Um Conto de Natal, by Madame Mim
Capitulo 2: O espírito do passado

Dédalo sorriu e parou de falar. Todas as crianças pediram mais, ele apenas se virou e levantou a mão, o que significava um pedido de silêncio. Voltou-se para platéia, e perguntou:

- O que você acham que ele fez? Não sabem? Pois bem, quem quer que eu continue a contar?

Harry olhou para Rony e comentou:

- Parece que os dois estão gostando assim como as outras crianças, Dédalo tem um grande talento, não acha?

- E como! Sally estava extremamente pirracenta hoje! Mas pelo visto vai parar. Ela sempre fica melhor depois de uma história.

- Sim… sim... agora vamos voltar a atenção a narrativa! – Harry disse e os dois voltaram a atenção a Dédalo.

Vários "eu" pairaram no ar como resposta a Dédalo. Esse sorriu e se sentou na cadeira novamente, começando:

Sr. Swoolfer se levantou assustado, e viu um homenzinho minúsculo com um guarda–chuva na mão:

- Acalme-se, sr., sou apenas o espírito do passado, irei relembrar algumas coisas a ti!

- Como? – o outro perguntou duvidoso.

- Venha, segure-se em mim! – o espírito disse.

Sr. Swoolfer apenas apertou o espírito na mão. Esse deu um sorriso sem graça e abriu o guarda-chuva.

Os dois sobrevoaram a cidade, o Sr. swoolfer tinha suas dúvidas, sobre aquele guarda-chuva que os fazia voar... era pequeno demais para levantar ele mesmo. Se encolheu ao pensar que poderia despencar. Bom, mesmo que caísse, deveria ser melhor do que morrer e carregar correntes como Paul.

Finalmente eles foram descendo, o que aliviou o sr. Swoolfer. Desceram numa casa a qual ele reconheceu. Ficou olhando o espírito que falou:

- Olhe... não reconhece esse natal?

Sr. Swoolfer ergue as sobrancelhas e andou um pouco até a janela, o espírito irritado disse:

- Ande! Olhe! Vai gostar!

Sr. Swoolfer resmungou algo e olhou. Reconheceu as pessoas, todas com um uniforme, e um senhor de terno tocando um violino. Sorriu: seu primeiro e último chefe, um ótimo homem! Deu a oportunidade a ele, um pobre garoto, a trabalhar. Olhou e viu seus vários companheiros. Ajudaram ele tanto… e ele quando muitos procuraram por ajuda os dispensara. Sr. Swoolfer sentiu um soco no coração, e então olhou num canto ele. Sentado longe de todos, tímido como sempre. O espírito deu um breve sorriso e falou:

- Vocês costumava a ser tímido e amável não é?

- Sim, é verdade, olhe, o sr. Pronchit tocando violino! Ele vivia tocando para nós... para trabalharmos mais felizes!

- Um ótimo homem, sem dúvida…

- Olhe, a gentil e bela…

- Laurie? A qual você era apaixonado...

- Sou… - respondeu rispidamente.

- Ah… claro, volte sua atenção a sala...

Sr. Swoolfer resmungou algo contra o espírito. Se voltou, e viu a sua linda Laurie indo até ele e claramente se lembrou daquele dia…

- Venha, Herbert! Olha! Estamos embaixo da planta a qual temos que nos beijar e…

- Ah… você está pisando no meu pé, Laurie. – Herbert disse tímido.

- Ah… claro… vamos, dance comigo!

- Eu não sei dançar direito e…

- Não importa! Venha!

E os dois começaram a dançar. Sr. Swoolfer deu um suspiro e voltou-se para o espírito…

- Eu amo tanto ela…

- Não foi o que você mostrou e nem o que parece… Venha…

E mais uma vez eles sobrevoaram a cidade, e sr. Swoolfer parecia extremamente irritado com suas lembranças. Finalmente pousaram em frente à casa de financias dele, aonde viram Laurie entrando pela porta rapidamente e a seguiram:

- Agora você entenderá porque eu disse que parece que não a ama mais.

Os dois entraram, e viram Sr. Woolfer mais novo, sentando em sua habitual cadeira em frente a várias moedas de ouro. Laurie se aproximou lentamente até ele, que contava…

- 9. 592... 9.59...

- Herbert?

- Oras! Laurie! Me tirou a concentração! Terei de contar tudo de novo! O que quer? Hein?

- Desculpe-me, querido. É que... nós nos casamos e ainda não tivemos a lua de mel, você não pôde ir nela, lembra?

- Ah… claro que lembro... e mesmo assim desperdiçamos um bom dinheiro por essa baboseira... e você me deu uma conta horrível! Não... não podemos ter agora… estou muito ocupado!

Laurie mordeu os lábios e chorou silenciosamente, e apenas disse, olhando para baixo:

- Sim, Herbert. Eu entendo…

- Está bem… está bem, agora com licença, está me atrapalhando!

Laurie fechou a cara, como ele podia tratá-la assim? Bateu os pés, e foi até a porta a fechando bruscamente fazendo todas as moedas caírem no chão. Herbert fechou a cara e pôs-se a catá-las. Mal ele sabia que quando chegasse m casa, teria uma carta na mesa avisando que ela fora embora… pediria divórcio.

Sr. Swoolfer gemeu, era cruel se lembrar disso. Ele tentara esquecê-la durante anos, agora Laurie já estava morta. Morrera de tuberculose. E ele ainda a amava, bem no fundo ainda a amava. Olhou para o espírito.

- Por favor, não me lembre mais dessas coisas tão ruins! Eu quero voltar para casa! Por favor!

O espírito respirou fundo e disse:

- Está bem, mas lembre-se quem faz seu destino é você... somente você. Cada dor, foi porque você fez.... agora espere o espírito do presente, sim?

Sr. Swoolfer fez que sim com a cabeça e de repente estava de volta a sua cama. Piscou os olhos e respirou fundo aliviado, passou a mãe pelo rosto e disse a si mesmo:

- Foi apenas um pesadelo, Herbert, durma de novo. Vamos, foi apenas um pesadelo!

Pegou um copo de água e bebeu rapidamente, suspirou e fechou as cortinas da cama. Deitou-se, e então ouviu um barulho. Com um pulo se levantou:

- Quem é? O que deseja?

Ouve apenas um clarão. Herbert se encolheu e se escondeu debaixo das cobertas. Depois tomou coragem e abriu uma fresta das cortinas vendo um gigante com várias moedas de ouro e comidas saborosas. Deu um grito e fechou as cortinas novamente, quem era aquele ali? Seria o espírito do presente? Olhou novamente e levou um susto a ver um gigantesco olho azul.

- Quem é… é… você? - Sr. Swoolfer perguntou, receoso, abrindo novamente a cortina. O gigante o pegou com a mão e levantou ele à altura dos olhos. Esse olhou-o atentamente e resmungou:

- Ricos como você são pobres por dentro, mas graças a deus temos ricos tanto fisica como mental e honestamente.

- Obrigada… – Sr. Swoolfer disse rispidamente.

- De nada, sou o espírito do presente. Prazer!

(continua...)

N/a: Ficou pequeno, não é? Mas o próximo poderá ser maior... não sei ao certo...