Capitulo 2

A admissão

Hermione não havia contado nada a ninguém e apesar de estar mais calma continuava ansiosa para saber o que se passava. Os dias pareciam demorar uma eternidade para passar mas finalmente chegou a manhã em que iriam viajar até Hogwarts.

-Tenham cuidado... -Aconselhou Molly pela milésima vez – ...Os quatro – Acrescentou abraçando Harry e Hermione e de seguida os filhos – Portem-se bem.

-Sim, vamos tentar – Disse Harry num sorriso.

Entraram no comboio em busca de uma carruagem vazia. Não tiveram muita sorte e por isso partilharam uma com Neville.

-Vou procurar as minhas colegas, já volto – Informou Ginny no meio da viajem, saindo da carruagem.

-Ora, ora, se não é a Weasley fêmea! – Ouviu uma voz arrastada atrás de si, voltou-se para encarar o loiro.
-Ora, ora, se é a mascote aguada dos Slytherin.

Voltou costas e continuou o seu caminho deixando para trás o loiro completamente furioso.

....

-Ginny, preciso falar contigo – Ouviu Hermione dizer. Já era a segunda vez que ouvia aquela frase vinda da morena, o que provavelmente significava que se tratava do mesmo assunto.

A ruiva levantou-se da poltrona onde estava sentada e caminhou até à outra rapariga.

-Sim?
-É sobre aquele assunto, vamos para outro sitio.

Virgínia acenou afirmativamente e ambas saíram da sala comum, caminhando em direcção à biblioteca. A ruiva sentou-se numa das mesas enquanto Hermione procurava um livro. A morena voltou alguns minutos depois carregando um livro com aparência antiga.

-Isto foi o que eu encontrei. Antigamente existia um tipo de pessoas com uma magia diferente, capazes de fazer magia sem varinha, eram os feiticeiros. Tinham vários poderes como por exemplo a levitação ou a premonição. Este tipo de feiticeiros têm vindo a ficar cada vez mais raros e os poderes que manifestam são cada vez menos visíveis ou seja mais fracos.
-Mas de onde vêm esses poderes?
-Não existe um padrão para o aparecimento dos feiticeiros e segundo sei qualquer um pode vir, mais tarde ou mais cedo, a manifestar esses poderes.
-Então quer dizer... quer dizer que eu também sou uma feiticeira?
-Penso que sim, mas não posse ter a certeza. Aqui no livro diz que é possível controlar os poderes e até desenvolver outros, por isso acho melhor falares com Dumbledore.
-Eu não sei.... Não tenho certeza.....
-Não tens nada a temer com Dumbledore.

.....

Tinha decidido ir falar com o director e agora encontrava-se À porta do seu escritório. Disse a senha, que lhe tinha sido fornecida por Hermione que era Monitora Chefe, e passou pela gárgula de pedra.

-Entre Srta. Weasley – Ouviu assim que bateu à porta do escritório propriamente dito – Já esperava pela sua visita. Eu não lhe posso adiantar muito mas certamente este livro o fará – Entregou-lhe um livro com o dobro do tamanho e certamente o dobro da idade do livro que Hermione lhe mostrara – Assim que acabar de o ler venha ter comigo. Creio que poderá pedir ajuda à Srta. Granger.

.....

Estava deitada na sua cama, com as cortinados de dossel corridas e analisava o livro que lhe havia sido entregue por Dumbledore. Era um livro imenso, cheio de feitiços que ela nunca tinha ouvido falar, poções com os mais estranhos fins e inúmeras formas de praticar os poderes. Existia um capítulo apenas sobre premonições. Dizia que era um dom muito raro, mesmo entre os feiticeiros e muito difícil de exercitar. Na maioria dos casos era impossível controlar as visões e que elas apareciam sem avisar. A única forma de exercitar esse tipo de poder era através da concentração naquilo que se queria prever mas mesmo assim raramente funcionava. Normalmente as visões eram referentes a cenas futuras podendo por vezes ilustrar acontecimentos passados. Raramente o dom se manifestava em homens e as mulheres que o possuíam só o conservariam se se mantivessem intocadas.
Depois de ter lido o capítulo na sua totalidade, a ruiva arrumou o livro dentro do malão e deitou-se a pensar nesse assunto.

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-Minerva, como sabe, ela poderá ser-nos muito útil mas ela não pode saber disso. As premonições não funcionam quando o feiticeiro se sente obrigado a isso, tem de ser ela a procurar-nos e creio que não levará muito tempo até que o faça.
-Assim o espero Albus, assim o espero....

.....

Cerca de dois meses se passaram e com isso as premonições de Virgínia desenvolveram-se. Era capaz de prever coisas com alguns minutos de antecedência, por vezes horas. Tinha decidido falar com Dumbledore à cerca disso e encontrava-se à espera do director no escritório do mesmo.

-Desculpe Srta Weasley, desculpe ter demorado tanto.
-Não tem importância professor. Certamente já sabe o que me traz aqui.
-Suponho que seja para me falar das premonições que tem tido.
-Exactamente. Como deve imaginar eu estou disposta a ajudar, e sei, que em tempos de guerra qualquer ajuda é bem vinda.
-Certamente Srta Weasley, mas creio que os seus pais ainda não foram informados da situação.
-Eles conhecem a situação até certo ponto, ainda não comuniquei a minha decisão em fazer parte da Ordem e só o farei se for aceite, não quero correr o risco de ser impedida, e o Sr. sabe que o seria se se soubesse.
-Entendo o seu ponto de vista e concordo com a sua utilidade para a Ordem. Quero que me encontre aqui às 15.30. Falarei com a professora McGonnagal para que seja dispensada das aulas do período da tarde. Vou propor a sua entrada aos membros da Ordem. Os de maior confiança ficaram a par de toda a situação e da sua importância para a Ordem, os restantes membros serão informados posteriormente, se for caso disso.

-Então até à tarde.
-Até Srta. Weasley.

......

-Onde foste Ginny? – Perguntou Hermione assim que a ruiva entrou na sala comum,
-Fui falar com o director sobre o assunto, aquele assunto – Completou.
-E como é que correram as coisas?
-Vai haver uma reunião com os membros mais importantes da Ordem – Explicou em voz baixa – Acho que vocês também vão ser convocados.

- Convocados? Para quê? – Perguntou Ron que acabara de chegar.
-Fala baixo Ron – repreendeu Hermione – Convocados para uma reunião da Ordem, para a adição de um novo membro.
-Quem? – Perguntou Harry curioso.
-Eu.
-Tu?!? – Gritou Ron – Nem penses!!!
-Ron acalma-te, fala baixo – Pediu Harry – Mas explica lá essa história Gin.

A ruiva explicou-lhes a sua situação, até agora só conhecida por Dumbledore, Hermione e os seus pais.

-Mas porque é que não disseste nada antes? Os pais sabem?
-Sim, só não sabem que estou disposta a entrar na Ordem.
-Mas Gin é muito perigoso, ainda por cima em tempos de guerra – Disse Harry preocupado.
-Eu posso ajudar, e eu vou ajudar Harry e ninguém me vai impedir se Dumbledore me aceitar na Ordem.

.....

Eram 15.00 horas e Virgínia dirigia-se calmamente À sala do director. Quando lá chegou reparou que não estava sozinha, Draco Malfoy estava encostado à parede, com uma expressão fria e superior e como era obvio não deixou passar a oportunidade de a humilhar.

-O que fazes por aqui Weasley?
-Interessa-te?
-Se não interessasse não tinha perguntado.
-E tu, o que é que fazes por aqui?
-Certamente que não vim pedir esmola, como tu.
-Deixa de ser criança Malfoy! Não podias arranjar umas piadas novas? Essas já estão gastas.
-Não tanto como as tuas roupas....

-Cala a boca! Seu.... Seu loiro mimado!

Voltaram costas, um ao outro e mantiveram-se em silêncio até serem chamados por Dumbledore.

-Entrem, estava à vossa espera.
-O que é que ele está aqui a fazer? – Perguntou ao mesmo tempo que o loiro perguntava – O que é que ela está aqui a fazer?
-Tenham calma crianças, entrem e eu já vos explico tudo.

Eles entraram na sala onde estavam reunidas cerca de vinte pessoas.
A ruiva reconheceu parte delas, Lupin, Mody Olho Louco, Minerva McGonnagal, Severus Snape, Harry, Ron e Hermione. Outros rostos eram parecidos com alguns dos alunos, como por exemplo, as gémeas Patil e Dean Thomas. Os restantes eram completamente desconhecidos para ela.

-Já sabem porque estão aqui – Disse voltando-se para Virgínia e Draco – Foram chamados para fazer parte da Ordem, o que fazem de livre e espontânea vontade, certo? – A ruiva e o loiro acenaram afirmativamente. Havia uma ligeira agitação na sala, tanto de apreensão por parte da entrada da ruiva como receio pela entrada do loiro. Era obvio que os membros da Ordem não estavam de acordo com a entrada de um Malfoy, excepto Snape e Dumbledore e os mais íntimos do professor não fizeram qualquer tipo de objecção.

-Sabem que estes dois jovens são uma mais valia para a a Ordem, o Sr. Malfoy pelo conhecimento das artes das trevas e poções e a Srta Weasley pelas razões anteriormente explicadas. Visto ninguém ter nenhuma objecção dou por encerrada a reunião.

Os membros da Ordem dirigiram-se à saída.

-Srta Weasley e Sr. Malfoy, poderiam aguardar um pouco? – Eles assentiram enquanto as restantes pessoas saiam do escritório.

-Existe alguma pergunta que queiram fazer? – Draco acenou afirmativamente – Pois não Sr. Malfoy?
-Porque é que a Weasley foi aceite na Ordem?
-A Srta Weasley tem um dom muito raro, o dom da premonição.
-Quer dizer que ela é uma feiticeira?
-Exactamente Sr. Malfoy. Mais alguma pergunta?
-Não – Responderam ao mesmo tempo.
-Então podem sair. Qualquer coisa e entrarei em contacto com vocês.

Saíram do escritório, lado a lado, com uma expressão não muito diferente da que ostentavam quando entraram.

----- Fim do 2º Capitulo -----

N/A: ...... Pois é cá está o segundo capitulo ... mas eu estou inconsolável só uma reviewzinha da Rute e foi pq eu a obriguei a comentar ... ninguém ... nem para dizer aquilo que eu já sei .... Que a minha fic não vale nada .... Estou mm mto triste ... mas prontos se vcs acham que estes míseros capítulos não
merecem reviews eu tudo bem ... é assim a vida triste de uma autora ... mas apesar de tudo eu vou continuar a actualizar... sempre que tiver tempo... bem
então até ao próximo capitulo.... Com ou sem reviews (embora o meu ego
necessite delas...e muitas....) ... FUI!!!!