N/A: gente, eu sei q eu falei que eu n ia por nenhuma na nesse cap, mas eu qria falar q o primeiro cap fikou meio chato, meio "so explicação e descrição e pouca coisa q preste", mas entendam: eu n posso simplesmente por 6 alunos do nada em Hogwarts, por isso paciência, eu garanto que no próximo capitulo a coisa já começa a esquentar, blz? Bom, sem mais papo furado, vamos a fic!
Uma Segunda Chance
Cap. 1- O começo
Era uma manha de sexta-feira em Londres e tudo estava calmo. Porém, no coração da cidade, a vida de seis famílias
estavam para se modificar. Em cada casa, uma família reagia de um modo, mas por causa da mesma notícia.
Na casa dos Longbottom, a jovem Ninfa recebe os parabéns de seu pai Neville, de sua mãe Luna, e de sua irmã Stephanie.
Ninfa tinha os cabelos castanhos e a pele branca, e seus olhos eram cor de chocolate. Já a irmã, Stephanie, era loira, de
olhos azuis e pele igualmente pálida. A família Longbotton era uma família puro-sangue. O motivo de estarem comemorando
com sua filha era que ela completara 11 anos e fora aceita em Hogwarts.
- Nossa, os livros mudaram! Acho que nunca cheguei a ler estes!- Stephanie lia a lista de livros da irmã com muita curiosidade.
- Mãe, que dia que podemos ir comprar meu material?
- Você é quem sabe, meu amor.
- Hum, acho que eu vou escrever para a Lívia e ver se ela quer combinar um dia. Ela deve ter recebido a carta também, né?
- Tá, filha. Você quem sabe.
Muito feliz, Ninfa se dirigiu ao seu quarto, pegou um rolo de pergaminho e começou a escrever para a amiga:
Querida Lívia:
Hoje eu recebi a carta que me aceita em hogwarts. Você deve ter recebido também, afinal todos da sua família são bruxos, e
tal... O que você acha de nós irmos juntas no beco diagonal comprar nosso material? Que tal amanha? Se você puder,
"timo!
Vê se me responde, viu?
Beijos
Ninfa.
Muito feliz, Ninfa despachou a sua coruja e se largou na cama, fazendo seus planos para hogwarts.
Já em outra casa, num bairro trouxa de Londres, distante dali, a situação era um pouco diferente.
- Manhê! Tem uma coruja na janela!!!!!
- Ora, Bia! Espante-a!
- Tá bom! Hei você! Xô! Saia!
A coruja foi embora, e só então Bia reparou no envelope que estava onde a coruja se encontrava segundos antes. O envelope era escrito com tinta verde-esmeralda. Bia o leu, e após terminar, chamou a mãe, um pouco surpresa, mas muito feliz.
- Mãe, Mãe! Olha só o que eu recebi!!!
Após ler a carta, a senhora Spears olhou para a filha com um olhar incrédulo.
- Eu não creio que você tenha acreditado que essa escola possa ser mesmo verdadeira!
- Mas mãe, não custa tentar!
- Beatriz Spears! Você tem a mínima noção do que você esta falando?
- Ah, mãe! Vamos! Aqui fala que se mandarmos uma coruja para eles nos explicarão como comprar o material! Vamos pelo menos tentar!
- E você por acaso faz idéia de como se "manda uma coruja"?
- Deve ser fácil...
Foi Bia falar que uma coruja cinza apareceu na janela, e esticou a perna.
Vendo o olhar da filha, a senhora Spears viu que não tinha como resistir.
- Está bem, você pode mandar a tal coruja, e se não for um trote, nos vamos comprar o seu material amanhã, pode ser, Bia?
- Eba!!!!
Muito feliz, a garota começou a pensar em como seria a tal Hogwarts.
Na casa da família Lee, Livia também festejava com os pais a carta de Hogwarts que recebera, quando uma coruja entrou na casa. Ela foi ver de quem era, e seu rosto se abriu num sorriso maior ao ver que era de Ninfa. Ao ler, ela ficou radiante, pois a amiga também fora aceita em Hogwarts.
- De quem é, filha?- perguntou a sra Lee
- Da Ninfa! Sabe, aquela minha amiga? Então, ela também foi aceita em Hogwarts! Será que nos podemos nos encontrar amanha no Beco Diagonal?
- Claro, filha!
- "timo!
Com o maior sorriso que tinha, Lívia correu para seu quarto. Apesar de serem puro-sangue, os Lee eram meio pobres, por isso sua casa era um pouco apertada. Mas Lívia era uma menina muito bonita. Era magra, alta e tinha os cabelos acajus e os olhos verdes.
Ao chegar em seu quarto, Lívia pegou um tinteiro, uma pena e um rolo de pergaminho e começou a escrever.
Ninfa
Minha mãe me deixou ir amanha ao Beco Diagonal. A gente se vê lá pelas duas, pode ser?
Beijos
Lívia
Então Lívia despachou uma coruja e voltou para a sala, onde pretendia conversar com os pais sobre o que poderia comprar.
Próxima casa: bruxos também, porém, desta vez quem recebera a carta era um garoto. Sua mãe era puro-sangue, mas o pai era meio puro sangue e meio trouxa. Na sala, via-se um homem de estatura media, cabelos rebeldes e olhos excepcionalmente verdes, uma mulher ruiva, de sardas no rosto e um garotinho ruivo, de cabelos rebeldes como o do pai e olhos verdes, porem não tão verdes como o do pai. O seu nome era Tiago. Tiago Potter. Ao seu lado, a mãe estava radiante, o abraçando:
- Ai meu Deus, eu nem acredito! O meu garotinho agora vai para Hogwarts!
- É, se você não me matar sufocado antes...- dizia o jovem tentando se livrar dos braços da mãe.
- Desculpe, Tiago, mas eu não pude conter a emoção.
- É, eu percebi...
- Filho, o que você acha de irmos comprar o seu material amanhã?
- Por mim, ta ótimo! Pode ser, mãe?
- Claro, você é quem sabe!
- Eba!!!
Então o jovem saiu correndo e foi para o jardim, onde o pai deixava sua Firebolt, vassoura que o acompanhava desde que terminara Hogwarts, embora ele usasse outra mais moderna, essa vassoura servia como uma recordação de Sirius, seu padrinho.
- Ai, Harry! Você não acha perigoso Tiago ficar brincando nessa vassoura?
- Calma, Gina! Ele tem talento!
E realmente era verdade. Quando se tratava de vassouras, Tiago era excepcional.
" Realmente, ele é um Potter!" Pensou Harry, ao ver a habilidade com que o filho voava e seu semblante radiante.
Na casa dos Meddling, a situação era diferente. Sirius, filho único, tentava convencer a mãe a deixá-lo ir para Hogwarts, afinal a idéia de ir para uma escola de Magia e Bruxaria não era tão má.
Sirius era um trouxa, e hoje ele recebera a carta de Hogwarts. Mas estava sendo uma missão impossível convencer os pais a deixa-lo ir.
- Vai, mãe! Eu juro que eu escrevo sempre, volto no natal, nos feriados, e sempre que der!!!
- Ai, filho! Eu não sei! Isso pode ser um trote, não pode?
- Vai mãe, me deixa tentar!
- Vamos, Letícia! Tenho certeza de que não haverá perigo - disse o pai.
- É, mãe! Eu prometo me cuidar, volto pra casa se algo não der certo! Olha, tem ate uma coruja esperando pela carta de volta! – disse Sirius, apontando para a janela.
- Ai, não sei...
- Ah, mae! Deeeeixa!!!
E então Sirius fez uma cara de cachorro abandonado, e a mãe cedeu.
- Ah, tá certo! Mas me escreva! E volte no natal!
- Ai, obrigado, mãe!- Sirius abraçou a mãe e foi escrever para a escola, para dizer que iria, e como comprar o material.
- Hã... Mãe?
- Que foi agora, Sirius?
- Posso comprar meu material amanhã?
- Pode, né? Adianta falar que não?
- Legal!
Então o jovem foi para seu quarto, escreveu a carta e a mandou para Hogwarts. Sirius era um garoto muito bonito. Era alto, tinha cabelos negros que batiam nos ombros e olhos azuis! Era perfeito!
A última casa é a dos Ragged. Era uma família puro-sangue, e muito rica. Seu filho, Rômulo, acabara de receber a carta que o aceita em hogwarts. Estava simplesmente radiante.
- Ora, mas é claro que o nosso queridinho iria para Hogwarts! Você sempre será o melhor, Rômulo!
- Mãe, também não é para tanto! - disse o garoto, meio corado.
Rômulo era um garoto meio quieto, de cabelos castanho-claros e olhos cor de âmbar. Porem sua mãe era uma mulher muito espalhafatosa, e tornou-se superprotetora desde que Rômulo quase sofreu um acidente, aos seus 3 anos de idade. Mas por algum motivo, nada de ruim aconteceu. Porém, o jovem herdara a personalidade de seu falecido pai, que era mais calmo. Gostava muito de ler, e de outros programas parados.
- Filho, você quer comprar seus materiais? Podemos ir hoje mesmo se você quiser!
- Mãe, acho que eu prefiro ir amanhã, hoje já esta muito em cima!
- Claro! Você quem sabe, meu anjo!
- Obrigado, mãe!
Assim, o menino foi para seu quarto, ler alguma coisa, já que era o que ele mais gostava de fazer.
No dia seguinte, lá pelas duas da tarde, cada um deles seguiu para o Beco diagonal de um jeito:
Lívia estava na sala, quando um barulho na lareira denunciou a chegada de Ninfa.
- Ei, Ni! Atrapalhada como sempre!
- Ai... Destruir lareiras sempre foi meu ponto forte!!!
As duas deram risada.
- E ai, seus pais nos levam, Livy?
- Pode ser! Pai, mãe, a Ninfa vai com a gente, pode ser?
- Pode, claro!
- E como nós vamos?
Indagou a ruiva.
- Oras, com Flu, é claro!
- Ai, de novo não!- gemeu a morena
Todos riram, e partiram um a um ao Beco Diagonal. A última a ir foi Ninfa, que tropeçou na lareira ao sair e deixou todos cobertos de cinzas.
- Ai, me desculpem!!
- Não tem problema, querida! – disse a compreensiva sra Lee. E com um feitiço limpou a roupa de todos.
- Melhor? - perguntou
- Sim, obrigada!
- Aonde nos vamos, primeiro?
- Que tal no Olivaras, Livy?
- Pode ser! Mãe, nos vamos lá, então!
- Claro! Se cuidem!
- Pode deixar!
E assim dizendo, as duas jovens foram para a loja de varinhas.
Enquanto isso, Bia e sua mãe andavam pelo Beco Diagonal, tentando se localizar naquele meio que elas não conheciam.
- Mãe, aqui diz para irmos ao Olivaras, depois na Floreios e Borrões, numa tal de Madame Malkin, para as minhas vestes, e numa loja de caldeirões!
- Bia, você tem alguma idéia de onde ficam essas lojas?- perguntou a sra Spears, impaciente.
- Bom... Não.- respondeu Bia desapontada.
- Tá, e agora?
- Hum... Que tal falarmos com aquelas meninas?
Bia apontava para duas garotas que vinham na direção delas. Uma ruiva de olhos verdes e a outra de cabelos castanhos e olhos negros.
- Ei, com licença, posso falar com vocês?- perguntou Bia, meio sem jeito.
As duas se entreolharam, por fim, Lívia sorriu e respondeu:
- Você deve ser de família trouxa, certo?
- Sim... E eu queria saber...
- Pode vir com a gente! Nos vamos te mostrar onde fica a Floreios e Borrões e todos os outros lugares que você precisa ir.- disse Ninfa com um sorriso.
- Legal, muito obrigada.
- Filha, você sabe se cuidar, certo?- perguntou a mãe, apreensiva.
- Mãe, faz o seguinte: lá pelas 4 você me encontra lá no caldeirão furado, pode ser?
- Por mim, pode. Tudo bem, meninas?
- Claro! Foi mais ou menos essa hora que nos combinamos com a sua mãe, não foi, Livy?- indagou Ninfa
- É, foi mesmo! A propósito, nós ainda não nos apresentamos. Meu nome é Lívia Lee.
- E o meu é Ninfa Longbotton
- Beatriz Spears, mas me chamem apenas de Bia.
- Bom, então vamos logo, porque hoje esta cheio aqui!- disse Lívia, apressando-as.
A princípio, Bia ficou um pouco apreensiva, mas logo foi se acostumando com as duas garotas, que afinal pareciam ser boa gente.
- Bia, não tem nenhum bruxo em sua família?
- Hum, não que eu saiba...- Bia parecia um pouco desconcertada. Por algum motivo, o fato de ser uma descendente de trouxas a incomodava. Lívia pareceu perceber.
- Bia, isso não tem nada de mais! Hoje em dia, é a coisa mais comum que existe!
- É verdade!- completou Ninfa.
Bia sorriu, mas ainda se sentia inferior às duas bruxas ao seu lado. O motivo ela própria desconhecia.
- Bom, então nós vamos no Olivaras primeiro?- perguntou a ruiva.
- Por mim, pode ser.
- Hã... É lá que vamos conseguir as nossas varinhas, certo?
- Isso.
- Então, vamos!
Então as três jovens foram para a loja, e conversavam animadamente sobre vários assuntos. Ninfa e Lívia contavam para Bia tudo sobre o mundo bruxo, e como elas achavam que seria Hogwarts. Até que o assunto foi direcionado para as casas de Hogwarts.
- Ai, eu espero cair na Grifinória!- disse Ninfa
- Eu também, embora eu ache que eu talvez vá para a Corvinal.
- Bom, sem duvida a Corvinal seria o lugar ideal para uma CDF como você!- zombou Ninfa
- Pelo menos eu me preocupo com alguma coisa além de quem vai estar em qual festa, não é, Ninfa?- retrucou a ruiva.
- Ei, para que casa será que você vai, hein, Bia?
- Você estuda? Gosta de ler?- perguntou Lívia.
- Não, na verdade eu tenho preguiça de estudar.
- E você é corajosa?- indagou Ninfa
- Não. Eu tenho muito medo de quase tudo!
- É, acho que você cairia na Lufa-lufa.
- Ou então...
- Livy, eu acho meio difícil a Bia cair na Sonserina!
- Por que?- a morena perguntou
- Bia, a Sonserina é uma casa para a qual somente os bruxos das trevas e de sangue-puro vão!
- E eu não preencho nenhum dos requisitos...- respondeu a garota, triste.
- Bia, não fica assim! A Sonserina é a pior casa para a qual alguém pode ir!
- Ninfa esta certa! Lá só se formam bruxos das trevas!
- É, eu acho que a Lufa-Lufa será mesmo o melhor para mim... - a garota respondeu, forçando um sorriso.
A coisa que ela mais queria era ser uma bruxa de sangue-puro. E quem sabe a Sonserina não fosse assim tão ma idéia?
- Bom, aqui é o Olivaras! Chegamos!- anunciou a ruiva, tirando Bia de seus pensamentos. Depois, as garotas ficaram se divertindo, e ela não mais voltou a pensar naquele assunto.
Enquanto isso, um garoto comprava seus livros, nos Floreios e Borrões.
- Olhe, filhinho! Você não quer levar este aqui?- perguntou a mãe do garoto, uma verdadeira perua aflita.
- Mãe, acho melhor eu levar apenas o que pede na lista! Não vou ter tempo para ler outros livros mesmo.
- Filho, tem certeza? Olhe este aqui! Parece bom!
E dizendo isso, a mãe do garoto foi pegar um livro em uma prateleira, mas esta caiu sobre ela, junto com todos os livros que estavam lá em cima, provocando um grande estrondo, que atraiu a atenção da livraria inteira.
- Senhora Ragged! A senhora esta bem?- perguntou o dono da livraria, vindo ao socorro da mulher.
- Ai... Tudo bem, Edward, obrigada. E meu filho, Rômulo? Ele está bem?
- Sim, mãe, eu estou bem!- disse o menino, que não havia sido atingido por um livro sequer.
Eles não haviam percebido que uma família os observava de longe.
- Por Merlin! Qual o problema dessa mulher?- sussurrou Gina para Harry e Tiago, que mal conseguiram reprimir o riso.
Então, um garoto entrou na livraria. Parecia um pouco perdido.
- Quem será esse menino? Indagou Gina, mas Harry não respondeu. O garoto o lembrava alguém muito próximo, mas harry não conseguia saber ao certo quem...
- Harry? Tá me ouvindo?- disse a mulher, arrancando Harry de seus pensamentos.
- Ah... Sim, o que?
- Tiago quer ir falar com o tal menino com jeito de trouxa. Posso?
- Ah... Sim, claro que pode!
- Legal!
Dizendo isso, Tiago foi em direção ao garoto, que ainda olhava perdidamente a livraria, examinando alguns livros, parecendo não entender muita coisa.
- Oi!- disse Tiago, ao chegar perto do garoto.
- Ah, oi!- respondeu, meio sem jeito.
- Você também foi para Hogwarts?
- Ah, sim! Você também?
- Sim, a propósito, você parece que precisa de ajuda com os livros...
- Ah, é! Não conheço nada por aqui! Sou o que vocês chamam de Trouxa! Pode me ajudar?
- Sim. Sou Tiago Potter, e você?
- Sirius Meddling.
Os rapazes apertaram as mãos e começaram a procurar os livros de Sirius. Tiago achara o rapaz muito simpático. Logo, terminaram de comprar os livros.
- Aqui está, meu jovem. Dez galeões.- disse o vendedor.
- Galeões... galeões...
- Aqui, Sirius! Essas moedas de ouro!
- Ah, só! Liga não, viu, tio, é porque eu não sou muito acostumado com o mundo bruxo... eu sou de família trouxa, sabe?
- É incrível a naturalidade com que você fala isso! Agora há pouco veio uma garota aqui, primeiro ano de Hogwarts também que era de família trouxa! Por Merlin, nunca vi alguém ter tanta vergonha na vida! Quando eu perguntei se ela era de família trouxa, ela corou furiosamente, deixou uns vinte galeões aqui e foi embora! As amigas ficaram assustadas, e a seguiram.
- Que bobagem! Essa época de puro-sangue foi-se faz muito tempo!
- Quer dizer que antigamente os bruxos tinham que ser puro-sangues?
- Era mais ou menos isso...- e então Tiago começou a contar a historia de Voldemort fez questão de ressaltar o fato de que fora seu pai o herói que o destruíra. Sirius ficou muito impressionado.
- Nossa, quer dizer que o seu pai chegou a ser uma celebridade?
- Pois é! Falta alguma coisa para você comprar?
- Não, eu já comprei tudo!
- Então, que tal nos irmos a uma lanchonete próxima daqui? Assim também posso te contar mais sobre o povo bruxo!
- "tima idéia!
Assim, os dois foram ate uma lanchonete próxima ao local, com bancos e mesas ao ar livre, e muitos bruxos e bruxas conversando animadamente. Foram se sentar, e pediram um sorvete para cada um.
- Tiago, seus pais sabem que você está aqui?
- Acho que vão imaginar, afinal aqui é o lugar que eu mais venho... Seus pais não vieram com você?
- Iam vir, mas eu achei melhor eles me esperarem no Caldeirão Furado.
E então os garotos começaram a conversar novamente, sobre família, e esportes, e Tiago falou do quadribol para Sirius, que ficou maravilhado. Também contou das Casas, e ele logo disse que, pela descrição, iria cair na Grifinória, pois era muito corajoso, o que fez Tiago rir, e Sirius a principio não gostou muito, mas acabou rindo também.
Então, um outro menino se aproximou deles, meio tímido.
- Oi, com licença, mas será que eu posso me sentar com vocês? O resto do bar está cheio.
- Ei, é você!!!- exclamou Tiago, dando um pulo da cadeira que assustou Sirius e o tal garoto.
- Tiago, é ele o que?- perguntou Sirius aborrecido, massageando o ouvido.
- O garoto da livraria! Foi a sua mãe que derrubou aqueles livros, não foi?
O garoto ficou meio sem graça. Tiago pareceu não perceber e continuou.
- Foi muito engraçado! Todos ficaram olhando para você!
- Ah, claro! É legal saber que você é motivo de piadas!- respondeu o garoto, irônico, e virou-se e foi embora.
Atordoado com a reação de Rômulo, Tiago virou-se para Sirius, como que pedindo explicação.
- Olha, acho que informar ao garoto que ele acabou de pagar o maior mico da vida dele não é necessariamente uma boa maneira de se começar uma conversa.
- Eu tava só brincando! Que garoto estressado!
- Concordo! Espero não cair na casa dele em Hogwarts.
Na mesa próxima a dos garotos, um trio de meninas conversavam, uma meio envergonhada, a outra lhe dando uma bronca, e a outra assistindo as duas brigarem.
- Bia, por que você fez aquele papelão na Floreios e Borrões?
- Livy, me desculpa, mas eu não suporto o fato de não ser uma puro-sangue como vocês!
- Credo, Bia! Essa obstinação por sangue vai acabar te pondo na Sonserina!- interviu Ninfa.
- Ninfa, eu sei! Mas eu não consigo evitar!
- Bia, escute! Esse preconceito bobo por sangue acabou faz tempo! E não vai ser você a recomeçá-lo, né?
- Não, Livy, claro que não.- disse a menina, resignada, porém ainda inconformada por ser filha de trouxas.
- Ih, quase quatro! Acho melhor nós irmos para o Caldeirão Furado! Já já meus pais aparecem para a gente ir embora. E sua mãe já deve estar te esperando, Bia.- falou a ruiva.
- É, tem razão. Então, estou indo. Até Hogwarts, garotas.
- Até!- responderam em uníssono.
Depois que Bia já estava fora de vista, Lívia virou-se para Ninfa, parecendo muito seria.
- Você acha que nos podemos confiar nessa garota?
- Na Bia? Acho, por que?
- Não sei. Ela me parece meio obcecada com essa idéia de puro-sangue. Ate parece uma Comensal...
- O que seria impossível, pois os pais delas são trouxas, e você os conheceu! Lívia, preste atenção no absurdo que você está falando!- disse Ninfa, meio brava com as idéias da amiga.
- É, realmente, isso não seria possível!
Porém Lívia continuou desconfiada da jovem de cabelos e olhos negros como a noite sem estrelas e pele pálida. Incrível como ela tinha o perfil de uma comensal.
- Ih, Livy! Minha mãe chegou! Vou indo! Tchau!- disse Ninfa, arrancando a ruiva de seus pensamentos.
- Tchau, nos vemos em Hogwarts!
E assim, as duas se despediram e cada uma foi para o seu caminho, Lívia ainda intrigada com o comportamento de Bia, coisa com a qual Ninfa estava pouco se lixando. Aliás, seus pensamentos estavam num certo garoto de olhos cor de âmbar que passara pela mesa que ela estava sentada há pouco, parecendo revoltado. Não sabia o por quê, mas aquele garoto havia roubado seus pensamentos.
Bia havia voltado para casa, mas ainda pensava o que a fazia tanto querer ser sangue-puro. Nem ela mesma entendia ao certo.
Tiago, após se despedir de Sirius, lá por volta das 4 e meia, voltara para a casa com os pais, ansioso para ir para Hogwarts. Harry ainda tentava lembrar quem o garoto de cabelos pretos e longos o lembrava, mas sem sucesso.
Sirius voltara para sua casa e contara aos pais sobre o mundo bruxo. Estava realmente fascinado. Muito ansioso.
Rômulo por sua vez voltara para casa emburrado e se trancara no quarto, se perguntando por que era tão tímido e ficava bravo por qualquer coisa. Mas também ficava pensando em um par de olhos chocolate que o observara quando ele passara por sua mesa de tarde após um garoto de cabelos bagunçados o fazer de palhaço. Não repara bem na garota que o olhara, mas aqueles olhos... Era impossível esquecê-los.
Então o tempo passou, até chegar o dia primeiro de setembro, quando muitas coisas começaram a acontecer.
