Disclaimer: Lien: DÊ PARA MIM!!!
Rowling: NEM MORTA!!!
Lien: DÊ!!!
Rowling: NUNCA!!!
Lien: DÊ AGORA OU EU MATO VOCÊ!!!
Rowling: Pode matar, querida! Eles vão continuar sendo meus!
Vocês viram, eu tentei. Harry e Voldemort continuam pertencendo à vaca da Rowling. Mas os outros personagens são MEUS!!! MEUS!!! MEUS!!!
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N.A: Eu quero agradecer do fundo do meu coração e dedicar este capítulo ao SnakeEye's PK por ter postado a minha primeira Review desta fic.
N.A2: PK, os brasileiros não são antiquados. Só nessa cidade que eles resolveram que os bruxos não prestavam.
N.A3: Um prêmio para quem descobrir nomes de músicas famosas embutidas nas minhas fics. Dica: No capítulo anterior tem uma música do Pink Floyd e nesse tem uma do Ozzy.
N.A4: Atenção, isto é apenas um teste para ver se desta vez eu consigo deixar alguma coisa em itálico e/ou negrito. /i /b
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Meu novo corpo
__ ESPERA UM POUCO, AINDA NÃO!!!– berrei, em vão. Pobre André, deve ter ficado ainda mais apavorado e confuso.
Desta vez não foi como antes. Me senti sendo sugado para dentro de minha própria mente. Uma sensação que é impossível de ser descrita com exatidão. Tentei me mexer. Continuei imóvel. André olhou para mim, apavorado.
__ Ha- Ha- Harry... Se- se- se- seus olhos!
Ele não precisou falar mais nada para que eu entendesse. Dizem que os olhos são as janelas para a alma, com certeza a presença de Voldemort como dominante em meu corpo tinha avermelhado os meus olhos.
__ Ah... Como é bom respirar ar puro novamente... – Voldemort falou e eu senti a minha boca se mexendo. Uma sensação parecida com a de quando ele possuiu meu corpo, no quinto ano.
__ Quem é você?? – André pareceu ter entendido o que aconteceu, ou não teria feito essa pergunta, já que o corpo ainda era o meu.
__ Garoto... Eu sou o pior pesadelo de todo e qualquer trouxa. – eu/ele tornou a falar. Bom, para simplificar, vou me referir ao que Voldemort disser como ele.
__ O que fez com Harry??
__ Não se preocupe, o garoto ainda está vivo. Isso é apenas temporário. Só até eu encontrar outro corpo mais apropriado.
Espera aí? Encontrar outro corpo??? O combinado não tinha sido este!!! Ele usaria o MEU corpo, o de mais ninguém!!! Droga, meu erro foi ainda maior... Confiar em uma cobra como aquela...
__ Você é podre, Voldemort.
__ Devo agradecer agora ou mais tarde, pelo elogio?
--------------------------------
Apesar dos pesares, nos dias que se passaram Voldemort se comportou melhor do que eu esperava. Inventou uma conjuntivite para a vermelhidão nos olhos e estresse para a mudança de comportamento. Para minha maior surpresa, ele falava português, o que foi muito útil.
Para André ele se apresentou apenas como Tom, para que ele não o reconhecesse como o pior bruxo de todos os tempos. André manteve sigilo absoluto, certo de que isso ajudaria a salvar Helena.
Em resumo, Voldemort estava me saindo melhor que encomenda.
Quer dizer, até ele dizer que tinha conseguido o corpo perfeito. Um rapaz dos Jacarés, Alexandre. Esse sim, era a cópia de Malfoy, no quesito personalidade. No aspecto físico ele lembrava muito o próprio Voldemort, quando jovem. Pelo menos de acordo com o que eu vi no diário dele, no segundo ano.
__ Você não vai machucar ninguém, Voldemort! – eu falei, enfurecido, preso em minha própria mente.
__ Senão o quê? Você grita? – ele debochou de mim. Mas me deu também uma ótima idéia. Comecei a gritar bem alto. Aquilo pareceu surtir efeito, já que ele começou a cambalear e agarrar a cabeça com força.
__ CHEGA, POTTER!!! – ele gritou.
__ Senão o quê? Você chora? – eu não pude deixar de retrucar o deboche dele. Iria contra minha natureza. Claro que continuei gritando. Eu não estava usando as minhas cordas vocais mesmo... Não faria muita diferença.
__ Chega ou eu me mato e nós dois vamos juntos para o inferno. E sua amiguinha Helena vai ficar com os trouxas!
Parei de gritar. Querendo ou não, Voldemort era um poderoso aliado nessa hora e sacrifícios deveriam ser feitos.
__ O que precisa para ocupar o corpo dele? – perguntei, vencido.
__ Permanentemente? Do sangue de um trouxa. Esta noite eu conseguirei isso.
__ Taí uma coisa que eu vou gostar de fazer. – disse, não me reconhecendo. Talvez dividir meu próprio corpo com Voldemort estivesse finalmente afetando minha índole. Talvez minha raiva já estivesse tomando proporções assassinas. Talvez minha preocupação com o estado de Helena fosse maior do que a preocupação com a vida de um trouxa.
__ Cada dia mais parecido comigo, Potter... Se tivéssemos nos conhecido em uma situação diferente, talvez nos tornássemos aliados.
Concordei silenciosamente.
A madrugada chegou muito rápido. Acordamos André e nos dirigimos para fora da escola (bem... eu só fui porque não tinha opção MESMO). Mas desta vez armados com um punhal que André conseguiu para Voldemort e um frasco com um feitiço antiquebrante por fora e anticoagulante por dentro.
__ Quanto do sangue vai ser necessário? – André perguntou o que eu mesmo já iria perguntar.
__ Só um pouco. – Voldemort respondeu.
__ Escute, Tom, isso é realmente necessário? Quer dizer... Vamos matar alguém! Não pode ser de outra maneira?
__ Eu só tenho três coisas para te responder. Samanta, Lucas e Helena. Espero que isso seja o suficiente. – e foi. André permaneceu calado pelo resto do tempo.
Ter Voldemort controlando o meu corpo foi extremamente útil naquela hora. Ele conseguia se esconder tão perfeitamente bem na menor das sombras e enxergava no escuro melhor ainda. Tanto que vimos um jovem trouxa – provavelmente um aluno do Colégio São Pedro (nome do colégio, que eu tinha me esquecido de comentar) – bêbado andar e cantarolar tranqüilamente. A vítima perfeita.
Voldemort rodou o punhal em sua mão e se esgueirou por trás do pobre coitado. Tampou a boca dele e cortou sua garganta. André não perdeu tempo. Correu até lá e colheu o sangue no frasco, tampando quase imediatamente.
__ Certo, Tom, vamos logo! – André quase suplicou, com medo de alguém da Igreja ou do São Pedro nos visse.
__ Ainda não, meu caro. – ele desenhou um sorriso sádico no rosto. – Eu tive uma ótima idéia.
Rasgou a blusa do homem e, em seu peito, desenhou as seguintes palavras:
"POR SAMANTA. POR LUCAS. POR HELENA. VOCÊS VÃO PAGAR, TROUXAS."
__ Ficou louco??? – André rosnou, em voz baixa. – Isso vai enfurecer ainda mais os trouxas!!! Eles podem matar Helena!!!
__ Eu te garanto, meu caro. Helena não morrerá.
__ Como pode ter tanta certeza??? – enfurecido, André pegou Voldemort pela gola do pijama.
__ Me solte, rapaz! Eu não possuiria o corpo do jovem Potter sem uma noção geral dos acontecimentos! E creio que uma sacerdotisa de Avalon não possa morrer com tanta facilidade!
Bom, até eu me assustei com o que Voldemort tinha dito. André olhava como se estivesse petrificado.
__ Vai me dizer que você nunca reparou na pequena lua crescente tatuada na testa dela!
__ Como uma brasileira pode ser uma sacerdotisa de Avalon, Tom??? Seja sensato!!!
__ Uma alma não escolhe onde vai nascer, mas aceita seu destino não importa quantos portos de distância ele fique! – Voldemort esqueceu-se de manter baixa a voz, o que atraiu alguns rapazes do São Pedro. – Vamos embora antes que nos ataquem!
André deixou para discutir com ele mais tarde. Correram até a escola o máximo que podiam. Quando entramos, ouvimos os gritos dos garotos, que deveriam ter acabado de encontrar o bêbado morto.
__ BRUXOS MALDITOS!!! – ouvimos um deles gritar. – VAI TER TROCO!!!
Voldemort respondeu.
__ ISSO FOI O TROCO!!! E FOI SÓ O COMEÇO!!!
No dia seguinte, mais ou menos no mesmo horário, entramos no dormitório dos Jacarés, acordamos André e estuporamos Alexandre. Depois o arrastamos para os jardins.
__ Não vamos precisar de ervas ou coisas parecidas?
__ Temos tudo o que precisamos. – Voldemort respondeu, novamente com um sorriso sádico. Pegou o punhal – que não tinha devolvido para André – e cortou o pulso. O MEU pulso.
__ Se eu ganhar outra cicatriz por sua causa eu te mato de novo! – ralhei com ele. Claro que André não ouviu.
__ Não se preocupe Potter. Seu corpo estará intacto quando eu terminar.
__ Você já fez isso antes? – perguntei. Apesar de que, eu sabia a resposta.
__ Incontáveis vezes. – ele agora espalhava o meu sangue no peito de Alexandre. Tornou a pegar o punhal e abriu um pequeno buraco no peito dele, onde despejou o sangue do trouxa. Disse algumas coisas em latim, que eu não entendi. – Bom, Potter... Te vejo do outro lado.
Novamente eu tive a mesma sensação de ser sugado, mas de volta para o meu lugar. E novamente veio a dor. A mesma dor pela qual passei quando Voldemort me possuiu pela primeira vez. As mil facas em brasa. A mão apertando minha garganta. Meu corpo se arqueando, minha desesperada busca por ar.
André sentiu-se mal, dava para ver nos olhos dele. Mas pelo menos agora ele sabia o que estava acontecendo comigo.
Demorou um pouco mais de tempo do que da primeira vez, por isso eu cheguei a pensar que tinha dado errado. Só tive certeza de que tinha dado certo quando me senti de volta ao meu corpo, deitado na grama, respirando pesadamente. Abri os olhos e vi Alexandre também arqueando e tentando gritar.
Ah, Voldemort sabia usar as artes das trevas com classe. Quem mais saberia como possuir o corpo de alguém sem chamar a menor atenção? Sem gritos, sem destruição... O sangue havia desaparecido e os cortes – o meu e o no peito de Alexandre – também tinham desaparecido.
Alexandre parou de se mexer. André sabia que deveria acorda-lo com o contra- feitiço, mas demorou um pouco a agir. Ainda estava muito horrorizado com a cena.
__ Enervate. – ele disse por fim.
Alexandre abriu os olhos. Continuavam os mesmos. Era o seu último minuto de vida.
__ O que fizeram comigo??? – ele perguntou, em pânico. Com certeza Voldemort deve ter destilado seu veneno no cérebro do garoto. Ele se levantou, tremendo. – O QUE FIZERAM COMIGO????
Claro que nós não respondemos. Ele só tinha mais trinta segundos, não iríamos gastar saliva com isso...
Então eu e André presenciamos a coisa mais estranha que qualquer ser humano já tinha visto.
Os olhos de Alexandre começaram a piscar em vermelho e castanho, como se pulsassem. As veias em seu rosto pareciam querer explodir. Ele caiu de costas no chão.
Aquilo... Não tinha acontecido comigo. Voldemort estava... MATANDO o espírito do Alexandre! Eu percebi isso tarde demais.
Uma fumaça prateada, que em muito me lembrou a minha primeira tentativa de patrono, no terceiro ano, saiu pelos olhos do Alexandre e dissipou no ar. Senti um calafrio percorrer minha espinha. Depois um frio constante. Depois tudo ficou normal. Até eu ouvir a voz que saiu da boca de, agora, Voldemort.
__ Agora sim, posso ajudar plenamente, Potter. – era a voz de Tom Servoleo Riddle. O mesmo que tentou me matar no segundo ano. E a aparência também era a mesma. Vacilei por um segundo. Era Voldemort ali. Alexandre não existia mais.
Aquilo estava indo longe demais, mas agora já era tarde. Tarde para me arrepender, para voltar atrás. Afinal eu concordei com aquilo. Eu o ajudei.
Quanta ironia. Primeiro eu o matei. Agora o faço voltar à vida, com força total.
__ Tudo isso, só para voltar à vida? – perguntei. Ele olhou para mim, os olhos vermelhos exalando frieza. Apenas isso era Voldemort. O resto era Tom Riddle.
__ Tudo isso o que, Potter? – ele perguntou, um sorriso sádico cruzando seus lábios.
__ Você se rebaixou a me ajudar para voltar à vida? Eu matei você, lembra?
Percebi que tinha falado demais. André olhou para mim, depois para Voldemort, tão aterrorizado que não gritou. Apontou para ele e gaguejou.
__ Você... Você... É... V... Voldemort???
Não houve uma resposta concreta, mas o sorriso que Voldemort devolveu para André o fez tremer. Logo ele se recobrou do choque e partiu para cima de mim, me dando um belo e merecido murro. Se eu estivesse no quinto ano, aceitaria aquele murro calado. Bem, como o próprio Voldemort tinha dito, como as coisas mudam... Devolvi o murro.
__ VOCÊ FICOU LOUCO, HARRY??? PRIMEIRO VOCÊ O MATA E DEPOIS O TRÁS DE VOLTA À VIDA??? JOGOU SEU ESFORÇO FORA???
__ NÃO, ANDRÉ!!! JOGUEI MEU ORGULHO FORA!!! QUE OUTRA IDÉIA BRILHANTE VOCÊ ME DÁ PARA SALVARMOS HELENA??? ME DÊ UMA SOLUÇÃO E EU NÃO HESITO EM MATÁ-LO OUTRA VEZ!!!
__ Potter, não se superestime nem me subestime tanto. – Voldemort disse, seu sorriso agora apagado. – Você me pegou de surpresa, mas desta vez não será tão fácil.
__ QUANDO EU ESTIVER FALANDO COM VOCÊ, AÍ VOCÊ RESPONDE, TÁ LEGAL??? DO CONTRÁRIO, IGNORE A MINHA PRESENÇA!!!
André ainda olhava para mim, como se eu não fosse real. Tive a mesma sensação de um filho que decepcionou o pai, se é que eu sabia como era a sensação. Balancei a cabeça, como se quisesse jogar aquela sensação fora.
__ Eu esperava mais de você, cara. Bem mais! Tudo o que falaram de você... Você era quase um herói para mim!
__ As coisas mudam, André. E a necessidade nos faz tomar decisões. Não importa o quão ruim elas sejam. – cheguei a ficar surpreso com minha tranqüilidade ao falar aquilo.
__ Por que não faz aquela marca nojenta no braço?? É mais rápido! – André disse, antes de ir para dentro da escola. Claro que me arrependi mil vezes de não ter guardado a língua dentro da boca.
--------------------------
Não sei se era porque eu nunca tive facilidade para fazer amigos ou se porque André falara alguma coisa com alguém.
Só sei que as minhas únicas companhias durante o resto da semana foram Voldemort e Edwiges. Não tive do que me queixar. Eu praticamente pedi por isso.
Eu e Voldemort fizemos um acordo de deixar o passado no passado. Tínhamos um inimigo em comum agora e iríamos lutar contra ele. Voldemort... Não. Tom. Ele mesmo me pediu para parar de chamá-lo de Voldemort. Passado no passado.
Ele agora era Tom Riddle, transferido de Hécate para cá. Alexandre tinha sido morto por trouxas, o que não era tanta mentira assim. Afinal, se não fosse pelos trouxas, trazer Tom de volta não seria necessário e matar Alexandre também não.
Não digo que me tornei amigo de Tom nos dias seguintes. Mas já não era seu inimigo como era antes. Nós nos tolerávamos devido às circunstâncias.
-----------------------------
Ter as tais aulas de TCAT era a coisa mais inútil que eu já tinha ouvido falar. Os tais "truques" só adiantariam se você fosse um animago ou um bruxo-metamorfo ou se tivesse o controle da magia da natureza.
Após algum tempo, consegui convencer André da necessidade de ter Tom como aliado e, nós três começamos a matar as aulas de TCAT.
Tom nos ensinava feitiços de magia negra que eu nunca tinha ouvido falar. Eu dei algumas noções de azarações e feitiços de DCAT para André, já que Tom era um expert nisso.
Um desses dias, eu tive uma idéia bem... Cruel. Fiz uma cara de criança com vontade de fazer arte que até Tom riu.
__ No que está pensando, Potter?
__ Os trouxas são protegidos contra a magia feita lá fora... Mas e se a magia já estiver feita e for simplesmente transportada lá pra fora?
__ O que quer dizer? – André não acompanhou meu raciocínio, mas Tom sim.
__ Objetos amaldiçoados... – nós dois dissemos ao mesmo tempo. André olhou para mim, não me reconhecendo. Acho que ele ainda ia falar alguma coisa, mas se ia, guardou para si.
__ Isso pode distrair os alunos do São Pedro enquanto um de nós salva Helena. – disse, animado. Além de ter tido uma idéia, pelo menos, razoável, já que idéias brilhantes nunca foram o meu forte, eu tinha descoberto como tinha conseguido aparatar lá. A magia não foi feita na cidade, foi feita na Inglaterra!
__ Supondo que Helena ainda esteja viva... – André falou, pouco animado.
__ Ela está. – garantiu Tom. André olhou para ele, ainda pouco animado.
Bom, agora sim, tínhamos um plano. Tom sabia maldições para mim e para o resto dos alunos da escola. Aquilo ia ser moleza...
Ledo engano.
Continua...
Rowling: NEM MORTA!!!
Lien: DÊ!!!
Rowling: NUNCA!!!
Lien: DÊ AGORA OU EU MATO VOCÊ!!!
Rowling: Pode matar, querida! Eles vão continuar sendo meus!
Vocês viram, eu tentei. Harry e Voldemort continuam pertencendo à vaca da Rowling. Mas os outros personagens são MEUS!!! MEUS!!! MEUS!!!
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N.A: Eu quero agradecer do fundo do meu coração e dedicar este capítulo ao SnakeEye's PK por ter postado a minha primeira Review desta fic.
N.A2: PK, os brasileiros não são antiquados. Só nessa cidade que eles resolveram que os bruxos não prestavam.
N.A3: Um prêmio para quem descobrir nomes de músicas famosas embutidas nas minhas fics. Dica: No capítulo anterior tem uma música do Pink Floyd e nesse tem uma do Ozzy.
N.A4: Atenção, isto é apenas um teste para ver se desta vez eu consigo deixar alguma coisa em itálico e/ou negrito. /i /b
000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
Meu novo corpo
__ ESPERA UM POUCO, AINDA NÃO!!!– berrei, em vão. Pobre André, deve ter ficado ainda mais apavorado e confuso.
Desta vez não foi como antes. Me senti sendo sugado para dentro de minha própria mente. Uma sensação que é impossível de ser descrita com exatidão. Tentei me mexer. Continuei imóvel. André olhou para mim, apavorado.
__ Ha- Ha- Harry... Se- se- se- seus olhos!
Ele não precisou falar mais nada para que eu entendesse. Dizem que os olhos são as janelas para a alma, com certeza a presença de Voldemort como dominante em meu corpo tinha avermelhado os meus olhos.
__ Ah... Como é bom respirar ar puro novamente... – Voldemort falou e eu senti a minha boca se mexendo. Uma sensação parecida com a de quando ele possuiu meu corpo, no quinto ano.
__ Quem é você?? – André pareceu ter entendido o que aconteceu, ou não teria feito essa pergunta, já que o corpo ainda era o meu.
__ Garoto... Eu sou o pior pesadelo de todo e qualquer trouxa. – eu/ele tornou a falar. Bom, para simplificar, vou me referir ao que Voldemort disser como ele.
__ O que fez com Harry??
__ Não se preocupe, o garoto ainda está vivo. Isso é apenas temporário. Só até eu encontrar outro corpo mais apropriado.
Espera aí? Encontrar outro corpo??? O combinado não tinha sido este!!! Ele usaria o MEU corpo, o de mais ninguém!!! Droga, meu erro foi ainda maior... Confiar em uma cobra como aquela...
__ Você é podre, Voldemort.
__ Devo agradecer agora ou mais tarde, pelo elogio?
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Apesar dos pesares, nos dias que se passaram Voldemort se comportou melhor do que eu esperava. Inventou uma conjuntivite para a vermelhidão nos olhos e estresse para a mudança de comportamento. Para minha maior surpresa, ele falava português, o que foi muito útil.
Para André ele se apresentou apenas como Tom, para que ele não o reconhecesse como o pior bruxo de todos os tempos. André manteve sigilo absoluto, certo de que isso ajudaria a salvar Helena.
Em resumo, Voldemort estava me saindo melhor que encomenda.
Quer dizer, até ele dizer que tinha conseguido o corpo perfeito. Um rapaz dos Jacarés, Alexandre. Esse sim, era a cópia de Malfoy, no quesito personalidade. No aspecto físico ele lembrava muito o próprio Voldemort, quando jovem. Pelo menos de acordo com o que eu vi no diário dele, no segundo ano.
__ Você não vai machucar ninguém, Voldemort! – eu falei, enfurecido, preso em minha própria mente.
__ Senão o quê? Você grita? – ele debochou de mim. Mas me deu também uma ótima idéia. Comecei a gritar bem alto. Aquilo pareceu surtir efeito, já que ele começou a cambalear e agarrar a cabeça com força.
__ CHEGA, POTTER!!! – ele gritou.
__ Senão o quê? Você chora? – eu não pude deixar de retrucar o deboche dele. Iria contra minha natureza. Claro que continuei gritando. Eu não estava usando as minhas cordas vocais mesmo... Não faria muita diferença.
__ Chega ou eu me mato e nós dois vamos juntos para o inferno. E sua amiguinha Helena vai ficar com os trouxas!
Parei de gritar. Querendo ou não, Voldemort era um poderoso aliado nessa hora e sacrifícios deveriam ser feitos.
__ O que precisa para ocupar o corpo dele? – perguntei, vencido.
__ Permanentemente? Do sangue de um trouxa. Esta noite eu conseguirei isso.
__ Taí uma coisa que eu vou gostar de fazer. – disse, não me reconhecendo. Talvez dividir meu próprio corpo com Voldemort estivesse finalmente afetando minha índole. Talvez minha raiva já estivesse tomando proporções assassinas. Talvez minha preocupação com o estado de Helena fosse maior do que a preocupação com a vida de um trouxa.
__ Cada dia mais parecido comigo, Potter... Se tivéssemos nos conhecido em uma situação diferente, talvez nos tornássemos aliados.
Concordei silenciosamente.
A madrugada chegou muito rápido. Acordamos André e nos dirigimos para fora da escola (bem... eu só fui porque não tinha opção MESMO). Mas desta vez armados com um punhal que André conseguiu para Voldemort e um frasco com um feitiço antiquebrante por fora e anticoagulante por dentro.
__ Quanto do sangue vai ser necessário? – André perguntou o que eu mesmo já iria perguntar.
__ Só um pouco. – Voldemort respondeu.
__ Escute, Tom, isso é realmente necessário? Quer dizer... Vamos matar alguém! Não pode ser de outra maneira?
__ Eu só tenho três coisas para te responder. Samanta, Lucas e Helena. Espero que isso seja o suficiente. – e foi. André permaneceu calado pelo resto do tempo.
Ter Voldemort controlando o meu corpo foi extremamente útil naquela hora. Ele conseguia se esconder tão perfeitamente bem na menor das sombras e enxergava no escuro melhor ainda. Tanto que vimos um jovem trouxa – provavelmente um aluno do Colégio São Pedro (nome do colégio, que eu tinha me esquecido de comentar) – bêbado andar e cantarolar tranqüilamente. A vítima perfeita.
Voldemort rodou o punhal em sua mão e se esgueirou por trás do pobre coitado. Tampou a boca dele e cortou sua garganta. André não perdeu tempo. Correu até lá e colheu o sangue no frasco, tampando quase imediatamente.
__ Certo, Tom, vamos logo! – André quase suplicou, com medo de alguém da Igreja ou do São Pedro nos visse.
__ Ainda não, meu caro. – ele desenhou um sorriso sádico no rosto. – Eu tive uma ótima idéia.
Rasgou a blusa do homem e, em seu peito, desenhou as seguintes palavras:
"POR SAMANTA. POR LUCAS. POR HELENA. VOCÊS VÃO PAGAR, TROUXAS."
__ Ficou louco??? – André rosnou, em voz baixa. – Isso vai enfurecer ainda mais os trouxas!!! Eles podem matar Helena!!!
__ Eu te garanto, meu caro. Helena não morrerá.
__ Como pode ter tanta certeza??? – enfurecido, André pegou Voldemort pela gola do pijama.
__ Me solte, rapaz! Eu não possuiria o corpo do jovem Potter sem uma noção geral dos acontecimentos! E creio que uma sacerdotisa de Avalon não possa morrer com tanta facilidade!
Bom, até eu me assustei com o que Voldemort tinha dito. André olhava como se estivesse petrificado.
__ Vai me dizer que você nunca reparou na pequena lua crescente tatuada na testa dela!
__ Como uma brasileira pode ser uma sacerdotisa de Avalon, Tom??? Seja sensato!!!
__ Uma alma não escolhe onde vai nascer, mas aceita seu destino não importa quantos portos de distância ele fique! – Voldemort esqueceu-se de manter baixa a voz, o que atraiu alguns rapazes do São Pedro. – Vamos embora antes que nos ataquem!
André deixou para discutir com ele mais tarde. Correram até a escola o máximo que podiam. Quando entramos, ouvimos os gritos dos garotos, que deveriam ter acabado de encontrar o bêbado morto.
__ BRUXOS MALDITOS!!! – ouvimos um deles gritar. – VAI TER TROCO!!!
Voldemort respondeu.
__ ISSO FOI O TROCO!!! E FOI SÓ O COMEÇO!!!
No dia seguinte, mais ou menos no mesmo horário, entramos no dormitório dos Jacarés, acordamos André e estuporamos Alexandre. Depois o arrastamos para os jardins.
__ Não vamos precisar de ervas ou coisas parecidas?
__ Temos tudo o que precisamos. – Voldemort respondeu, novamente com um sorriso sádico. Pegou o punhal – que não tinha devolvido para André – e cortou o pulso. O MEU pulso.
__ Se eu ganhar outra cicatriz por sua causa eu te mato de novo! – ralhei com ele. Claro que André não ouviu.
__ Não se preocupe Potter. Seu corpo estará intacto quando eu terminar.
__ Você já fez isso antes? – perguntei. Apesar de que, eu sabia a resposta.
__ Incontáveis vezes. – ele agora espalhava o meu sangue no peito de Alexandre. Tornou a pegar o punhal e abriu um pequeno buraco no peito dele, onde despejou o sangue do trouxa. Disse algumas coisas em latim, que eu não entendi. – Bom, Potter... Te vejo do outro lado.
Novamente eu tive a mesma sensação de ser sugado, mas de volta para o meu lugar. E novamente veio a dor. A mesma dor pela qual passei quando Voldemort me possuiu pela primeira vez. As mil facas em brasa. A mão apertando minha garganta. Meu corpo se arqueando, minha desesperada busca por ar.
André sentiu-se mal, dava para ver nos olhos dele. Mas pelo menos agora ele sabia o que estava acontecendo comigo.
Demorou um pouco mais de tempo do que da primeira vez, por isso eu cheguei a pensar que tinha dado errado. Só tive certeza de que tinha dado certo quando me senti de volta ao meu corpo, deitado na grama, respirando pesadamente. Abri os olhos e vi Alexandre também arqueando e tentando gritar.
Ah, Voldemort sabia usar as artes das trevas com classe. Quem mais saberia como possuir o corpo de alguém sem chamar a menor atenção? Sem gritos, sem destruição... O sangue havia desaparecido e os cortes – o meu e o no peito de Alexandre – também tinham desaparecido.
Alexandre parou de se mexer. André sabia que deveria acorda-lo com o contra- feitiço, mas demorou um pouco a agir. Ainda estava muito horrorizado com a cena.
__ Enervate. – ele disse por fim.
Alexandre abriu os olhos. Continuavam os mesmos. Era o seu último minuto de vida.
__ O que fizeram comigo??? – ele perguntou, em pânico. Com certeza Voldemort deve ter destilado seu veneno no cérebro do garoto. Ele se levantou, tremendo. – O QUE FIZERAM COMIGO????
Claro que nós não respondemos. Ele só tinha mais trinta segundos, não iríamos gastar saliva com isso...
Então eu e André presenciamos a coisa mais estranha que qualquer ser humano já tinha visto.
Os olhos de Alexandre começaram a piscar em vermelho e castanho, como se pulsassem. As veias em seu rosto pareciam querer explodir. Ele caiu de costas no chão.
Aquilo... Não tinha acontecido comigo. Voldemort estava... MATANDO o espírito do Alexandre! Eu percebi isso tarde demais.
Uma fumaça prateada, que em muito me lembrou a minha primeira tentativa de patrono, no terceiro ano, saiu pelos olhos do Alexandre e dissipou no ar. Senti um calafrio percorrer minha espinha. Depois um frio constante. Depois tudo ficou normal. Até eu ouvir a voz que saiu da boca de, agora, Voldemort.
__ Agora sim, posso ajudar plenamente, Potter. – era a voz de Tom Servoleo Riddle. O mesmo que tentou me matar no segundo ano. E a aparência também era a mesma. Vacilei por um segundo. Era Voldemort ali. Alexandre não existia mais.
Aquilo estava indo longe demais, mas agora já era tarde. Tarde para me arrepender, para voltar atrás. Afinal eu concordei com aquilo. Eu o ajudei.
Quanta ironia. Primeiro eu o matei. Agora o faço voltar à vida, com força total.
__ Tudo isso, só para voltar à vida? – perguntei. Ele olhou para mim, os olhos vermelhos exalando frieza. Apenas isso era Voldemort. O resto era Tom Riddle.
__ Tudo isso o que, Potter? – ele perguntou, um sorriso sádico cruzando seus lábios.
__ Você se rebaixou a me ajudar para voltar à vida? Eu matei você, lembra?
Percebi que tinha falado demais. André olhou para mim, depois para Voldemort, tão aterrorizado que não gritou. Apontou para ele e gaguejou.
__ Você... Você... É... V... Voldemort???
Não houve uma resposta concreta, mas o sorriso que Voldemort devolveu para André o fez tremer. Logo ele se recobrou do choque e partiu para cima de mim, me dando um belo e merecido murro. Se eu estivesse no quinto ano, aceitaria aquele murro calado. Bem, como o próprio Voldemort tinha dito, como as coisas mudam... Devolvi o murro.
__ VOCÊ FICOU LOUCO, HARRY??? PRIMEIRO VOCÊ O MATA E DEPOIS O TRÁS DE VOLTA À VIDA??? JOGOU SEU ESFORÇO FORA???
__ NÃO, ANDRÉ!!! JOGUEI MEU ORGULHO FORA!!! QUE OUTRA IDÉIA BRILHANTE VOCÊ ME DÁ PARA SALVARMOS HELENA??? ME DÊ UMA SOLUÇÃO E EU NÃO HESITO EM MATÁ-LO OUTRA VEZ!!!
__ Potter, não se superestime nem me subestime tanto. – Voldemort disse, seu sorriso agora apagado. – Você me pegou de surpresa, mas desta vez não será tão fácil.
__ QUANDO EU ESTIVER FALANDO COM VOCÊ, AÍ VOCÊ RESPONDE, TÁ LEGAL??? DO CONTRÁRIO, IGNORE A MINHA PRESENÇA!!!
André ainda olhava para mim, como se eu não fosse real. Tive a mesma sensação de um filho que decepcionou o pai, se é que eu sabia como era a sensação. Balancei a cabeça, como se quisesse jogar aquela sensação fora.
__ Eu esperava mais de você, cara. Bem mais! Tudo o que falaram de você... Você era quase um herói para mim!
__ As coisas mudam, André. E a necessidade nos faz tomar decisões. Não importa o quão ruim elas sejam. – cheguei a ficar surpreso com minha tranqüilidade ao falar aquilo.
__ Por que não faz aquela marca nojenta no braço?? É mais rápido! – André disse, antes de ir para dentro da escola. Claro que me arrependi mil vezes de não ter guardado a língua dentro da boca.
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Não sei se era porque eu nunca tive facilidade para fazer amigos ou se porque André falara alguma coisa com alguém.
Só sei que as minhas únicas companhias durante o resto da semana foram Voldemort e Edwiges. Não tive do que me queixar. Eu praticamente pedi por isso.
Eu e Voldemort fizemos um acordo de deixar o passado no passado. Tínhamos um inimigo em comum agora e iríamos lutar contra ele. Voldemort... Não. Tom. Ele mesmo me pediu para parar de chamá-lo de Voldemort. Passado no passado.
Ele agora era Tom Riddle, transferido de Hécate para cá. Alexandre tinha sido morto por trouxas, o que não era tanta mentira assim. Afinal, se não fosse pelos trouxas, trazer Tom de volta não seria necessário e matar Alexandre também não.
Não digo que me tornei amigo de Tom nos dias seguintes. Mas já não era seu inimigo como era antes. Nós nos tolerávamos devido às circunstâncias.
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Ter as tais aulas de TCAT era a coisa mais inútil que eu já tinha ouvido falar. Os tais "truques" só adiantariam se você fosse um animago ou um bruxo-metamorfo ou se tivesse o controle da magia da natureza.
Após algum tempo, consegui convencer André da necessidade de ter Tom como aliado e, nós três começamos a matar as aulas de TCAT.
Tom nos ensinava feitiços de magia negra que eu nunca tinha ouvido falar. Eu dei algumas noções de azarações e feitiços de DCAT para André, já que Tom era um expert nisso.
Um desses dias, eu tive uma idéia bem... Cruel. Fiz uma cara de criança com vontade de fazer arte que até Tom riu.
__ No que está pensando, Potter?
__ Os trouxas são protegidos contra a magia feita lá fora... Mas e se a magia já estiver feita e for simplesmente transportada lá pra fora?
__ O que quer dizer? – André não acompanhou meu raciocínio, mas Tom sim.
__ Objetos amaldiçoados... – nós dois dissemos ao mesmo tempo. André olhou para mim, não me reconhecendo. Acho que ele ainda ia falar alguma coisa, mas se ia, guardou para si.
__ Isso pode distrair os alunos do São Pedro enquanto um de nós salva Helena. – disse, animado. Além de ter tido uma idéia, pelo menos, razoável, já que idéias brilhantes nunca foram o meu forte, eu tinha descoberto como tinha conseguido aparatar lá. A magia não foi feita na cidade, foi feita na Inglaterra!
__ Supondo que Helena ainda esteja viva... – André falou, pouco animado.
__ Ela está. – garantiu Tom. André olhou para ele, ainda pouco animado.
Bom, agora sim, tínhamos um plano. Tom sabia maldições para mim e para o resto dos alunos da escola. Aquilo ia ser moleza...
Ledo engano.
Continua...
