3. Capitulo: Uma viagem nada tranqüila.
O dia da ida a Hogwarts havia chegado. Lizzie estava realmente atolada, arrumara tudo antes de sair, mas o gato de seu pai falecido resolvera remecher toda sua mala.
Sua mãe estava refletindo e tentando se acalmar. Fazia um tempo que Sra. Howell não dirigia, e estava com medo de acontecer algo de errado.
- Mãe!!!!!!! – berrou Lizzie arrumando rapidamente sua mala.
- Que é, Liz? – respondeu a Sra. Howell entrando calmamente no quarto da filha.
- Me ajuda! Pluftey resolveu remexer minha mala!
Lizzie estava mal humorada, era entediante arrumar tudo de novo. O gato apenas a olhava de cima da cama
- Mais que gato danado! Só podia ser do seu pai! – a Sra. Howell riu.
Lizzie, na hora, congelou ao se lembrar de uma coisa: "Verdade! Não posso deixar a mamãe sozinha! Mas tenho que ir a Hogwarts! Ah, é! Pluftey pode cuidar dela!"
- Pluftey! Eu vou ter que ir para Hogwarts e você vai cuidar da mamãe, ouviu? - - sussurrou Lizzie para gato que pareceu concordar – Bom menino! Talvez fosse totalmente se não tivesse feito isso com minha mala.
- Liz, vai tomando seu café, já estamos em cima do hora. Deixa que eu termino de tentar fechar a mala.
- Tudo bem, mãe. - concordou Lizzie saindo do quarto junto com Pluftey.
- Srta. Lizzie, pode deixar, vou cuidar de sua mãe direitinho! – Sim, sim, ele falava, graças ao pai dela que desde pequeno tentava fazer isso, e que em seu 5° ano teve resultado (Mesmo que esse levara um esporo da mãe e um aplauso dos professores e do pai) .
- Humm, vou confiar em você, Pluftey! – disse Lizzie fazendo carinho nele.
- Humm... miau... Adoro quando você coça minha orelha! - falou Pluftey se deitando e se espreguiçando. (Tsc... tsc... Se você pensou nisso.. que mente poluída! Francamente!!)
- Bom, sr. Pluftey, tenho que ir, a gente se vê no Natal.
Lizzie fez carinho no gato e foi até a cozinha, viu um sanduíche e um suco, e rapidamente comeu o primeiro, deixando o suco intacto.
- Por que mamãe insiste em me fazer tomar sucos? –reclamou pegando o conteúdo do copo e derramando no pote de Pluftey – Vamos ver se tem algo como guaraná ou mate na geladeira... A garota fez uma cara de decepção quando viu que não acharia nada do que havia dito, então pegou uma água e se contentou com ela. Foi até seu quarto ver se sua mãe já havia conseguido fechar a mala, encontrando esta fechada em cima da cama.
- Vamos, querida? - chamou sorridente a Sra. Howell.
- Mãe!? Você está linda! Está de fechar o comércio! - exclamou Lizzie.
A Sra. Howell era realmente bonita, tinha cabelos loiros bem cacheados e sedosos e um par de olhos azuis lindíssimo. Mesmo assim, Lizzie puxara mais ao pai, tendo cabelos loiros lisos e os mesmos olhos verdes.
- Que é isso , querida! Parece que nunca viu uma mulher arrumada! -disse Sra. Howell meio envergonhada botando os braços na cintura.
- Linda como você não!
- Lizzie!
- Ok, ok... A senhora não gosta de elogios, então vou parar. Bem, eu estou pronta e você?
- Eu gosto de elogios, sim! – protestou a sra. Howell – Ok, vamos esquecer isso, estou pronta também. Vou pegar sua mala e você vai para o carro.
Em alguns minutos elas estavam entrando na estação. Lizzie estranhou: por que tanto aviso para tomar cuidado e outras coisas se a embarcação parecia continuar a mesma? Bom, era melhor deixar pra lá!
- Bem, mãe, acho que é hora de eu partir. Você tem certeza que pode ficar sozinha?
- Tenho! Está duvidando de mim, querida? Vamos, é melhor você se apressar! Te mando Toulosse depois, a gaiola dela está com você?
- Sim, está. Me manda mesmo, ouviu? Vou sentir muita saudade – Lizzie abraçou a mãe e depois sorriu, virando-se em seguida para a pilastras entre a plataforma 9 e 10.
- Até o natal!
Essa foi a ultima coisa que Lizzie ouviu depois de ver os monte de alunos agrupados em grupos. Ficou perdidinha no meio daquele monte de gente! Só então reparou que o trem não estava ali.
-Liz! Liz! Você chegou!
Lizzie olhou para o dono da voz e sorriu. Sam estava bem na sua frente.
- Sam!!! Quanto tempo! E então, você pode me explicar o que está acontecendo?
- Liz, uma pergunta antes de eu responder. Você leu direito a última carta da McGonnagal?
- Estava morta de sono, acho que li, mas sem atenção.
- Isso explica tudo! Bem, nessa carta ela explicava tudo sobre a "embarcação". Eu, você e o "trio fantástico de Hogwarts" vamos em uma carruagem, parece que aconteceu algo com o trem...
- Ah, tá. Hum… carruagem, com o trio... Só espero que o Potter não se atreva a jogar de novo seu trabalho na minha cabeça, não sou lixeira; ele que é! – Sam riu divertidamente, Lizzie sempre implicava com o Potter.
- Ok, Liz... eu sei disso! Agora vamos! Eles ainda não chegaram, vamos esperá-los em nosso devido lugar.
- Falando em Potter, cadê o Dênis? – Lizzie olhava para os lados.
- Acho que ainda não chegou.
- Humm, então só nos resta esperar mesmo.
Os dois conversaram e cantarolavam calmamente quando o trio chegou:
- Veja o Potter como se exibi! – Lizzie resmungou baixinho para Sam.
- Liz, ele não está se exibindo. Ele é assim. Como as meninas dizem, ele tem charme!
- Grande coisa! – Lizzie virou a cara quando os três chegaram perto.
- Oi! Bom dia, Potter, Weasley e Granger! - Sam apertou a mão de cada um deles.
- Err..oi! Você é? – perguntou Hermione
- Sam Parker. E aquela é a Lizzie Howell, acho que vocês já a conhecem.
- Oi, Rony! Oi, Mione! Oi...Potter... – Lizzie fez uma cara emburrada e disse com desdém o "Potter" .
Harry chateou-se ao perceber que desde que ele tinha encontrado com a garota(Lizzie), ela fazia a mesma coisa, desprezava-o. O que ela tinha contra ele?
- Humm, Liz, é bom ver você aqui de novo! – falou Mione tentando tirar a cara de emburrada de Lizzie, que olhava para o outro lado.
- Igualmente! Olhem, aquele moço ali da carruagem está chamando a gente. – Lizzie apontou para um cocheiro.
- Bom, acho que devemos ir. – Sam disse ao trio e depois saiu correndo junto com Lizzie até o local.
- Vamos com duas crianças? – perguntou Harry.
- Harry, ela tem seus motivos para te tratar assim... – justificou Rony.
- Gostaria de saber quais!
- Isso você vê com ela, cara. – Rony deu os ombros e segui Hermione, que caminhava para a carruagem onde Lizzie e Sam estavam sentados. Harry, depois de um tempo parado, seguiu Rony correndo.
A viagem ia calma, Lizzie fizera questão de se sentar ao lado de janela, mas Potter venceu e se sentou, o que lhe causou mais ódio. Ela teve que se contentar em se sentar no meio de Sam e Harry, enquanto Rony e Hermione estavam juntos na outra cadeira, abraçados.
- Um pinguinho, plim! Dois pinguinhos plim, plim! Três pinguinhos plim, plim, plim! – Lizzie cantarolou, não agüentava mais o tedio. Sam olhava para a janela ao lado dele atentamente, Harry fazia o mesmo. Rony e Mione se ora se olhavam, ora olhavam para janela, enquanto ela simplesmente olhava para o teto. Mas depois que ela cantarolou, os quatro a olharam assustados. Sam riu e continuou:
- Quatro pinguinhos, plim, plim, plim, plim! Cinco pinguinhos plim, plim, plim, plim, plim!
- Vocês dois querem parar?! – Harry berrou, esse estava muito ocupado pensando em sua amada Cho.
- Se eu não quiser, eu não paro! – desafiou Lizzie. O garoto estava bem maior esse ano e um pouco musculoso, mas ela não tinha medo dele.
- Ei, ei... Calma, Lizzie, nada de brigas! – Hermione mandou rapidamente.
Lizzie fechou a cara e depois deu um grito:
- Quem é aquele cara ali rindo? – assustada, ela comentou indo sem querer para o lado de Potter.
- Professor Lupin? – uma assustada Mione argumentou.
- Sim, voltei a dar aulas! Snuffles está fazendo a busca com Severo. Não sei no que isso vai dar! – comentou ele rindo.
- Tipo, boiei feio! O que tem nosso professor de poções e esse tal de Snuffles? E outra cosia, quem é o senhor? – perguntou Lizzie curiosamente.
- Eu... eu sou Remo Lupin, serei seu professor de Defesa contra artes das trevas. Snuffles é....o Snuffles é o meu cachorro... e Severo e ele? Eles foram....
- Foram buscar um remédio para o Snuffles que está doente. – Mione salvou Remo.
- Sei... – Lizzie olhou para Sam que observava tudo atentamente e disse – Esse pessoal acha que a gente é retardado!
- Lizzie, fica quieta! Vamos fingir que não estamos curiosos.
- O que você tá tramando?
- Você vai ver!
A viagem continuou e Remo se sentiu obrigado a viajar junto com o cocheiro, e então Lizzie percebeu um olhar de desgosto vindo de Harry para ela. Ela não agüentou e disse:
- Não pensei que gostaria de me ver aqui, Potter! Pára de jogar mal olhado para mim e para o Sam!
- E quem disse que eu estou jogando mal olhado, Howell?
Rony e Mione estranharam a reação de Harry e Sam tentava abafar o riso.
- Sua cara!
- Ah, é?
- É!
- É mesmo?
- É e ponto final!
Lizzie virou a cara, depois voltou seu olhar para Harry e disse mais calma:
- Desculpa, mas isto aqui tá muito pacato, gostaria de animação!
- Eu também peço desculpas... Diversão? Humm... – Harry olhou maliciosamente para ela – Tome essa bala aqui.
- Bala! Obrigada! – Lizzie chupou a bala rapidamente, e após alguns minutos se viu com asas de galinha. Ela tentou protestar, mas tudo que saiu da boca dela foi:
- Có-có-có-có
Lizzie enrubesceu ao ver que estava em forma de galinha, e tentou xingar Potter que ria junto com Rony, Mione e até mesmo Sam. Ela sentiu tanta raiva! Como ele podia tê-la humilhado?! Esse não era o Potter que Dênis dizia ser! Ela nem soube quanto tempo ficou daquele jeito, só viu o prof° Remo entrar novamente na carruagem e dar uma bronca no Potter enquanto a fazia voltar ao normal.
- Desculpa, Lizzie. - falou Harry ainda rindo.
Lizzie não sabia se chorava ou se dava um tapa em Harry. Decidiu não responder e continuou a olhar o chão como se visse algo muito atraente.
- Ei, foi só brincadeira!
- ...
- Vamos, fale algo!
- ...
- Vamos, foi de brincadeira!
- CALA A BOCA! NÃO FOI COM VOCÊ, ENTÃO FICA QUIETO! – Lizzie se descontrolou, quase dava um tapa em Harry, mas parou a mão a algum centímetros dele. – Desculpe, me descontrolei.
O clima ficou bem tenso. Finalmente, pararam em Hogsmeade aonde viram outras carruagens e foram chamados até um local onde podiam trocar as vestes. Depois, foram levados em grupos maiores para Hogwarts. Lizzie andava quieta. Sam olhava para ela e conversava baixinho.
- Lizzie, não fica assim, não! – Lizzie olhou Sam, que lhe deu um sorriso – Ele não sabe o quanto você é legal!
- Obrigada Sam! – disse Lizzie abrindo um pequeno sorriso.
- Pra que servem os amigos?- Sam passou os braços pelos ombros dela – Não se preocupe, vamos esquecer o Potter e nos divertir no banquete!
- Você tem razão!
No banquete, eles encontraram Dênis e se sentaram ao seu lado. Lizzie e Sam se recusaram a contar o que acontecera na cabine, disseram que contariam depois e mandaram-no prestar atenção na seleção. Lizzie, na verdade, estava perdida em pensamentos, não sabia se sentia ódio de Potter, ou o quê. Uma coisa ela sabia, estava se sentindo humilhada; perguntava-se como podia estar na Grifínoria. O resto do banquete foi tranqüilo, Lizzie viu Harry olhar para ela uma vez, mas virou rapidamente a cara. Sua coragem tinha sumido totalmente.
(Continua...)
