Disclaimer: BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!! KBOU, KBOU, KBOU!!!!!!!!! Minha
história mais triste e mais deprê!!!! E EU TOU DEPRÊ PORQUE ACABOU!!!!!
BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!!! NEM VOU TENTAR ROUBAR NINGUÉM DA J.K.ROWLING
PORQUE EU SEI QUE ELA NÃO VAI ME DAR NENHUM DELES!!!!
BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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N.A: Eu não vou ficar enrolando muito... Só essa notinha... Pequenininha... Para muitos é uma alegria, para outros um início do total desespero e para outros ainda, um alívio que chegue ao fim esta tortura... Quero agradecer a todos pelos reviews, principalmente o PK e a Avoada (esta, por sinal, chegou a me cobrar novos capítulos).
PK, eu sei que você vai ficar totalmente sem graça, mas essa fic está sendo dedicada a você. Eu estava lendo o agradecimento pelo review em "Ela é como o vento", e vou analisar carinhosamente a sugestão de fazer uma fic com o shipper SS/HG. Só falta surgir uma idéia boa. MAS AINDA QUERO O DESENHO DE CAPA DA MINHA FIC!!!
Ah, só mais uma coisinha. A música do capítulo anterior é "Another brick in the wall", Pink Floyd (CARA, PINK FLOYD É TDB!!!).
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Epílogo
Harry Potter terminou de escrever as últimas linhas, selou a carta, entregou-a para sua belíssima coruja branca, Edwiges, e disse-lhe, serenamente ao ouvido:
Fique lá, Edwiges. Para o seu próprio bem. O clima daqui vai acabar por matar você.
A coruja piou triste e indignada. Depois começou a bicar as pontas dos dedos de seu dono.
Sem discussão, Edwiges. Você vai ficar lá. Remus vai cuidar de você tão bem quanto eu cuidei, sabe que ele vai.
Ela lançou um olhar a Harry, como se quisesse dizer: "Mas ele não é você!". Harry compreendeu a angústia de sua coruja e acariciou sua penugem branca.
Nem eu sou eu. Eu mudei e você vai sofrer com isso. Fique lá.
Resignada, Edwiges soltou um pio mais triste do que o anterior. Harry amarrou a carta em sua pata e abriu a janela de seu quarto. A coruja ainda olhou para ele, procurando uma mudança de opinião, mas ele apenas retribuiu o olhar, esperando que ela levantasse vôo.
Harry ficou olhando para a sua amiga até que ela desaparecesse no horizonte brasileiro, sentindo um pouco de pena. Deu um sorriso irônico e caiu de costas em sua cama. No dia seguinte arrumaria sua mala e sairia da Escola Preparatória de Bruxos e Bruxas Dínamo para sempre.
Enquanto olhava para o teto, foi interrompido de seu ócio por uma voz conhecida.
Não contou toda a verdade naquela carta, contou?
Harry soltou uma breve risada.
Quão estúpido você acha que eu sou? – respondeu, sem desviar o olhar do teto.
O suficiente.
Não, não contei toda a verdade. Ou acha que eu teria burrice acumulada o suficiente para contar o que você fez?
Sinceridade?
Este nunca foi o seu forte.
De qualquer forma... Vai ficar aí? Há um jantar esperando lá embaixo. Você acaba de ser elevado do posto de "O-garoto-que-sobreviveu" ao posto de "O-cara-que-salvou-a-comunidade-bruxa-de-ser-dizimada".
Realmente, este posto é mais agradável que o primeiro, que você, com tanto zelo, me concedeu.
Tom Servoleo Riddle sorriu.
As lembranças do dia em que a magia foi liberta das ações de Caleb e do Devorador de Almas vieram à memória de Harry.
"FLASHBACK" --- O corpo sem vida de Carlos Tavares caia sem vida a seus pés. A sensação de triunfo, satisfação e prazer era indescritível.
Ainda sorrindo, Harry virou-se para a porta. Tom estava ali, sorrindo e observando toda a cena.
Muito bom, Harry. Muito bom mesmo. Nem eu teria feito melhor.
Ainda assombrado com a imagem nítida e sólida de Tom, que deveria estar morto e esperando para ser buscado naquela salinha escondida da sacristia, Harry não soube o que responder.
C... Como... COMO??? – ele gritou, por final.
Tom sorriu mais abertamente. Aproximou-se de Harry com uma expressão quase paternal e postou suas mãos nos ombros do rapaz, que o olhava atônito.
Deu trabalho, Harry, muito trabalho... Mas eu finalmente tenho você lutando do meu lado.
Aquilo foi como jogar água fria em fogo.
Tudo... Tudo isso foi uma armação???
Tudo não. Eu até tenho intelecto para bolar tal plano, mas colocá-lo em prática são outros quinhentos. Eu apenas me aproveitei da oportunidade.
Furibundo, Harry apontou sua varinha para o peito de Tom.
Se não quiser que eu te mande de novo pro inferno, explique-se melhor!
Se você realmente quisesse me matar, Harry, já o teria feito. Mas não se preocupe, minha intenção é explicar.
Estou esperando! – Harry não se abalou. Tinha passado tempo mais que suficiente com Tom para aprender a ser frio mesmo quando não queria.
Quando você me matou, meu único pensamento era arrumar um meio de me vingar de você. Você me derrotou, me humilhou. Eu, Lorde Voldemort, tinha sido derrotado de vez por um garoto de dezesseis anos. Aquele desejo tão palpável, tão profundo e cheio de uma paixão furiosa – não confunda com nenhum sentimento romântico. A paixão pode ser tanto para o amor quanto para o ódio – me impediu de ir para o inferno. Aquilo manteve meu espírito preso aqui, no mundo real.
Comovente. E daí??
Passei a te seguir. Cada passo seu. Vi quando matou Bellatrix e Lúcio, vi quando pediu ajuda a Dumbledore para se salvar dos outros Comensais que iriam atrás de você, sequiosos de vingança... Vi a idéia "brilhante" do velho de te mandar para o Brasil. Aparatando. Vi também você passar no teste de aparatação com louvor, o que te deu a carta branca para vir ao Brasil. Ah... Mas quando eu vi onde você tinha caído, vi a oportunidade perfeita de me vingar. Como estava em estado de "imatéria", se é que essa palavra existe, fui capaz de sentir a presença de Caleb e do Devorador.
Harry prestava atenção em cada palavra, tentando grava-las para a posteridade, já que não pretendia deixá-lo vivo para repetir a história.
Foi nessa hora que eu te... Abandonei. Fui ter com Caleb, que aceitou minha proposta de bom grado.
Proposta? Que proposta??
As únicas intenções de Caleb aqui eram a violência gratuita e muitas mortes. Eu propus dar isto a ele, desde que ele me ajudasse a completar a vingança que eu tinha em mente.
MAS QUE MERDA DE VINGANÇA É ESSA SE EU CONTINUO VIVO???
A melhor vingança que eu poderia tramar contra você. Transformar o "garoto de ouro", Harry Potter... Em mim.
Os olhos de Harry quase saltaram das órbitas com aquela revelação. E no final das contas Tom tinha razão. Ele tinha se transformado naquilo que passou a vida inteira odiando. E ali estava o corpo inerte de Carlos para provar.
Mas infelizmente isso teve um alto preço. – Tom continuou. – Não pretendia que isso acontecesse, nem mesmo o previ.
Nenhuma ação sai sem reação, Tom.
Claro. E se fomos e sempre seremos o oposto um do outro, o preço que eu paguei foi me transformar em você.
Nem em mil anos você se pareceria comigo, Voldemort!! – Harry cuspiu o antigo nome do outro com tanta fúria, que ele próprio se assustou.
Claro, que como você, sou uma cópia imperfeita. Mas o sou.
E agora vai voltar para o inferno, que é o lugar ao qual pertence!!! AVADA...
Você não vai matar, Harry.
Trêmulo de raiva, o garoto de olhos verdes olhou para o garoto de olhos vermelhos incrédulo.
E o que o faz pensar que, agora que eu sou você, vou deixar escapar tão perfeita oportunidade de matar alguém?? Você está sem sua varinha, sem defesa!!! Por que te pouparia a vida???
Porque você não sobreviveria um dia sem mim.
Do que...
Eu vi o modo como olhou para mim naquela salinha, quando pensou que eu estava morto. Vi o que te restava de humanidade se esvaecer. E, quando me viu aqui, na porta, eu a vi retornar.
Você enlouqueceu de vez!!!
Não adianta negar, Harry. Eu passei mais de cinqüenta anos sem ter um pingo de humanidade dentro de mim, mas ainda a reconheço nos olhos dos outros. E, o mais estranho, é que agora a reconheço dentro de mim.
Sem saber o que dizer, ou o que fazer, Harry abaixou a guarda e a cabeça. Queria chorar, mas não tinham lágrimas para cair.
Eu entrego os pontos, Harry. O que eu fui de ruim para você, você foi de bom para mim.
E o que você quer que eu faça agora??? Guarde minha varinha e voltamos para a escola como velhos amigos???
Não como velhos amigos. Mas como irmãos que se toleram.
Não somos irmãos!!! Não somos amigos!!! Não somos nada!!! Ou melhor, somos inimigos!!! Inimigos mortais!!!
Harry...
SE NÃO FOSSE POR SUA CAUSA, EU TERIA UMA FAMÍLIA DE VERDADE!!! PAI, MÃE, PADRINHO, TALVEZ ATÉ MESMO UM IRMÃO!!! ESTARIA ME FORMANDO EM HOGWARTS, EU ESTARIA LIVRE DESTA CICATRIZ HORROROSA QUE VAI ME ACOMPANHAR ATÉ O DIA QUE EU MORRER!!! EU ETARIA ME PREPARANDO PARA ME TORNAR AUROR!!! EU ESTARIA LIVRE DE SER VOCÊ!!!!!
Se não fosse eu, teria sido outra pessoa. Cada geração tem seu inimigo público. Eu escolhi ser a bola da vez.
Harry, no auge de sua fúria, não assimilou bem o que ele disse e tornou a levantar a varinha.
Avada...
Desta vez, Tom abriu os braços, como se estivesse se entregando.
Vá em frente, Harry. Vamos ver se consegue.
Ficaram parados, naquela posição, incontáveis minutos. Até que finalmente Harry baixou sua varinha. Definitivamente.
E quem será o próximo? – ele finalmente perguntou, vencido.
Provavelmente você. – Tom sorriu.
Com essa terrível afirmação, tão certa, Harry finalmente conseguiu fazer o que queria desde a morte de Helena. Chorou. Como uma criança desamparada do colo da mãe.
Tom passou os braços em volta de Harry, que despejou toda sua fúria e angústia nos ombros dele.
Por que, droga?? Por que você sempre tem razão, por quê???
Harry nunca ouviu a resposta para aquela pergunta. E chorou o máximo que pôde, porque tinha certeza de que, depois daquele dia, jamais tornaria a verter nenhuma lágrima.---"FIM DO FLASHBACK"
Bem vindo ao frio e cruel mundo real, Potter... – murmurou de si para si, indo atrás de Tom logo em seguida. Tinha um grande – e terrível – futuro pela frente, não iria desperdiçá-lo com tolas lembranças.
Estamos acordados? – Tom perguntou, vendo o semblante sonhador do outro.
Sim. Só pensando um pouco. Que nome eu deveria assumir a partir de agora?
E eu que sei?? Acha que eu pensei no nome "Voldemort" em um dia??
Uma sugestãozinha não faria mal nenhum.
Vamos pensar nisso depois. Estou com muita fome para pensar em algo decente.
Então vamos comer.
E alcançaram a sala de jantar, onde, liderados por André, os alunos fizeram grande festa e saudaram os salvadores da cidade de Encanto das Folhas, sem sequer imaginar que, talvez em breve, talvez não, os temeriam tanto quanto um dia temeram Lorde Voldemort.
FIM
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N.A: Eu não vou ficar enrolando muito... Só essa notinha... Pequenininha... Para muitos é uma alegria, para outros um início do total desespero e para outros ainda, um alívio que chegue ao fim esta tortura... Quero agradecer a todos pelos reviews, principalmente o PK e a Avoada (esta, por sinal, chegou a me cobrar novos capítulos).
PK, eu sei que você vai ficar totalmente sem graça, mas essa fic está sendo dedicada a você. Eu estava lendo o agradecimento pelo review em "Ela é como o vento", e vou analisar carinhosamente a sugestão de fazer uma fic com o shipper SS/HG. Só falta surgir uma idéia boa. MAS AINDA QUERO O DESENHO DE CAPA DA MINHA FIC!!!
Ah, só mais uma coisinha. A música do capítulo anterior é "Another brick in the wall", Pink Floyd (CARA, PINK FLOYD É TDB!!!).
000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000
Epílogo
Harry Potter terminou de escrever as últimas linhas, selou a carta, entregou-a para sua belíssima coruja branca, Edwiges, e disse-lhe, serenamente ao ouvido:
Fique lá, Edwiges. Para o seu próprio bem. O clima daqui vai acabar por matar você.
A coruja piou triste e indignada. Depois começou a bicar as pontas dos dedos de seu dono.
Sem discussão, Edwiges. Você vai ficar lá. Remus vai cuidar de você tão bem quanto eu cuidei, sabe que ele vai.
Ela lançou um olhar a Harry, como se quisesse dizer: "Mas ele não é você!". Harry compreendeu a angústia de sua coruja e acariciou sua penugem branca.
Nem eu sou eu. Eu mudei e você vai sofrer com isso. Fique lá.
Resignada, Edwiges soltou um pio mais triste do que o anterior. Harry amarrou a carta em sua pata e abriu a janela de seu quarto. A coruja ainda olhou para ele, procurando uma mudança de opinião, mas ele apenas retribuiu o olhar, esperando que ela levantasse vôo.
Harry ficou olhando para a sua amiga até que ela desaparecesse no horizonte brasileiro, sentindo um pouco de pena. Deu um sorriso irônico e caiu de costas em sua cama. No dia seguinte arrumaria sua mala e sairia da Escola Preparatória de Bruxos e Bruxas Dínamo para sempre.
Enquanto olhava para o teto, foi interrompido de seu ócio por uma voz conhecida.
Não contou toda a verdade naquela carta, contou?
Harry soltou uma breve risada.
Quão estúpido você acha que eu sou? – respondeu, sem desviar o olhar do teto.
O suficiente.
Não, não contei toda a verdade. Ou acha que eu teria burrice acumulada o suficiente para contar o que você fez?
Sinceridade?
Este nunca foi o seu forte.
De qualquer forma... Vai ficar aí? Há um jantar esperando lá embaixo. Você acaba de ser elevado do posto de "O-garoto-que-sobreviveu" ao posto de "O-cara-que-salvou-a-comunidade-bruxa-de-ser-dizimada".
Realmente, este posto é mais agradável que o primeiro, que você, com tanto zelo, me concedeu.
Tom Servoleo Riddle sorriu.
As lembranças do dia em que a magia foi liberta das ações de Caleb e do Devorador de Almas vieram à memória de Harry.
"FLASHBACK" --- O corpo sem vida de Carlos Tavares caia sem vida a seus pés. A sensação de triunfo, satisfação e prazer era indescritível.
Ainda sorrindo, Harry virou-se para a porta. Tom estava ali, sorrindo e observando toda a cena.
Muito bom, Harry. Muito bom mesmo. Nem eu teria feito melhor.
Ainda assombrado com a imagem nítida e sólida de Tom, que deveria estar morto e esperando para ser buscado naquela salinha escondida da sacristia, Harry não soube o que responder.
C... Como... COMO??? – ele gritou, por final.
Tom sorriu mais abertamente. Aproximou-se de Harry com uma expressão quase paternal e postou suas mãos nos ombros do rapaz, que o olhava atônito.
Deu trabalho, Harry, muito trabalho... Mas eu finalmente tenho você lutando do meu lado.
Aquilo foi como jogar água fria em fogo.
Tudo... Tudo isso foi uma armação???
Tudo não. Eu até tenho intelecto para bolar tal plano, mas colocá-lo em prática são outros quinhentos. Eu apenas me aproveitei da oportunidade.
Furibundo, Harry apontou sua varinha para o peito de Tom.
Se não quiser que eu te mande de novo pro inferno, explique-se melhor!
Se você realmente quisesse me matar, Harry, já o teria feito. Mas não se preocupe, minha intenção é explicar.
Estou esperando! – Harry não se abalou. Tinha passado tempo mais que suficiente com Tom para aprender a ser frio mesmo quando não queria.
Quando você me matou, meu único pensamento era arrumar um meio de me vingar de você. Você me derrotou, me humilhou. Eu, Lorde Voldemort, tinha sido derrotado de vez por um garoto de dezesseis anos. Aquele desejo tão palpável, tão profundo e cheio de uma paixão furiosa – não confunda com nenhum sentimento romântico. A paixão pode ser tanto para o amor quanto para o ódio – me impediu de ir para o inferno. Aquilo manteve meu espírito preso aqui, no mundo real.
Comovente. E daí??
Passei a te seguir. Cada passo seu. Vi quando matou Bellatrix e Lúcio, vi quando pediu ajuda a Dumbledore para se salvar dos outros Comensais que iriam atrás de você, sequiosos de vingança... Vi a idéia "brilhante" do velho de te mandar para o Brasil. Aparatando. Vi também você passar no teste de aparatação com louvor, o que te deu a carta branca para vir ao Brasil. Ah... Mas quando eu vi onde você tinha caído, vi a oportunidade perfeita de me vingar. Como estava em estado de "imatéria", se é que essa palavra existe, fui capaz de sentir a presença de Caleb e do Devorador.
Harry prestava atenção em cada palavra, tentando grava-las para a posteridade, já que não pretendia deixá-lo vivo para repetir a história.
Foi nessa hora que eu te... Abandonei. Fui ter com Caleb, que aceitou minha proposta de bom grado.
Proposta? Que proposta??
As únicas intenções de Caleb aqui eram a violência gratuita e muitas mortes. Eu propus dar isto a ele, desde que ele me ajudasse a completar a vingança que eu tinha em mente.
MAS QUE MERDA DE VINGANÇA É ESSA SE EU CONTINUO VIVO???
A melhor vingança que eu poderia tramar contra você. Transformar o "garoto de ouro", Harry Potter... Em mim.
Os olhos de Harry quase saltaram das órbitas com aquela revelação. E no final das contas Tom tinha razão. Ele tinha se transformado naquilo que passou a vida inteira odiando. E ali estava o corpo inerte de Carlos para provar.
Mas infelizmente isso teve um alto preço. – Tom continuou. – Não pretendia que isso acontecesse, nem mesmo o previ.
Nenhuma ação sai sem reação, Tom.
Claro. E se fomos e sempre seremos o oposto um do outro, o preço que eu paguei foi me transformar em você.
Nem em mil anos você se pareceria comigo, Voldemort!! – Harry cuspiu o antigo nome do outro com tanta fúria, que ele próprio se assustou.
Claro, que como você, sou uma cópia imperfeita. Mas o sou.
E agora vai voltar para o inferno, que é o lugar ao qual pertence!!! AVADA...
Você não vai matar, Harry.
Trêmulo de raiva, o garoto de olhos verdes olhou para o garoto de olhos vermelhos incrédulo.
E o que o faz pensar que, agora que eu sou você, vou deixar escapar tão perfeita oportunidade de matar alguém?? Você está sem sua varinha, sem defesa!!! Por que te pouparia a vida???
Porque você não sobreviveria um dia sem mim.
Do que...
Eu vi o modo como olhou para mim naquela salinha, quando pensou que eu estava morto. Vi o que te restava de humanidade se esvaecer. E, quando me viu aqui, na porta, eu a vi retornar.
Você enlouqueceu de vez!!!
Não adianta negar, Harry. Eu passei mais de cinqüenta anos sem ter um pingo de humanidade dentro de mim, mas ainda a reconheço nos olhos dos outros. E, o mais estranho, é que agora a reconheço dentro de mim.
Sem saber o que dizer, ou o que fazer, Harry abaixou a guarda e a cabeça. Queria chorar, mas não tinham lágrimas para cair.
Eu entrego os pontos, Harry. O que eu fui de ruim para você, você foi de bom para mim.
E o que você quer que eu faça agora??? Guarde minha varinha e voltamos para a escola como velhos amigos???
Não como velhos amigos. Mas como irmãos que se toleram.
Não somos irmãos!!! Não somos amigos!!! Não somos nada!!! Ou melhor, somos inimigos!!! Inimigos mortais!!!
Harry...
SE NÃO FOSSE POR SUA CAUSA, EU TERIA UMA FAMÍLIA DE VERDADE!!! PAI, MÃE, PADRINHO, TALVEZ ATÉ MESMO UM IRMÃO!!! ESTARIA ME FORMANDO EM HOGWARTS, EU ESTARIA LIVRE DESTA CICATRIZ HORROROSA QUE VAI ME ACOMPANHAR ATÉ O DIA QUE EU MORRER!!! EU ETARIA ME PREPARANDO PARA ME TORNAR AUROR!!! EU ESTARIA LIVRE DE SER VOCÊ!!!!!
Se não fosse eu, teria sido outra pessoa. Cada geração tem seu inimigo público. Eu escolhi ser a bola da vez.
Harry, no auge de sua fúria, não assimilou bem o que ele disse e tornou a levantar a varinha.
Avada...
Desta vez, Tom abriu os braços, como se estivesse se entregando.
Vá em frente, Harry. Vamos ver se consegue.
Ficaram parados, naquela posição, incontáveis minutos. Até que finalmente Harry baixou sua varinha. Definitivamente.
E quem será o próximo? – ele finalmente perguntou, vencido.
Provavelmente você. – Tom sorriu.
Com essa terrível afirmação, tão certa, Harry finalmente conseguiu fazer o que queria desde a morte de Helena. Chorou. Como uma criança desamparada do colo da mãe.
Tom passou os braços em volta de Harry, que despejou toda sua fúria e angústia nos ombros dele.
Por que, droga?? Por que você sempre tem razão, por quê???
Harry nunca ouviu a resposta para aquela pergunta. E chorou o máximo que pôde, porque tinha certeza de que, depois daquele dia, jamais tornaria a verter nenhuma lágrima.---"FIM DO FLASHBACK"
Bem vindo ao frio e cruel mundo real, Potter... – murmurou de si para si, indo atrás de Tom logo em seguida. Tinha um grande – e terrível – futuro pela frente, não iria desperdiçá-lo com tolas lembranças.
Estamos acordados? – Tom perguntou, vendo o semblante sonhador do outro.
Sim. Só pensando um pouco. Que nome eu deveria assumir a partir de agora?
E eu que sei?? Acha que eu pensei no nome "Voldemort" em um dia??
Uma sugestãozinha não faria mal nenhum.
Vamos pensar nisso depois. Estou com muita fome para pensar em algo decente.
Então vamos comer.
E alcançaram a sala de jantar, onde, liderados por André, os alunos fizeram grande festa e saudaram os salvadores da cidade de Encanto das Folhas, sem sequer imaginar que, talvez em breve, talvez não, os temeriam tanto quanto um dia temeram Lorde Voldemort.
FIM
