COISAS DE NAMORADOS.
CAPÍTULO 7
Fez-se um momento de silêncio.
Todos olhavam boquiabertos e muito chocados para o buraco na escada.
Arima estava tão assustado que as pernas tremiam. Com certeza receberia uma punição, mas no momento estava preocupado com o amigo e Shigami. Tomou coragem de olhar o buraco.
-Meu Deus....
Havia outro buraco no chão do outro andar. Arima estava agora mais trêmulo que antes.
"Será que eles... morreram?" Não queria que tivesse sido isso, mas no momento, o pensamento de todos era esse.
-EI, ME AJUDEM AQUI!!!!- a voz de Asaba soou do outro andar. Todos procuraram saber de onde vinha e viram que Asaba estava agarrado às bordas do piso quebrado na escada do andar onde estava.
-Rápido, me tirem daqui!!! Não tô agüentando mais!!!
-Calma aí que já vamos!!- Arima saiu em disparada até o andar onde Asaba estava pendurado, pulou o buraco aberto e pulando de dois em dois degraus chegou até o amigo. Arima o ajudou a subir e ele se sentou em um dos degraus para respirar:
-Argh... tô todo suado! As meninas odeiam caras suados.
Arima quase dá um cascudo no amigo:
-Você podia ter morrido, sabia?!?
-Ah... nem me fale!
-Onde está Shigami?!?
-Tá lá embaixo, ó só!
Arima olhou de novo pelo vão aberto na escada e viu Shigami no andar debaixo acordado. A primeira impressão que Arima teve foi de que bateu a cabeça, pois ele mantinha as mãos nela como se quisesse fazer parar alguma dor. Arima foi até ao outro andar para socorrê-lo. Ao chegar lá, Shigami ainda estava na mesma posição, e Arima já imaginava que ele estava com alguma parte do corpo quebrada. Arima se aproximou e perguntou:
-Shigami-kun, daijoubu ka? Consegue se mexer?
-Ha-hai...-falou o rapaz, com a voz um pouco rouca.
-Vou ajudá-lo a se levan...
-Primeiro ... primeiro você me acerta com a bola, depois me joga da escada... Agora você vem me ajudar?!?
-Como?
-Você é um cara-de-pau que fez isso de propósito só porque tem raiva de mim!
Arima ia protestar, mas a pergunta atrás dele o fez calar:
-Isso... isso é verdade, Arima?- perguntou Miyazawa. Arima se virou para encará-la.
-Claro que não! Ele só quer...
-VOCÊ ME PROMETEU QUE NÃO FARIA MAIS NADA COM ELE!!!
-MAS EU NÃO FIZ NADA!!!! FOI UM ACIDENTE E... MATTE, MIYAZAWA!!!- Ela foi embora, deixando Arima e Shigami sozinhos. Logo em seguida, muitos curiosos chegaram e Arima teve que ficar calado para não chamar atenção. Olhou com ódio para o rapaz machucado, que parecia muito satisfeito com a nova briga do casal.
Arima deixou que outras pessoas socorressem o rapaz, pois, se ele o fizesse, como certeza não iria se responsabilizar pelos próprios atos.
-COMO ELE ESTÁ?!?!- perguntava pela centésima vez Sakura para Toonami, numa conversa pelo celular.
-Ele está bem, mas vai ficar em observação! Asaba teve uma sorte danada: não quebrou um único osso! Só machucou o rosto!
-Youkatta... – murmurou Sakura, deixando transparecer na voz a preocupação que sentia pela pessoa de quem falavam. Toonami estava no hospital com Asaba e tinha ligado para informar que estava bem com o amigo, mas que o outro rapaz- Shigami Tooya- ainda precisava ficar em observação, pois quebrou um braço e teve uma contusão numa perna.
Ao escutar a garota falar naquele tom por causa de Asaba, Toonami não deixou de estranhar: não era a primeira vez que a garota se preocupava com Asaba, o que o deixava as vezes com um pouco de ciúme. Ciúme? Bem, na verdade, o que ele sentia era vontade de perguntar o que a garota sentia pelo amigo, mas ele entendia aquilo como curiosidade. Certo, era ciúme, mas ele não podia admitir que sentia ciúmes de Sakura Tsubaki e dava outro nome para aquilo.
-Você... você estava preocupada com ele?- perguntou o rapaz com a voz um pouco estranha. A garota não conseguiu identificar que tom era aquele: uma voz meio preocupada, meio triste, meio ciumenta... Tudo era diferente naquela voz de Toonami, mas ela não conseguia identificar o que era. Bem, ela pensaria nisso depois, pois agora a preocupação era com Asaba no hospital, Arima desaparecido e Miyazawa gritando de novo que não queria saber do namorado. Respondeu a pergunta com a voz mais amigável possível:
-Claro que sim! Todo mundo está preocupado! Você não sabe como está a confusão aqui... Ainda não encontramos Arima e a Miyazawa não pára de gritar bobagens aqui, Aya está escrevendo uma outra peça que ela teve quando soube do acidente, espalharam boatos que Shigami tinha morrido e a Tsubasa não pára de me pedir doces! Venha logo pra cáááá!!!!! Eu tô sozinha cuidando de um monte de doidos!
-Sakura, a bateria tá acabando! Estou indo pra aí, tá?
-Você vem mesmo? –perguntou ela, fazendo uma voz de choro misturada com esperança.
-Vou sim... só vou deixar o Hideaki na casa dele e estou indo, tá? Espere aí!
-Tá bom...
Toonami desligou o celular e foi ao quarto onde Asaba estava sendo atendido. Ao entrar, teve vontade de pegar o amigo e joga-lo pela janela que estivesse mais próxima dele: Asaba estava cercado de belíssimas enfermeiras que cuidavam dele como se fosse um rei da Arábia. Tinha uma que estava até servindo uvas na boca do rapaz, como se ele não tivesse mãos pra fazer aquilo sozinho, e outra que estava dançando dança do ventre na frente dele. Ao que parecia, o rapaz não estava com muita pressa de sair da observação dos médicos.
Só que Toonami não estava com um pingo de paciência para esperar Asaba se "recuperar" na mão daquele monte de enfermeiras taradas, principalmente porque- não admitia para si mesmo, mas era aquilo- ficou com ciúmes desde a conversa no telefone com Sakura e em que ela demonstrou toda a preocupação pelo rapaz machucado. Abriu a boca e soltou o verbo:
-VAMOS EMBORA, ASABA!
Asaba e as enfermeiras pararam e olharam o rapaz com um olhar de "você está brincando, né?"
Só que o rapaz na porta na porta replicou com o olhar de "não estou, não!"
-Eu acho que ainda estou um pouco doente, Takefumi...
-Verdade? É tão grave assim que não pode ir pra casa se recuperar sozinho?- perguntou com ironia.
-Claro que é!- respondeu uma das enfermeiras, que se calou ao ver o ódio nos olhos de Toonami.
-VamosemboraagoraAsaba...-falou Toonami, com uma voz demonstrava desprezo pelos mortais e ódio pelas criaturas mais insignificantes da Terra. Mas Asaba não ficou nem um pouco preocupado e falou com um tom de desafio:
-E se eu não quiser ir?
A resposta de Toonami foi um sorriso maquiavélico que fez tremer a todos no quarto.
Depois de alguns instantes, podia se ouvir um grito vindo do quarto 501 por todo o hospital.
Sakura estava quase desistindo da busca pelo amigo. Logo após o acidente, Arima tinha desaparecido e ela não encontrava por parte algum. A escola estava fechada para reparos por causa do acidente e as aulas foram suspensas; todo mundo já tinha ido embora, menos o grupo de amigos.
Sakura, Rika e Maho começaram a procurar Arima e a cuidar de outras coisas: Maho ficou encarregada de ligar para a casa de Arima, Rika foi a lugares que os amigos freqüentavam, como lanchonetes na cidade e karaokes, e Sakura estava acalmando Miyazawa, que gritava coisas incompreensíveis- só o que Sakura entendia era "Arima no Baka"- e Tsubasa chorando dizendo que queria ir para casa.
Apesar de Sakura não ser muito aplicada nas disciplinas da escola, era uma pessoa muito inteligente, apesar de às vezes não demonstrar. Sabia que Miyazawa com certeza acreditava que aquele acidente foi provocado pelo Arima, coisa que Sakura acreditava que não era, e nem poderia ter sido feito por ele. Afinal, ela ainda se perguntava quem tinha sido o "brilhante" engenheiro a construir aquela escada, mas isso ela deixaria para pensar depois.
A preocupação pelo sumiço de Arima deixava Sakura ainda mais preocupada, não o encontrava em parte alguma e nenhuma das meninas teve sucesso nas buscam também, sendo que as duas já tinham ligado avisando que voltariam para casa, já que era tarde- quase sete da noite- e que ligariam para saber de notícias sobre os amigos. A única alternativa que ela achava que não funcionaria, mas mesmo assim arriscaria, era perguntar para Miyazawa.
-Miyazawa, você sabe onde está Arima?
-Não sei, não quero saber, tenho raiva de quem sabe.
-DEIXE DE BANCAR A CRIANÇA E ME RESPONDA DIREITO!- o tom de voz de Sakura assustou Miyazawa, que nunca viu a esportista agir daquele jeito. Olhou para a garota assustada com o que viu: Sakura estava com os olhos marejados!
-VOCÊ FICA AÍ SE LAMENTADO COM O QUE ACONTECEU- Miyazawa ficou mais assustada ao ver as lágrimas de Sakura- ENQUANTO QUE OS OUTROS ESTÃO MAIS PREOCUPADOS COM O QUE PODE ACONTECER! ELE TÁ SUMIDO HÁ HORAS E NINGUÉM SABE ONDE ELE ESTÁ!- as lágrimas escorriam mais furiosamente pelo rosto de Sakura – EU TÔ PREOCUPADA COM MEU AMIGO E NÃO POSSO SAIR DAQUI DEIXANDO TSUBASA E VOCÊ SOZINHAS OU FICARIA AINDA MAIS PREOCUPADA COM QUE PODERIA ACONTECER COM VOCÊS!
Sakura estava com fome, cansada, preocupada, quase doente, estressada... A crise de choro que estava tendo era resultado da tensão que sentia desde as últimas horas. Nem ela havia reparado que estava chorando: passou a mão pelo rosto e sentiu a mão molhada.
"Eu... eu estou... chorando?". Sentiu o abraço de Miyazawa, tentando conforta-la. Agora ela estava abraçada a uma das melhores amigas e começou a chorar de novo, escutando só o que Miyazawa dizia:
-Gomen nasai, Sakura-chan... me desculpe por fazer isso com você... eu ... eu não sei onde Arima pode estar agora, mas acho que... ele pode estar escondido no ginásio de basquete, onde eu sempre o encontrava quando ele queria estudar sozinho... procure por ele lá e depois me diga se ele está bem, certo? Eu fico aqui com Tsubasa, tá?
O choro estava quase parando, e a consciência de Sakura estava mais tranqüila agora. Deu um pequeno sorriso de felicidade por escutar aquelas palavras de conforto de alguém como Miyazawa.
-Tá...
A garota se aproximou do prédio onde escutava um barulho ritmado de bolas de basquete- um som que conhecia muito bem, já que além de vôlei, também era campeã do time de basquete da escola. Tinha andado muito para chegar até o ginásio de basquete, era muito longe de onde estava com a amiga, mas conseguiu chegar dentro de vinte minutos. Procurou pela quadra nova, mas não viu ninguém, o que significava que o som vinha da quadra mais antiga, nos fundos do ginásio novo, por isso, deu a volta., viu a porta meio encostada e a abriu.
O rapaz estava na posição de arremesso de cestas e tinha muitas, muitas bolas espalhadas pela quadra. Entrou no ginásio velho e ficou parada olhando o garoto arremessando. Aparentemente, ele não tinha escutado alguém entrando.
-A... Arima?-perguntou Sakura num tom baixo, como se estivesse com medo. Imediatamente, o rapaz parou de jogar e se virou para olhar a garota.
Sakura não pôde esconder a alegria que sentiu ao ver o amigo bem. O que ela fez surpreendeu o rapaz: Sakura abriu os braços e correu para abraçar o amigo.
-ARIMAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Só que ela não reparou numa bola de basquete no meio do caminho e não deu outra: caiu de cara no chão.
-IIITAAAIII!!!!!
Arima foi correndo- tomando cuidado para não cair também- ver se tinha se machucado. Ele se sentiria culpado se ela- ou qualquer outra pessoa que não fosse Shigami Tooya- tivesse se machucado.
-Daijoubu, Sakura?- ele perguntou, visivelmente preocupado. Ele levantou o rosto dela e viu que ela estava chorando de alegria!
-Sakura... por que... por que está chorando?
Ela não respondeu a pergunta dele e o abraçou mais forte, chorando ainda mais:
-ARIMA!!!! QUE BOM QUE ESTÁ BEM!!!! EU TAVA TÃO PREOCUPADA!!!!!! POR QUE VOCÊ SUMIU E ME DEIXOU SOZINHA CUIDANDO DA TSUBASA????
Ele não pôde deixar de sorrir por causa da última pergunta e de outra coisa: nunca tinha visto Sakura se mostrar tão frágil.
-Me desculpe, Sakura... está tudo bem agora...
-Hontou?
-Hai. Mou nakanaide, Sakura...-ele respondeu numa voz de conforto.
-Arigatou....-respondeu ela num sussurro.
-Toonami-kun!! Como está o Asappi? –perguntou Miyazawa quando viu Toonami chegar.
-Está bem, mas ele é muito teimoso. Está em casa agora.
-Ah, que bom!
-Onde está Aya?
-Foi pra casa! Parece que teve inspiração para uma história!
Ele não pôde deixar de sorrir ao escutar Miyazawa. Aparentemente, ela não sabia sobre o que era, mas como Sakura falou que era sobre um certo acidente de escada...
-E Tsubasa?- Ele notou que a menina estava no colo de Miyazawa, dormindo que nem uma gatinha no colo do dono.
-Está dormindo desde que vocês saíram...
-Sakura está...? – o rapaz perguntou, olhando para os lados.
-Ela foi procurar Arima- respondeu Miyazawa um pouco triste.
-Vamos espera-la e vou levar vocês pra casa no carro.-ele apontou para o lado de fora do colégio, onde Miyazawa deduziu que estava o motorista de Toonami, esperando pacientemente pela volta do filho do patrão.
O lugar onde estavam era o pátio de entrada do colégio e eles estavam sentados nos bancos. O silêncio estava predominando lugar, pois Miyazawa parecia que não estava disposta a conversar.
-Ah...- Toonami começou – você sabe quando começa o ensaio da peça?
Peça? Que peça? Ah, A PEÇA!! Todos tinham combinado uma peça para o festival cultural. Só que tinha uma coisa: Arima Miyazawa Nunca mais! Ela nem estava disposta a fazer a apresentação para ser par romântico de Arima.
-Eu acho que vamos acertar isso amanhã, com Aya nos dando ordens e arrumando os scripts...
-Ah, que bom! Estou ansioso!
A garota olhou para ele desconfiada. Desde quando Toonami Takefumi gostava de bancar o ator? Ele era o rapaz mais aplicado da turma B, estava entre os três melhores alunos do colégio (junto com Arima e Miyazawa), mas era uma negação em interagir com outras pessoas: era o garoto mais tímido que ela já tinha conhecido. O rapaz sorriu ao ver o ponto de interrogação no rosto de Miyazawa e tratou de responder depressa:
-Ah... sabe o que é? É que eu... eu... eu tô fazendo uma terapia para perder a minha timidez, e o psicólogo achou que seria ótimo!
-É mesmo?- na voz dela predominava a incredulidade.
-Hai! - ele deu um sorriso meio falso- Não é bom?
-Deve ser, se é o que diz...
-Háhá!'- ele estava sem graça.Nesse momento chega Sakura e Arima juntos.
-Toonami! Que bom que já chegou!- ela falou e o rapaz se levantou para responder algo, mas parou ao ver o rosto da garota. Sakura estava chorando? O que tinha acontecido? Ele não ia perguntar diretamente pra ela, na frente de todo mundo, mas olhou para Arima que percebeu o que ele estava pensando. O amigo só fez um aceno de cabeça como se quisesse dizer que "ela estava chorando sim, mas depois conversarmos, tá?"
-Vamos... vamos embora?- o rapaz só conseguiu falar isso e apontou o relógio- Já está bem tarde...
-Claro! Vamos, pessoal?
-Sim. Me ajudem aqui com Tsubasa!
Arima e Miyazawa não se olharam e muito menos se falavam, mas andavam no mesmo grupo.
Toonami pegou Tsubasa no colo e todos foram andando em direção ao carro, onde entraram logo em seguida. Toonami deu a ordem ao motorista para deixar primeiro Tsubasa, depois Miyazawa, Arima na mansão dele e, a última, Sakura. O carro parou em frente ao prédio onde Sakura morava e ela começou a descer.
-Ano... obrigada por me ajudar... Tchauzim e até amanhã, Toona...- ela parou de falar quando ele a surpreendeu, pegando na mão e puxando de volta para dentro do carro.- Toonami...o quê..?- Ele a olhava tão sério que ela ficou preocupada.
-Você... você estava chorando?
-Are?!
-Você estava chorando... Posso saber por quê?
-Como você sabe disso? O Arima te contou?
-Ninguém me contou, mas eu sei. Eu notei.
Aquilo a deixou ainda mais surpresa. Desde quando ele notava algo nela?
-Mas... eu não estava chorando!- mentiu a garota tão mal que Toonami chegou a sentir pena.
-Eu sei que estava chorando sim- ele aproximou o rosto mais perto dela.- Você não me engana porque eu noto até quando você corta as unhas!
Ela corou ao escutar aquilo. "Desde quando ele... será possível que ele está...??"
-Eu só estava um pouco preocupada com o Arima, daí eu... senti vontade de chorar...
Ele ficou mais aliviado. Pensava que tinha sido algo mais grave, mas ela estava bem.
-Certo...- ele soltou o pulso dela – Deve ter sido muito difícil pra você ter que cuidar de tudo sozinha...-Ele a olhou e falou com um sorriso- Até amanhã, Sakura.
Ela ficou um instante em silêncio para entender o que tinha acontecido. Só depois ela falou:
-Amanhã começa o ensaio da peça...
-É verdade... Aya também te contou, né?
-Sim...
-Então até amanhã, Sakura. Vamos fazer aqueles dois voltarem a se falar...
-Até amanhã.
Ela saiu do carro e Toonami ficou uns instantes em silêncio. Só depois que o motorista perguntou três vezes a mesma coisa é que despertou:
-Para onde, meu senhor?
Ele falou num suspiro:
-Para casa...
O carro deu a partida e Toonami deu um último olhar para a janela que tinha acabado de abrir em um dos quartos do prédio. Sorriu consigo mesmo ao ver que era ali que Sakura morava.
-Amanhã será um longo dia...
Mou nakanaide: Não chore mais;
Youkatta: Quem bom!, Graças a Deus!
