Sailor Mercury, desesperadas e horrorizadas.
AAARRRGGGHHH!!!!! – começou a gritar, Chibi Moon, sentindo os imensos dedos do monstros, apertando-a, esmagando-a.
Não! Pare! Pare! – gritou, Sailor Mercury, ao mesmo tempo que olhava de relance para Sailor Moon e suas companheiras.
Houve uma breve troca de olhares comoventes, e, com profundo pesar, Sailor Mercury, saltou da capota do carro e começou a correr em direção a Chibi Moon e Quimera., junto com Lua e Ártemis:
He! He! He! Parece que nossa Sailor Mercury tomou sua decisão, Malachite!
Parece que sim, minha Rainha! He! He! He! Quer que eu as elimine, agora?
Espere mais um pouco, Malachite! Quero que elas vejam o fracasso da tola tentativa de Sailor Mercury em resgatar a menina...
O que você está dizendo, Beryl? – perguntou furiosa, Sailor Moon.
Isso mesmo que ouviu, Sailor Moon! Achou mesmo, que eu iria facilitar as coisas para sua amiga, Sailor Mercury? Garota idiota! – disse com uma risada cruel e sádica. - Sua companheira não conseguirá chegar a tempo de salvar sua pequenina companheira. He! He! He! Meus Aracnoides irão acabar com ela, antes de chegar a metade do caminho...
Sua canalha mentirosa e traiçoeira! – vociferou Sailor Marte.
E mesmo que ela consiga ludibriar nossos soldados, o que duvido muito, o que ela poderá fazer frente ao imenso poder de Quimera?!?. Ele irá retalha-la com suas garras, facilmente. He! He! He! – assegurou Malachite, sorrindo diabolicamente.
MERCURY! – gritou Sailor Moon, desesperada.
Mas, Mercury não parou sua corrida desesperada, mesmo ouvindo o grito desesperado de Sailor Moon. Continuou a correr o mais rápido que podia.
E, ela já estava, na metade do caminho...
CENA 4:
Na saída da rua principal de acesso ao parque. Há um quarteirão de distância do templo Xintoísta.
Chibi Moon fora tragada num mundo escuro e sem sentidos. Não se lembrava direito de muita coisa, antes de perder os sentidos e desmaiar. Apenas alguns "flashes" de memória.
Lembrava-se de correr ao lado de Tuxedo Mask... De como ele carregava o avô de Sailor Marte nos ombros... Do carro, onde Hotaru estava...
E de algo gigantesco, surgindo, inesperadamente, a sua frente.
Depois, veio a dôr e aquela escuridão...
Escuridão esta que foi, novamente, quebrada, com dôr!
Chibi Moon despertou do seu desmaio, gritando de dôr, sentindo seu corpo sendo esmagado, nas imensas e cabeludas mãos de Quimera.
Grite, Menininha! Grite mais alto! Mais alto! – dizia o monstro sem compaixão. – Assim, sua amiga chega mais rápido... PARA MORRER! – rosnou o monstro vendo Mercury, se aproximando rapidamente.
Socorro! ARRRGGGHHH!!! Alguém me ajude! ARRGGHH!!!
Chibi Moon! Agüente firme! Já estamos chegando! – gritou Sailor Mercury.
Rápido, pessoal! Ou aquele mosntro vai mata-la! – disse, a gata, Lua, desesperada, correndo ao lado de Mercury e Ártemis.
Só mais um pouco e chegaremos... – disse Ártemis, mas, não teve tempo de concluir a sua frase.
Cuidado! O Chão está tremendo de novo! – gritou Mercury para os seus companheiros felinos.
É uma armadilha! – alertou Lua.
A gata negra estava certa. Era uma armadilha.
Assim como a anterior, Sailor Mercury viu garras e mãos de aracnóides, saindo do chão da rua, tentando alcança-la.
Estamos cercados! – gritou Lua.
Beryl e Malachite nos enganaram. Aprontaram esta armadilha para nós. – rosnou Ártemis.
É! Eu já imaginava que eles iriam fazer isso. – disse Mercury, seriamente, olhando e analisando a situação ao seu redor. – Só que eu já estava preparada para essa eventualidade... Tenho um plano de ação preparado.
É mesmo? – perguntou Lua. Mercury acenou a cabeça afirmativamente e gritou para os dois:
Lua! Ártemis! Fiquem perto de mim! Rápido!
Sim! – responderam os dois felinos em coro, e obedecendo-a, sem questionar. Se colocaram bem perto, lado a lado, de Mercury.
Quando eu mandar, pulem e se agarrem, com força, em meus ombros.
O que você vai fazer, Mercury?
Você já vai ver, Lua! – disse a Sailor, ao mesmo tempo que levantava as suas mãos, canalizando o seu poder. – DUPLO AR CONGELANTE DE MERCURIO! AÇÃO!!
As garras dos aracnóides estavam tão próximas dos três, quando ela disparou seu raio de poder em direção ao chão. Ao mesmo tempo ela gritou:
Agora! Pulem!
Sem hesitar, e conforme instruídos por Mercury, Lua e Ártemis pularam e se agarraram, cada um, em um dos ombros da Sailor, enquanto viam o resultado de seu ataque: O chão da Rua ao redor deles, até próximo de onde Quimera estava, se congelou por completo. Juntamente, com as mãos monstruosas dos aracnóides, que tentaram pegá-la.
Garota maldita! Ela neutralizou minha armadilha. – praguejou a rainha Beryl, enquanto observava a cena, juntamente com as Sailors e Malachite.
Muito bem, Mercury!
Não cante vitória, antes do tempo, Sailor Moon! – observou friamente, Malachite, - Ela pode ter escapado dessa cilada, mas, sem dúvida, não sobrevivera diante de Quimera. Eu já lhe disse. He! He! He!
Bem lembrado, Malachite! Vejamos o fim dessa desprezível Sailor, nas garras de seu servo, Quimera. Creio que será um espetáculo de "carnificina" interessante. He! He! He!
Mercury! – exclamou aflita, Sailor Moon, olhando, novamente, para sua amiga e para Chibi Moon, que estava, no limite de sua sobrevivência, nas garras de Quimera.
No meio da rua, Mercury olhou para Quimera e para Chibi Moon. E, sem dizer nada, com um olhar firme e decidido para o monstro brasileiro, ela começou a correr em sua direção, novamente.
Quimera desprezou completamente, a tentativa de ataque da garota. Virou-se para os aracnóides que estavam com ele e disse:
Garota estúpida! Está vindo diretamente, em nossas mãos. GRRR!!! Aracnóides! Peguem-na! – urrou o monstro, enquanto seus soldados, obedeciam-no, sem questionar.
Uma dúzia de aracnóides começou a correr, em direção, a Mercury, quando ela já estava, há poucos metros de seu alvo.
Mercury! Cuidado! Os Aracnóides! Eles estão se aproximando! – alertou, Artêmis.
Ótimo! Esta saindo como o planejado... – murmurou ela, consigo mesma.
Como? Isso também faz parte de seu plano? – perguntou, Lua, espantada.
Sim! Agora, segurem-se firme! Vamos "esquiar" um pouco... JÁ!!!
Num sobressalto, Mercury se agachou e, inesperadamente, aproveitando o impulso de sua corrida, começou a deslizar no gelo, que ela mesma tinha criado no ataque, ao chão.
Novamente, Beryl e Malachite se mostraram surpresos e atônitos, com a súbita ação de Mercury. Ela não só deslizava, pelo gelo, em altíssima, velocidade, como derrubava os Aracnóides, que foram a seu encalço, como se fosse uma verdadeira "bola de boliche".
Beryl e Malachite não escondiam a sua fúria, diante daquela cena humilhante e, por que não dizer, cômica, que fazia Sailor Moon e sua companheiras vibrarem.
Mas, a ira maior era de Quimera, que se sentira, ele próprio, ser ridicularizado, perante todos, por aquela frágil garota desprezível.
Por causa disso, parou de "apertar", Chibi Moon, com sua mão, como se tivesse momentaneamente, perdido o interesse por ela.
Agora, para a bestial criatura, só importava, cravar as suas presas afiadas na "carne macia" do corpo daquela guerreira, que lhe afrontara, como vingança.
Venha, garota! Venha me enfrentar se puder! GRRR!!! Vou trucida-la, sem piedade! GRRR!!!!
Vamos ver, seu monstro abominável! – gritou Mercury, quando estava a poucos metros de Quimera.
Morra, sua intrometida! GRRR!!!!!! – urrou Quimera, erguendo o outro braço, que estava livre, e, depois, abaixando-o, vigorosamente, para cravar sua garras na garota, quando ela chegou, na distância, perfeita.
É o fim dela! – afirmou Malachite, naquele exato momento.
MERCURY!!!! – gritaram as demais Sailors, temendo o pior.
O que houve, em seguida, foi muito rápido.
Literalmente, Sailor Mercury apostou sua própria vida, numa manobra arriscada, que, ao menor erro de calculo, poderia lhe custar a vida.
Mantendo-se controlada, apesar do enorme medo que sentia por dentro, e observando, com atenção o movimento do braço de Quimera, vindo em sua direção, Mercury conseguiu calcular o momento que o golpe mortal a atingiria e, no momento exato, quando as garras do monstro estavam a pouco centímetros de perfurar o seu peito, ela se ergueu, de impulso no chão e saltou, por cima da mão monstruosa e peluda.
Mas, O que...? – urrou surpreso, Quimera, tentando entender o que estava acontecendo.
Até ser tarde demais.
Mercury, aproveitando as aulas de artes marciais, que estava, tendo, ocasionalmente, com Sailor Júpiter, nos últimos dias, aplicou uma das lições na pratica: um "rolamento de queda", praticado, normalmente, no Judô, em exercícios no chão ou no Tatame.
Só que, no caso de Mercury, o "rolamento" estava sendo feito, no próprio braço de Quimera, que tentou golpe-a-la.
Foi um plano audacioso, mas, que funcionou perfeitamente.
Mercury rolou pelo braço de Quimera até chegar próximo, a altura do ombro, da criatura.
Lua! Artêrmis! É agora! Saltem! – gritou ela, ao mesmo tempo que, numa nova manobra, ela se colocava em pé e saltava, em direção, da face de seu adversário, enquanto os felinos, obedecendo a sua ordem, saltaram, deixando os ombros de Mercury "livres".
Quimera olhou, atordoado e surpreso, ao ver a garota, chegar tão próximo a ele e, inconscientemente, afrouxou o aperto de mão, onde Chibi Moon estava presa.
Foi a última coisa que fez, antes de Mercury ataca-lo com seu golpe mais poderoso:
MERCURY AQUA RHAPSODY!!!!
ARRRGGGHHH!!!!! – urrou Quimera, recebendo o ataque devastador, em cheio, no rosto.
Para o monstro brasileiro, foi como ter sido atingido por um poderoso soco, que acabou quebrando-lhe algumas de seus afiadíssimos dentes, deslocando o seu maxilar e, derrubando-o, quase que, sem sentidos, no chão.
Ao cair pesadamente, no solo, os dedos de sua outra mão afrouxaram, e, Chibi Moon, deslizou por eles, até ela soltar-se e cair livre, mas, inconsciente, também, ao chão.
Já Mercury, pousou, em terra, de pé.
E, imediatamente, foi ao socorro, de Chibi Moon.
CENA 5:
Na rua principal de acesso ao parque. Há um quarteirão de distância do templo Xintoísta. (Onde as outras Sailors estavam cativas).
Enquanto Mercury, apressava-se em ver se Chibi Moon estava bem, do outro lado da rua, as Sailors comemoravam a sua vitória triunfal sobre Quimera e seus aracnóides:
Ela conseguiu! Derrubou Quimera sozinho! – gritou Urano, num misto de surpresa e incredulidade. Mas, feliz com a façanha.
Muito bem, Mercury! – gritou Sailor Júpiter, compreendendo, mais do que ninguém, o que Mercury tinha feito. E feliz, em ver que suas aulas e treinos de artes marciais haviam ajudado sua amiga e companheira.
Ela é uma garota genial, mesmo! Só ela para vencer seus truques imundos, Beryl!!! – disse orgulhosa e altiva, Sailor Moon para a soberana do Mal.
Monstro estúpido e incompetente! – vociferou Beryl, cerrando os dentes de fúria. – Ser derrotado, assim, facilmente, por uma Sailor. E, justamente, a mais fraca de todas!!! Isso é imperdoável!!!!
Beryl virou-se para Malachite, que estava tão indignado e furioso quanto ela, e disse:
Malachite!
Sim, minha rainha!
Eu quero a cabeça de Sailor Mercury, primeiro! Não deixe ela escapar, com os outros: Mate-a! Agora!
E quanto Sailor Moon e as outras?
Como já havia prometido, quero que elas vejam sua amiga e os outros sendo dilacerados vivos. Com exceção de Endymion, já lhe disse: MATE TODOS!!!!
As suas ordens, minha rainha! – respondeu ele, curvando-se, respeitosamente, a sua soberana.
Em seguida, virou-se para a criatura monstruosa, a seu lado:
Raidak!
Sim, senhor Malachite! GRRRR!!!!!!
Pegue alguns Aracnóides e, com exceção do "rapaz de cartola", extermine a todos. Sem misericórdia! Especialmente, a guerreira Sailor...
Pode deixar comigo, senhor Malachite! GRRR!!! Farei Sailor Mercury sofrer uma tortura cruel e sanguinária, inimaginável. GRRR!!!! Farei ela gritar de dôr e horror antes de arrancar-lhe o coração, com as minhas próprias garras. GRRRR!!!
E, depois que eu tiver acabado com ela, cuidarei dos outros... GRRRR!!! A começar pela garotinha... GRRR!!!!!!
NÃÃÃOOOO!!! – gritou, horrorizada, Sailor Moon.
Excelente, minha criatura! Agora, VÁ!!!! E Não me falhe!!! – advertiu-o, cruelmente.
Imediatamente, meu senhor! – virou-se para alguns aracnóides e disse: - Vamos, Aracnóides! Me acompanhem! Um "banquete de sangue e carne Humana" nos aguarda!
Uma dúzia de Aracnóides urrou, como se concordassem e, logo, seguiam, Raidak, em direção a suas vitimas.
Por favor, Malachite, não faça isso!!!
Cale-se, Sailor Moon! E, agradeça,pela minha rainha ser tão "benevolente", por permitir que vocês vivam um pouco mais... para assistir a morte desta sua amiga insolente.
Seu canalha! Seu monstro desumano! – gritou Sailor Moon.
Malditos! – praguejou Urano, desejando ardentemente, poder se soltar e acabar com aqueles dois vilões, pessoalmente.
Espero que Raidak a faça sofrer muito... Muito mesmo, antes de mata-la. – disse Beryl.
Ele fará isso, majestade! Pode ter certeza disso. He! He! He! E o fará de forma bem horripilante. He! He! He! Afinal de contas, é para isso que ele foi criado, não é?! Há! Há! Há!
Há! Há! Há! – riu, cruelmente, a Rainha Beryl, em concordância.
Em seu intimo, Sailor Moon, começou a rezar, pedindo, aos céus, que, de alguma forma, Sailor Mercury e os outros se salvassem.
Mas, infelizmente, suas esperanças foram desaparecendo, a medida que, observava Raidak e os aracnóides, aproximando-se, rapidamente, de Mercury e dos outros.
CENA 6:
Na saída da rua principal de acesso ao parque. Há um quarteirão de distância do templo Xintoísta.
Sailor Mercury, Lua e Ártemis, aproximara-se, rapidamente de Chibi Moon, que estava, caída, sem sentidos, no chão.
Imediatamente, Sailor Mercury segurou-a, delicadamente em seus braços, e começou a tentar faze-la despertar. Recobrar a consciência da pequena menina:
Chibi Moon! Oh, Meu Deus! Chibi Moon! Acorde, Chibi Moon! Acorde, por favor! – disse Mercury, aflita, por ver os ferimentos no rosto e nos braços da menina.
Meu Deus, o que esse monstro desalmado fez com ela? – disse Lua. – Olhem estas manchas roxas, no rosto e no corpo dela. Ela está toda machucada.
Meu Deus! Ela não está...
Não, Ártemis! Ela está viva. Veja! Ela está começando a despertar. – tranqüilizou-o, Mercury.
Ela está abrindo os olhos! – anunciou Lua, aflita.
Aiii!!! O que... O que... aconteceu... aiii!!!! – disee Chibi Moon, ao despertar, gemendo e sentindo muita dor. – Mercury? Lua? Ártemis? Aiii!!! São vocês mesmo?
Sim, Chibi Moon! Somos nós! Você está bem?
Meu corpo... Esta´doendo muito... Minhas costas...
Tudo bem, Chibi Moon! Você está um pouco ferida. Procure não fazer nenhum movimento brusco, ok! Apenas, fique quietinha, que iremos coloca-la, no carro, junto, com Hotaru, para que você se deite no assento de trás e descanse, ta legal?
Tá! Aiii!!! Mas, Tuxedo Mask..?. Sailor Moon...? As garotas…?
Iremos cuidar delas. Não se preocupe. – disse Sailor Mercury, tentando tranqüiliza-la. Mas, a garotinha, novamente, acabou desmaiando. – Meu Deus! Ela perdeu os sentidos, novamente. Precisa ir, rápido para um hospital! Lua! Ártemis! Me ajudem! Precisamos ser rápidos!
Sim! – responderam os felinos.
Imediatamente, Mercury, levantou-se do chão, carregando Chibi Moon em seus braços, com cuidado. Correu em direção, ao carro de Sailor Urano, e abriu uma das portas traseiras.
Com a ajuda de Lua e Ártemis, colocou, delicadamente, a menina deitada, no banco de trás do carro, bem perto de Hotaru, que estava, sentada, mas desmaiada, ainda, na outra extremidade do banco.
Em seguida, fechou a porta, ao mesmo tempo que, Lua gritou, desesperadamente.
Oh, Meu Deus! È Raidak! Ele está vindo para cá, com uma tropa inteira de Aracnóides. Vão chegar a qualquer instante!
Temos que ser rápido, pessoal! Não temos tempo a perder! – avisou Mercury, com o coração em disparada e aflito com a aproximação do monstruoso inimigo. – Lua! Ártemis! Veja como está Tuxedo Mask e, se puderem, tente despertá-lo, de qualquer maneira.
Enquanto isso, vou carregar o avô de Marte para dentro do carro.
Deixe com a gente, Mercury! Daremos um jeito para que Tuxedo Mask, recupere a consciência, de um jeito ou de outro!
Ok, Lua! Conto com vocês! Sejam rápidos! Antes que Raidak e seus monstros cheguem aqui.
Rapidamente, cada um dos três amigos, foi cumprir a sua tarefa:
Mercury, com certa dificuldade, devido ao peso do avô de Marte (ele era, realmente, um sujeitinho bem gordinho e pesado, como ela descobriu a duras passadas) colocou-o, no assento de passageiros, na frente do carro. Bem ao lado do assento do motorista.
Depois, fechou a porta e correu em direção de onde Tuxedo Mask estava caído. Mas, não sem antes ver, Raidak e seus Aracnóides aproximando-se rapidamente, em sua direção.
Como se a aproximação do cruel monstro e de sua tropa de Aracnóides, já não fosse por si só aterrorizante para ela, Mercury, acabou testemunhando mais uma amostra do quão cruel e sanguinário era Raidak:
Enquanto caminhava em sua direção, rosnando e urrando de furia, Raidak matava, impiedosamente, os Aracnóides que Mercury havia derrubado, quando deslizou pelo gelo, durante o enfrentamento com Quimera.
Ele literalmente, os estraçalhou, sem um mínimo de dificuldade, com suas afiadas garras. Era a punição por terem falhado!
E ao mesmo tempo, a criatura demonstrava, o que pretendia fazer com ela, assim que chegasse lá, onde ela e seus amigos estavam.
Mercury viu que seu tempo estava quase no fim!
Tinha que tirar, Tuxedo Mask e os outros de lá, agora. Já!!
Quando chegou perto de Tuxedo Mask, o herói de capa e cartola, já havia recobrado a consciência, graças as "lambidas" de Lua e Ártemis em seu rosto. E estava tentando se levantar do chão.
Mas, ainda estava muito zonzo pelo golpe poderoso, que recebera de Quimera, e quase não conseguia manter o equilíbrio ou ficar de pé.
Tuxedo Mask! Espere! Apóie-se em mim...
Mercury o segurou-o pelo braço, fazendo-o apoiar-se nela.
Mercury?! O que houve? Cadê Sailor Moon? – perguntou ele, aflito e gemendo de dor, por causa dos seus ferimentos.
Ele, realmente, estava bastante ferido, e, por um momento, Mercury temeu que ele não tivesse condições físicas de dirigir o carro:
Tuxedo Mask! Não há tempo para discutir isso. Chibi Moon está muito ferida...
O que? ARRRGGHHH!!! Chibi Moon… Ferida? ARRGGHH!!!
Ela está bem, não se preocupe! Mas, ela precisa de cuidados médicos, urgentes!!!
Ela está no carro de Sailor Urano, juntamente com Hotaru e o avô de Rei. – explicou Lua., aflita. – Você precisa tira-los, todos daqui, imediatamente!
Raidak está vindo, com uma tropa de Aracnóides, para cá. Se você não sair de carro, logo, daqui, será tarde demais! Você tem que leva-los embora, agora! – disse Ártemis, desesperados, vendo Raidak, a poucos metros de distância. E aproximando, cada vez mais.
Você está bem? Acha que consegue dirigir o carro? – perguntou Sailor Mercury, com certo receio.
Sim! Acho que sim! Mas... Mas... Sailor Moon...
Não se preocupe com ela. Eu darei um jeito de salva-la e as outras, também. Confie em mim, ok?!? – disse Mercury enfática, quase que, em tom de desespero, por saber que o tempo estava acabando. Raidak chegaria lá a qualquer instante. Tuxedo Mask tinha que partir naquele instante ou todos morreriam. – Você tem que partir agora! Antes que seja tarde demais! Está me entendendo?
Sim! – disse ele frustrado e pesaroso, sabendo que não estava em condições de enfrentar nenhum inimigo, agora. Seus ferimentos, também, haviam sido graves, e ele precisava de socorro médico. Não seria útil em nenhuma luta, pelo contrário. E ele não perdeu tempo em discussões inúteis. Não com Chibi Moon correndo perigo de vida. Sailor Moon não o perdoaria se algo de mal acontecesse com a menina. E muito menos, ele próprio. – Mercury! Por Favor! Ajude-me a chegar até o carro...
Está bem! Apóie-se em mim e ande com cuidado.
Ok ! ARRGGHHH!!!
Menos de cinco metros de distância, separavam o quarteto do carro de Sailor Urano. Mas, para Tuxedo Mask a distância parecia, infinitamente, muito maior do que aqueles poucos metros, pois cada passo que dava era um suplicio de dor e de dificuldade. Mal conseguia ficar de pé e suas pernas tremiam a todo instante, de dôr e fraqueza. Se não fosse por Mercury, apóia-lo em seus pequenos ombros, ele mal conseguiria andar, quanto mais ficar em pé.
Força, Tuxedo Mask! - disse Mercury, sabendo o quanto estava sendo difícil e exaustivo para ele, e tentando encoraja-lo. - Estamos quase alcançando a porta do carro. Só mais alguns passos e...
MERCURY! TUXEDO MASK! CUIDADO! – gritou Lua desesperada.
AAARRRGGGHHH!!!!!!! – gritaram os quatro amigos, ao mesmo tempo, quando foram golpeados com força, por uma enorme mão peluda, surgindo, como, se de repente, a frente deles.
O alerta de Lua veio tarde demais!
Quimera havia se recobrado do golpe energético de Mercury. E apesar de tonto e com o rosto inchado e ferido, ele havia se recobrado, parcialmente, do golpe, muito mais rápido, que Mercury e seus amigos podiam imaginar.
E, infelizmente, para eles, o monstro, mesmo não estando em boas condições físicas e, muito debilitado, tinha ainda forças para ataca-los.
E foi exatamente o que Quimera fez, impulsionado por um desejo de vingança e fúria descontrolada contra a jovem Sailor.
Ele se erguera, parcialmente, do chão, quando viu Mercury e os gatos tentando ajudar Tuxedo Mask a chegar até o carro. E, erroneamente, imaginou que Mercury, também, fugiria com ele.
E, isso ele não iria permitir que acontecesse, de forma alguma. A garota não escaparia a fúria de sua vingança!
Então, como uma criança que engatinhava, Quimera, ergue-se, silenciosamente, do chão e, sorrateiramente, se arrastou, sem ser percebido por Mercury e seus companheiros.
Até que Lua, o viu, subitamente, ao seu lado, e gritou para os outros.
Mas, aí, já era tarde demais!
Quimera estava a uma distância muito próxima a deles. O suficiente para, sem hesitação, desferir-lhes um vigoroso golpe com as costas da mão, como se literalmente, os "esbofeteasse".
O golpe de Quimera não foi tão poderoso como poderia ter sido, se ele estivesse em melhores condições e não tão zonzo e debilitado, ainda, pelo ataque de Mercury. Mas foi forte o suficiente para atira-los, a todos, contra o chão, de forma, violenta.
E o que era ainda pior: bem longe uns dos outros.
Lua e Ártemis perderam os sentidos na hora, que se chocaram no solo..
Tuxedo Mask, saltou um imenso grito e contorceu-se de agonia sentindo o braço direito foi deslocado, ao cair de mão jeito, no chão. Mal consegui-a move-lo...
Já Mercury, acabou caindo, em direção contrária, a de Tuxedo Mask e dos felinos. E, muito mais afastada dos três, pois o golpe acabou fazendo-a rolar, descontroladamente, pelo chão. E, como conseqüência e sentiu suas costas, braços e pernas se ferirem, bastante.
Quando parou de rolar e de bruços no chão, a valente Sailor levou, ainda, mais alguns segundos, para "absorver" aquele "tapa" e suas consequências.
Então, respirando ofegantemente e sentindo todo o seu corpo, latejando de dores, Sailor Mercury fez um grande esforço para se levantar, de ficar em pé.
Mas, antes, que pudesse, levantar-se, ouviu um som grutal e não-humano, vindo por trás. E, por instinto, girou o corpo, bruscamente, para o lado.
Isso salvou-lhe a vida, pois, Quimera cravou suas garras no chão, no exato momento, em que ela se afastou, rolando de lá.
Ao parar de rolar, Mercury ficou de costas para o chão e olhou diretamente para os olhos de Quimera. Olhos queimando em fúria e cheio de desejo de vingança.
- Sua maldita! Você me feriu! GRRRR!!!! Me machucou de verdade! Estou sangrando!!! GRRRR!!!!! – urrou o monstro, ao mesmo tempo que, com dificuldade, engatinhava, praticamente arrastando-se pelo chão, em sua direção.
Ele estava perigosamente, muito perto dela e, Mercury, ainda de costas para o chão, e, enfraquecida e sem condições de enfrenta-lo, instintivamente, começou a rastejar-se para tentar afastar-se daquele monstro assassino, que, cada vez mais se aproximava dela.
Você não vai me escapar desta vêz!!!! Você vai me pagar caro por isso, garota maldita! GRRRR!!!! Vou arrancar-lhe os braços e beber seu sangue! GRRRR!!!! Vou acabar com você, sua desgraçada!!!! GRRR!!!!!
Não! Não! – gritava Sailor Mercury, desesperada, vendo Quimera preparando, um novo golpe. Só que desta vez, Mercury sabia que não tinha chance de escapatória., pois, subitamente, se viu cercada pelos Aracnóides de Raidak.
He! He! He! Desta vez, você não tem escapatória, garota! Prepare-se para Morrer. GRRR!!!! – rosnou Raidak., de pé bem a seu lado, com as presas salivando de fúria e hesitação, pela carnificina que iria levar a cabo, naquele instante. Mercury ficou petrificada ao vê-lo a seu lado, junto com dezenas de Aracnóides.
Não!!! Ela é Minha!!!! Só Minha!!!! GRRR!!!!!! – protestou Quimera. – Somente eu tenho o direito de mata-la!!! GRRR!!!!!
Cale-se, seu fracote imprestável! GRRR!!!!! Você teve a sua chance contra essa garota e falhou! Agora, ela é só minha! GRRRR!!!! CHAMAS DIABOLICAS!!!! – rugiu Raidak, disparando uma poderosa rajada de fogo pela boca e atingindo, Quimera em cheio.
AAARGGHHH!!!!
O monstro foi jogado para longe e caiu, quase desfalecido, no chão, novamente.
Isto é o que merece por ter sido derrotado, seu incompetente! GRRRR!!!! Somente os monstros mais poderosos do exército bestial da Rainha Beryl e do senhor Malachite é que merecem a honra de "trucidar e beber o sangue de seus inimigos". E, este monstro, sou eu! O invencível Gene-Malévolo RAIDAK!!!! GRRR!!!!! – Urrou a criatura em triunfo, como provando sua superioridade contra o rival brasileiro.
Em seguida, Raidak, virou-se para Mercury e, escancarando ainda mais sua imensa bocarra e colocando a mostra suas presas afiadas, ele começou a se aproximar dela:
Sua hora chegou, sua Sailor intrometida! Prepare-se para sentir as minhas garras dilacerando, dolorosamente, cada parte do seu lindo corpo. GRRR!!!! Prepare-se para uma orgia de dor e sofrimento, maldita garota! GRRRR!!!!!
Não!!! Não!!! Não!!!! – gritou, Mercury, numa vã tentativa de escapar, mas foi imediatamente subjugada pelos Aracnóides, que agarraram seus pés e braços com força, deixando-a tão imóvel e indefesa, quanto suas companheiras Sailors do outro lado da rua.
Não adianta, garota! Desta vez, você não tem como escapar! GRRRR!!!!! E nenhuma de suas amigas poderá ajuda-la, agora!!! É o seu fim! GRRRRR!!!!! – disse ele, agarrando o pescoço dela com uma das mãos apertando-a, com força e selvageria.
ARRRGGGHHH!!!!
Sim, Maldita! Sofra! Sofra bastante por ter causado aos meus mestres muito aborrecimentos e humilhações. GRRRR!!! Eu farei você gritar de dôr como jamais imaginou que um misero ser humano pudesse ser capaz de gritar tão desesperadamente... GRRRR!!!!
Não!!!!! MERCURY!!!!!! – gritou ao longe, Sailor Moon, juntamente, com suas outras companheiras aterrorizadas e aflitas com o destino de Mercury nas garras de Raidak. Enquanto que Malachite e a Rainha Beryl, sorrindo cruelmente, estavam apreciando aquele tenebrosos show de horrores, que estava prestes a começar.
Prepare-se, Sailor Mercury! Prepare-se para sentir toda a violência de minhas garras afiadas, sua maldita humana! GRRRR!!!! – rosnou Raidak, levantando sua mão e externando suas monstruosas e afiadas garras.
Mercury já sentia seus pulmões quase sem ar. O aperto na garganta pela outra mão de Raidak estava, literalmente, a estrangulando. E ela sentia, que estava prestes a perder o sentidos, a qualquer momento.
Se isso acontecesse, provavelmente, nunca mais acordaria com vida.
Ela lutava, com todas as suas forças, com todas a energias que lhe restavam, tentando se libertar das garras de Raidak e dos Aracnóides.
Sim, ela bem sabia que o seu fim estava muito próximo e, analisando, as condições desesperadora em que ela estava, sabia que não teria chance alguma de escapar, desta vez. Mas, se fosse o seu derradeiro fim, pelo menos, que ela morresse como uma verdadeira guerreira lunar, lutando até o final, com todas as suas forças restantes, fosse de que maneira fosse.
Assim, ela continuou se debatendo, cada vez mais, a medida que observava Raidak preparando-se para lhe desferir o golpe fatal.
E, enquanto fazia isso, descobriu algo curioso, naquele derradeiro momento de sua vida.
Que era verdade o que, normalmente as pessoas diziam: Que quando estamos prestes a morrer ou morrendo, nossa mente começa a relembrar todos os momentos mais importantes de nossa vida, desde a nossa infância até o dia ... da nossa morte!
E com Mercury não foi diferente!
Sua mente, começou a se recordar de todos os momentos que passou ao lado de Serena e suas amigas, desde que se transformou em Sailor Mercury. Tanto os bons momentos, de amizade, companheirismo e alegrias, quanto as das batalhas mais violentas e angustiantes. Suas vitórias e derrotas.
E ela ficou imaginando, qual seria a última lembrança, que viria a sua mente antes, do derradeiro golpe mortal de Raidak.
Para sua surpresa. Apenas uma única imagem, sobrepondo-se a qualquer outra de suas lembranças, ficou fixa e imutável em sua mente: O rosto do misterioso rapaz, que havia lhe salvado das garras dos motoqueiros, naquela tarde.
Queria tanto ter perguntado como você se chamava... – disse ela, num sussurro, para si mesma, e com lagrima nos olhos. Lamentava, profundamente, perder sua vida, naquele instante, sem ter descoberto o nome dele. Como isso lhe doía em seu interior. Talvez, muito mais que a dor que Raidak lhe afligia, junto com os Aracnóides. Muito mais do que a dôr dilacerante e fatal, que estava prestes a lhe atingir, naquele momento.
Sua hora chegou, Sailor Mercury! GRRRR!!!! – disse Raidak, já prestes a desferir o golpe mortal. – Mal posso esperar para beber o seu sangue, humana!
Adeus, Sailor Moon! Adeus queridas, amigas! Lamento ter falhado com todas vocês... – disse Mercury, tristemente. Em seguida, fechou os olhos, num gesto de resignação de que não escaparia desta vez da morte certa.
È o seu fim, Sailor .... MORRA!!!!! GRRRR!!!!!! – vociferou furioso, Raidak, ao mesmo tempo, que executava seu golpe mortal contra Sailor Mercury.
SAILOR MERCURY!!!!!! NNNÂÂÂOOO!!!! – gritou, Sailor Moon e as outras Sailors em desespero, vendo, Raidak, desferir seu golpe assassino em direção a guerreira cativa.
AAAAARRRRGGGGGHHHH!!!!!!!
O grito dôr foi, horripilante, alto e foi ouvido por todos naquela rua.
O som medonho dele fez com que os corações de Sailor Moon e de suas amigas disparassem e o ar faltar-lhes em seus pulmões.
Sailor Moon começou a soluçar e as lagrimas, começaram a cair sobre sua face, como as das demais Sailors, que choravam pelo fim de sua amiga.
Sailor Mercury! Minha querida amiga... Minha irmã... – soluçava Sailor Moon.
He! He! He! Este é o destino que aguarda a todas vocês, muito em breve Sailor Moon! E, quando Raidak exterminar os outros três, naquele carro, ele irá... – Beryl não terminou sua ameaça. Calou-se, subitamente, olhando fixo em direção aonde Raidak estava. E com os olhos arregalados e, visivelmente, chocada, gritou: - MAS, O QUE???? O QUE È ISSO??? – gritou estupefata, a rainha Beryl.
Pelos hordas infernais do mundo subterrâneo!!!! NÃO PODE SER!!! – balbuciou Malachite, incrédulo com a cena que via a sua frente, juntamente com sua soberana.
Sailor Moon via os rostos de seus captores e não estava compreendendo nada o por que daquela estranha reação.
Virou-se para as suas companheiras Sailors, a seu lado, e, para sua surpresa, elas olhavam boquiabertas de espanto, para a mesma direção que seus inimigos.
Sailor Moon estava confusa com aquela estranha reação. Hesitava em olhar naquela direção, pois, não queria ver o corpo dilacerado e morto de Sailor Mercury. Mas, diante, do olhar de assombro de suas companheiras, tomou coragem e olhou para a mesma direção que todas.
O choque e a surpresa com o que viu, deixou Sailor Moon, da mesma forma que suas companheiras a seu lado, boquiaberta e muda de espanto.
CENA 7:
Na saída da rua principal de acesso ao parque. Há um quarteirão de distância do templo Xintoísta. (Onde Mercury fora capturada).
AAAAARRRGGGHHHH!!!!!!!
Mercury abriu os olhos, num impulso. Estarrecida e assutada.
Primeiro, por que nunca havia escutado um grito de dor tão agonizante como aquele.
E, em segundo lugar, porque, aquele grito não era o dela.
Para sua incredulidade, o golpe fatal de Raidak, por alguma razão, não chegou a atingi-la. E sua morte foi, aparentemente, evitada, sem qualquer explicação lógica.
"O que aconteceu?", perguntava a si mesma, sem nenhuma resposta aparente.
Até que olhou para Raidak e, chocada e surpresa, compreendeu, a razão do monstro de rugido de dor de forma tão alucinante.
E, também, do motivo dela ainda estar viva.
Raidak estava curvado, contorcendo-se e urrando de dôr, sem parar. Parecia um animal selvagem completamente descontrolado pela dor alucinante ,que demonstrava sentir em uma inesperada parte de seu corpo:
As garras de sua mão que deveria, agora, estar manchada com o sangue de Sailor Mercury, estava coberta com seu próprio sangue, pois uma ADAGA SAI afiada, trespassou-lhe a monstruosa mão, no exato momento, em que ele executava o golpe fatal contra a Sailor.
AARRRGGGHH!!!!! MINHA MÃO!!!!! MINHA MÃO!!!! AARGGHHH!!!!! – urrava sem parar Raidak.
Mercury conhecia muito bem aquela arma. Havia feito diversos trabalhos no colégio sobre a história medieval japonesa e sobre as guerras civis que assolaram o Japão, séculos passados.
E, também, sobre os soldados que tomaram parte delas, e sobre os seus armamentos de combate.
Sabia que a ADAGA SAI, um punhal comprido, fino, e de cabo trabalhado, para ser facilmente manuseado, era uma arma típica de apenas uma classe de guerreiro...
Não! Não! Isso... Isso.. Não pode ser possível... – disse ela, estupefada, quase que gaguejando de surpresa e incredulidade, chegando a apenas uma única conclusão lógica em sua mente...
ESTRELAS SOMBRIAS!!!! – gritou uma voz fria e severa, vinda do alto.
Súbito, uma dezena de SHURIKENS, estrelas de aço pontiagudas, surgiram do nada, em pleno vôo, e atingiram em cheio alguns dos Aracnóides, que a mantinha, presa e imóvel.
Os Aracnóides atingidos gritaram de dôr e soltaram-na. E como se isso já não fosse o suficiente os Shurikens começaram a brilhar e, subitamente, uma mortal descarga elétrica foi desprendida das minúsculas armas, eletrocutando os monstros até queima-los e transforma-los, literalmente, em pó.
Mercury observou tudo assustada e surpresa.
Então, como se fosse um impulso inconsciente dela, Sailor Mercury virou sua cabeça, lentamente, para cima. Tentando, ver de onde foram, disparados, aquelas armas mortíferas e, principalmente, quem as tinha atirado.
Enquanto, ela levantava a cabeça, sua mente, inconscientemente, recordou-se do pesadelo profético, que, noites atrás, a alertaram e a Sailor Marte de tudo o que estava prestes a acontecer, naquela noite. A armadilha de Beryl, os aracnóides, elas aprisionadas pelos monstros e correndo risco de vida e etc...
O sonho de ambas as Sailors eram idênticos, a não ser por um pequeno detalhe: Enquanto que o de Sailor Marte, terminava subitamente, com ela sendo presa por "mãos monstruosas", no dela, havia mais um detalhe.
Algo que ela havia esquecido completamente, durante toda aquela luta, e, somente agora, erguendo, lentamente a cabeça, podia recordar: Um vulto, uma silhueta de um homem, em seu sonho.
Ele sonhara com alguém, que não conseguira distinguir quem era, vindo em seu socorro. Exatamente como estava acontecendo agora. Era um vulto, sem definição clara de quem era. Como uma sombra.
Será que agora, acordada, naquela angustiante realidade, ela conseguiria ver quem era esse "vulto"?
Sailor Mercury olhou para o alto e teve a sua resposta.
Por sobre um muro alto, que dividia a rua do parque.logo a frente, (e não sobre o teto de uma casa, como em seu sonho) havia uma figura em pé, trajando um uniforme marcial escuro, e mascara que lhe cobria todo o rosto, só deixando a mostra os seus olhos sérios e fuzilantes. Olhos, que sem dúvida alguma, tinham "o Brilho do Guerreiro", como Sailor Urano, lhe explicara, horas atrás, na lanchonete.
Olhos que, naquele momento, se encontraram com os seus, num longo silêncio, de alguns segundos. Mas que para Mercury, pareceu-lhe uma eternidade.
SHADOW MOON!!! – disse ela, para si mesma e para o guerreiro no alto do muro, num misto de incredulidade, emoção e surpresa. Como se tivesse vendo a concretização de um sonho.
Sim, Mercury estava certa.
A adaga Sai e os Shurikens, realmente, eram armas típicas dos Guerreiros ninjas. E tinham sido lançadas por um ninja autêntico.
Um guerreiro de eras passadas, que, agora, saltava do altíssimo muro e descia velozmente, num "mergulho mortal" em sua direção. Mas, sem se desviar, por um instante que fosse, os seus olhos dos dela.
O que houve em seguida foi muito rápido e sequer, Mercury pode ver com clareza:
No meio do seu mergulho em direção da Sailor cativa, Shadow Moon desembainhou sua Katana (espada) e, antes de tocar o solo, já tinha efetuado movimentos rápidos e fulminantes com sua arma.
Movimentos tão velozes, que eram impossíveis de serem acompanhado por olhos de pessoas comuns. Mas, cujas conseqüências de seu ataque, ficaram bem a amostra, segundos depois:
Ao tocar ao solo, com arma em punho Shadow Moon limitou-se a observar, os Aracnóides restantes, que ainda mantinham Mercury sob seu domínio, estrebucharem e guincharem, pavorosamente, de dôr, para, em seguida tombarem ensangüentados, dilacerados e mortos, ao chão.
Mercury caiu de joelhos, mas seus olhos, continuavam fixos nos dele. Atônita e em silêncio, ainda.
Shadow Moon fez o mesmo por alguns instantes, até que, sem aviso virou-se, num movimento brusco de para trás, bloqueando um ataque de surpresa e traiçoeiro de Raidak.
GRRRR!!!! AAARRRGGGHHH!!!!!!! – rugiu Raidak, quando o ninja brasileiro, percebendo seu ataque, atingiu sua face monstruosa com um golpe poderoso, de seu cotovelo, para, em seguida, atingi-lo com o cabo de sua espada., por trás da cabeça do monstro, fazendo o "Gene Malévolo" cair de joelhos no chão.
Esta adaga é minha, monstro dos infernos! – disse ele com fúria indisfarçável na voz, agarrando violentamente, Raidak pelo braço atingido por sua arma e mantendo-o, preso e imóvel, com um "golpe de aprisionamento" do Jiu-Jitsu. – E vou pegá-la de volta, animal!
Em seguida, sem demonstrar o mínimo de compaixão, Shadow Moon retirou sua adaga das mãos do monstro, de forma bem dolorosa e lenta, para afligir-lhe o máximo de dôr possível.
ARRGGHHH!!!!
O que foi, besta maldita? Está doendo? Ora! Ora! Parece que você não é tão durão quanto se gabava há poucos instantes para aquele desgraçado do Quimera, não é? – disse o ninja sem compaixão e num tom de desprezo.
MALDITO!!! GRRRR!!!!! AAARRRGGGHHH!!!! QUEM É VOCÊ?
Pergunte ao crápula de seu chefe, monstro!!!! – disse Shadow Moon, friamente, fazendo um movimento brusco com os braços, e colocando, Raidak em pé. – E, quando lhe perguntar, faça-me um favor, ok?! DIGA AQUELE MALDITO ASSASSINO QUE JÁ ESTOU INDO AO SEU ENCONTRO... PARA ACABAR COM A RAÇA DELE!!!
AARRGGHHH!!!!!! – rugiu dolorosamente Raidak, quando Shadow Moon o soltou. E antes, que o monstro tivesse alguma chance de contra-atacar o misterioso ninja, Shadow Moon fez sua mão livre "brilhar" num poderoso "pulso energético" e desferiu-lhe um poderosíssimo soco no peito, gritando:
GOLPE CELESTIAL DO DRAGÃO DO NORTE!!!!!
ARRRGGHHH!!!!!!!!!! – gritou o monstro, sentindo uma forte pancada e um tipo de explosão energética, que o lançou, literalmente, para o alto, e o fez cair exatamente, perto de Malachite.
Os dois homens, Shadow Moon e Malachite, se entreolharam, furiosamente, por alguns instantes. Mas, o suficiente, para deixar claro o ódio que sentiam um pelo outro. E, que de uma maneira ou outra, seria pago com o sangue de um deles, naquela noite.
Shadow Moon virou-se para Mercury, novamente, que ainda o observava com assombro e incredulidade. Ainda mais, depois, do rápido enfrentamento entre o ninja e Raidak.
Novamente, houve uma troca de olhares entre ambos.
Então, o ninja aproximou-se dela e parou bem a sua frente:
Pegue a minha mão, guerreira! Se quiser viver! – disse ele, com seriedade, porém estendendo sua mão enluvada, num gesto "quase amigável".
Mercury, lentamente, agarrou a mão do ninja e ele a ajudou a ficar de pé!
Em pé! E lado a lado com ele...
SHADOW MOON!
Foi tudo o que Sailor Mercury, conseguiu dizer para ele, naquele instante, olhando-o face a face...
A guerreira lunar mal imaginava o quanto à chegada providencial de Shadow Moon mudaria, de forma inimaginável e surpreendente, os rumos daquela batalha....
FIM DO CAPITULO 9
