Herbert se encolheu, então era ele.. ele era o espírito, e era gigantesco.. e então Herbert viu a fartura à sua frente, moedas e várias comidas. Pegou um pedaço gigantesco de torta, que era maior do que ele! Olhou aquilo tudo maravilhado e tratou de pegar as gigantescas moedas para si. Mal viu que o espírito o olhava em olhar de reprovação e disse finalmente irritado:
- Você realmente tem um coração podre, não é?
- Todos os ricos têm. – Sr. Swoolfer disse enquanto comia um pedacinho de queijo.
- Não… não… você está errado. Existem pessoas ricas muito bondosas! Elas não se deixam ser controladas pela ganância e o dinheiro.
- Está bem… está bem… Mas escuta, de onde veio esse banquete maravilhoso? – Sr. Swoolfer perguntou, fascinado pela variedade de comida.
- Esse… esse é o banquete do natal! Farto! Deveria ser assim para todos!
- Ah… claro… mas não é. – Sr. Swoolfer falou agora mordendo um pedaço de frango assado.
- E você deveria sentir isso! Agora vamos, quero começar meu trabalho logo. – Ele pegou Herbert e o colocou no bolso da blusa. Arrancou o telhado da casa, como se ela fosse uma casa de brinquedo e o colocou de volta depois de sair cuidadosamente.
Pegou um poste e usou como uma vela, e saiu andando pelas casas olhando pelas janelas, mas as pessoas pareciam não o ver. Sr. Swoolfer se segurou firme no gigante. Finalmente pararam em frente a um casebre pobre.
- Nossa senhora! Mas que casa mais feia! Quem conseguiria morar aqui, numa casa tão mal acabada?
- Não se faça de cínico…
- Não estou sendo!
- Não se lembra de ninguém que você explora, não?
- Na verdade… ah! Um daqueles pedidores de esmola?
- Não! Seu empregado pobre e explorado Michael!
- Michael? Ele não é tão pobre assim...
Sr. Swoolfer franziu a testa e olhou bem fundo nos olhos do gigante, mas percebendo que sim olhou de volta a casa:
- Não pode ser…
- Pode sim… olhe...
Sr. Swoolfer hesitou, mas olhou pela janela. Viu uma sala praticamente vazia, junto a uma micro cozinha, composta apenas por uma lareira que servia de fogão e uma mesa com 5 cadeiras. Uma árvore de natal pequenininha e praticamente sem folhas. Uma escada com a madeira meio podre. Então viu duas crianças brincando com uma boneca sem as duas mãos, e sem uma perna. As duas crianças brincavam amigavelmente sem discutir. E então viu a mãe, sorrindo para os filhos, e vigiando um prato na lareira. O pai sorrindo e esse Sr. Swoolfer reconheceu, seu empregado Michael. Sentiu um soco no coração. O maltratava tanto! Se virou ao espírito e esse apenas lhe jogou um olhar censurador. Então ele ouviu:
- Pai! Mãe… podemos já nos sentar? – perguntou as duas crianças.
- Esperem! Estão esquecendo de Jimmy! – Michael lembrou.
Sr. Swoolfer seguiu Michael com os olhos pousando-os numa escada, aonde uma criança descia com muletas, que tinha os pés tortos e parecia cansada. Abriu um sorriso meio fraco e disse:
- Obrigado por me esperarem. Olhe! Que peru bonito! Devemos agradecer ao sr. Swoolfer!
Sr. Swoolfer arregalou os olhos, a criança que parecia doente estava o elogiando? Ele não merecia elogio… não mesmo, e o peru? Era minúsculo, em comparação com os que ele (Sr. Swoolfer) comia. Mas uma vez ele sentiu um aperto no coração. Olhou para o espírito.
- O que o Jimmy tem? O que há de errado com ele?
- Muita coisa... muita coisa… ele não aguentará mais...
- Quer dizer que... quer dizer que ele vai... morrer?
Sr. Swoolfer voltou a atenção a casa, e voltando a olhar para o espírito não o viu, apenas viu um nevoeiro vindo em sua direção. Começou a tossir, tremeu, olhou em volta e viu que estava num cemitério. Apenas perguntou:
- O que irá acontecer com ele?
Ele viu uma mão indicando uma direção e olhou, viu ;ichael, as duas crianças e a esposa ao lado de um túmulo, então era verdade.. Jimmy iria morrer. Viu os quatro saírem de perto do túmulo e irem embora. Segurou as lágrimas e olhou dois caras cavando. Chegou perto e perguntou aonde vira a mão:
- O que eles estão fazendo?
Assim que falou os dois caras disseram que iam terminar depois o trabalho sozinho. A pessoa a quem pertencia a mão, agora na sombra, apenas pegara uma luminária e colocara do lado do túmulo. E então ele viu...
Herbert Swoolfer
E nem leu o resto deu um pulo e se desequilibrou, esse deveria ser o espírito do futuro… O espírito apenas o empurrou e ele caiu no buraco…
(Continua..)
