Mirai Pan, mal desceu da maquina, cai no chão, em frente à Capsule Corp, vomitando muito sangue, e logo desfalecendo.

Bulma e alguns funcionários a recolheram e levaram ao hospital.

Com urgência, foi levada à UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), onde uma pequena operação foi realizada, e até doação de órgãos foi necessária.

Quando Pan acordou, uma auxiliar de enfermagem regulava o soro, o oxigênio, o sangue e os tubos.

Queria perguntar o que acontecia, mas não conseguiu, por causa do tubo dentro de sua boca, e a tontura. A jovem moça de branco e azul pediu:

Olá, senhorita! Espero que esteja melhor. Mas por enquanto deve descansar e dormir, mais tarde acordará mais disposta.

Com o olhar, Pan consentiu, mas ainda pensava se morreria ou não.

Cerrou os olhos e dormiu um sono pesado.

Seu espírito vagava pelo hospital, livre, mas pensando estar morta.

Quando acordou, recordou-se do passeio como se fosse um sonho.

Dessa vez, não estava mais recebendo sangue, e os tubos haviam sido retirados, restava apenas uma máscara de oxigênio e o soro. Não havia ninguém na sala, mas uma campainha brilhava a seu lado, caso quisesse chamar alguém. Não se sentia mal, estava ainda inerte, meio tonta e sonolenta.

Esperava que da próxima vez que acordasse estivesse já fora daquela sala.

"Onde está Torankusu? Será que está bem? Será que está aqui neste hospital? Será que acordou? Queria tanto sair daqui... Será que vou morrer?"

Adormeceu novamente, e agora o sono foi para repor suas forças. Acordou e a moça de doce sorriso estava lá de novo.
Boa noite, senhorita! Como se sente?

Já...Já...Posso fa...Falar?

Pan ainda tinha a máscara de oxigênio e o soro.

Sim, pode. Já, já poderá sair daqui e ir para um quarto. Lá aquele moço poderá ficar mais tempo com você! O coração de Pan pulou.

Vo...você disse...Mo...Moço???

Sim! Aquele lindo moço que vem sempre aqui. Mas ele fica pouco tempo, pois o médico não deixa...São normas do hospital, sabe?

"Meu Deus! Será que é Torankusu?"

Calma, senhorita, senão demorará mais para sair daqui. Tem que se recuperar, e então o doutor a liberará...Enquanto isso não acontece, procure descansar, tá bem?

Escute, senhora...Senhorita...er...

Eu me chamo Ivone!

Sim. Ivone, esse moço voltará aqui?

Ivone sabia que ele voltaria, mas resolveu não contar, senão Pan não dormiria pensando em vê-lo.

Hoje não...Já está tarde, ele deve ter ido para casa...Mas se você dormir bem esta noite, quem sabe amanhã não acorde no quarto? Com certeza ele estará lá.

O Dr. entrou na sala.

Olá mocinha! É a primeira vez que a vejo acordada!

Olá Dr.! Estou bem!

Sim, eu sei. Logo estará indo para o quarto, tá bem?

O Dr. examinou Pan e percebeu que ela estava se recuperando rapidamente.

Está respirando bem?

Sim! Creio que estou!

Calma menina...Se puder respirar, então irei retirar o oxigênio.- Fez um sinal com a cabeça para Ivone - mas o soro fica, amanhã cedo você começará a se alimentar normalmente... Alimentos saudáveis, claro...Agora descanse está bem?

A auxiliar tirou e desligou o oxigênio, ajeitou a maca de modo mais agradável à Pan e saiu, deixando-a descansar. No dia seguinte, Pan acordou um pouco desanimada por ver que ainda estava na sala da UTI, mas logo uma auxiliar entrou, acompanhada por um médico e uma enfermeira.

Bom dia! Viemos fazer a última avaliação antes de você poder ir para o quarto, está bem? Que bom! Sinto que já estou bem! Quero ir o quanto antes!

Assim mesmo que queremos vê-la! Animada! Mas não se exalte muito, senão terá de ficar aqui mais tempo...

Pan calou-se deixando que eles a examinassem. Colheram sangue, e então o médico finalizou:

Já pode ir para o quarto, sim! Esperaria o resultado do exame de sangue, mas acho que...Não será necessário, não é mesmo?

Pan sorriu. Ivone entrou na sala:

Fiz questão de vir para levá-la ao quarto!!! Achou que eu deixaria outra auxiliar fazer isso, moça?

Que bom Ivone! Poderá me visitar no quarto?

Aí fica difícil, porque você estará no outro setor, eu cuido dos pacientes da UTI, mas verei se qualquer hora eu passo lá, está bem?

Sim...

Vamos?

Ivone empurrou a maca até o outro lado do andar, onde ficavam os quartos. Pan mal entro já gritou:

Torankusu!!!

Pan!!! - Ivone segurou rapidamente o suporte do soro que cairia, já que Pan deu um impulso para abraçar o rapaz. Depois que conseguiu colocá-la na maca do quarto despediu-se com um sorriso. Torankusu segurava a mão de Pan, e com os olhos mareados falava:
Sua doidinha! Porque foi ao passado? Hein? Ficou maluca, foi?

Eu queria tanto te ver...Tanto...Meu...Meu...Amor!

  Pan...Não conseguiria acordar se não fosse por você! Eu a via em meus sonhos, ainda no coma... E por você eu fiz forças para voltar! Não poderia desistir tão facilmente... Mas quase entrei no coma de novo, ao saber que você não estava mais aqui...Que tinha partido...Acho que fui junto com você para o passado... Mamãe me relatou o que você contava dormindo... E de alguma forma eu estava do seu lado... No passado... Sonhei tudo que mamãe relatou...

Pan fica meio assutada, mas achava que era normal, já que os laços que os uniam iam além do tempo

Como eu queria tê-lo visto no passado... Ter sentido-o comigo... E também quando ia me ver lá na UTI...

Mas está vendo agora...- beijou-lhe a mão - Eu estava tão desesperado...Você não imagina...Eu não conseguiria viver se não fosse por você...

E eu só queria viver para vê-lo de novo... Como fui tola...Perdoa-me, Torankusu? Perdoa-me, meu amor? Por favor...

Torankusu calou-a colocando dois dedos em seus lábios. Depois a beijou levemente, acariciou seus cabelos, olhando em seus olhos.

Eu só não te perdoaria se a tivesse perdido...Mas você está aqui...E isso é o mais importante...- sorriu - Agora, nem que você não queira, ficará comigo! Não quero entrar em coma não!!!

Pan sorriu, mas ao mesmo tempo enchia os olhos com lágrimas. Acariciou-lhe o rosto e apertou forte a mão. Selaram mais um beijo, antes de baterem na porta.

Posso entrar? Onde está a minha fujona preferida?

Bulma!!! Que saudade!!!- As duas abraçaram-se emocionadas.

Olha...Quase que não entro...Não queria deixar-me vê-la até que Torankusu saísse...Eu dei uma gargalhada e respondi que queria ver quem é que tirava ele do seu lado...Aí falei umas verdades lá e me deixaram vir...Imagine se não deixassem!

Ai, mãe...Desculpa...Eu nem me preocupei em saber se a senhora queria vir agora e...

Que isso, filho? Acha que eu esperaria muito?

Os três conversaram muito sobre tudo, mas Pan ainda não queria lembrar de tudo que passara, então eles contaram a ela como havia sido o dia em que Torankusu acordara, Bulma contou do desespero dele por ela...

Ao fim da tarde, o Doutor entrou, para examinar Pan e pedir que à noite, apenas um acompanhante ficasse, senão seria ruim para Pan, e para os acompanhantes.

Bulma saiu ao mesmo tempo em que o Doutor e parou-o na porta:

Dr., como ela está? Sairá daqui logo?

Ela reagiu muito bem à doação, à operação e tudo o mais, mas ainda ficará uns dias, para vermos como ela reage à alimentação.Como está funcionando seu organismo, seu aparelho digestório, excretor...E então ela irá para casa, está bem? Mas ela está muito bem, sim. Não se preocupe, sim?

Uma breve explicação sobre a operação e o tratamento de Pan: Como todos sabem, Pan é um quarto saiya-jin, então não poderia receber qualquer sangue, nem qualquer órgão. Na época em que eles vivem, a tecnologia avançada permite diversas coisas, que hoje nem imaginamos que seja possível, então o sangue e o órgão usado (o fígado) foram os de Gohan, pai de Pan, que já havia morrido há muito, mas que foi reconstituído, usando uma tecnologia que envolvia DNA, tudo isso foi arrumado na Cápsula Corp. E o hospital desconhecia esses fatos.

Os dias passaram e Pan se recuperava cada dia mais e mais. Torankusu ficava sempre ao seu lado, e tinha quase um guarda roupas no hospital. Tomava banho, fazia suas refeições, tudo lá. Recusava-se a ir embora. Isso ajudou muito na recuperação de sua amada que, mais que qualquer coisa, precisava dele. No dia da alta, Ivone veio ver Pan, que já estava de pé e fazia suas malas para ir embora.

Pan! Você está salva! Que bom! Agora é só felicidade, não?

Com certeza, Ivone! Agora só muito amor em meu caminho! - olhou para Torankusu, que sorriu.

Que bom! Só vim para te desejar muita sorte, muita paz!

Obrigada, Ivone!

Abraçaram-se e o motorista entrou no quarto:

Sr. Briefs? O seu carro está pronto!

Já estamos indo!

Em casa, Pan escolheu ficar no quarto de Torankusu, e Bulma, vendo isso, chamou os dois para conversarem. Sentaram-se na sala e ela começou:

Tudo o que aconteceu nesses últimos tempos têm sido um pesadelo...Finalmente tenho vocês dois saudáveis agora... E quero que se casem, e que aprendam a lidar com tudo aqui na Cápsula Corp. Está tudo nas mãos de vocês!

Mas, mãe! Eu já sou o vice-presidente, e a Pan sabe muitas coisas...Fora que a senhora cuida de tudo muito bem! Não precisa se preocupar!

Preciso sim...Eu não sou eterna, e vocês terão de cuidar muito bem disso aqui!
Pan encheu os olhos de lágrimas e agarrou-se à Bulma:

Pare com essas coisas! Você ficará muito tempo conosco!

Sim, Pan... Ficarei para sempre com vocês...- Bulma, agora chorava também.

Torankusu parecia não querer escutar o que a mãe dizia e resolveu falar sobre outra coisa, mas não conseguia conter a emoção, então logo se via chorando também.
O que está acontecendo mãe? Porque isso?

Eu...Eu estou me sentindo bem, muito serena...E era assim que minha mãe se sentia, tempos antes de falecer...Mas só uma coisa me incomoda, é que vocês dois passaram por sérios problemas de saúde, e agora um precisa muito do outro, eu não queria que se abalassem com nada... Por isso, já quero prepará-los para o que possa vir a acontecer... Mas eu estou muito bem!

Pan soluçava, não queria que Bulma falasse nada daquilo. De repente soltou-se dela e correu para o telhado, onde se sentou e ficou olhando o céu, pedindo a Kami Sama que não deixasse Bulma partir.

Torankusu sugeria à mãe que passasse por exames, mas ela se recusava dizendo que estava bem, e que não era necessário nada daquilo. Três meses se passaram, sem que fosse novamente comentado aquele assunto, ou aquele dia. Era noite e todos dormiam. Pan sonhava com Kami Sama, que vinha e lhe dizia:

Pan, você me pediu que permitisse que Bulma ficasse mais tempo com você..E eu fiz de tudo para conseguir isso, mas agora esse tempo já está demais...A Natureza tem uma ordem... Bulma é terráquea, e seu corpo não poderá agüentar mais muito tempo...Está cansada...Já passou por muitas coisas, merece o descanso! Seria injusto com ela mantê-la aqui. No céu ela será muito bem tratada! Ela mercê isso! Pense bem...E não fique triste...Aproveite esses dias ao seu lado, e faça com Torankusu também faça isso. Casem-se logo, não adiem mais...Deixem um pouco o trabalho de lado. Mas só um pouco, assim Bulma saberá que vocês cuidarão bem da Cápsula Corp para ela...Está bem? Boa sorte!

Pan acordou e sentou-se na cama. Não sabia se contava a Torankusu. Ele dormia calmamente, parecia estar tendo um bom sonho. Foi, então, ao quarto de Bulma, e ela estava bebendo um como d'água.

Bulma, está tudo bem?

Sim, está, senti sede...E você? Por que está acordada?

Nada não...Ouvi o barulho de você pegando água e vim ver se está tudo ok...

Então fique tranqüila e volte a dormir, está bem?

Sim, antes...Vou te dar um beijo de boa noite!

Bulma sorriu e recebeu o beijo carinhoso. Pan cobriu-a como a uma criança, saiu e voltou a dormir. Bulma olhou para o lado e disse:

Ela sabe que está chegando à hora.

Essa neta de Kakarotto...Ela...Ama muito você, não?

Sim...E eu a amo também.

Nosso filho fez uma boa escolha...

Sim...Fez mesmo!

Vou indo...Amanhã eu volto, Bulma.

Está bem, meu amor... Vegeta...

Dois dias depois, com Pan cuidando de tudo, ela e Torankusu se casaram, numa cerimônia simples, mas que deixou Bulma muito feliz!

O casal decidiu por passar a Lua de Mel em casa mesmo, perto de Bulma.

Uma semana se passou...

Ué? Minha mãe não acordou ainda?

É mesmo...Vamos ver o que acontece com ela...

Subiram as escadas e direção ao seu quarto.

Quando Pan abriu a porta, viu que Bulma dormia...Mas...Seu espírito estava no canto do quarto, de mãos dadas com Vegeta, e desaparecendo aos poucos.

Torankusu! Olhe!

Pai??? Mãe??? Que é isso???

Antes que eles entendessem, o casal desapareceu... De agora para frente, naquele futuro, Pan e Torankusu eram os donos da Cápsula Corp, seus filhos, netos e bisnetos seria seus herdeiros, e por essa união ter sido feita, a Terra estava a salvo por muitos e muitos anos...

Já que todos estes descendente seriam tão fortes como seus antepassados...

 -------- ----------------------------------------- Fim... -------------------------------------------

Espero que tenham gostado do fim desta história, que na verdade é só o começo... Um beijão para todo mundo que leu (gostando ou não), e um outro beijão para minha companheira de fanfic: Jane! Obrigada pelo convite e pela confiança! Valeu galera... Fui!