Capitulo 6

Do passado ao presente

N/A: Mto obrigado por todas as reviews .... Foram lindas ... e fizeram mto bem ao meu ego de escritora carente ... bigadu ...Rute Riddle, Maira Granger, Carol Malfoy Potter, Lady Malfoy, Avoada, Lilian Kirk, Ayesha, Taty, sakura14 e Ariana ... espero não ter esquecido de ninguém ....

- - - - -

A última coisa que se lembrava era de estar em Hogsmeade, a partir daí só se recordava da sensação agoniante de andar à roda.
Sentia frio, muito frio, abriu os olhos e deparou-se com uma sala pequena e húmida com o chão coberto de palha. Parecia que tinha levado uma tareia pois todo o seu corpo doía. Tentou levantar-se mas a sua vista ficou enevoada e ela perdeu os sentidos.

.....

Acordou, sentia-se imensamente confortável. Lembrou-se daquela sala fria e húmida e pensou que só poderia ter sido um pesadelo uma vez que agora se sentia bastante confortável. Abriu os olhos lentamente e deparou- se com o cenário mais verde que já tinha visto em toda a sua vida. A cama onde estava deitada estava coberta com uma enorme e pesada colcha verde escuro, as paredes eram verdes escuras, num tom menos lustroso que a colcha, com detalhes em preto.
Tentou levantar-se mas a sua cabeça parecia ter adquirido um peso extraordinário e então voltou a acomodar-se nas almofadas fofas. Não sobe quanto tempo esteve assim, num semi-sono mas houve uma altura em que algo a despertou, uma presença no quarto. Tentou erguer-se mas mais uma vez foi incapaz de o fazer.

-Calma minha doce Virgínia – Ouviu alguém dizer.

Era uma voz fria, desprovida de sentimentos, uma voz que conhecia mas não queria reconhecer.
O seu corpo parecia ter congelado, não era capaz de mover um músculo, articular uma palavra sequer.

-Quando te escolhi sabia que eras especial e só agora vejo o quanto. Vais ser muito útil, tenho grandes planos para ti.

A ruiva queria gritar, sair daquele lugar o mais depressa possível.

-Eu... eu nunca irei servi-lo – Disse a muito custo.
-Ledo engano menina Virgínia, ninguém se nega a Lord Voldemort.

....

Não sabia à quanto tempo estava naquele lugar, sem qualquer contacto com o mundo exterior, a não ser uma senhora que lhe levava as refeições duas vezes por dia. A senhora lembrava-lhe a sua mãe, não podia deixar de pensar nela e na sua família e como deviam estar preocupados.
Virgínia tentou por várias vezes falar com aquela mulher mas parecia que ela tinha mais medo de estar ali do que ela.

Virgínia passava o dia infeliz, praticamente sempre a chorar, sem se alimentar direito. Mas por mais negra que parecesse a situação, a ruiva tinha uma pequena esperança, afinal ela não estava a ser tratada como uma prisioneira, presa numa masmorra fria, mas sim como uma espécie de convidada, apesar de trancada naquele quarto.
Naquele lugar Virgínia perdeu a noção do tempo, todos os dias, todas as horas pareciam iguais.

Tinha o rosto afundado nas almofadas, lamentando-se pela milésima vez, questionando-se se ninguém a viria tirar dali, quando ouviu batidas na porta. Naquela hora do dia só podia ser a senhora que lhe trazia o almoço.

-Eu não quero almoçar! – Gritou mas o som foi abafado pelas almofadas.
-Menina Virgínia, o mestre quer vê-la – A ruiva ergueu-se e começou a tremer.
-Como... como assim quer ver-me?
-A menina vai acompanha-lo na refeição – Disse a mulher estendendo aos pés da cama um vestido verde-escuro – Voltarei daqui a vinte minutos.

Virgínia tremia imenso mas mesmo assim decidiu obedecer. Ainda ajeitava as vestes quando a mulher tornou a entrar no quarto.

-Ainda não se penteou? – Perguntou a mulher ao que a ruiva respondeu encolhendo os ombros. A mulher aproximou-se da ruiva e obrigou-a a sentar- se num banquinho de frente para uma cómoda com um enorme espelho.
Começou por pentear os longos cabelos ruivos e em seguida
arrumou-os numa trança que prendeu com uma fita da cor do vestido, com
pormenores prateados.

-Vamos.

A mulher caminhou para fora do quarto e foi seguida por
Virgínia.

-Posso perguntar-lhe uma coisa? – Questionou a medo.
-Diz.
-Como se chama?
-Mandy.
-E à quanto tempo aqui estou?
-Cerca de dois meses.
-Dois meses? – Perguntou espantada.
-Sim, agora está caladinha se não queres arranjar problemas.

A ruiva assentiu e caminhou pesarosamente até aquilo que parecia um salão. Era uma divisão enorme, digna das melhores mansões, maior ainda que o salão principal de Hogwarts. Estava muito bem decorado e a ruiva não pode deixar de repara naquele ambiente encantador, que certamente nunca associaria a Voldemort.

-Ficas aqui quieta e só te sentas quando o mestre o fizer.

Mandy caminhou até à mesa e fez sinal para a ruiva se aproximar.

-O mestre vai sentar-se aqui – Disse apontando para a cabeceira da mesa – e tu sentas-te aqui, do lado direito. Agora fica quietinha, não respondas a menos que te perguntem directamente e acima de tudo não faças perguntas.

Virgínia assentiu com a cabeça e posicionou-se ao lado da cadeira indicada por Mandy. Sentiu um arrepio por todo o corpo e então sobe que ele estava ali e pelo movimento na sala não parecia esta sozinho. Só então reparou que a mesa estava posta para mais duas pessoas.

Voldemort posicionou-se no local que Mandy tinha dito, á frente da ruiva colocou-se Lucius Malfoy e ao lado deste Peter Pettigrew.

Voldemort sentou-se e logo depois Malfoy e Pettigrew fizeram o mesmo, sendo seguidos por Virgínia. Ela reparou na expressão assustada de Pettigrew e na expressão do Malfoy, muito parecida à do filho quando próximo de Snape, talvez essa fosse a forma deles demonstrarem respeito. Os homens começaram a comer silenciosamente enquanto a ruiva olhava para o prato desconfiada.

-Não está envenenada – A voz glacial ecoou no grande salão fazendo com que Malfoy, Pettigrew e Gina erguessem os olhos e se voltassem para o homem – Minha doce Virgínia, eu não faria uma coisa dessas, não agora – Apesar das palavras serem carinhosas o tom com que eram proferidas fazia com que perdessem todo o efeito, deixando a ruiva ainda mais assustada.

Tinha pensado que estava ali por causa de Harry, para o atrair mas agora culpava-se por ter sido tão parva, era óbvio que estava ali por causa do seu poder. Como é que não tinha pensado nisso antes? Agora fazia sentido e pelo menos isso tinha uma vantagem, se ele a ia utilizar precisava dela viva. Mas se ele a ia utilizar certamente que seria para acabar com aqueles que ela mais amava.

-Alguma premonição minha Virgínia?

Uma grande raiva cresceu dentro dela quando o ouviu considera-la como sua mas nada disse, apenas acenou negativamente.

-Vejo que não mente, nem te seria possível faze-lo, pois eu descubro sempre uma mentira, sempre – Frisou a última palavra.

....

Fazer as refeições entre devoradores da morte tornou-se um hábito para a ruiva. Todos os dias era obrigada a vestir-se e a pentear-se para acompanhar aqueles homens que lhe causavam arrepios e todos os dias Voldemort perguntava-lhe sobre as suas visões. Ela respondia como podia, tentando ao máximo evitar dizer-lhe o que via mas duma maneira ou de outra ele sempre descobria a mentira.

Lá estava ela, pronta para mais um almoço, ao lado da cadeira à espera que chegassem os "convidados".

-Saiam! – Ordenou no final da refeição. Todos os homens presentes fizeram menção de se levantar assim como Virgínia – Virgínia, fica.

A ruiva sentiu aquele arrepio a percorrer-lhe todo o corpo, sabia que dali não sairia coisa boa. Nunca tinha ficado a sós com ele excepto naquele dia que o vira no quarto. Ela tornou a sentar-se sem encarar o homem.
Ele fez com que a ruiva olhasse para ele, segurando o queixo dela com a sua longa mão.
Virgínia sentiu-se enojada, ser tocada por aquele homem que tanto mal lhe causara, a ela e as pessoas que gostava.

-Diz-me Virgínia, tiveste alguma visão?
-Não – respondeu segura.
-É mentira, eu sinto isso em ti, vejo-o nos teus olhos – Disse ainda segurando o queixo dela, forçando-a a olha-lo – Agora vais dizer-me a verdade.
-É a verdade – Tornou a dizer, mas não tão convincente como antes.
-Eu quero a verdade agora! – Gritou batendo com os punhos cerrados na mesa.
A ruiva assustou-se e suspirou.

-A mansão vai ser atacada.
-Quando? – Perguntou num tom mais brando mas cós olhos ainda a brilharem de raiva.
-Hoje ao cair do sol.

Virgínia não soube o que aconteceu mas no segundo seguinte o salão estava cheio de devoradores da morte.
Já lhe eram familiares alguns daqueles homens, "convivia" com eles diariamente mas mesmo assim houve dois que chamaram a sua atenção. Já os tinha visto noutro lugar, um deles era o temido professor de poções que ela sabia ser um espião para a Ordem mas o outro ela tinha a certeza que era espião não para a ordem mas sim para Voldemort. Certamente que fora ele que o informara da sua existência, não conseguia acreditar que o pai das gémeas Patil tivesse feito uma coisa dessas e pelo que sabia nenhuma delas era dos Slytherin.

-Vamos mudar de localização – A voz fria de Voldemort soou e o burburinho que havia na sala cessou – A mansão vai ser atacada e por isso mudaremos para a mansão Riddle. Formem grupo para protegerem esta mansão e preparem outro grupo para vigiar a mansão Riddle. Agora saiam!

Os homens saíram nervosos deixando para trás o seu mestre e Virgínia.

-Prepara-te para viajarmos. Partiremos em seguida.

A ruiva saiu do salão imediatamente, satisfeita por ter conseguido enganar, de alguma forma, Voldemort. Ela tinha dito que a mansão iria ser atacada só não tinha especificado qual. Tinha agora a hipótese de voltara casa, de certo que quando se desse o ataque ela iria ser resgatada.
Caminhou até ao quarto e sentou-se na cama À espera de ser chamada. Ouviu alguém a bater à porta e mandou entrar.

-Menina, vamos partir agora – Disse Mandy – é melhor vestir uma capa, se não terá frio.

A ruiva levantou-se e colocou uma capa preta por cima do vestido igualmente preto que vestia, relativamente frio para aquela época do ano, dada às enormes aberturas laterais que deixavam À vista as suas pernas.

-Vamos – Disse sorrindo para Mandy.

Seguiu-a até a uma parte da mansão que não conhecia. Era uma espécie de escritório, um cómodo frio e escuro, que lhe causava arrepios. Mandy parou À porta e fez sinal para que ela entrasse. A ruiva assim o fez, entrou num passo um tanto ou quanto acelerado, fazendo a sua capa esvoaçar levemente.
Voldemort estava parado no centro da sala segurando uma pequena chave dourada que seria o botão de transporte. A ruiva contrariada pousou a sua mão

sobre a do homem, sentiu tudo a rodar e no segundo seguinte estava no hall de entrada da famosa mansão Riddle.

Estava escuro mas dava para perceber que não era utilizada à muito. Conseguia sentir um cheiro a poeira e mofo, uma combinação nada agradável.

Várias luzes se acenderam no hall concedendo a Virgínia uma visão mais clara. Existia uma escadaria mesmo à sua frente, que no segundo andar se dividia em dois corredores. Haviam duas portas, uma à sua direita, que estava parcialmente aberta mostrando o que parecia ser um salão, e uma outra À sua esquerda onde deveria ser a cozinha.

Tudo à sua volta tinha um aspecto decadente, coberto de pó e teias de aranha.
Depois de três ou quatro movimentos de varinha de Voldemort o cenário mudou completamente. A escadaria era de pedra brilhante, coberta com uma passadeira verde-escuro, as paredes, apesar de feitas de uma pedra escura, estavam limpas e iluminadas por tochas que conferiam ao espaço um tom dourado, embora fraco. Caminhou até à porta do lado direito para verificar que o salão embora não tão imponente como o que estava "habituada" era lindo.

Estava agora naquele que seria o seu novo quarto e se tudo corresse como ela esperava, não seria por muito tempo. Era parecido com o anterior, um pouco menor mas mesmo assim mantendo o ambiente verde escuro. Queria ver o pôr-do-sol e então saiu do quarto, visto que este não possuía janelas e dirigiu-se a uma espécie de sala de estar. Era uma pequena sala com uma lareira muito ornamentada da qual provinha a luz fraca que iluminava o local. Tinha uma poltrona, de aspecto confortável, voltada para a lareira. Uma das paredes era revestida por prateleiras contendo inúmeros livros. Na parede contrária a essa situava-se a janela, da qual dava para vislumbrar o povoado, agora completamente devastado.

Olhou pela janela, para aquele cenário deprimente em contraste com a beleza do pôr-do-sol. A mansão situava-se no alto duma colina, rodeada de vastos jardins com árvores imponentes que agora faziam parte da natureza morta que circundava o local. Conseguia ver uma espécie de cavalariças no final da propriedade, na realidade era o único "edifício" que se mantinha para além da própria mansão, o que a fez pensar que poderia estar a ser utilizado.
O céu tomava agora tons violeta e algumas nuvens apareciam aqui e ali tornando a vista digna duma pintura. As nuvens acumulavam-se rapidamente e depressa se tornou noite cerrada. Eram visíveis pequenos raios de lua que atravessavam a densa cortina de nuvens, iluminando vários pontos do povoado e dos terrenos da mansão.

Vislumbrou um movimento estranho no povoado, talvez fosse só impressão sua, causada pelo vento que fazia ou até mesmo pela ansiedade que sentia no momento.
A luz proveniente da lareira era cada vez mais fraca fazendo com que a figura de Virgínia ficasse envolta nas sombras.

Tinha a estranha sensação de estar a ser observada mas ela sabia que só podia ser impressão sua uma vez que Voldemort estava muito ocupado com o suposto ataque na mansão.

----- Fim do 6º capitulo -----

N/A: Eu sou má ... acabar um capitulo assim ... no mesmo ponto do anterior ... mas este foi um capitulo explicativo ... que mostra o desenvolvimento da narrativa doutro ponto de vista ... bem a verdadeira acção começa daqui para a frente ... vou actualizar o mais rápido possível .... Mas a escola e os testes vêm em 1º lugar .... Mesmo assim vai estar aqui o próximo capitulo logo, logo ... e para aguçar a vossa curiosidade deixo aqui uns trechinhos, não sem antes pedir para comentarem... agora os trechos ....

"Antes que Draco pudesse responder um outro devorador da morte entrou na sala arrastando um corpo.

-Encontrei um meu Lord, ainda respira.
-Óptimo. Vamos nos divertir um pouco."

"Sentou-se ao lado dela e desviou algumas mexas ruivas da cara de Virgínia. Passava os longos dedos no rosto delicado da rapariga, tentando definir cada traço, o queixo, o nariz os maçãs do rosto e as pálpebras, tocando toda o seu rosto como se o quisesse decorar."

Bjxs e até ao próximo capitulo .... Fui!!!!!!!!!!!