Uma Triste Despedida

Somente se via, frente ao espelho, uma silhueta de uma garota, que penteava o cabelo escuro, que brilhava tão bonito como sempras, enquanto a imagem refletia nos olhos vermelhos dela a tristeza, acompanhada de uma canção...

Meiling (cantando): "Já não quero chorar pela minha solidão, nem por teu amor..."

Mordomo: "Senhorita Meiling, o jantar está pronto."

Meiling: "(recuperando a tradicional energia) Sim! Já vou!"

Entrou no salão, como sempre, tão bonito e elegante, a grande mesa a esperava, mas desta vez, não reunia a grande família Li, esta vez somente está ela, ela e Syaoran...

Syaoran: "Sente, Meiling."

Meiling: "Bem..."

Meiling sentou-se perto do querido Syaoran. Começaram a comer, na verdade, nada faltava nessa mesa, e também tudo era gostoso.

Meiling: "(servindo-se com mais arroz) Hum! Está delicioso!!"

Syaoran: "Sim... Mei, escuta-me..."

Meiling: "O que se sucede, Syaoran?"

Syaoran: "Devo... devo ir ao Japão, vou-me."

Meiling: "O quê!? (golpeando a mesa) Ao Japão!? (ficou de pé)"

Syaoran: "Meiling, por favor, tranqüilizes-te e escuta-me."

Meiling (soluçando): "Es-está bem."

Syaoran: "Devo ir ao Japão, pois as Cartas Clow, devemos recuperá-las, porque são nossas, são da família."

Meiling: "(tentando deter Syaoran com argumentos) Mas nós vimos!! Há uma cardcaptor encarregada disso!"

Syaoran: "Eu o sei, mas duvido que seja suficientemente hábil para capturá-las todas."

Meiling: "(que desatou a chorar) Mas... Sya-Syaoran..."

Syaoran: "(ficou de pé, ao lado dela) Mas, Mei, não chores, por favor..."

Meiling: "Nós! Nós íamos oficializar que estávamos comprometidos!"

Syaoran: "Eu o sei, Meiling, mas isto é mais importante."

Meiling: "Ou seja, que são mais importantes, as estúpidas Cartas Clow, do que eu!? (saiu correndo para casa)"

Syaoran: "Maldição... Mei."

---------------------------------------------------------X---------------------------------------------------------

Meiling (cantando): "Já não quero chorar pelo teu amor, a distância do teu querer, e a frieza de teu ser, minha solidão se faz indelével, não quero sofrer por este amor incurável..."

Meiling estava sobre a cama, chorando.

Meiling: "Por-por que? Eu pensei que ele me queria! (voltou a cantarolar) Enquanto minha eterna tristeza, nubla meu solitário coração, enquanto meus olhos se nublam com lágrimas, por causa de meu triste amor..."

E assim passou a noite... uma estrela brilhava no céu, talvez recordando quão sozinha se sentia Meiling. Já era de manhã, Meiling havia ficado cansada sem dar-se conta, os fracos raios de sol lograram em despertá-la.

Meiling: "Hum? Já é de manhã? (levantou-se e observou uma nota junto ao espelho) E isto?"

Pegou o papel e pôs-se a ler: "Para Mei: Bem, sinto muito tudo isso, na verdade, devo ir e, para não te fazer sofrir, decidi ir-me assim, oxalá algum dia me perdoe, quero-te... Syaoran Li."

Meiling: "QUÊ!!!"

Meiling se sentiu morta por dentro, nem sequer pôde dar a ele um adeus. Baixou correndo as escadarias, saiu correndo da casa, correu tanto como foi possível, não escutava, não via nada, somente sentia o rápido bater do coração e dos passos.

Inexplicavelmente, chegou ao aeroporto, não sabia por onde começar a buscar, na verdade, estava desesperada. De repente, somente gritou, gritou com todas as forças que tinha.

Meiling: "ONDE ESTÁS, SYAORAN!!??"

Talvez fosse um pouco de magia ou um milagre mas, quando Meiling ergueu a cabeça e olhou para a frente, viu a Syaoran.

Meiling: "Oh, Syaoran! (abraçando-se a Syaoran, enquanto chorava)"

Syaoran: "(tentando separar-se dela) Mei, por favor, deixe de chorar, sim?"

Meiling: "(falando com uma voz trêmula) M-mas eu não quero que te vás, po-porque tu és o meu prometido, e porque... porque... porque eu te amo, Syaoran."

Syaoran somente ficou vermelho, sem dizer nada, nada.

Meiling: "(enquanto dava a volta para voltar para casa) Era de se esperar, as Cartas Clow são mais importantes."

Syaoran: "(tomou a mão de Meiling) Não, não é isso. É somente que quero essas cartas, são nossas, também são tuas Mei, são a nossa honra, depois de tê-las... já nos veremos... (Meiling sorriu, então Syaoran soltou a mão dela e olhou-a nos olhos) Adeus, Meiling."

Meiling: "Espera, Syaoran..."

Syaoran: "Sim?"

Em uma rápida ação, Meiling o beijou nos lábios... com a reação mais típica de Syaoran, o vermelhidão.

Meiling: "(gritando enquanto partia correndo) Até logo Syaoran! Lembra-te que deves voltar!!"

Syaoran: "Adeus, Meiling, adeus."

Meiling (cantando): "Eu somente espero que volte a mim, porque meu amor e minha alma, estarão o esperando, porque nunca lograrei a amar, a nada exceto a ele, espero que volte, espero que volte por mim, porque... porque... eu o amo."

---------------------------------------------------------X---------------------------------------------------------

Conto escrito em 2001. Tradução de UNA TRISTE DESPEDIDA, por Akane.