¬¬Epílogo¬¬

Martina chegou tarde no hotel aquele dia, estava cansada, não jantaria no restaurante, mas pediria serviço de quarto.  Para sua surpresa, ao entrar em seu quarto, no hotel, encontrou o noivo que não tinha ido com ela na viagem em razão de uma outra viagem, só que de negócios, para sua empresa, um moderníssimo hospital bruxo, ao qual estava instalando novos setores, ampliando a área útil. John era seis anos mais velho que a moça e o hospital tivera sua fundação numa pequena clinica conceituada, dirigida pelo pai do rapaz que tinha morrido na luta contra Voldemort. John Murphy Taylor já antes dessa fatalidade mostrava interesse em seguir a carreira do pai, quando jovem, não estando em aula, passava o dia a assistir o pai em inúmeros atendimentos e não só, a administração da instituição agradava-o.

Ginny passava o dia a cuidar de Honey, a menina era agitada e estava sempre a querer atenção. Aparentemente não ficava cansada. Dormia pouquíssimo durante a noite, queria apenas ficar na cama dos pais e senti-los próximos. Quando era dia dormia ainda menos. Honey nunca deixava que Draco dormisse após seu próprio horário e Draco Malfoy nem sabia mais o que era ficar deitado e mesmo dormindo até tarde.  Gina achava graça da resignação do marido, antes de Honey, ela não achava que fosse possível existir algo ou alguém que fizesse isso com o esposo. A pequena criança tinha vezes que não fechava os olhos se os dois não estivessem com ela. Aos três meses foi que aceitou dormir em seu próprio quarto, mas ainda acordava duas vezes e custava a voltar a dormir.

O verão começava a dar espaço para a chegada do outono, as folhas das arvores e a grama do chão tornavam-se amareladas, era passado quatro meses apenas que a pequena Honey tinha nascido, considerando que aguardava que a filha tivesse condição de viajar até o nordeste da França e divisa da Alemanha, também muitíssimo próximo a Bélgica, onde encontrava-se o mausoléu dos Malfoys e nele enterrados os corpos de Narcisa Malfoy e Lucius Malfoy, pais de Draco. Virginia com a pequena Honey, que mais parecia um embrulhinho dentro de tantas roupas, caminhava seguindo Draco. O rapaz andou mais rápido chegando primeiro ao local. Virginia vinha calmamente tendo a filha nos braços, os ventos intensificavam a cada passo, aparentemente era em razão de suas presenças no local. Aquele era um formidável cemitério, os mortos guardados naquele local eram todos de sobrenome Malfoy. Ainda que os demais jardins da região estivessem juntando folhas que instante a instante caiam das arvores, aquele local só assemelhava os tons, era tão bem cuidado que até passava a impressão de um parque. Virginia parou pouco antes da entrada do mausoléu que o esposo estava na frente. Ela ainda não tinha ido ali, ainda que Draco sempre fosse, ela não o acompanhava, mas desde que Virginia diz-se grávida, Draco não a deixava nem por um dia só.

- Meu filho há quanto tempo não nos vem visitar. – Falou uma voz feminina, mas etéreo saído da sua morada. – Seu pai e eu sentimos sua falta. Ainda que o tempo para nós não faça mais sentido, poderia dizer-lhe com exatidão a sua falta. – A voz era carinhosa e saudosa.

- Minha mãe, perdoe-me se passei tanto tempo sem vir vê-la, mas tive uma boa razão. -  Draco era amável com a bela fantasma. Apesar de morta, aquela que um dia foi herdeira dos Blacks e casou-se com um Malfoy permanecia com uma beleza intocada.

- Sabe que não posso sair daqui, ainda que possa saber o que se passa, não posso acompanhá-lo, preciso esperar pelo que contam outros como eu para saber o que se passa fora de meu sitio atual. É um belo lugar, não posso reclamar. – A fantasma tirou os olhos de Draco ao som de uma criança sorrindo. – Teria algo a contar-me sobre...?

- Como disse-lhe... – Draco parou por um instante – E meu pai?

- Lucius... Seu pai está em uma reunião, o conselho o chamou, pois a permissão transitarmos para fora daqui está em tramitação. Ainda temos muito tempo aqui com os mortais.

Draco teria buscado a mão de sua mãe se essa fosse tangível, então chamou-a, levando-a para próximo da mulher ruiva e da criança que está tinha nos braços.

Virginia mantinha-se em silêncio.

- Mãe, apresento-lhe minha esposa Virginia Molly Weasley Malfoy e a bebê, Honey.

Narcisa observava as duas pessoas que lhes eram apresentadas. Após um curto período, a loura sorrio e aproximou-se da neta. Cumprimentando antes a nora.

- Eu gostaria tanto de pegá-la em meus braços e niná-la. – Falou sonhadora, lembrando um momento de quando ainda era viva. – Lembra-me de você, Draco querido. Só que era mais inquieto.

Draco riu da comparação. E então Virginia deu um leve sorriso.

A tarde passou sem que nenhum deles notassem, Honey tinha dormido, então. O céu já tornava-se escurecido. Ao que se despediram. Narcisa pediu ao filho que retornasse mais vezes, falou ter adorado a neta e a nora a tinha agradado, ainda que a mesma fosse ruiva, de sardas e pertencesse a família Weasley, apareceu-lhe que o filho e ela davam-se muito bem, gostavam-se.  

No mês seguinte Martina casou-se com John, eram passados cinco meses do nascimento de Honey e só então a ruiva pôde conhecê-lo.

Aos sete meses, Honey, começava a falar curtas palavras, já andava amparada por objetos. O que era bastante adiantada para muitas crianças, já que o normal consiste em ser por vezes aos dez meses. Somente com um aninho foi que Gina começou a trocar a alimentação da menina do completo leite materno por suquinhos, papinhas... Honey não era muito social, o que preocupava Ginny, ainda que simpática. Draco junto à filha sentia-se poderoso e livre, era ainda mais que um Malfoy. A bebê era sua princesinha.

Draco estava praticamente determinado a deixar partes de suas obrigações para ter mais tempo com a esposa e com sua pequena filhinha. Mas foi demovido da idéia, de modo que medidas foram tomadas. Foi erguido numa área de 143 m2, acompanhando a arquitetura da casa, o novo escritório para Draco, que era espaçoso e familiar, com isso ele não tinha mais que sair de casa ou ficar longe da esposa e da filhinha, o que somente continuava acontecendo em ocasiões como reuniões no ministério ou viagens.  O interior do local era decorado com alto bom gosto, sua entrada era dada por uma porta, a mesma de sua antiga sala no ministério, que estava conectada para seu novo escritório. Outra porta, só que oculta, ficava na sala de Draco e tinha abertura para o jardim da casa, onde ele deveria atravessar até a mesma. Por uma janela que também era um quadro, ele podia observar o pátio da casa, onde Honey e Ginny passavam parte do dia. Em parte por que Honey gostava de correr e o cãozinho, um Beagle, que tinha ganhado do pai, preferia ficar ao sol, correndo por entre as flores, grama, do que dentro da casa, onde ainda que um ambiente tivesse sido feito pro animalzinho, o mesmo, não saia do quarto da menina, que ia até onde seu cãozinho tinha sido colocado e levava-o pro seu quarto... Era algo tão certo que Draco e Virginia já tinham presenciado o fato. Em parte por que Ginny assim sabia que Draco as estaria observando. 

Quando Honey completou dois aninhos recebeu a noticia que teria dois irmãozinhos, os gêmeos Ben e Alec, não tardaram a nascer. Mas foi com certo ciúme que a menina os aceitou, depois de muita conversa de Draco e Gin... A menina que antes tinha todos os afetos, cuidados e atenções no começo sentia-se abandonada, o que não era verdade, apenas que as duas novas crianças necessitavam de tanto cuidado quanto o que foi dispensado para a menina. Logo Ginny entendeu um modo simples de fazer a pequena Honey mais útil. A menina passou a cuidar dos irmãozinhos, ajudando a mãe. Era como os bonecos, só que era de verdade.


NA: É, enfim torno acessível e finalizada essa que foi por muito tempo uma boa companhia e diversão, também.

Dedicou parte das honras a minha amiga Rê, que vinha evidenciando idéia homicidas para com minha pessoa e claro a minha querida amiga e beta-reader Sothis. Agradeço a Laura, que quase foi beta nessa fic.

Pois bem, após dias, semanas, papeis e muitas alterações...

Boa leitura, Lua.

E-mail: freyjaluayahoo.com.br