Capitulo 6: Vovó Bella...
Lizzie chegou ofegante à torre da Grifinória. Avistando Gina, foi até a amiga sorrindo, iria conversar com essa. Gina, dentre todos, era sua melhor amiga... Não, calma! Sim, ela tinha Dênis e Sam como melhores amigos, mas bAMIGOS/b não bAMIGAS/b, sabe? Além disso, tinha algumas coisas que esse dois não entendiam, e Bonnie não era tãooo boa amiga assim pra Lizzie. A garota. chegando por trás. deu um susto na amiga. que irritada falou:
- Liz! Não tem outro jeito de dizer que chegou?
- Não! – a outra respondeu com uma expressão risonha – Eu ADORO fazer isso!
- Mas odeia quando fazemos isso com você... – completou Gina rindo.
- Está bem, está bem... Odeio mesmo! Mas eu não sou perfeita, não é? De qualquer jeito, não vim para falar sobre esses defeitos, mas sim outros, você pode...
- Claro, mas aqui não... Vamos para outro lugar, o meu dormitório está vazio, gostaria de ir lá? – cortou Gina, puxando a amiga.
Entraram no dormitório de Gina, ou melhor, das garotas do quarto ano, que era praticamente a mesma coisa que o de Lizzie. Gina começou:
- Então, o que é? Pode falar...
- É que.. – Lizzie corou – Eu estava pensando... É que eu estou... eu...
- Menina! Desembucha!
- É que eu acho que estou começando a gostar de uma pessoa...
- Normal... completamente normal, Liz, não tem nada demais. Então.. quem é o sortudo?
- É o ... o .... Ah! Droga, vou falar logo: é o Sam! – Lizzie disse, depois escondendo a cara com as mãos.
Gina ficou olhando para Lizzie piscando e depois começou a gargalhar. E Lizzie, assustada, começou a olhar pasma para a amiga, que tentando parar de rir, disse:
- Normal, qualquer um vê isso, não sei por que está tão surpresa... Vocês dois são muito mais amigos do que o Dênis e você, por exemplo, praticamente todo mundo acha isso. Aposto que ele gosta de você também.
- Não... não... não.. Não pode ser verdade! Parece mesmo? Mas até pouco tempo eu não sentia nada por ele! E ele não deve gostar de mim como... você sabe, mas sim como uma amiga e...
- Meu Merlin! E pensar que antigamente eu que sofria isso... Bem... olhe, Liz, ele gosta de você, eu garanto. Se ainda não gosta, vai gostar!
- Como assim era você quem dizia isso... Não, pera aê! Já entendi, você está namorando, Gin! Com quem? Vai, me conta!
Gina corou e ficou da cor de seus cabelos. Como pudera ser tão tola pra deixar escapar isso?
- Não é isso, Liz! Esqueça isso, esqueça!
- Por favor, me conta, eu quero saber! Ah... vai! – Lizzie fez cara de cachorro pidão.
Gina olhou pra ela, olhou para a porta, pro chão, pro teto e finalmente olhando de novo para amiga, disse:
- Essa pessoa... é Draco Malfoy...
Lizzie congelou, ela ouvira bem? Draco Malfoy? O garoto que implicava com Gina e o irmão dela? Aquilo só podia ser um sonho, ou sei lá, um pesadelo, ou uma mistura dos dois. Ela apenas falou com uma voz fina:
- Eu ouvi bem? Outro dia mesmo, está bem, há um mês mais ou menos você estava brigando com ele!
- Sim, Liz, nunca ouviu falar de uma frase "Quanto mais brigo com você, mais te amo"? Eu e o Draco... bem, não somos um casal perfeito, mas a gente se gosta... entende?
Liz ficou horas parada olhando para a cara de Gina, que parecia nervosa e ansiosa. Então finalmente, respirando fundo, respondeu:
- Olha, você pediu pra eu não fazer nada, então.. e eu prometi, não é? Pois bem, namore com ele em paz, da minha boca não sairá nada!
- Assim espero... Mas olhe, sobre o Sam, você deve seguir o que você pensa e sente. Se acha que quer falar com ele, fale; se acha que quer ficar quieta, fique quieta.
- Entendi. Mas a verdadeira razão de estar aqui não é essa, Gin. – Lizzie respirou fundo – É o seguinte: você sabe que eu tenho uma inimizade pelo Harry, não é?
- Que eu ainda não entendi por que... – Gina falou enquanto mexia com as mãos.
Lizzie riu também e continuou:
- Bem... eu tive um sonho em que eu e ele ficávamos amigos, e eu não quero que isso aconteça, entende? E hoje quase aconteceu isso se eu não tivesse saído correndo com medo que acontece. Não foi um ato grifinório, mas.. entenda, não quero sobre hipótese alguma que isso aconteça!
Gina não pôde deixar de rir, deixando Lizzie de cara feia. Era impressionante como Gina ria da cara de Lizzie. Mas Gina, por um lado, não tinha culpa; Lizzie não tinha a mesma maturidade que ela. Gina olhou para cima, deitou-se em sua cama e respondeu pensativa:
- Bem, Liz, antes eu diria que você está gostando dele, mas você acabou de me dizer que está gostando do Sam, então eu diria que você admira ele. – Lizzie olhou feiamente para ela, que riu – Mas, como você diz que não, eu acho que você está com medo de que as pessoas achem que você gosta dele, apenas diz que não para fazer charminho. O por que eu não sei, mas posso te confirmar uma coisa: o nosso subconsciente, por incrível que pareça, é poderoso, muito poderoso.
Gina parou de falar e sorriu. Lizzie, com uma cara interrogativa, ficou olhando-a, até que falou, andando até a porta:
- Okay, obrigada, Gina, me ajudou bastante!
E saiu. Gina se levantou, pensou se teria ajudado e deitou-se novamente. Agora pensava em Draco, seu lindo anjo loiro.
************
Os dias se passaram, e outubro estava aí, as folhas caiam das arvores, enchendo o chão de folhas secas. E Lizzie adorava, até mesmo mais do que o verão e a primavera. Ela achava lindo as folhas caindo e o chão entupido de folhas secas de todas as cores e jeitos. E ela amava se deitar no meio das folhas. Naquele dia, Lizzie e Sam estavam nos jardins:
- Eu adoro essa paisagem! – Lizzie disse correndo.
- Eu também. – Sam riu – Vamos sentar ou deitar?
- Mas você está com um livro, não quer ir à biblioteca?
- Não... Pode deitar, eu vou me encostar naquela árvore e ler, está bem?
- Você é quem sabe.
Sam deitou-se e abriu o livro, pregou os olhos e parecia tão fixado que Lizzie, num impulso, deitou a cabeça em cima dele e deitou-se no chão. Sentiu a cara arder de vergonha, mas fechou os olhos e virou-se para o lado oposto dele, que continuava a ler o livro como se nada tivesse acontecido. Mas, Lizzie se lembrou, no ano que passara ela, ele e Dênis, faziam isso diariamente, como se fosse um tratamento de irmãos...
"Lizzie, sua burra, você anda muito estranha mesmo! Não tem nada de mais!"
Ela colocou os braços em cima dos olhos e ficou pensando em varias coisas... Deveres, Gina e seu romance, sua mãe... e Sam... Mas que raiva ela tinha! Por que diabos tinha que gostar logo dele, seu amigo?! Poderia ser qualquer um, até mesmo o Potter! Mas Sam? Sam era praticamente um irmão!
Ela estava tão "perdida" em xingamentos a si própria e aos outros pensamentos, que não percebeu Sam a chamando.
- Liz? Liz? Liz.. me escuta... LIZ!
- Ai, Sam, calma, o que é? – Lizzie disse contrariada
- Está bem, desculpe-me, mas o sol está se pondo e temos de entrar no castelo, não concorda comigo? Além disso, hoje é dia das bruxas, lembra?
- É mesmo, hoje é dia das bruxas! Ueba, festa! Comida! – a garota disse sorrindo.
- Sim, sem duvida será ótima essa festa, mas vamos?
- Ah.. claro, esqueci desse detalhe. – Lizzie riu e se levantou.
Os dois foram para o castelo conversando animados, e logo se dirigiram para a torre da Grifinória, onde acharam Dennis meio cansado:
- Oi! Vocês dois estavam aonde? Hoje consegui folga! Vamos fazer algo?
- É bom tê-lo de volta um dia, Dennis – Liz disse sem querer, mas logo depois consertando o que havia dito. – Eu quis, dizer.. que bom que teve um tempinho, não é?
- Liz, pode ser verdadeira, eu estou realmente um porre com isso.. Num fico mais nem um minuto com vocês, isso não é amigo, é?
- Não, Dennis, nós não vamos te cobrar nada, errrr... Vamos para o banquete de dias das bruxas? Quer dizer, passear por aí enquanto não chega a hora. – sugeriu Sam.
- "tima idéia, Sam! – Lizzie disse já perto da passagem da torre – Vamos?
Os dois riram da animação da amiga e foram. Todos os alunos pareciam ansiosos para o banquete daquela festa, comentários de todos os lados especulavam como seria. E Dennis parecia que sabia muitas fofocas. Lizzie tinha que admitir, estava sentindo saudades das fofocas do amigo:
- Não... porque... vocês ficaram sabendo da nova?
- Não, Dennis, mas nos conte se quiser. – Sam disse meio risonho.
- "timo! Parece que a Cho Chang está namorando com o Daves, capitão do time de quadribol da Corvinal.
- Uau, serio? – Sam tentou ser legal com Dennis. Lizzie apenas deu um sorrisinho..
- Não, vocês não entenderam, pegaram eles se beijando dentro do armário de vassouras!
Lizzie engasgou, era engraçado. Sam riu e Dennis continuou:
- O Potter não gostava dela? Então! Ta dando muita confusão, porque parece que ele chamou ela para o baile das bruxas e..
- Baile das bruxas?
- Um baile no dias das bruxas que só os alunos do 5° ano acima podem ir. Covardia.
- Ahhh... Sinceramente, num queria estar no baile não, deve dar mó baixaria! – comentou Lizzie.
- Ah, nem é pra tanto, Liz, deve ser interessante sim. – Dennis defendeu.
- Ta legal, ta legal... Deixa o baile pra lá, porque agora temos um banquete. – Sam falou andando e deixando os dois amigos para trás.
Lizzie correu atrás do amigo, assim como Dênis. Mas McGonnagal chegou até eles fazendo os três pararem rapidamente; Dênis arriscou um sorriso:
- Boa noite, profª McGonnagal!
- Boa noite, Sr.Creevey, com licença. Howell, Dumbledore quer falar com a srta.
Lizzie congelou, o que fizera agora? "Ih, agora ferrou pro meu lado!" Lizzie pensou olhando para os dois amigos, engoliu em seco e foi até McGonnagal, que sorriu e começou a andar; Lizzie deu um tchauzinho aos dois amigos e seguiu hesitante a professora. Sam e Dennis se entreolharam:
- É.. foi bom conhecer a Lizzie, com certeza foi uma boa amiga.
- Sam! Não é hora pra piada! O que será que houve?
- Ai, Dennis! Que estresse! Cara, acho melhor fingir que nada aconteceu, vamos pro banquete.
Dennis concordou com o amigo, os dois deram mais uma olhada para o corredor vazio e seguiram para o Salão Principal, que ainda estava meio vazio.
*******************
Lizzie andou calada, por que Dumbledore a chamara? Por quê? Porque ela implicava com o Potter, claro... Bem no fundo ela tinha que admitir que adorava isso, mas.. não era nada demais! i"Ouw! Liz, você tem que parar de ficar pensando nessas suas brigas com o Potter!"/i, Lizzie pensou. Voltou a seu questionamento... Por que seria, então? O que ela teria feito? Bem... ela freqüentemente amaldiçoava algum professor, mas não deveria ser isso... seria? Lizzie deu um suspiro derrotada, não fazia a mínima idéia de por que estava sendo chamada, só sabia que devia ser algo grave. Olhou para frente e viu McGonnagal quieta como sempre, parar. Lizzie parou também e viu do nada aparecer uma escada; arregalou os olhos e viu a profª subir, e assim o fez também, chegando a uma enorme sala. Lizzie entrou e rodou os olhos, como haviam coisas ali! Viu McGonnagal entrar em uma porta, tirou a atenção disso e raciocinou... então aquela era a sala do diretor? Era magnífica! Viu o chapéu seletor num canto e sorriu. Olhou para seu lado e viu uma bela ave. Observou-a atentamente e viu, era uma fênix! Era linda, ficou tão maravilhada com a criatura que só parou de olhá-la quando McGonnagal voltou e mandou-a entrar na sala da qual ela ( McGonnagal) havia acabado de sair.
Lizzie abriu um sorriso falso e entrou na sala. Logo viu o diretor Dumbledore, que ela admirava muito, e do lado dele uma senhora. Observou rapidamente a sala, a qual achou bonita e disse:
- Desculpe-me a audácia de começar a falar antes, mas.. o que deseja, professor?
i"Nossa senhora, como isso aprece um teatro, de onde eu tirei essa gramática?"/i Lizzie pensou sarcástica.
- Boa noite, srta. Howell... Não, não foi audácia nenhuma. Eu a chamei aqui, pois quero que conheça minha amiga, Arabella Figg.
Lizzie se virou para a senhora e sorriu fazendo um cumprimento; na cabeça, uma frase não parava,:"Seja educada, seja uma dama, seja cortês". Dumbledore continuou:
- Bem, a questão é, srta.... é que essa é sua avó paterna.
Lizzie parou imediatamente de sorrir. Sua avó paterna? Nunca soubera nada sobre a familia do pai, nem tinha lembranças desse, embora olhando fotos projetasse imagens de momentos com ele, que a mãe lembrava. Estava com um pouco de medo. Por que agora a avó viera conhecê-la? Isso era bom ou ruim?
- Reconheço sua surpresa. mas explicaremos tudo melhor. Você nunca duvidou dessa motivação de Hagrid de saber como sua mãe vai? Eu peço a ele que pergunte, afinal, eu e sua avó nos preocupamos com sua mãe, já que ela suspendeu qualquer contato conosco. Lizzie, algo que você nunca soube é que seu pai morreu..
Lizzie agora apertou os punhos, não gostava de conversar sobre isso. Aquilo era armação, por algum acaso estavam querendo tirá-la de sua mãe?
- Bem... Ele morreu numa missão, era um dos responsáveis pela segurança de Harry, e embora esse não lembre, seu pai morreu numa enrascada salvando Harry e seus tios. Não queríamos lhe contar, pois sabemos de sua inimizade com Harry, mas..
- Prof. – Lizzie disse levantando os braços como se pedisse a vez – Como assim salvando o Potter? Por que eu não podia saber? O que você sabem que eu não sei?
- Muita coisa, querida. – Lizzie ouviu a avó dizer.
- Harry conversou com um desconhecido, um antigo comensal a solta. Como era pequeno, deu o endereço de casa. Seu pai cuidava da casa assim como um amigo nosso, Mundungo, acho que já ouviu falar dele, não é? Então, numa enrascada, seu pai sacrificou a vida levando a do comensal também. Sua mãe nunca aceitou isso, por isso nunca mais quis saber de bruxaria. Deve ter sido horrível pra ela ver você tão empolgada em Hogwarts. Ela sempre foi contra seu pai trabalhar no mundo bruxo. Bem, como você está vendo, Voldemort está ai, querendo atacar de novo. E sua avó veio aqui, por motivos especiais, desejava conhecê-la, então..
- Só uma pergunta: realmente precisava contar isso tudo? Na boa, isso só me dá mais aversão ao Potter. E, vó, por que nunca chegou até nós, aposto que mamãe a receberia de braços abertos!
Arabella olhou para Dumbledore e voltando-se para Lizzie, suspirou:
- Sei que você sentirá agora mais aversão ao pequeno Harry, pensar que seu pai adorava ele e seus pais... Bem, eu não podia, pois tenho uma missão como a do seu pai.. – ela não conseguiu terminar, Lizzie a cortou.
- Você também protege o Potter? Numa hora dessas eu acho que me tornar uma comensal seria o melhor – Lizzie brincou sarcasticamente, que odio sentia!!! Potter pra lá e pra cá...
- Lizzie, entendemos sua revolta, mas..
- É sempre assim, né? O Potter é o perfeito, estou começando a achar que nas próximas vezes vou torcer pro Malfoy. Ou talvez eu deixe isso de lado e simplesmente continue a achar o Potter o garoto mais chatinho e metido que conheci na minha vida! Combinado? – continuou sarcástica Lizzie,
- Bem que sua mãe disse, você é idêntica a seu pai! Em certas horas tem um sarcasmo cretino! Deixe de ser mimada um pouco e entenda! – Arabella ralhou.
- Quem é você pra me dar ordens? Sim.. eu sou um pouco descontrolada nessas horas e sarcástica também, mas pelo menos eu sou verdadeira, digo as coisas com coragem, não importa a conseqüência. Por que acha que eu sou grifinória?
- Já chega! Lizzie, já basta! Foi opção dos dois proteger Harry, ele nem sabe disso. – Dumbledore disse se levantando.
Lizzie achou que nunca levara uma advertência do professor, e isso a assustou. Virou o rosto antes de responder:
- Claro, você está certo, professor. Vovó... acho que se tivéssemos nos conhecido em outra ocasião eu teria gostado mais de te conhecer... Vovó Bella... – Lizzie saiu correndo da sala.
Ela não achava que estava errada! E nem admitiria caso estivesse! Que ódio! O Potter sempre tinha tudo, e o pior, roubava dela. Ela realmente merecia isso, é? Tudo bem, ela poderia estar sendo egoísta, mas e daí? Ela mesma sabia que era egoísta... Qualquer um que chegasse perto de Dennis ou Sam ela já partia pra cima! Mas era o jeito dela e ponto final! Ela sentiu o olho arder... lagrimas? Não, ela não iria chorar! Fez força pra chorar, mas simplesmente não conseguia! Como ela mesma dizia a si mesma, era uma insensível!
Lizzie parou e se sentou no chão mesmo, estava tudo deserto, provavelmente todo mundo já estaria no banquete. Se levantou, não queria ir ao banquete, mas ia ficar com fome! Ahh... bem... Sam com certeza levaria comida para ela. Lizzie sorriu e se encaminhou para a torre da Grifinória, essa vazia.
********************
- Ei, Sam, cadê a Liz, hein? Dumbledore e McGonnagal já estão ai! – Dennis perguntou ao amigo.
- Verdade! Será que ela foi expulsa ou...
- SAM! Vira essa boca pra lá! Ela apenas deve ter ficado sem saco de vir e ficou na torre... ah! Sei lá, é melhor levarmos algo caso ela não venha.
- Você está certo, vou subir daqui a pouco, e você?
- Sim, também vou, mas é melhor você ir na frente, tenho cosias a resolver com Colin. – Dennis disse demonstrando um certo desconforto.
- Está bem, vou agora, porque já estou cheio e enjoado desse banquete.
Dennis apenas fez que sim com a cabeça e viu Sam sair. Este levava dois bolinhos de caldeirão no bolso e outras coisas, ele sabia que Lizzie se irritara com algo e fora direto para a Torre de Grifinória. Entrou e viu a amiga sentada sozinha num sofá. Pensou em dar um susto nela, mas apenas botou o mão em seu ombro:
- O que houve, Liz?
Lizzie se virou meio assustada para Sam, mas ao ver e ouvir o amigo sorriu e deitou a cabeça nele.
- Sam... seja sincero... Você acha que eu sou muito mimada em relação às minhas briguinhas com o Potter?
- Eu diria que sim, mas... Isso é normal, você não vai com a cara dele, e você é pavio-curto, não é?
- Não é só isso..
- O que foi que Dumbledore disse?
- Ele me revelou algumas coisas e eu conheci um parente...
- Não me diga que é parente do Potter, Liz!
- NÃO! – ela respondeu depressa, um pouco chocada com a suposição - É que eu conheci minha avó... E outra coisa, descobri algumas coisas sobre o meu pai...
- Sério? Que bom! Como sua avó é? E gostou de saber sobre seu pai?
- Na verdade não. Papai morreu pra salvar Potter de uma enrascada, e eu não admito isso. Vovó permaneceu o tempo todo vigiando o Potter... Sam, por que o Potter tem sempre tudo, hein? É famoso, um bando de gente ama ele... e ainda me rouba parentes!!.
- Lizzie, você está indo longe demais. Você sabe se ele sabe que sua avó protege ele e que seu pai morreu, hum... vamos dizer, por culpa dele?
- Creio que não...
- Então, Lizzie... Não quero ser chato, mas você está sendo egoísta e...
- Eu sei... Olha, Sam, esquece, é só que... eu queria tanto saber das coisas e daí isso tudo, e eles ainda falaram que minha mãe estava errada em algo, mas no fundo ela é que ficou comigo, não foi socorrer o Potter.
- Liz, você está se irritando e se entristecendo falando sobre isso, deve estar com fome. Trouxe algo pra você, amanhã conversamos melhor. Com Dennis também se for o caso, tudo bem?
- Tudo bem – Lizzie sorriu – Sam...
- Sim?
- Você é o melhor amigo que alguém pode ter! – e o abraçou de repente.
Sam se assustou, mas sorriu e retribuiu o abraço apenas dizendo "Você também, Liz". Os dois falaram rapidinho com Dennis e foram dormir. Mas, no fundo, Liz ainda estava com muito ódio de Potter. Ela não queria admitir, mas estava com inveja dele, afinal os parentes dela protegiam ele. E não ela.
(continua..)
