- Ikki... Ikki... – Chamava insistentemente a moça de cabelos roxos,
enquanto sacudia carinhosamente o ombro do jovem de cabelos azuis, que
dormia profundamente recostado sob a cadeira do jato particular da
fundação.
Ele abre os olhos um pouco assustado, dormira tão pesado que nem acreditava que tinham chegado assim tão rápido.
Senhorita – ele solta um bocejo – Tem certeza de que já chegamos? Tenho sim Ikki – ele sorri da pergunta idiota – Agora vamos, Hilda já deve estar nos esperando.
Eles descem as escadas do avião e lá de cima eles já avistam dois cavaleiros deuses esperando por eles, Siegfried e Haguen. Que logo acenam com um tchauzinho.
Fênix não se conforma, Mas que gelo!!!!, pensa ele sentindo todos os seus pelinhos do braço se arrepiarem com o vento congelante. Saori vestia um longo sobre tudo e a poupava "parcialmente" daquele enorme frio.
Ikki, põe um casaco – Diz a moça rindo ao perceber que os lábios do cavaleiro de fênix começavam a arroxear. Não precisa senhorita, eu estou bem, eu já vim aqui "daquela" outra vez vestido exatamente como estou agora.
Ikki não estava nada satisfeito em fazer aquela viagem, ele pensava que talvez a pessoa ideal para tal função fosse o cavaleiro de cisne, porém este tinha um compromisso inadiável na faculdade, Shun tinha compromissos inadiáveis na Ilha de Andromeda, Shiryu o mesmo nos cinco picos e Seiya ficou no Santuário também por motivos de força maior. Enfim, o único disponível era Ikki, pois Saori não queria tirar nenhum cavaleiro de ouro de seu posto no Santuário por uma simples visita de rotina a Asgard, e de fato, a Deusa Athena sempre tão atenta aos seus cavaleiros, achava que Fênix precisava urgentemente "sair um pouco da toca", e viajar, ainda mais para assuntos diplomáticos, era uma ótima oportunidade para como diz o Seiya "ele deixar de ser anti-social".
Passada o último vilarejo, as ultimas ruas asfaltadas, as ultimas estradas, todos sobem em cima dos cavalos, outros em trenós, vestidos com longas mantas de pele (humf, droga que anti-ecológico, mas fazer o que né..rs), eles vão seguindo em diração a Asgard, que era um lugar sagrado e secreto de dificílimo acesso.
Depois de uma difícil, e longa viagem, Saori e seu fiel cavaleiro entram no palácio onde Freya os recebe calorosamente.
Athena, que bom que chegaram, como foi a viagem?
Saori olha para Ikki, e Ikki olha para Saori...
- Er... foi ótima, apenas um pouco cansativa.
Nota-se. –Responde Freya.
Logo atrás, surge Hilda, que aparentava estar muito feliz em recebe-los.
- Athena, que bom que chegaram. Esse palácio estava esperando a sua visita desde de que você avisou que vinha, afinal, não é sempre que temos grandes acontecimentos por aqui. – Diz Hilda sorrindo e indo abraça-la.
Eu é que tenho que agradecer tanta hospitalidade. Acho que já estou até me sentindo em casa – diz Saori.
Freya, mande os empregados arrumarem os quartos deles, eles devem estar exaustos.
Freya prontamente pede licença e vai atrás das empregadas dando as ordens...
antes de descansarem você querem comer alguma coisa, ou vocês preferem descansar em seus aposentos e esperarem a hora do chá? – diz Hilda
Bom, por hora, tudo o que eu preciso é de uma boa cama quentinha, e você Ikki?
Eu também prefiro descansar um pouco.
Bom, se vocês querem assim, é até bom, pois os outros cavaleiros Deuses também ficaram ansiosos com a visita de vocês, e eles vem jantar conosco, logo mais a noite.
Nisso chega Freya: - Pronto Hilda.
Ótimo, mostre a eles o caminho Freya, eu vou ver como andam as coisas na cozinha.
Após chegar no quarto, Ikki se joga em cima da enorme cama, que tinha grandes almofadas de veludo, um cortinado pesado, a lareira acesa, e embora tivesse grandes e belas janelas, com pesadas cortinas, infelizmente por elas , não entram luz do sol.
Ele abre a mochila que havia trazido e tira finalmente o casaco grosso de lã branco que ele só trouxe, por que Shun o obrigara quase aos prantos, ainda bem, afinal realmente aquele casaco faz falta.
Ele se aproxima de uma das janelas que estavam abarrotadas da neve que ia depositando nas frestas entre os vidros e no peitoril, porém dando para observar o enorme bosque coberto de neve. Ele fica maravilhado com a imagem, é algo realmente exótico e diferente, para se visitar é claro, pois ele não se imaginava morando naquela geladeira, realmente era diferente de tudo o que vira antes, até no japão, onde ele era acostumado com a neve, não era assim tão frio, e também não era assim tão extraordinariamente belo e oposto do que ele estava acostumado.
Eh, até que essa viagem não está sendo tão ruim assim - Pensa Ikki entusiasmado, como poucas vezes ele fica, e se dirigindo para a sacada, onde ele se debruça sob o parapeito e fica a observar o jardim com poucas arvores que tinha logo alí em baixo.
De repente ele se flagra a observar encantado um casal de passarinhos que voam de um lado para o outro, como se estivessem dançando ao som da doce melodia que vinha de algum lugar daquele jardim.
Pera aí... essa musica... é uma arpa. Arpa??? - Ikki começa a procurar pelo jardim e finalmente confirma as suas suspeitas.
Recostado em uma arvore, em meio as flores que se misturavam a neve, com os olhos fechados, como se estivesse tocando a arpa com o fundo da alma, estava Mime, Cavaleiro Deus da estrela Etha.
Vestido com uma calça branca, camisa de mangas compridas e largas, sem gola e aberta até a altura do esterno, e no lugar dos botões que fechariam a camisa até o pescoço, tem uma corda branca e vai traspassando feito um cadarço, porém bem frouxo deixando um pouco do peito a mostra.
Com os cabelos loiros meio ruivos, compridos caindo pelos ombros, lá estava o guerreiro deus, em completa sintonia com a natureza e com ele mesmo, como seu sua musica fosse uma oração, e ele lindo como um anjo.
Mime abre os olhos e se decepciona ao ver que os passarinhos que o faziam companhia estavam partindo, ele os segue com o olhar, até ver que os dois pousaram sob o parapeito de uma sacada, e nesta sacada estava uma pessoa conhecida.
Ele para de tocar e logo abre um belo sorriso, que de tão iluminado chega a roubar toda a beleza do jardim e diz como um sussurro: - Ikki. Ele se levanta mais do que depressa, e se dirige para mais perto da sacada ficando logo abaixo dela.
Ikki, você também veio?
Ikki abre um sorriso malandro e responde: - Bom, Mime, para falar a verdade, só eu vim... ahaha
Só você? E Porque? Os outros cavaleiros de bronze tinham outros compromissos inadiáveis, e a senhorita Saori não queria tirar os cavaleiros de ouro do Santuário...bem, então, só restou eu mesmo... Hn. Vem aqui em baixo, vamos conversar um pouquinho? De fato, desde a luta que os dois tiveram, que o cavaleiro de Fênix havia tocado o coração do guerreiro deus, a forma como ele apareceu, sem medo de tocar nas feridas mais profundas que mime tinha desde a infância, percebendo o que ele tinha no interior, vendo nele coisas que nem ele mesmo sabia que sentia, era incrível, como aquele cavaleiro do fogo tinha um olhar penetrante, não tinha medo de falar o que sente, defender quem ama... Ah não, tá muito frio aí fora, eu já ia entrar... – Diz Ikki batendo queixo.
Mime faz uma cara meio triste, porém disfarçada, mas logo se alegra quando Ikki continua...
Sobe você aqui em cima. Eu heim, preferir conversar no frio, só vocês mesmo. Anda sobe logo... – Diz Ikki fazendo sinal com a mão e entrando no quarto e fechando a porta que dava para a sacada.
Mime abre novamente seu sorriso angelical, entrando apressadamente pela porta dos fundos do palácio.
Ikki põe mais lenha na lareira, aquele frio do peru já estava lhe tirando a paciência, já estava pensando em usar logo o seu cosmo para esquentar aquele quarto, logo ele escuta uma batida na porta.
Ele atende, é Mime, eles se cumprimentam com um firme aperto de mão e um tapinha nas costas.
Então Mime, vamos sentar alí de frente para a lareira?
Claro
Os dois se sentam e por incrível que pareça, Ikki é quem puxa assunto. Afinal ele ficara muito impressionado com Mime, tanta força escondida numa aparência tão frágil, tanta vontade de fazer o bem mesmo estando do lado do mal, e ao contrário dele, que tinha tanta magoa guardada com rancor e uma cara amarrada, Mime também sofrera muito, mas, porém sempre com uma paz, um rosto tão angelical, enfim, era um guerreiro muito interessante, e além do mais, gostara dele, realmente com a cara desse aí, eu fui. - pensava Ikki.
Bom Mime, e aí? Como andam as coisas? Eu nunca mais tive noticias suas depois daquele episódio fatídico...
Er... mas nós aqui em asgard sempre temos notícias suas, eu ouvi falar muito de você depois daquele dia em que lutamos.
Eh mesmo? Espero te tenha ouvido coisas boas.
Os dois caem na risada.
Pode ficar tranqüilo, eu ouvi falar muito bem de você.
Que bom.
Eles ficam em silencio por uma tempo ainda sorrindo e achando graça. Depois de um tempo... Ikki, eu... eu... queria te agradecer, pelo o que você fez por mim – Diz Mime agora sério.
-Eu?
eh Ikki... você. Eu passei a minha vida toda me achando um rejeitado, que o meu pai não me amava, que ele não me aceitava do jeito que eu era... e ainda por cima, tanto remorso que eu sinto até hoje....
Mime, você não era adivinho, como você poderia imaginar que o seu pai mentiu sobre Ter matado os seus pais de verdade? Qualquer um teria uma atitude de cólera na hora.
Eu sei mas não justifica.
O problema é que você achava que o seu pai não te amava, por você ser tão diferente dele, tão delicado, não gostar de brigas, mas acredite Mime, ele te aceitava sim, e ele te amou... muito. Eu tenho certeza disso.
Eu sei. E se hoje eu sei disso é graças a você Ikki.
Que nada... eu não fiz mais do que a minha obrigação. – Diz Ikki encabulado.
De qualquer forma obrigado, você não sabe o quanto você me ajudou. Se hoje eu posso pelo menos pensar em ser feliz, embora ainda carregue uma grande culpa comigo, se hoje eu acredito em sentimentos como amor e amizade, eu devo isso a você, e eu nunca vou me esquecer disso.
Ikki acena com a cabeça como um sinal de positivo, Mime apenas sorri e abraça Ikki, que fica surpreso no começo, pois afinal ele não muito chegado em ficar abraçando pessoas estranhas, a única pessoa que arranca dele tal coisa hoje em dia é o seu irmão, mas logo depois retribui o abraço dando leves tapinhas nas costas de Mime, afinal, nem ele sabe explicar como, mas a verdade é que ele simpatizou de verdade com aquele guerreiro deus. Fazer o que né, essas coisas acontecem e pronto, simpatia a primeira vista - pensava Ikki. Afinal nem mesmo no calor da luta contra Mime em momento nenhum ele o odiou ou deixou de admira-lo por sua força e coragem.
Mime sai do abraço e levanta as sobrancelhas sorrindo timidamente para Ikki.
Bom, eu estou com fome, eu estava com sono, mas agora eu estou com fome, você não está? – diz Ikki.
Eh, pode ser... eu nem almocei hoje. – Mime não quis dizer que estavam todos ansiosos com a chegada de Athena, e ele com a chegada de Fênix principalmente.
Bom, então vamos descer, na cozinha deve Ter alguma coisa.
Não, eu conheço um lugar bacana... quer dizer, se você quiser ir... eu posso te mostrar.
Tudo bem, ficar peso numa casa nunca me agradou, mas lá não é frio não né? – Diz Ikki rindo.
Não eh não... eh bem aquecido lá pode deixar... – diz Mime rindo tmb...
Então vamos que eu estou morto de fome...
Tá
Os dois saem do quarto.
CONTINUA...
Ele abre os olhos um pouco assustado, dormira tão pesado que nem acreditava que tinham chegado assim tão rápido.
Senhorita – ele solta um bocejo – Tem certeza de que já chegamos? Tenho sim Ikki – ele sorri da pergunta idiota – Agora vamos, Hilda já deve estar nos esperando.
Eles descem as escadas do avião e lá de cima eles já avistam dois cavaleiros deuses esperando por eles, Siegfried e Haguen. Que logo acenam com um tchauzinho.
Fênix não se conforma, Mas que gelo!!!!, pensa ele sentindo todos os seus pelinhos do braço se arrepiarem com o vento congelante. Saori vestia um longo sobre tudo e a poupava "parcialmente" daquele enorme frio.
Ikki, põe um casaco – Diz a moça rindo ao perceber que os lábios do cavaleiro de fênix começavam a arroxear. Não precisa senhorita, eu estou bem, eu já vim aqui "daquela" outra vez vestido exatamente como estou agora.
Ikki não estava nada satisfeito em fazer aquela viagem, ele pensava que talvez a pessoa ideal para tal função fosse o cavaleiro de cisne, porém este tinha um compromisso inadiável na faculdade, Shun tinha compromissos inadiáveis na Ilha de Andromeda, Shiryu o mesmo nos cinco picos e Seiya ficou no Santuário também por motivos de força maior. Enfim, o único disponível era Ikki, pois Saori não queria tirar nenhum cavaleiro de ouro de seu posto no Santuário por uma simples visita de rotina a Asgard, e de fato, a Deusa Athena sempre tão atenta aos seus cavaleiros, achava que Fênix precisava urgentemente "sair um pouco da toca", e viajar, ainda mais para assuntos diplomáticos, era uma ótima oportunidade para como diz o Seiya "ele deixar de ser anti-social".
Passada o último vilarejo, as ultimas ruas asfaltadas, as ultimas estradas, todos sobem em cima dos cavalos, outros em trenós, vestidos com longas mantas de pele (humf, droga que anti-ecológico, mas fazer o que né..rs), eles vão seguindo em diração a Asgard, que era um lugar sagrado e secreto de dificílimo acesso.
Depois de uma difícil, e longa viagem, Saori e seu fiel cavaleiro entram no palácio onde Freya os recebe calorosamente.
Athena, que bom que chegaram, como foi a viagem?
Saori olha para Ikki, e Ikki olha para Saori...
- Er... foi ótima, apenas um pouco cansativa.
Nota-se. –Responde Freya.
Logo atrás, surge Hilda, que aparentava estar muito feliz em recebe-los.
- Athena, que bom que chegaram. Esse palácio estava esperando a sua visita desde de que você avisou que vinha, afinal, não é sempre que temos grandes acontecimentos por aqui. – Diz Hilda sorrindo e indo abraça-la.
Eu é que tenho que agradecer tanta hospitalidade. Acho que já estou até me sentindo em casa – diz Saori.
Freya, mande os empregados arrumarem os quartos deles, eles devem estar exaustos.
Freya prontamente pede licença e vai atrás das empregadas dando as ordens...
antes de descansarem você querem comer alguma coisa, ou vocês preferem descansar em seus aposentos e esperarem a hora do chá? – diz Hilda
Bom, por hora, tudo o que eu preciso é de uma boa cama quentinha, e você Ikki?
Eu também prefiro descansar um pouco.
Bom, se vocês querem assim, é até bom, pois os outros cavaleiros Deuses também ficaram ansiosos com a visita de vocês, e eles vem jantar conosco, logo mais a noite.
Nisso chega Freya: - Pronto Hilda.
Ótimo, mostre a eles o caminho Freya, eu vou ver como andam as coisas na cozinha.
Após chegar no quarto, Ikki se joga em cima da enorme cama, que tinha grandes almofadas de veludo, um cortinado pesado, a lareira acesa, e embora tivesse grandes e belas janelas, com pesadas cortinas, infelizmente por elas , não entram luz do sol.
Ele abre a mochila que havia trazido e tira finalmente o casaco grosso de lã branco que ele só trouxe, por que Shun o obrigara quase aos prantos, ainda bem, afinal realmente aquele casaco faz falta.
Ele se aproxima de uma das janelas que estavam abarrotadas da neve que ia depositando nas frestas entre os vidros e no peitoril, porém dando para observar o enorme bosque coberto de neve. Ele fica maravilhado com a imagem, é algo realmente exótico e diferente, para se visitar é claro, pois ele não se imaginava morando naquela geladeira, realmente era diferente de tudo o que vira antes, até no japão, onde ele era acostumado com a neve, não era assim tão frio, e também não era assim tão extraordinariamente belo e oposto do que ele estava acostumado.
Eh, até que essa viagem não está sendo tão ruim assim - Pensa Ikki entusiasmado, como poucas vezes ele fica, e se dirigindo para a sacada, onde ele se debruça sob o parapeito e fica a observar o jardim com poucas arvores que tinha logo alí em baixo.
De repente ele se flagra a observar encantado um casal de passarinhos que voam de um lado para o outro, como se estivessem dançando ao som da doce melodia que vinha de algum lugar daquele jardim.
Pera aí... essa musica... é uma arpa. Arpa??? - Ikki começa a procurar pelo jardim e finalmente confirma as suas suspeitas.
Recostado em uma arvore, em meio as flores que se misturavam a neve, com os olhos fechados, como se estivesse tocando a arpa com o fundo da alma, estava Mime, Cavaleiro Deus da estrela Etha.
Vestido com uma calça branca, camisa de mangas compridas e largas, sem gola e aberta até a altura do esterno, e no lugar dos botões que fechariam a camisa até o pescoço, tem uma corda branca e vai traspassando feito um cadarço, porém bem frouxo deixando um pouco do peito a mostra.
Com os cabelos loiros meio ruivos, compridos caindo pelos ombros, lá estava o guerreiro deus, em completa sintonia com a natureza e com ele mesmo, como seu sua musica fosse uma oração, e ele lindo como um anjo.
Mime abre os olhos e se decepciona ao ver que os passarinhos que o faziam companhia estavam partindo, ele os segue com o olhar, até ver que os dois pousaram sob o parapeito de uma sacada, e nesta sacada estava uma pessoa conhecida.
Ele para de tocar e logo abre um belo sorriso, que de tão iluminado chega a roubar toda a beleza do jardim e diz como um sussurro: - Ikki. Ele se levanta mais do que depressa, e se dirige para mais perto da sacada ficando logo abaixo dela.
Ikki, você também veio?
Ikki abre um sorriso malandro e responde: - Bom, Mime, para falar a verdade, só eu vim... ahaha
Só você? E Porque? Os outros cavaleiros de bronze tinham outros compromissos inadiáveis, e a senhorita Saori não queria tirar os cavaleiros de ouro do Santuário...bem, então, só restou eu mesmo... Hn. Vem aqui em baixo, vamos conversar um pouquinho? De fato, desde a luta que os dois tiveram, que o cavaleiro de Fênix havia tocado o coração do guerreiro deus, a forma como ele apareceu, sem medo de tocar nas feridas mais profundas que mime tinha desde a infância, percebendo o que ele tinha no interior, vendo nele coisas que nem ele mesmo sabia que sentia, era incrível, como aquele cavaleiro do fogo tinha um olhar penetrante, não tinha medo de falar o que sente, defender quem ama... Ah não, tá muito frio aí fora, eu já ia entrar... – Diz Ikki batendo queixo.
Mime faz uma cara meio triste, porém disfarçada, mas logo se alegra quando Ikki continua...
Sobe você aqui em cima. Eu heim, preferir conversar no frio, só vocês mesmo. Anda sobe logo... – Diz Ikki fazendo sinal com a mão e entrando no quarto e fechando a porta que dava para a sacada.
Mime abre novamente seu sorriso angelical, entrando apressadamente pela porta dos fundos do palácio.
Ikki põe mais lenha na lareira, aquele frio do peru já estava lhe tirando a paciência, já estava pensando em usar logo o seu cosmo para esquentar aquele quarto, logo ele escuta uma batida na porta.
Ele atende, é Mime, eles se cumprimentam com um firme aperto de mão e um tapinha nas costas.
Então Mime, vamos sentar alí de frente para a lareira?
Claro
Os dois se sentam e por incrível que pareça, Ikki é quem puxa assunto. Afinal ele ficara muito impressionado com Mime, tanta força escondida numa aparência tão frágil, tanta vontade de fazer o bem mesmo estando do lado do mal, e ao contrário dele, que tinha tanta magoa guardada com rancor e uma cara amarrada, Mime também sofrera muito, mas, porém sempre com uma paz, um rosto tão angelical, enfim, era um guerreiro muito interessante, e além do mais, gostara dele, realmente com a cara desse aí, eu fui. - pensava Ikki.
Bom Mime, e aí? Como andam as coisas? Eu nunca mais tive noticias suas depois daquele episódio fatídico...
Er... mas nós aqui em asgard sempre temos notícias suas, eu ouvi falar muito de você depois daquele dia em que lutamos.
Eh mesmo? Espero te tenha ouvido coisas boas.
Os dois caem na risada.
Pode ficar tranqüilo, eu ouvi falar muito bem de você.
Que bom.
Eles ficam em silencio por uma tempo ainda sorrindo e achando graça. Depois de um tempo... Ikki, eu... eu... queria te agradecer, pelo o que você fez por mim – Diz Mime agora sério.
-Eu?
eh Ikki... você. Eu passei a minha vida toda me achando um rejeitado, que o meu pai não me amava, que ele não me aceitava do jeito que eu era... e ainda por cima, tanto remorso que eu sinto até hoje....
Mime, você não era adivinho, como você poderia imaginar que o seu pai mentiu sobre Ter matado os seus pais de verdade? Qualquer um teria uma atitude de cólera na hora.
Eu sei mas não justifica.
O problema é que você achava que o seu pai não te amava, por você ser tão diferente dele, tão delicado, não gostar de brigas, mas acredite Mime, ele te aceitava sim, e ele te amou... muito. Eu tenho certeza disso.
Eu sei. E se hoje eu sei disso é graças a você Ikki.
Que nada... eu não fiz mais do que a minha obrigação. – Diz Ikki encabulado.
De qualquer forma obrigado, você não sabe o quanto você me ajudou. Se hoje eu posso pelo menos pensar em ser feliz, embora ainda carregue uma grande culpa comigo, se hoje eu acredito em sentimentos como amor e amizade, eu devo isso a você, e eu nunca vou me esquecer disso.
Ikki acena com a cabeça como um sinal de positivo, Mime apenas sorri e abraça Ikki, que fica surpreso no começo, pois afinal ele não muito chegado em ficar abraçando pessoas estranhas, a única pessoa que arranca dele tal coisa hoje em dia é o seu irmão, mas logo depois retribui o abraço dando leves tapinhas nas costas de Mime, afinal, nem ele sabe explicar como, mas a verdade é que ele simpatizou de verdade com aquele guerreiro deus. Fazer o que né, essas coisas acontecem e pronto, simpatia a primeira vista - pensava Ikki. Afinal nem mesmo no calor da luta contra Mime em momento nenhum ele o odiou ou deixou de admira-lo por sua força e coragem.
Mime sai do abraço e levanta as sobrancelhas sorrindo timidamente para Ikki.
Bom, eu estou com fome, eu estava com sono, mas agora eu estou com fome, você não está? – diz Ikki.
Eh, pode ser... eu nem almocei hoje. – Mime não quis dizer que estavam todos ansiosos com a chegada de Athena, e ele com a chegada de Fênix principalmente.
Bom, então vamos descer, na cozinha deve Ter alguma coisa.
Não, eu conheço um lugar bacana... quer dizer, se você quiser ir... eu posso te mostrar.
Tudo bem, ficar peso numa casa nunca me agradou, mas lá não é frio não né? – Diz Ikki rindo.
Não eh não... eh bem aquecido lá pode deixar... – diz Mime rindo tmb...
Então vamos que eu estou morto de fome...
Tá
Os dois saem do quarto.
CONTINUA...
