Em primeiro lugar, eu quero agradecer à Bella Malfoy e Ameria Asakura Balck, as duas almas caridosas que deixaram reviews. Muuuito obrigada -ah, e um grande blééééh pra quem não comentou. XD
Pronto, a continuação tão não-esperada '''(n.n)
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Correndo em círculos,
Surgindo as caudas,
Cabeças num separado silêncio
Elas andavam calmamente pelo bairro residencial onde Parvati morava. O silêncio parecia imperar mais que a vontade de conversar. Talvez quatro anos de distância não teriam mudado tanta coisa se a separação não tivesse ocorrido daquela forma.
::::: FlashBack On :::::
- Eu não acredito, Parvati!
- Queira ou não queria, eu vou mudar pro mundo trouxa, Lilá! - elas brigavam. Lilá havia conseguido uma promoção ótima, e ao que parecia, que merecia mais atenção do que ela. Lilá ia se distanciando cada vez mais, deixando Parvati ressentida, pois ela sabia que Lilá estava não só acabando com o relacionamento delas, mas também com a amizade que durou oito anos.
Os pais de Parvati haviam sido assassinados numa chacina, que foi o último golpe de Voldemort, antes de Harry Potter liquidá-lo de uma vez. E, quando Parvati mais precisava de Lilá ao seu lado, Lilá foi ao ápice de seu egoísmo, deixando Parvati pelo seu trabalho. E ela decidiu que se Lilá não mudava sua rotina por ela, ela não faria o mesmo pela namorada.
Os pais de Parvati tinham uma loja esotérica num bairro trouxa, que era o orgulho deles, e Parvati resolveu abandonar o mundo bruxo para se dedicar à loja, que foi fruto de anos de trabalho de seus pais. Porém, quando comunicou isso à Lilá, recebeu mais atenção do que desejava.
- Você vai ter coragem de me deixar?
- Acredite, quem me deixou primeiro foi você, Lilá! - depois de uma longa discussão, a briga foi ao limite, e Parvati cortou relações com Lilá de uma vez. Vinte dias depois ela estava mudando para um confortável apartamento no mundo trouxa.
::::: FlashBack Off :::::
Ninguém disse que era fácil,
É tão vergonhoso pra nós nos separarmos
Ninguém disse que era fácil,
Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim
Oh, me leve de volta pro começo...
Vinte dias depois da briga Lilá percebeu o que fizera. Ainda assim, ficou longos meses sem concordar, mas teve que admitir que a culpa fora dela. Se sentiu completamente imbecil... depois de cinco anos de amizade, e mais bons meses de timidez, elas conseguiram se acertar, e passaram a namorar. Foi complicado, mas acabou dando certo. E ela se sentia imbecil de ter acabado com algo que demorou tanto tempo para se ajeitar, e quando se ajeitou, deu tão certo.
Nunca se sentira tão arrependida na vida. Perdera sua melhor amiga, a pessoa que mais respeitava, confiava e amava. Não sabia dizer o que doía mais: se era o fato de ter perdido sua melhor amiga, se era o fato de ter perdido quem amava, ou se era porque fora ela a principal causadora de tudo isso.
Eu só estava pensando
Em números e figuras,
Rejeitando seus quebra-cabeças
Lilá trabalhava com cosméticos e maquiagem, ela fazia experimentos com poções, pós mágicos e feitiços em produtos de beleza. Ganhava muito bem, mas não tinha folgas consideráveis, e isso irritava Parvati. Nas poucas vezes que podiam ficar juntas, ou Lilá estava muito cansada, ou estava empolgada demais com suas descobertas. Parvati ainda tentava reconquistá-la, fazendo passeios e jantares diferentes, mas Lilá ficava cada vez mais distante. Parvati, magoada e com raiva, passou a não fazer nenhum esforço para manter Lilá perto de si, embora se sentisse verdadeiramente mal com o que estava acontecendo. Chegou a pensar que o "gelo" faria Lilá se tocar e dedicar um pouco mais do seu curto tempo livre à ela, mas Lilá não reagiu e elas foram se afastando cada vez mais.
Depois que Lilá se viu sem Parvati se afundou no trabalho. Ela mesma sabia que devia ir procurar a ex-namorada, mas o orgulho falava mais alto.
Ainda tentara arrumar outras namoradas, mas era completamente inútil. Nenhuma delas a completava como Parvati, nem eram tão boas, ou tão bonitas, ou tão agradáveis quanto ela, e nenhuma a fazia tirar Parvati do coração. Sempre comparava-as com Parvati e, inevitavelmente, elas sempre perdiam.
Questões da ciência,
Ciência e progresso
Não falam tão alto quanto meu coração
Elas pararam num parque com muitas crianças brincando, apesar de não fazer sol. As mães dessas crianças se aglomeravam para falarem da vida umas das outras. Parvati riu involuntariamente, lembrando que logo elas estariam criticando o máximo que pudessem cada uma delas. "E pensar que eu quase entrei pro time...".
Parvati estava a ponto de ter uma vida tão sem emoção quanto as dessas mulheres. Apesar de ter sido dela a escolha de se separar de Lilá e ir para o mundo trouxa, tinha sofrido muito. Durante quase dois anos, não se divertia nunca, sua vida era loja-casa. Não tinha ânimo para sair, ir a festas, conversar com vizinhas, absolutamente nada. No máximo lia algum livro muito interessante, pois do contrário parecia um zumbi sentado na frente da TV.
Mas depois resolveu que seguiria a vida. Sempre que podia ia até o restaurante, conversava alegremente com os clientes de sua loja, comprava uma revista ou mais um livro.
Parvati procurava manter a mente ocupada e ativa, para que pudesse fazer seus dias renderem mais e serem melhores. Mas, o tormento de muita gente a abalava também: a noite, mais precisamente o travesseiro. Parvati, sem ter com o quê se distrair, ficava remoendo o que acontecera. Ela se lembrava de como acontecera, e ficava com raiva de Lilá e seu maldito trabalho. A amava, isso ela não podia negar, e provavelmente a amaria sempre. Não conseguia pensar em alguém mais importante que Lilá - exceto Padma, mas essa, no fundo, ficou aliviada por não ter que voltar ao mundo trouxa e elas se falavam muito pouco - e não conseguia entender como isso continuava depois de anos de distância. Embora não admitisse, já que a própria não estava perto, as lembranças que tinha de quando estava com Lilá eram seu alicerce. E, por mais que evitasse esse pensamento, não podia negar que Lilá havia sido muito importante na sua vida. E que ainda era.
Enfim, levava uma vida completamente normal, com os amigos e inimigos que todo mundo tem. Porém estaria mentindo se dissesse que se envolveu emocionalmente com alguém.
Da mesma forma que Lilá, teve alguns namoros, mas nenhum deles durou muito. Ela sabia que Lilá estava e sempre estaria ocupando seu coração, então teve uma hora que ela desistiu de tentar um relacionamento mais sério com alguém.
Fazia tanto tempo que não via Lilá, e estava tão feliz por vê-la! Por quê aquele silêncio constrangedor então? "Ah, é claro! Nós acabamos de nos conhecer, ora!" pensou, bem humorada. "Mas bem que as coisas podiam ter sido diferentes, aí... ah Parvati, não seja idiota! Você tem uma grande chance. Não fique se lamentando."
Diga-me que me ama,
Volte e me assombre
Oh, e eu corro pro começo
Elas se sentaram em um dos bancos de pedra do parque, no mais afastado de todos. Embora ele não ficasse longe, elas poderiam conversar sem serem ouvidas. Lilá colocou os pés no assento, ficando encolhida atrás dos seus joelhos. Abraçou as pernas e disse:
- Isso não é um começo. - Parvati não a olhou, continuou olhando para frente assim como ela - Isso é um recomeço. São coisas bem diferentes.
- São, com certeza. - Lilá apoiou os braços nos joelhos e a cabeça nos braços, fazendo-a ficar com o rosto escondido e formar uma cascata de cabelos.
- Você ainda não me respondeu.
- O quê? - Parvati disse, olhando-a. Lilá suspirou e disse:
- Você me perdoa? - Parvati voltou a olhar para a frente.
- Meio difícil isso, Lilá. Esquecer sim, mas perdoar... - Lilá fez uma careta para si mesma, se lembrando de novo da sua estupidez.
- Eu entendo... - disse, baixo. Parvati soltou um tipo de riso pelo nariz.
- É... acho que, no fim... eu te perdôo, Lilá. Te perdoei faz tempo. - Lilá levantou a cabeça, os olhos brilhando. Parvati olhou para ela e sorriu. Lilá a abraçou forte e ela retribuiu. - Te amo, Lilá.
- Te amo também, Parvati.
Correndo em círculos,
Perseguindo nossas caudas
Voltemos como éramos
Parvati se levantou e a puxou pela mão.
- Quer brincar de rodar? - Lilá riu e elas se seguraram nas mãos, com os braços cruzados, e começaram a rodar feito crianças, rindo e soltando gritinhos. As vizinhas começaram a comentar o que é que duas mulheres de 22 anos estavam fazendo brincando como meninas. Elas jamais entenderiam quanta felicidade havia naquele gesto infantil. Lilá e Parvati poderiam transformar o mundo todo em algodão doce com sua amizade, e fazê-lo vibrar numa festa eterna com seu amor.
Talvez não fosse tão difícil assim recomeçar uma amizade quase perdida... porque quando o laço foi forte demais, ele nunca se quebre. E provavelmente, a ligação das duas nunca havia realmente terminado. E Parvati e Lilá acreditavam naquilo piamente - pelo bem de seus corações, do seu amor e da sua inestimável amizade.
Ninguém disse que era fácil,
É tão vergonhoso pra nós nos separarmos
Ninguém disse que era fácil,
Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim
Oh, me leve de volta pro começo...
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°°° Ficou compriiida .... hey, obrigada por ter lido isso até o fim! Realmente espero que tenha gostado! Agora, o básico:
REVIEWSSSSSSSSSS!!! Ahhnnnn, comenta, por favor! É o primeiro slash que eu escrevo . eu preciso saber como está!!! Se vc gostou, se achou que eu escrevo mal, se achou que eu escrevo bem... deixa um comentariozinho, nem que seja bem pequenininho .'''''''' por favooooor! ;;
De novo, obrigada por ler isso! - Até mais alguma song da Songueition Tosqueition Bestereition Corporeition Ilimitada Claire R. Black! o/ °ai, que nervoso . eu quero saber o que você achou...°
