Dez dias se passaram, e como Megumi não havia comentado, ou pedido para
conversar com Kaoru, os dois se acalmaram e tudo voltou a ser como antes.
Do lado de fora do Dojo, as coisas corriam normalmente. Edo estava crescendo. Com a abertura dos portos aos produtos ingleses, o comércio na região aumentara muito, incluindo o número de habitantes. A rua do Dojo se tornara mais movimentada, já que é caminho para o mercado. Tanto que nem Kenshin mais se preocupava com os estranhos que passavam a porta.
Kaoru, esperançosa de mais alunos, mudara a placa de entrada para uma um pouco maior, com o nome Kamiya Kashin bem a mostra. Naquela tarde ela resolveu varrer a entrada, e ao abrir o portão, viu um jarro de sakê encostado no muro.
Quem será que deixou esse jarro aqui? – pensou consigo mesma aproximando-se do jarro.
Ao pegá-lo em suas mãos, notou as pinturas de sakura, delicadas, em branco e vermelho, com pétalas se soltando das árvores entre o verde das folhas.
Hiko-san..... essa pintura é de Hiko-san. Ele provavelmente mandou de presente para Kenshin! – e olhando parao céu, exclamou: Arigatou, Hiko-san!
Kaoru entrou contente em casa. Não era sempre que tinham um sakê de tão boa qualidade, e especialmente, não era sempre que Hiko mandava presentes para eles. Ela até o achava esnobe, mas mesmo sempre se referindo ao aluno como "estúpido pupilo", ela tinha certeza de que ele gostava de Kenshin como um filho.
Kenshin estava limpando o chão do Dojo, tão absorto que só notou a felicidade de Kaoru, que passou correndo. O sorriso dela o fez alegre.
Kaoru entrou na cozinha. Tivera a idéia de servir o sakê no jantar, como surpresa para Kenshin, mostrando que seu mestre lembrara de sua existência.
Que jarro lindo! – pensou – Acho que vou abrir só para sentir o cheiro.
Kaoru abriu o jarro, e o perfume amargo do sakê a fez querer prová-lo.
Vou pegar só um pouquinho, só o suficiente para molhar os lábios – pensou.
Rapidamente ela colocou um pouco na cumbuca. E bebeu.
Hmmm.... amargo.... este é um dos melhores!!!! Arigatou Hiko-san!!!!!
A noite caiu logo. E trouxe com ela, mais uma vez, Megumi e Sano.
Todos jantavam calmamente. Comentavam o quanto a cidade crescera no último ano, também se o Governo Meiji fazia certo em abrir, agora espontâneamente, os portos para as nações estrangeiras.
Durante o jantar, as coisas não estavam muito bem. Kaoru estava pálida, meio enjoada. Sentiu-se estranha. Olhava para os companheiros, mas não entendia o que eles diziam. Um forte cheiro invadiu seu sentidos. Os sons começaram a diminuir.....diminuir.... diminuir.... até que ela não ouvia mais nada. Manchas negras em seus olhos..... antes pequenas, agora a cegavam.....gavam...... vam..... mm...
Kao.......
Ela ouvia, parecia Kenshin. Ela queria responder, mas não conseguia abrir a boca.
Kaoru........
O som.... Megumi.... a voz já não parecia mais distante...... aos poucos seus olhos se encheram de luz... e a imagem de Kenshin, Sano, Megumi e Yahiko já era reconhecível.
Kaoru!!!! Você está bem!!! Kaoru, responda!!!! – Megumi dizia severamente.
Kaoru não conseguia responder..... falou com uma voz fraca...
Es.... est.... estou bem......
Uma dor horrível invadiu seu corpo. Era como uma faca a perfurando, entrando de uma só punhalada em seu ventre, rasgando suas entranhas. Sentiu então algo quente, um líquido queimando suas coxas, encharcando seu kimono.
AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!
Nunca ninguém havia visto Kaoru gritar tão histericamente antes. O grito era horrível, como se ela estivesse sendo esquartejada. Pior: como se sua alma fosse roubada.
-KAORRRRRRRRRUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!! – Kenshin gritava, sentia-se impotente, deseperado, não entendia o que estava acontecendo....
Sano, pegue panos secos! Yahiko, pegue água!!!! – Megumi gritava, tentando estancar com as mãos o sangue que escorria dentre as pernas da moca.- Kenshin!!!! Acorde!!!! Pegue este pano, pressione aqui!!! Eu quero que você vá estancando o sangue com toalhas limpas. Assim que estas ficarem encharcadas, você as troque e assim por diante!!!! Vou a clínica buscar um remédio!!!! Kenshin, reze porque isso é muito sério!
Megumi saiu correndo da sala. Corria mais rápido do que suas próprias pernas deixavam. "Que não seja o que eu estou pensando!!!!".
Do lado de fora do Dojo, as coisas corriam normalmente. Edo estava crescendo. Com a abertura dos portos aos produtos ingleses, o comércio na região aumentara muito, incluindo o número de habitantes. A rua do Dojo se tornara mais movimentada, já que é caminho para o mercado. Tanto que nem Kenshin mais se preocupava com os estranhos que passavam a porta.
Kaoru, esperançosa de mais alunos, mudara a placa de entrada para uma um pouco maior, com o nome Kamiya Kashin bem a mostra. Naquela tarde ela resolveu varrer a entrada, e ao abrir o portão, viu um jarro de sakê encostado no muro.
Quem será que deixou esse jarro aqui? – pensou consigo mesma aproximando-se do jarro.
Ao pegá-lo em suas mãos, notou as pinturas de sakura, delicadas, em branco e vermelho, com pétalas se soltando das árvores entre o verde das folhas.
Hiko-san..... essa pintura é de Hiko-san. Ele provavelmente mandou de presente para Kenshin! – e olhando parao céu, exclamou: Arigatou, Hiko-san!
Kaoru entrou contente em casa. Não era sempre que tinham um sakê de tão boa qualidade, e especialmente, não era sempre que Hiko mandava presentes para eles. Ela até o achava esnobe, mas mesmo sempre se referindo ao aluno como "estúpido pupilo", ela tinha certeza de que ele gostava de Kenshin como um filho.
Kenshin estava limpando o chão do Dojo, tão absorto que só notou a felicidade de Kaoru, que passou correndo. O sorriso dela o fez alegre.
Kaoru entrou na cozinha. Tivera a idéia de servir o sakê no jantar, como surpresa para Kenshin, mostrando que seu mestre lembrara de sua existência.
Que jarro lindo! – pensou – Acho que vou abrir só para sentir o cheiro.
Kaoru abriu o jarro, e o perfume amargo do sakê a fez querer prová-lo.
Vou pegar só um pouquinho, só o suficiente para molhar os lábios – pensou.
Rapidamente ela colocou um pouco na cumbuca. E bebeu.
Hmmm.... amargo.... este é um dos melhores!!!! Arigatou Hiko-san!!!!!
A noite caiu logo. E trouxe com ela, mais uma vez, Megumi e Sano.
Todos jantavam calmamente. Comentavam o quanto a cidade crescera no último ano, também se o Governo Meiji fazia certo em abrir, agora espontâneamente, os portos para as nações estrangeiras.
Durante o jantar, as coisas não estavam muito bem. Kaoru estava pálida, meio enjoada. Sentiu-se estranha. Olhava para os companheiros, mas não entendia o que eles diziam. Um forte cheiro invadiu seu sentidos. Os sons começaram a diminuir.....diminuir.... diminuir.... até que ela não ouvia mais nada. Manchas negras em seus olhos..... antes pequenas, agora a cegavam.....gavam...... vam..... mm...
Kao.......
Ela ouvia, parecia Kenshin. Ela queria responder, mas não conseguia abrir a boca.
Kaoru........
O som.... Megumi.... a voz já não parecia mais distante...... aos poucos seus olhos se encheram de luz... e a imagem de Kenshin, Sano, Megumi e Yahiko já era reconhecível.
Kaoru!!!! Você está bem!!! Kaoru, responda!!!! – Megumi dizia severamente.
Kaoru não conseguia responder..... falou com uma voz fraca...
Es.... est.... estou bem......
Uma dor horrível invadiu seu corpo. Era como uma faca a perfurando, entrando de uma só punhalada em seu ventre, rasgando suas entranhas. Sentiu então algo quente, um líquido queimando suas coxas, encharcando seu kimono.
AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!
Nunca ninguém havia visto Kaoru gritar tão histericamente antes. O grito era horrível, como se ela estivesse sendo esquartejada. Pior: como se sua alma fosse roubada.
-KAORRRRRRRRRUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!! – Kenshin gritava, sentia-se impotente, deseperado, não entendia o que estava acontecendo....
Sano, pegue panos secos! Yahiko, pegue água!!!! – Megumi gritava, tentando estancar com as mãos o sangue que escorria dentre as pernas da moca.- Kenshin!!!! Acorde!!!! Pegue este pano, pressione aqui!!! Eu quero que você vá estancando o sangue com toalhas limpas. Assim que estas ficarem encharcadas, você as troque e assim por diante!!!! Vou a clínica buscar um remédio!!!! Kenshin, reze porque isso é muito sério!
Megumi saiu correndo da sala. Corria mais rápido do que suas próprias pernas deixavam. "Que não seja o que eu estou pensando!!!!".
