BRANCO
PARTE IV - 1.89
Chloe estava de mau humor naquele final de tarde, no The Torch, escrevendo uma matéria qualquer para encaixar no editorial, já que não conseguira encontrar Corey Eaton para entrevistá-lo. Concentrada no artigo referente ao cardápio da cantina, mal percebeu que alguém a observava da porta. Ao levantar os olhos, deparou-se com um sujeito estranho, que nunca tinha visto na vida. Vestia um terno surrado e usava óculos.
"Srta. Sullivan? Foi você que escreveu essa matéria para o The Ledger?", perguntou ele, aproximando-se de sua mesa e mostrando o impresso da primeira página do dia de ontem, onde havia uma fotografia do cão branco que salvou um garotinho de um atropelamento.
"Em que posso ajudar?", perguntou ela, confusa.
"É que eu vi esse artigo, e o cachorro na fotografia se parece muito com o meu cão, Max, que fugiu há alguns dias", explicou ele. "Sabe dizer como posso encontrá-lo?"
Chloe sorriu.
"Eu tenho um filho que está muito doente desde que Max foi embora", continuou o sujeito, que, na verdade, era o Dr. Hawke.
"Se me responder algumas perguntas", disse ela, ainda na esperança de conseguir uma matéria sobre o misterioso cão branco.
O cientista ficou confuso.
"Bom, se estiver ao meu alcance", disse ele, sentando-se à sua frente, mas nem um pouco disposto a responder suas perguntas, cedendo apenas pelo fato de que ela podia ser a única pessoa a ajudá-lo a encontrar o experimento 1.89.
Animada, Chloe pegou um bloco de notas e uma caneta.
"Quem o treinou?", perguntou ela.
"Como?", perguntou ele, atrapalhado.
"Bom, ele agiu como se fosse um cão treinado. Ele simplesmente viu um garotinho que estava prestes a ser atropelado, e o salvou", explicou ela. "Quem o treinou?"
O cientista ficou pensativo, e percebendo que não podia ir muito longe nas suas mentiras, disse, meio gaguejando:
"Huh, foi eu mesmo", disse ele.
Chloe o encarou de cima a baixo. Definitivamente, não parecia um treinador de animais, pensou. E ela começava a se preocupar. Lembrou que estava sozinha na escola, que o zelador devia estar indo limpar os banheiros quando provavelmente o deixou entrar e que não havia como escapar pela porta se aquele sujeito tentasse alguma coisa.
"Está me escondendo alguma coisa?", perguntou ela. "Como é mesmo seu nome?"
Mas cansado daquele jogo, o cientista pegou uma arma, que, na verdade, era uma pistola com o tranquilizante que usaria para deter a cobaia fugitiva. Chloe levantou as mãos, embora soubesse que não era uma arma de fogo, mas temesse o conteúdo daquele projétil.
"Rápido!", exclamou ele. "Dê-me o endereço de onde posso encontrá-lo!"
Chloe procurou o papel com o endereço de Corey Eaton, em meio à bagunça da sua mesa.
"Vai perder seu tempo", disse ela. "Eu já estive lá ontem à tarde e hoje pela manhã, e ninguém me recebeu".
O cientista arrancou o papel da mão de Chloe e leu o endereço. Depois, guardou-o no bolso do paletó.
"Levanta!", ordenou ele, amadoramente.
Chloe se levantou e ele mandou ela virar de costas. Ela o obedeceu e o cientista bateu com a arma na sua cabeça, fazendo-a cair desmaiada.
Quando Clark chegou ao estacionamento do Smallville High, usando sua super- velocidade, viu o carro de Chloe e um automóvel que nunca tinha visto antes, com placa de Metropolis. Logo soube que seus instintos estavam certos, que o cientista veio procurar a fonte da fotografia publicada no The Ledger, para que então soubesse como encontrar a cobaia. Mas antes que pudesse ir ao encontro de Chloe, no The Torch, notou que havia uma pessoa dentro do carro vindo de fora. Correu na direção do automóvel, e viu o Dr. Hawke desmaiado. Clark abriu a porta do carro, que estava destravada e notou que ele estava ferido. Puxou-o para fora do veículo. Ele estava com um ferimento à bala no peito. E antes que Clark saísse correndo para ver se Chloe estava bem, o cientista o agarrou pela roupa. Assustado, Clark se inclinou sobre ele.
"Vão matá-lo", murmurou ele. "Não permita que o matem".
"Quem é o você?", perguntou Clark. O cientista inclinou a cabeça e, enquanto Clark vasculhava seus bolsos, e encontrava sua carteira, descobrindo, na seqüência, que ele era o cientista Donovan Hawke, este dizia:
"Luthor quer matá-lo, não permita que ele o faça".
"Sobre o quê era o projeto?", perguntou Clark.
"Torná-los quase-humanos", respondeu ele, bastante enfraquecido.
"Ele é perigoso? Existe algum efeito colateral?", indagou Clark, ainda preocupado pelo fato de haver kryptonita envolvida.
"Não", respondeu ele. "É perfeito".
Clark tentou obter mais informações, mas era tarde. O cientista estava morto. Notou que ele não portava mais nada. E correu para o The Torch, onde encontrou Chloe acordando de um desmaio.
"Você está bem?", perguntou-lhe ele, ajudando-a a se levantar.
"Estou, mas veio um maluco aqui, querendo encontrar aquele cão branco. Pegou o endereço do Corey Eaton e foi embora", disse ela.
Clark imaginou o pior. Como não viu o papel com o endereço de Corey com o cientista, alguém muito perigoso estaria disposto a pegá-lo a qualquer custo.
"Ele está morto", disse Clark. E antes que Chloe perguntasse a quem ele se referia, Clark explicou: "O homem que esteve aqui está morto no estacionamento. Ligue para a polícia", pediu Clark, saindo pela porta.
"Onde você vai?", perguntou Chloe. Mas já era tarde. Clark já estava longe.
Quando chegou à casa dos Eaton, Clark percebeu que não havia ninguém. Imaginou se o sujeito que matou o cientista teria capturado a mãe de Corey e a obrigado a dizer onde ele estava. Acreditando que estariam indo direto para a sua casa, Clark correu o mais depressa que podia.
...
Assustado, da janela do celeiro, Corey via sua mãe caminhando em direção à porta da casa dos Kent junto com um sujeito grande, vestido em um terno escuro, que segurava uma arma camuflada no paletó. Ao chegarem à varanda, ele bateu à porta duas ou três vezes. Sabendo que não havia ninguém à casa, Corey não sabia se ajudava sua mãe ou se fugia. Buddy, que olhava a cena, ao seu lado, deu um gemido. Mas Corey achou que devia descer e ajudar sua mãe. Pediu para Buddy ficar ali, mas o cão continuava a olhar a mãe de Corey coagida pelo estranho, que agora voltavam em direção ao carro.
"Você mentiu!", gritou ele, apontando a arma na sua cabeça, mais uma vez. "Eles não estão aqui!"
E antes que ele pudesse apertar o gatilho, o cão pulou da janela do celeiro, e o sujeito jogou Selena para longe para empunhar a arma com as duas mãos e atirar no animal.
"Não!", gritou Corey do alto do celeiro.
Mas era tarde. Clark chegou no mesmo instante, mas só pode ver Buddy caído ao chão, com um grave ferimento à bala. O sujeito apontou-lhe a arma e pediu para se afastar. Corey descia correndo as escadas do celeiro e aproximou-se de Buddy, que estava todo ensangüentado. Selena não sabia se ia ao encontro do filho ou se ainda ficava preocupada com o sujeito armado. Mas este entrou no carro, e Clark não podia impedi-lo, pois ele ainda estava armado e podia ferir mais alguém. Ele dirigiu, então, velozmente em direção à estrada. No entanto, enquanto Clark planejava correr atrás dele e impedi-lo de escapar, Corey disse, aos prantos:
"Clark, temos que salvá-lo!"
Clark se virou e aproximando-se de Corey, que estava abraçado à mãe, viu Buddy ao lado, estendido e com sangue por todo lado. Inclinou-se sobre ele, tentando ver se havia alguma coisa que pudesse fazer, mas o animal estava desmaiado. Clark pegou-o nos braços e o colocou na caminhonete dos seus pais, que haviam ido à Metropolis de ônibus.
"Vamos levá-lo a um médico veterinário", disse ele.
Continua...
PARTE IV - 1.89
Chloe estava de mau humor naquele final de tarde, no The Torch, escrevendo uma matéria qualquer para encaixar no editorial, já que não conseguira encontrar Corey Eaton para entrevistá-lo. Concentrada no artigo referente ao cardápio da cantina, mal percebeu que alguém a observava da porta. Ao levantar os olhos, deparou-se com um sujeito estranho, que nunca tinha visto na vida. Vestia um terno surrado e usava óculos.
"Srta. Sullivan? Foi você que escreveu essa matéria para o The Ledger?", perguntou ele, aproximando-se de sua mesa e mostrando o impresso da primeira página do dia de ontem, onde havia uma fotografia do cão branco que salvou um garotinho de um atropelamento.
"Em que posso ajudar?", perguntou ela, confusa.
"É que eu vi esse artigo, e o cachorro na fotografia se parece muito com o meu cão, Max, que fugiu há alguns dias", explicou ele. "Sabe dizer como posso encontrá-lo?"
Chloe sorriu.
"Eu tenho um filho que está muito doente desde que Max foi embora", continuou o sujeito, que, na verdade, era o Dr. Hawke.
"Se me responder algumas perguntas", disse ela, ainda na esperança de conseguir uma matéria sobre o misterioso cão branco.
O cientista ficou confuso.
"Bom, se estiver ao meu alcance", disse ele, sentando-se à sua frente, mas nem um pouco disposto a responder suas perguntas, cedendo apenas pelo fato de que ela podia ser a única pessoa a ajudá-lo a encontrar o experimento 1.89.
Animada, Chloe pegou um bloco de notas e uma caneta.
"Quem o treinou?", perguntou ela.
"Como?", perguntou ele, atrapalhado.
"Bom, ele agiu como se fosse um cão treinado. Ele simplesmente viu um garotinho que estava prestes a ser atropelado, e o salvou", explicou ela. "Quem o treinou?"
O cientista ficou pensativo, e percebendo que não podia ir muito longe nas suas mentiras, disse, meio gaguejando:
"Huh, foi eu mesmo", disse ele.
Chloe o encarou de cima a baixo. Definitivamente, não parecia um treinador de animais, pensou. E ela começava a se preocupar. Lembrou que estava sozinha na escola, que o zelador devia estar indo limpar os banheiros quando provavelmente o deixou entrar e que não havia como escapar pela porta se aquele sujeito tentasse alguma coisa.
"Está me escondendo alguma coisa?", perguntou ela. "Como é mesmo seu nome?"
Mas cansado daquele jogo, o cientista pegou uma arma, que, na verdade, era uma pistola com o tranquilizante que usaria para deter a cobaia fugitiva. Chloe levantou as mãos, embora soubesse que não era uma arma de fogo, mas temesse o conteúdo daquele projétil.
"Rápido!", exclamou ele. "Dê-me o endereço de onde posso encontrá-lo!"
Chloe procurou o papel com o endereço de Corey Eaton, em meio à bagunça da sua mesa.
"Vai perder seu tempo", disse ela. "Eu já estive lá ontem à tarde e hoje pela manhã, e ninguém me recebeu".
O cientista arrancou o papel da mão de Chloe e leu o endereço. Depois, guardou-o no bolso do paletó.
"Levanta!", ordenou ele, amadoramente.
Chloe se levantou e ele mandou ela virar de costas. Ela o obedeceu e o cientista bateu com a arma na sua cabeça, fazendo-a cair desmaiada.
Quando Clark chegou ao estacionamento do Smallville High, usando sua super- velocidade, viu o carro de Chloe e um automóvel que nunca tinha visto antes, com placa de Metropolis. Logo soube que seus instintos estavam certos, que o cientista veio procurar a fonte da fotografia publicada no The Ledger, para que então soubesse como encontrar a cobaia. Mas antes que pudesse ir ao encontro de Chloe, no The Torch, notou que havia uma pessoa dentro do carro vindo de fora. Correu na direção do automóvel, e viu o Dr. Hawke desmaiado. Clark abriu a porta do carro, que estava destravada e notou que ele estava ferido. Puxou-o para fora do veículo. Ele estava com um ferimento à bala no peito. E antes que Clark saísse correndo para ver se Chloe estava bem, o cientista o agarrou pela roupa. Assustado, Clark se inclinou sobre ele.
"Vão matá-lo", murmurou ele. "Não permita que o matem".
"Quem é o você?", perguntou Clark. O cientista inclinou a cabeça e, enquanto Clark vasculhava seus bolsos, e encontrava sua carteira, descobrindo, na seqüência, que ele era o cientista Donovan Hawke, este dizia:
"Luthor quer matá-lo, não permita que ele o faça".
"Sobre o quê era o projeto?", perguntou Clark.
"Torná-los quase-humanos", respondeu ele, bastante enfraquecido.
"Ele é perigoso? Existe algum efeito colateral?", indagou Clark, ainda preocupado pelo fato de haver kryptonita envolvida.
"Não", respondeu ele. "É perfeito".
Clark tentou obter mais informações, mas era tarde. O cientista estava morto. Notou que ele não portava mais nada. E correu para o The Torch, onde encontrou Chloe acordando de um desmaio.
"Você está bem?", perguntou-lhe ele, ajudando-a a se levantar.
"Estou, mas veio um maluco aqui, querendo encontrar aquele cão branco. Pegou o endereço do Corey Eaton e foi embora", disse ela.
Clark imaginou o pior. Como não viu o papel com o endereço de Corey com o cientista, alguém muito perigoso estaria disposto a pegá-lo a qualquer custo.
"Ele está morto", disse Clark. E antes que Chloe perguntasse a quem ele se referia, Clark explicou: "O homem que esteve aqui está morto no estacionamento. Ligue para a polícia", pediu Clark, saindo pela porta.
"Onde você vai?", perguntou Chloe. Mas já era tarde. Clark já estava longe.
Quando chegou à casa dos Eaton, Clark percebeu que não havia ninguém. Imaginou se o sujeito que matou o cientista teria capturado a mãe de Corey e a obrigado a dizer onde ele estava. Acreditando que estariam indo direto para a sua casa, Clark correu o mais depressa que podia.
...
Assustado, da janela do celeiro, Corey via sua mãe caminhando em direção à porta da casa dos Kent junto com um sujeito grande, vestido em um terno escuro, que segurava uma arma camuflada no paletó. Ao chegarem à varanda, ele bateu à porta duas ou três vezes. Sabendo que não havia ninguém à casa, Corey não sabia se ajudava sua mãe ou se fugia. Buddy, que olhava a cena, ao seu lado, deu um gemido. Mas Corey achou que devia descer e ajudar sua mãe. Pediu para Buddy ficar ali, mas o cão continuava a olhar a mãe de Corey coagida pelo estranho, que agora voltavam em direção ao carro.
"Você mentiu!", gritou ele, apontando a arma na sua cabeça, mais uma vez. "Eles não estão aqui!"
E antes que ele pudesse apertar o gatilho, o cão pulou da janela do celeiro, e o sujeito jogou Selena para longe para empunhar a arma com as duas mãos e atirar no animal.
"Não!", gritou Corey do alto do celeiro.
Mas era tarde. Clark chegou no mesmo instante, mas só pode ver Buddy caído ao chão, com um grave ferimento à bala. O sujeito apontou-lhe a arma e pediu para se afastar. Corey descia correndo as escadas do celeiro e aproximou-se de Buddy, que estava todo ensangüentado. Selena não sabia se ia ao encontro do filho ou se ainda ficava preocupada com o sujeito armado. Mas este entrou no carro, e Clark não podia impedi-lo, pois ele ainda estava armado e podia ferir mais alguém. Ele dirigiu, então, velozmente em direção à estrada. No entanto, enquanto Clark planejava correr atrás dele e impedi-lo de escapar, Corey disse, aos prantos:
"Clark, temos que salvá-lo!"
Clark se virou e aproximando-se de Corey, que estava abraçado à mãe, viu Buddy ao lado, estendido e com sangue por todo lado. Inclinou-se sobre ele, tentando ver se havia alguma coisa que pudesse fazer, mas o animal estava desmaiado. Clark pegou-o nos braços e o colocou na caminhonete dos seus pais, que haviam ido à Metropolis de ônibus.
"Vamos levá-lo a um médico veterinário", disse ele.
Continua...
