AP"S UMA FESTA DE BACO – CAPÍTULO 05

FAZER VALER UMA PROMESSA

Hermes tinha uma sala de controle, onde via tudo o que acontecia no mundo, para reportar a Zeus, algo como um lugar com várias telinhas... Puxou Liebe pra dentro, procurando beija-la ao mesmo tempo que se despia e puxava a túnica dela...

_ Hermes...

_ Nem vem... Fica provocando por aí, agora agüenta... Aqui ninguém vem, é onde eu trabalho, nenhum outro deus se importa... Hmmm...

Liebe riu. Aquele (além de Baco) era um de seus primos favoritos, alguém que sabia muito da arte de amar, além de ser lindo... Mas ao sentar em sua cadeira, puxando Liebe para seu colo, os olhos azuis de Hermes caíram na luz vermelha que piscava embaixo de uma das telas. Levantou-se de repente, derrubando a deusa.

_ Que merda!

_ Que foi? – resmungou Liebe, esfregando a parte dolorida do traseiro. – O que é mais importante que esse momento aqui, agora?

_ Estão atacando o Santuário! – respondeu ele, procurando se vestir o mais rápido que conseguia, chamando Baco pelo elo mental fraterno.

Liebe chamou Eros pelo mesmo elo, cortando o barato do deus do amor que xavecava Hebe. Antero, Zéfiro, Bóreas se reuniram em frente a Zeus, já de armadura.

_ Pulem agora para a Terra, antes que alguém se machuque e Hera frite vocês em óleo fervente. Sabe quem está atrás disso, Hermes?

_ Vi os estandartes de Phobo e Deimos, meu pai. Alguma dúvida?

_ Se precisar de ajuda, me chame. Por meus raios, aqueles dois merecem uma surra!

Mú estava ansioso na primeira casa. De repente, sentiu um cosmo familiar atrás dele. Seiya!

_ Porque veio aqui, Pégaso?

_ Porque não? Acha que vamos deixar você defender a primeira casa sozinho? Agora você tem família, uma pessoa preocupada lá em cima se você volta e um pequeno angustiado se vai chegar a ver o pai.

Mú engoliu em seco. Todos aqueles pensamentos rodavam sua cabeça há algumas horas, desde o alarme. Mas dever era dever...

_ É MEU dever defender esta casa, não importa que ela seja a primeira. Peço que você tenha a gentileza de se retirar e defender as costas de Saori lá em cima, Seiya.

_ Se você retira-lo, vai ter que me retirar também.

_ Shiryu?

_ E vai ter que me tirar também! – exclamou uma voz mais estrondosa, rindo.- E posso garantir que vai ser mais difícil.

_ Aldebaran? Mas quem vai defender a casa de Touro?

_ Foda-se a casa de Touro. – disse Saga, surgindo atrás deles. – Acha que vai passar alguém daqui?

_ Verdade. – completou Máscara da Morte. – Vamos massacra-los aqui mesmo.

_ Vocês estão pervertendo a ordem do Santuário!

_ Acha mesmo? – disse Aioria, acompanhado de Dohko e Ikki. – Então faça uma reclamação por escrito. Mas pretendemos defender não só a casa de Áries, como o seu cavaleiro, e guardar os pais desse Santuário para que as mães não se desesperem e seus bebês não fiquem órfãos antes do tempo.

_ Asi seja! Meus afilhados não merecem perder pai nem padrinhos antes do tempo certo. Cara***! Yo quiero mirar a cara deles, pela diosa.

_ Shura, pode estar certo que você vai "mirar" a cara dos meus filhos, mon ami. – Camus bateu a mão no ombro do amigo. – todos nós vamos! POR ATENA!

_ POR ATENA! – gritaram Hyoga e Shun, chegando correndo (afinal eles estavam nas últimas casas).

Foi quando eles sentiram os cosmos daqueles que estavam no Templo. Os cavaleiros de prata recuaram pra perto dos de ouro, e começaram a batalha, combinando poderes. As correntes de Andrômeda eram um ótimo condutor para os raios de Aioria, assim como as maças de Dante.  Algol de Perseus transformava os inimigos em pedra, que Hyoga congelava, transformando-os em pó ao primeiro toque. Moses de Baleia enviava os inimigos para cima, que caíam em Outra Dimensão, pelas mãos de Saga. Shura e Capella de Auriga fatiavam os inimigos, Aldebaran os pulverizava... A luta parecia ganha, até que Asterion parou, gritando:

_ É apenas uma distração! É UMA DISTRAAAAAAAÇÃÃÃOOOO!

_ Ah, é? Chega de diversão então! SEIKISHIKIMEIKAIHA!

Combinando com os poderes de Ikki e Saga, Máscara da Morte abriu um portal que sugou todos os exércitos para o inferno, mortos, vivos, moribundos. E subiram correndo.

No Templo de Atena, os jovens deuses rodearam os cavaleiros grávidos. Phobo e Deimos sorriram.

_ Acha, bando de bichinhas afetadas, que vocês sabem como usar essas armaduras fru-frus? Ah, Zéfiro, você fica tão cuti-cuti com essa roupa...

_ Não tem amor aos dentes mesmo...

_ Eu vou acabar com vocês, mauricinhos inúteis, depois vou me vingar desse loiro maldito barrigudo.

Shaka se levantou, foi para o lado da deusa Atena, puxando Milo com ele. Afrodite ajudou Misty a se erguer e foi também, Hebe e Liebe se sentando com eles, acariciando as barrigas. Eros e Anteros ergueram seus cosmos, Baco bocejou, Hermes, Bóreas e Zéfiro se armaram para a luta. Golpes voavam, gritos, foi quando Shaka gritou:

_ KAN! – e um campo de força protegeu os grávidos e Atena. Hebe fez uma parede de gelo fino, que foi quebrada pelo golpe de Ares.

_ Oras, querendo nos pegar à traição... – resmungou Liebe - ...mas qual é a surpresa?

_ Saiam, pirralhas! Não tenho nada contra vocês...

_ Quem mexe com nossos protegidos, mexem conosco!

_ Hebe, você é muito boa com a bandeja na mão, mas lutando é um fiasco... – e com um novo golpe, o deus da guerra mandou a filha de Zeus longe. – Agora, o golpe final. Me livro da deusa patricinha, de outra que se acha, derroto os seus cavaleiros e mato até a nova geração...

_ Você e que exército? – uma voz perigosamente suave disse atrás dele.

_ EU SOU UM EXÉRCITO, Hera. Não me irrite senão você vai junto...

Foi quando todos pararam e se ajoelharam, inclusive Deimos e Fobos. Ares bufou e virou dando o seu sorriso mais falso.

_ Meu senhor... Estava eu aqui dando uma bronca nesses meus filhos briguentos... Essas crianças...

_ Sei... Onde está minha filha Hebe?

_ Aqui, papai... – gemeu a deusa da juventude...

_ Que marca é essa no seu rosto, minha pequena?

_ Ah, ela caiu, na pressa de ver seus gravidinhos... – Ares entrou na frente, fazendo sinal para Hebe. Mas ela tava a fim de ver o circo pegar fogo.

_ Caiu, é? – Zeus puxou-a mais pra perto...

_ Foi Ares que me golpeou, papis. Deixa barato, não. Ele falou mal de mim, da Lilica, ameaçou a Atena, a mamis, os cavaleiros e os bebês...

_ Eeuu? Ta louca, menina? Tomou o néctar fermentado? Acha que eu faria mal a esse povo tão bonzinho?

_ Ares... – começou Zeus

Mas Misty começou a se sentir estranho. E gemeu alto.

_ Que foi, Misty? – Shaka achou-o pálido.

_ Acho que a bolsa arrebentou.

_ Ih, mona, fica comprando essas bolsas de contrabando, falsificada, tem que dar nisso mesmo... Acha que é hora de se preocupar com isso agora? E...

_ Quieto, Afrodite, a bolsa que arrebentou foi a bolsa placentária... E agora? O médico não vai chegar aqui a tempo... – Milo ficou preocupado.

_ E mesmo que chegasse... – Atena coçou a cabeça. – Cesariana não pode ser feita depois que o trabalho de parto começa...

Hera pensou dois segundos. Afastou todo mundo de cima do cavaleiro de Lagarto.

_ Vou fazer isso porque é uma emergência. Você! Deite-se aqui, vou precisar de uma outra capa além da dele. Agora um pouco de capacidade sub-criativa e abrimos um canal bem aqui...

_ Gentem, o bilau do Misty sumiu! Bom, não tinha muita utilidade mesmo, né, biba...

_ Afrodite, não vai ajudar não atrapalha. – pediu Hebe. – Anteros e Hermes, segurem o Misty pelos ombros, para dar suporte. Agora, Misty, faça força pra baixo.

_ Vai doer? Eu odeio sentir dor, eu não tenho nem cicatrizes... Vai ficar alguma?

_ Não... – Atena estava maravilhada com tudo... – Faça força, querido. Deixe essas preocupações pra depois.

Quando os cavaleiros que estavam em batalha chegaram, se arrepiaram. Ouviam os gritos agoniados de Misty.

_ Minha deusa, estão torturando o Lagarto...

Com a confusão, Ares e seus cúmplices escaparam. Todos os deuses e cavaleiros que não eram úteis estavam lá fora. Camus abraçou Milo com cuidado, Mú fez o mesmo com Shaka, Carlo beijou Afrodite febrilmente. Asterion quis saber porque Misty estava berrando. Caiu sentado no chão ao saber que ele já estava em trabalho de parto. E parto normal, por benção e obra da deusa Hera.

_ E depois, ele volta a ser homem?

_ Ué, bofe. Homem não digo, mas o brinquedo volta pro lugar...- riu Afrodite.

De repente, silêncio. E em seguida o choro alto de um bebê. Alegria, risos, apertos de mão, abraços, tudo virou festa.

_ É uma menina! – anunciou Hebe, trazendo um pacotinho envolto numa capa. – Não é linda?

_ Tem um penachinho loiro no alto da cabeça... – notou Hermes. – E tem uma pinta...

_ Uma pinta? – algumas vozes estranharam.

_ Deixa eu ver essa pinta. – Carlo puxou o bebê. – Uma pinta no canto do olho... AFRODITE, SE EXPLIQUE!

_ Você é o pai da filha do Misty? – perguntou Milo. – Quem diria?

_ Acha? Carlo...

_ To esperando uma explicação. E que seja boa... – Máscara da Morte devolveu o bebê a Hebe e cruzou os braços.

N/A: Viajei agora, fala sério... Na verdade, uma operação de emergência pode ser feita depois que a bolsa estoura, mas é muito mais perigoso para a mãe e o bebê... Quem é o pai da filha de Misty? Não percam o próximo capítulo.

Quanto aos inúmeros pedidos de amadrinhamento, apesar de eu ter já combinado com algumas fãs mais ardorosas, eu pensei em duas coisas. Primeiro – não estamos falando de nenhuma religião cristã, então não haverá batizado como estamos acostumados. Segundo – ninguém quis ser madrinha do bebê do Misty... Terceiro – Muita gente é fã deste fic. PORTANTO, no último capítulo vou reunir todas as fãs numa cerimônia especial. Por favor, aceito sugestões de nomes. Misty teve uma menina, Afrodite vai ter outra, Milo vai ter um casal. Shaka vai ter um menino.