No Caminho Para Casa
Syaoran retornava para casa, depois de capturar a carta Retorno. Pela primeira vez, havia passado mal quando viu Sakura desaparecer no tronco da árvore. Começou a dar-se conta que já não sentia a mesma vontade de competir com ela que no princípio.
Quando chegou ao Japão e viu pela primeira vez a cardcaptor, ficou surpreendido. Como podia essa garota ser uma cardcaptor? Estava seguro que não seria capaz de converter-se em Mestre; sim, tinha poder, isso tinha notado mas, naquele momento, estava convencido de que não era o suficiente para chegar a ter o cargo de Mestre das Cartas. Ficou surpreendido que não lhe entregou as cartas, inclusive quando tentou ficar com elas pela força, talvez haveria conseguido se não houvesse Touya chegado... e Yukito, ruborizou-se ao pensar em Yukito.
Sempre passava-lhe quando via, quando sabia que estava perto ou quando falavam dele. Inclusive naquela noite havia-lhe passado, quando estava falando de Yukito com Sakura. Mas, desta vez, havia algo mudado, quando ela lhe sorriu, sentiu algo parecido com que lhe passava com Yukito, mas não exatamente igual... quando Sakura lhe sorriu, só de pensá-lo sentiu como se ruborizava profundamente, agitou a cabeça com força para tentar tirar da mente dele a imagem de Sakura sorrindo, mas não foi capaz de consegui-lo.
Depois pensou em quando havia deixado-a sozinha junto à arvore, e Sakura havia desaparecido no interior da mesma, ele havia sido incapaz de acudir para ajudá-la. Por isso, quando Kero falou-lhe que se tratava da carta Retorno, não havia duvidado de usar Tempo para resgatar Sakura do passado. Era perigoso, porque a carta Tempo requeria grande quantidade de energia mas, se com isso podia salvar a cardcaptor, teria que tentá-lo.
Colocou-se ao lado da árvore e invocou Tempo, com poucos minutos, Sakura vontou a aparecer diante deles. Devolveu a carta a forma original dela, desta vez foi parar nas mãos de Syaoran, ainda não se importou tanto como das outras vezes que ficava com a carta, o importante era que Sakura estava bem. De novo, ruborizou-se pensando na alegria que havia sentido ao ver-la aparecer de novo.
Ao usar a carta Tempo, quase se havia ficado sem forças, e descansava sentado com a espada apoiada no tronco da árvore, enquanto Kero contava a Sakura o que ele havia feito por ela. Pela primeira vez, Kero estava falando bem dele. E, de repente, sem saber como, viu-se envolto no abraço de Sakura, não um abraço asfixiante como os que Meiling lhe dava, mas um abraço cheio de ternura, do qual não deu-lhe tempo de desfrutar, porque desmaiou. Chegou em casa.
Meiling: "Syaoran!! (atirou-se em cima dele) Por que tu chegaste tão sorridente?"
Até este momento, Syaoran não se deu conta de que estava sorrindo, rapidamente sacou a carta Retorno.
Meiling: "Conseguiste a carta? Sabia que ganharias da Kinomoto!! (voltando a abraçá-lo)"
Syaoran: "Solta-me, Meiling... Capturar esta carta foi difícil, e quero ir para cama."
Syaoran tentou ser o mais amável possível, e foi para o quarto. Ficou dormindo, pensando nos dois preciosos olhos verdes e no doce sorriso de Sakura.
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Conto escrito em 2001. Tradução de DE CAMINO A CASA, por Asuka (ESP).
