Capitulo 11

O Fim

-O quê?!?! – Perguntou Ron confuso. Virgínia olhou para Harry e só então ele percebeu que tinha falado de mais – O que é que tu disseste Harry?
-Nada! – Tentou remediar a situação.
-Eu ouvi bem, eu ouvi Malfoy. O que é que essa doninha tem a ver com a conversa?
-Nada
-Virgínia Weasley! – Gritou Voltando-se para a irmã – Tu não me digas... não me digas que foi com aquela... eu nem sequer consigo dize-lo...
-Bem se não quiseres que eu não digo – Respondeu a ruiva um tanto ou quanto provocativa – Mas isso não vai mudar a realidade – Completou para total choque de Ron.
-Eu ...eu vou contar aos pais... eles vão saber!
-E estás à espera do quê?!? Há uma centena de corujas à espera duma carta para entregar, podias dar trabalho a uma delas – Disse sarcástica – Ou a várias quem sabe – Saiu da sala sem mais uma palavra deixando para trás Ron furioso e Harry e Hermione completamente chocados.

Andava pelo castelo, tentando apenas esquecer todos os problemas que se passavam à sua volta. Caminhou até à torre de Astronomia que àquela hora da tarde estava completamente vazia. Sentou-se no parapeito da janela observando a vista, alguns alunos passeavam nos campos, junto ao lago, estava a decorrer um treino de quidddicth no campo, não muito longe dali. Ficou na torre até escurecer, decidiu voltar para o salão comum antes que aparecesse alguém.

- - - - - -

Acordou com uma das suas colegas de quarto a abana-la.

-Acorda Ginny.
-Summer?
-Acorda, já estás atrasada.
-Obrigado Summer.

Levantou-se e vestiu-se o mais rápido possível. Quando entrou no salão principal o correio da manhã estava a ser entregue e como tal enquanto caminhava para o seu lugar na mesa dos Gryffindor uma coruja deixou cair um envelope na sua cabeça.

"Virgínia

O teu irmão disse-nos que algo se passava contigo, algo que não era correcto. Ele não quis adiantar mais nada, pelo que irei, com o consentimento de Dumbledore, à escola para falar contigo.

Até à tarde

Molly"

Aquela carta era extremamente fria, coisa rara na sua mãe. Ron havia falado com ela, certamente não tinha mencionado Malfoy, por que se tivesse em vez duma carta teria recebido um berrador.

.....

Não tinha aulas naquela tarde e portanto decidiu treinar um pouco de quidditch. Já voava à cerca de meia hora quando algo chamou a sua atenção, estava alguém sentado no parapeito da torre de astronomia, não conseguia identificar quem devido à distancia mas parecia que a pessoa ia saltar a qualquer momento. Se tivesse pensado mais cedo, mais cedo tinha acontecido, só teve tempo de acelerar a sua vassoura ao máximo e amparar a queda da rapariga que se tinha atirado do cimo da torre. Devido ao impacto do choque eles caíram da vassoura, rebolaram pelo relvado acabando um em cima do outro

.....

-Virgínia agora vais explicar-me esta história toda. -Mas mãe, não há nada que explicar. -E queres dizer que as premonições desapareceram do nada? Não me tomes por parva.... Eu sei muito bem as limitações de uma feiticeira. -Então não há nada a explicar. -Virgínia eu não gosto desse tom! Eu sou tua mãe e tenho o direito de saber. -Mãe isso só me diz respeito a mim! -O teu irmão não me parecia nada satisfeito por saber a situação. -Mãe tu conheces o Ron.....
-Desta vez não se tratava de ciúmes bobos, era algo grave!

Virgínia baixou os olhos e murmurou algo.

-Repete! – Ordenou a mãe.
-Draco – Continuou em tom baixo.
-Draco? Draco Malfoy?

Gina assentiu com a cabeça.

-Virgínia tu és a vergonha da nossa família! – Gritou Molly – Ele não passa dum traidor!
-Ele está na Ordem! Ele salvou-me!
-Isso não o impede de ser traidor!
-Mas mãe....
-Nem mais um mas! Tu és a vergonha de todos os Weasleys! – Saiu da sala deixando para trás a filha que chorava convulsivamente.

Saiu da sala ainda a chorar e subiu para a torre de Astronomia. Sentou-se no parapeito da janela e observou a vista pelo que imaginou ser a última vez. Segundo ela já não valia a pena estar ali, ela tinha sido, pura e simplesmente, rejeitada pela sua mãe e não sabia o que esperar do resto da família. Fechou os olhos, respirou fundo, sentindo o vento no seu rosto. Inclinou-se para a frente e esperou o choque com o chão, mas este não aconteceu, a sua queda foi amparada por algo que ela não soube identificar.

Abriu os olhos e viu a causa de todos os seus problemas.

-Porra Draco!
-Porra Draco? Eu acabo de te salvar e tu dizes "Porra Draco!"
-E eu por acaso disse que queria ser salva?
-Disseste o contrário?
-Nem para me deixar morre tu serves!
-Que mau humor Weasley! O que é que aconteceu?
-Dá para saíres de cima de mim?
-Não me parece.

Virgínia empurrou o loiro e sentou-se abraçando os joelhos e escondendo a face.

-Hei! Fala comigo! O que aconteceu?

A ruiva não respondeu, continuava com a face enterrada nos joelho. Draco aproximou-se dela e levantou-lhe o queixo. Virgínia estava bastante pálida com os olhos muito inchados e rasos de água.

-O que foi, o que aconteceu? Porque é que te atiraste lá de cima?
-Porque a minha vida é maravilhosa! O que é que tu achas?!?! – Gritou.
-Eu não posso achar nada porque tu não me explicas.
-Os meus pais não falam comigo por tua culpa, por causa do que aconteceu lá no acampamento. Toda a gente já sabe o que se passa ou melhor o que se passou – Completou recomeçando a chorar.
-E isso é motivo para estares assim?
-è assim tão difícil perceber que eu não estou habituada a ser desprezada pela minha família?!?! Que não estou habituada a ouvir que sou a desonra da família, que não mereço ser uma Weasley?!?
-Tem calma, vais ver que isso lhes passa, e além do mais estamos no final do ano o que significa que não vamos passa muito tempo juntos, tenho a certeza que eles vão reconsiderar....
-Tu não os conheces.... Eu nunca vi a minha mãe a agir assim...

O tempo foi passando, as pessoas foram esquecendo, foram deixando de comentar o sucedido embora os Gryffindor a encarassem como uma traidora e o que mais lhe custava era que o seu irmão também a olhava assim. O único que a ajudava no meio de toda aquela confusão era Harry, sempre que podia ele conversava com a ruiva e animava-a nos dias menos bons. Isso devia-se ao facto dele namorar com Luna que era a melhor amiga de Gina e continuava a sê-lo depois do "incidente". Tinha também Draco, não que ele fosse o protótipo de namorado ideal, muito pelo contrário mas isso já não lhe importava pelo menos ele dava-lhe atenção, pouca mas dava.

O ano acabou e com o final dele chegaram as férias. Virgínia passou o Verão com Luna, não tinha coragem de encarar a sua mãe depois de tudo o que ela lhe dissera.
Entrou para o sétimo ano, desde o final do ano anterior que não via Draco, mas esse era o menor dos seus males, o que ela desejava era concluir os seus estudos para conseguir a sua independência.

O ano passou depressa, já estava na semana dos exames finais, sentia- se imensamente nervosa. Nunca tinha estudado tanto na sua vida, talvez porque se calhar nunca tinha querido tanto uma coisa como queria passar naqueles exames com distinção.

Caminhava para o dormitório dos Gryffindor, após um extenuante exame de poções, na última hora daquele dia. Estava a verificar algo no livro que carregava enquanto caminhava, quando foi de encontro a uma pessoa. A sua queda foi amparada por algo, talvez a pessoa com quem chocara. Abriu os olhos e encarou a pessoa que se encontrava por baixo de si.

-Draco?!? – Exclamou.
-Exactamente, em carne, osso e todas as outras qualidades inerentes que possas imaginar.
-O que é que estás a fazer aqui?
-Vim à ultima reunião da Ordem, com certeza que sabes da derrota de Voldemort.

Voldemort tinha sido derrotado dois meses antes, numa batalha violenta em que Harry escapou por pouco.
A ruiva assentiu, fez menção de se levantar mas foi puxada pelo loiro, que a beijou fervorosamente.

-Estamos no meio do corredor – Disse quase sem fôlego.
-Não seja por isso – Ergueu-se carregando a ruiva consigo.

Caminhou até uma das paredes do corredor onde encostou a rapariga. Beijava o pescoço dela enquanto esta acariciava os cabelos loiros.

-Não Draco.... Pára.... – Disse numa voz dengosa, que dava a entender a falta de vontade que tinha de ver aquela ordem cumprida.
-Queres mesmo que pare? – Perguntou, provocando-a ainda mais.
-Sim.... – Respondeu a muito custo – Vais ficar no castelo? – Perguntou depois do loiro se afastar contrariado.
-Devia?
-Não sei.... Eu não tenho nada para fazer depois do jantar.... E tu tens?
-Não tinha até agora – Respondeu tornando a beija-la.
-Até logo! – Disse libertando-se do abraço de Draco.

- - - - - -

Acordou com a claridade que havia no quarto. Tinha passado uma noite maravilhosa na companhia de Draco, certamente uma noite inesquecível. Mantinha os olhos fechados tentando lembrar cada toque, cada beijo. Ainda com os olhos fechados tacteou a cama à sua volta, dando por falta do rapaz. Abriu os olhos e sentou-se na cama, logo avistou um pequeno envelope verde na almofada a seu lado. As suas mão tremiam ao segurar no sobrescrito, como se sentisse que algo mau lhe seria anunciado. Voltou o envelope para si, de forma a conseguir ler, na frente deste, escrito com uma bela caligrafia prateada, "Para Virgínia Weasley".

Abriu-o receosa com o que poderia conter, mas ao contrário do que ela podia esperar não estava lá dentro nenhum pergaminho, em vez disso a voz de Draco soou suave:

"Virgínia, por mais errado que isto possa parecer, um dia ainda se vai revelar positivo..."

A voz do loiro soava duma forma diferente, sem raiva, sem ódio, sem qualquer sentimento negativo.

"E quem sou eu para falar em acontecimentos positivos? Afinal desde que me aproximei de ti que a parte positiva da rua vida desapareceu... e é por isso que eu te vou fazer um pedido...."

A sua voz mudou de tom repentinamente.

"... ou melhor, quero que tomes isto como uma ordem... não me procures... nunca mais... quero que vás ter com a tua família... que digas que eu te enganei, qualquer coisa que os faça voltar atas... ou pelo menos sê feliz... da forma que conseguires... mas longe de mim..."

Uma lágrima escorreu pela face alva da ruiva, mas foi uma lágrima solitária, ela respirou fundo e logo se acalmou. Faltavam apenas duas semana para o final das aulas e a partir daí logo veria o que fazer.
Enrolou-se no lençol e levantou-se vagarosamente. Era sábado e por isso tinha todo o tempo do mundo. Caminhou até à casa de banho onde largou o lençol para entrar no chuveiro.
Deixou a água quente escorrer pelo seu corpo com a esperança que os seus pensamentos escorressem com ela. Pensava em Draco e em tudo o que tinha passado com ele, lembrava principalmente a primeira vez dels, as carícias e os beijos trocados, tão diferentes dos da noite anterior. Na noite anterior tinha sido capaz de sentir o carinho dele, talvez o sentimento mais próximo do amor que alguma vez poderia receber dele. Aquela noite tinha sido diferente, inesquecível, só que ela ainda não sabia o quanto.

- - - - - Fim - - - - -

N/A: Pois é , cá está o ultimo capitulo... então, o que acharam?

Sim a fic acabou por aqui mas vai ter continuação, bem digamos que não é mesmo uma continuação é uma história paralela, com pontos em comum com esta....

Quero saber o que acharam desta fic e principalmente deste último capitulo, que dedico inteiramente à Rute Riddle

... Agradeço a todos os que comentaram a minha fic e que fizeram de mim uma autora super, mega, hiper feliz .... Rute RiddleBigadu Miga por me aturares nas aulas e me ajudares durante os meus bloqueios.... Lilian Kirk, Ariana, Sakura 14, Avoada, Taty, Ayesha, Lady Malfoy, Carol Malfoy Potter, Maira Granger, Sett a aprendiz, Môny e Lullaby .... Bem não sei quando vou postar o 1º capitulo da outra fic porque ele é enorme, mas prometo que vai ser o mais depressa possível.... Bem não se esqueçam de comentar ... Mtos Bjxs e mto obrigado ... FUI!!!!