COISAS DE NAMORADOS
CAPÍTULO 10
Aya, Tsubasa e Rika estavam encenando, organizando as falas, improvisando e arrumando algumas roupas da peça, que seria encenada no dia seguinte. Aya, que dorme pouco durante a noite por costume, não tinha nem fechado os olhos, e já estava há 32 horas sem dormir, tudo porque estava muito nervosa com a apresentação.
-O que achou, Tsubasa-chan?- perguntou Rika à garota, vestida com um lindo vestido de princesa.
-Tá meio apertado... Aqui do lado.- ela apontou para um lado do vestido, indicando ser ali o lugar que a estava incomodando.
Aya estava ao lado delas e segurava o script de Tsubasa.
-Muito bem, minha fofa...- começou a escritora- Depois que sua maninha é salva, o que você fala?
-Onee-sama, esse rapaz é nosso salvador?
-Sim, minha querida irmãzinha.-Aya tomava as falas que deveria ser de Miyazawa- Agradeça-o também, Seiko.
-Arigatou, onii-sama. Espero que possamos nos ver qualquer dia.
-Eu também desejo muito o mesmo, minhas princesas.- Aya assumia uma voz mais grossa para indicar a fala de Arima.
-Sayounara, onii-sama!
-Sayounara, Hime-sama!!!
-Está muito bom, Aya...- Rika comentou- Não precisa ficar tão nervosa com isso...
-Minha querida Rika-chan... A peça amanh e mais da metade da cambada que é protagonista não estudou nem treinou e talvez nem lembre que a peça é amanhã! Claro que eu, Sawada Aya, estou muito nervosa, afinal, uma escritora que não conhece o fracasso o teme em todo momento de carreira, como num lançamento de um livro ou de uma peça!
-Mas isso nunca acontecerá com você, Aya!- Rika falava em tom mais seguro que o normal- Você sempre será a grande Aya!
-É verdade, Aya-chan!- Tsubasa falou- Eu quero fazer a peça porque é escrita por você!
Aya estreitou os olhos.
-Quanto a Maho pagou pra fazer vocês falarem isso?
Uma gota surgiu nos rostos de Rika e Tsubasa.
-É impossível esconder alguma coisa de Aya-sama, meninas...- a escritora falou cruzando os braços.
-Tá bom, tá bom... Foi uma cola em Inglês e uns doces pra Tsubasa-chan...- Rika falou sem graça.
-Todo mundo tá achando que isso será um fiasco!- Tsubasa falou com inocência.
Rika olhou para a garota com um olhar mortal e teve vontade de dar uns cascudos nela. Ao escutar o que Tsubasa falou, Aya teve vontade de chorar.
-Eu não acredito que... que nem vocês... acreditam nesta Aya... snif...
-A-Aya!! Olha... não ligue pro que Tsubasa falou... ninguém pensa assim, querida, Tsubasa estava só brincando...
-Mas você disse isso ontem...- Tsubasa falou com uma carinha inocente. Rika deu um tapa na cabeça dela.
-Fique quieta!
Aya continuou fungando até levantar a cabeça e começar a falar, ou melhor, gritar:
-ISSO NÃO ACONTECERIA SE POR ACASO NÃO TIVESSEM ME CONVENCIDO A FAZER AQUELES DOIS VOLTAREM A SE FALAR! E AGORA EU VOU TER QUE CARREGAR NOS MEUS OMBROS O PRIMEIRO MEGA-FRACASSO DA MINHA CARREIRA LITERÁRIA!!!!
-Calma, Aya, olha as rugas...- Rika tentava acalmá-la.
-CALMA, UMA OVA!!!!!!! EU VOU FAZER TODO MUNDO TRABALHAR NESSA PEÇA HOJE, E AI DE QUEM NÃO ME OBEDECER!!!!! EU VOU PROVAR AO MUNDO QUE AINDA SOU A GRANDE AYA-SAMA!!!!
-É isso aí, Aya-chan!- Tsubasa falou com uma pequena torcida.
-VÁ LÁ, AYA-CHAN!!!! VOCÊ VAI CONSEGUIR!!- Rika tinha pompons de líder de torcida nas mãos e ainda tinha uma pequena faixa com a bandeira japonesa na testa.
-Esperem e vocês verão!!!!
E saiu da sala onde estavam e foi procurar os outros.
-Pobre Aya-chan...- Rika comentou.
-Será que ela vai chorar muito amanhã?- perguntou Tsubasa enquanto abria um pacote de batatinhas.
-Eu nem quero estar por perto quando isso acontecer...- Rika falou enquanto voltava a ajeitar a roupa de Tsubasa.
-MUITO BEM, MIYAZAWA!!!!- Aya exclamou entusiasmada- EMOTION, EMOTION!!!!
-Aya, esse seu entusiasmo está me irritando, sabia?- Yukino falou enquanto enxugava a testa.
-Mas você está ótima!- a escritora estava emocionada- Eu nem entendo o seu interesse agora por querer encenar com Arima, mas... Bem, até agora a sua atuação foi uma das melhores, sabia?
-Uma? Eu não sou a melhor?- ela perguntou arqueando as sobrancelhas.
-Corrigindo-me: você é a melhor!
-Que bom!- Yukino sorriu.
-Até agora.- completou a escritora num sussurro e fazendo Miyazawa quase pular em seu pescoço.
-Ora, sua...- Miyazawa estava quase agarrando o pescoço e Aya fugiu da sala para não ser uma vítima de homicídio.
-AYA, VOLTE AQUI!!!!!!!
-TÁ DOIDA, É?????- Aya deu no pé e se escondeu na sala da turma B.
-O que faz aqui, Aya?- a escritora escutou Toonami falar atrás de si.
A garota deu um suspiro muito fundo. Encontrar Toonami não estava em seus planos, já que o rapaz estava furioso por ela ter entregado o papel dele para Asaba. Resolveu fazer o que os atores de teatro precisam sempre fazer quando algo não sai conforme seus planos: improvisar. Improvisação até que Miyazawa não lembre mais que quer torcer sua garganta.
-Sabe o que é, Toonami-kun...- Aya fazia uma voz de pobre coitada- Eu precisava encenar suas falas com Asaba, mas ele não conseguiu até agora acertar uma única frase... Posso encenar com você? Se tiver um bom desempenho, talvez você volte a seu o rei da peça...- ela olhou com tanta angústia para ele e depois perguntou- O que você acha?
Toonami estreitou os olhos.
-Você também usou esse tom pra fazer Asaba aceitar o papel?
"Que droga, Toonami... não complique as coisas...". Aya mordia o lábio inferior e tentou mais uma improvisação:
-Tá bom, tá bom... Eu fiz isso porque Asappi está... – "Está o quê, Aya? Rápido, rápido!!! Toonami tá esperando a resposta..."- Ele está... ai, como eu posso falar isso?
-Falar o quê?- Toonami temia que a resposta fosse porque Asaba estivesse apaixonado por Sakura.
-Ele quer perder a timidez dele.- foi a resposta dela.
Uma gota surgiu no rosto de Toonami.
-Você quer que eu acredite nisso, Aya? Asaba, tímido?? Nem que fosse em outra encarnação!
"Droga, Toonami, essa sua inteligência me irrita!"
-Sabe, eu sei que parece muito egoísmo, mas eu quis tirar esse papel de você porque...
-POR QUE O QUÊ?- ele perguntou, já se impacientando com a resposta.
-Porque você é um péssimo ator.- Aya falou séria e sem saber de onde tinha tirado aquela desculpa, pois o rapaz, apesar de ser muito tímido, encenou muito bem as poucas partes que tempo de fazer.
-Você quer que eu acredite nisso? Eu lembro que você falou que eu era ótimo!- Ele perguntou rangendo os dentes.
-EU ESTAVA MENTINDO!! VOCÊ É HORRÍVEL!!!!!
"Droga, Toonami, eu te odeio por ser tão inteligente!!!!"
-Tá legal, mocinha!- ele pegou a mão de Aya e a fez sentar em uma das cadeiras- Vou provar que sou melhor que ele!
-Terá que fazer um ar bem sedutor pra isso...- Aya comentou como se estivesse falando pra si mesma enquanto abria a cópia oficial do script que tinha.
-Como é? –ele perguntou com os olhos estreitados.
-Nada. Nadinha.- Ela fingia um ar de despreocupação.
-Vamos começar, Aya.
-Vamos lá! Parte um...
Quase uma hora depois...
-MUITO BEM, TOONAMI!!!! EMOTION, EMOTION!!!!
-Aya, esse seu entusiasmo está me irritando, sabia?.
-Mas você está ótimo!- a escritora fingia estar emocionada, da mesma forma que fez com Yukino- Eu nem entendo o seu interesse agora por querer encenar com Sakura, mas... Bem, até agora a sua atuação foi uma das melhores, sabia?
-Uma? Eu não sou o melhor?- ele perguntou arqueando as sobrancelhas.
-Corrigindo-me: você é o melhor!
-Que bom!- Toonami sorriu e pegou uma cadeira para sentar-se.
-Até agora.- completou a escritora num sussurro e Toonami pulou para agarrar seu pescoço.
-Ora, sua...AYA, VOLTE AQUI!!!!!!!
A garota teve que fugir de novo para não sofrer nas mãos de Toonami, perguntando-se o porquê dos CDF's da escola estarem tão nervosos e com síndrome de querer torcer o pescoço das pessoas.
-TÁ DOIDO, É?????- Aya deu no pé e se escondeu na sala de kendo.
-O que faz aqui, Sawada?
Aya ficou de cabelos em pé ao ver Arima atrás dela, vestido com as roupas de lutador de kendo e segurando uma katana de verdade.
"Meu Deus.... Eu não quero morreeeeer!!!!".
-Sawada... está tudo bem?- Ele perguntou e se aproximou dela.
-Ahh.... - ela estava com os olhos arregalados.
-O que foi? Você está azul!
Aya balançou a cabeça e depois gritou em tom de desespero:
-OLHA, EU PROMETO QUE VOU TE ELOGIAR, MAS POR FAVOR, NÃO ME MATEEEE!!!!
-Sawada!!- Arima conseguiu fazer Aya voltar ao normal.
-O que foi?
-Eu vou guardar isso aqui... acho que está te fazendo ficar muito nervosa...- Ele colocou a espada em uma estante- O que faz aqui?
-Eu estava me escond... Quer dizer, eu estava te procurando pra ensaiarmos a peça. Você vai, né?
Arima deu um sorriso e falou com calma:
-Claro, será um prazer. Quer fazer isso agora?
-Pode ser!- Ela estava espantada com aquela única face calma que encontrou desde que iniciou aquela manhã turbulenta.
-Eu ensaiei muitas partes com Maho... não sei se estou muito bem...
-Vamos começar, Arima.- Aya falou com um sorriso- E não se preocupe. O que tiver de ser melhorado, eu tenho certeza que você conseguirá!
Mais uma hora depois...
Aya estava boquiaberta com o rapaz. De todos, Arima parecia ser o mais forte candidato a não falhar na hora da apresentação e ele ainda não parecia estar convencido do próprio talento deles, um dos inúmeros que possuía e não sabia.
-Está muito bom.- ela falou com um sorriso- Você não terá problemas, eu já disse.
-Tem certeza disso? Eu posso encenar mais, se quiser...
-Não precisa. Isso já é o suficiente. Agora...- ela levantou-se do chão onde estava sentada na posição de lótus- eu preciso ir... Tenho que procurar os outros pra encenar... Quer ir comigo?
-Não posso... tenho que ficar aqui até tarde hoje... terei de limpar a quadra e polir as espadas...
-Certo. Até mais tarde, Arima-kun...- ela fez um cumprimento e saiu da quadra.
Já do lado de fora, Aya foi até uma das lanchonetes da escola e pediu um café. Precisava tomar algo forte para faze-la ficar acordada até mais tarde, pois acreditava que também não conseguiria cochilar nem cinco minutos mais tarde.
-Tomando mais café, Aya-chan?- a voz de Maho soou ao lado da escritora.
-Achei que não te veria hoje, minha cara...- Aya olhou para a garota. Maho sentou-se em uma das cadeiras e pediu uma água mineral.
-É claro que eu viria... eu treinei muito com Arima... E estava à caça dos outros para treinarem, mas quase todos estão por aí te procurando... Miyazawa, Toonami...
Uma gota surgiu no rosto da escritora, mas ela tentou disfarçar.
-Verdade? Ah, bem, se os encontrar, diga a eles que estou treinando, tá?- Aya levantou-se e olhou para os lados, temendo que eles estivessem por perto.
-Aya?- Maho falou e a fez parar.
-Sim?- ela perguntou, temendo que fosse alguma coisa que tivesse feito.
-Quer dizer que eu faço parte de uma "cambada de desocupados que não sabe trabalhar"?
A outra garota voltou a assumir uma expressão azulada no rosto e suou frio. Ela tinha comentado algo com Tsubasa no dia anterior quando teve uma crise de histeria, mas não imagina que a garota fosse contar para a colegial.
-Sabe, Maho... Acho que comentei algo semelhante... Mas foi sobre outra peça minha... – ela se virou e olhou para a garota. Maho estava com uma expressão assassina e segurava com força o copo descartável, fazendo-o quebrar.
-Sua outra peça também é para o festival cultural da escola e é sobre o tanabata?
-Bem, eu...- Aya recuou quando Maho se levantou.
-Ninguém chama Maho de "desocupada"...- os olhos brilhavam por sangue e Aya só teve forças para correr para longe dela.
-VOLTE AQUI, AYA!!!!!
-TÁ DOIDA????? NEM MORTA!!!!!!!
Mal Aya começou a correr e viu que tinha mais gente atrás dela: Toonami e Miyazawa faziam disputa para ver quem a alcançava primeiro.
-VOLTE AQUI!!!!!!!!! –gritavam os três.
-ME DEIXEM! ME DEIXEM!!!!
A escritora correu até o único lugar que achava que estaria segura: o vestuário masculino. Entrou e fechou a porta e aguardou que os três passassem pelo banheiro e fossem embora. Conseguiu escutar os três correndo e indo embora em outra direção, suspirando aliviada ao ver-se segura ali por enquanto.
Depois de alguns minutos em silêncio, Aya resolveu se afastar da porta e pensar nos últimos acontecimentos daquele dia. Para ajuda-la, a garota retirou de um dos bolsos do uniforme um cigarro de uma carteira e um isqueiro.
Se havia algo que Sawada Aya não conseguia melhorar em sua vida, era o fato de deixar de fumar. A garota de 16 anos fumava desde os 13 e tentou inúmeras vezes parar o hábito, todas sem sucesso.
A escritora acendeu o cigarro e ficou fumando durante algum tempo, resmungando alguma coisa entre uma baforada e outra.
-O que faz aqui em um banheiro masculino, Aya-chan?- alguém perguntou atrás dela. Incrivelmente, a garota não se assustou com mais alguém ali.
-Olá, Asappi. Como vão as coisas?- ela perguntou tranqüilamente.
-Vão bem... depende do que você considera como "tranqüilo".
-Que bom...- foi a resposta dela seguida de um sorriso.
Asaba Hideaki aproximou-se dela e a abraçou por trás, colocando os braços na cintura dela.
-Está se escondendo aqui por quê, Aya?
A escritora soltou uma baforada e respondeu com um meio sorriso:
-Está preparado para o primeiro grande mega-fracasso de Sawada Aya?
-Sua peça?- ele perguntou, arqueando as sobrancelhas- Não acho que será um fracasso. Se depender dos outros...
-Então, meu carro Asappi, eu estarei bem longe daqui amanhã...
A escritora baixou o rosto e estendeu a mão com o cigarro para que as cinzas caíssem no chão. Os dois ficaram olhando durante alguns minutos as cinzas caírem e Aya começou a desabafar para quebrar o silêncio:
-Eu não esperava que as coisas chegassem a esse ponto... Todo mundo não se entende... Estão brigados um com o outro... Arima, Miyazawa, Sakura, Toonami...
-Eu...- ele completou no ouvido dela e Aya mordeu o lábio inferior para não concordar com ele.
-Por que diz isso?
-Sabe, Aya-chan... eu gostaria muito de saber o porquê do Toonami não ir mais com a minha cara... Eu fiz algo para ele?
Aya teve que se controlar para não rir.
-Não que eu saiba, meu caro.... Mas não se preocupe: Toonami é assim desde que chegou aqui... Lembra que ele não se bicava com Arima?
-Eu não acho que esse seja o problema dele comigo... por acaso foi algo que eu fiz?- Ele beijou carinhosamente o ombro da escritora e Aya soltou uma gargalhada.
-Não sei... –ela respondeu tentando conter o riso.
-Não vai me contar, Aya-chan?
-Eu devolvi seu papel para Toonami, viu? Acho que ele queria muito fazer esse papel...
-Tudo bem... Eu já tinha percebido que ele tem um motivo especial pra fazer isso.
Asaba viu que a garota baixou o rosto e tinha uma expressão preocupada. O cigarro acabou e ela pegou outro da carteira e o isqueiro para acende-lo. Começou a fumar de novo e Asaba encostou o queixo no ombro de Aya, falando no ouvido dela:
-Pare com isso, Aya... fumar faz mal pra saúde...
-Eu sei...- ela soltou uma baforada- Eu não tenho culpa se é tão bom e se estou nervosa desde o início da manhã.
-Quer que eu veja se eles estão aí no corredor pra você sair?
A garota arqueou as sobrancelhas, espantada com aquela capacidade de raciocínio do rapaz.
-Se você puder...
Asaba a soltou e Aya sentou-se em um banco do vestiário masculino.
-Volto já, Aya-chan...
-Tudo bem, Asappi... Eu espero...
Asaba saiu e Aya ficou sozinha com aquele silêncio do vestiário masculino.
Assim que o rapaz saiu e foi para o corredor, sentiu energias malignas atrás dele.
-Que diabos deu em vocês?????- ele perguntou olhando para Miyazawa, Toonami e Maho.
-CADÊ A AYA??- completou Sakura Tsubaki, saindo de trás deles e se aproximando do rapaz- Ela mudou minhas falas aqui nesse maldito script!!!! Eu mal tive tempo de decorar as anteriores e agora e tenho mais falas para decorar?????
-Calma, pessoal, calma... – o rapaz falava completamente sem graça- Eu não sei onde ela está, mas...
Maho deu um soco em uma das mãos como se tivesse lembrado de algo.
-AH!
-O quê?- todos perguntaram.
-É só uma pequena idéia, mas eu acho que... Que ela está no vestiário masculino...
Asaba ficou assustado.
-Mas o que ela faria no vestiário masculino?- ele perguntou sem jeito.
-Ora...- todos olharam para ele e depois começaram a correr em direção do local onde Aya estava escondida.
-ESPEREM AÍ!!!!!!!!!!!!- Asaba gritava para eles.
Assim que alcançam a porta, os quatro encontraram de uma vez, seguido de um Asaba muito nervoso.
-AYA, SUA...- Miyazawa tomou a palavra- Você nos provocou a manhã toda e agora vai ter o que merece, sua...- parou de falar e todos olharam para espantados para a cena que viram.
Aya dormia profundamente, com a cabeça encostada na parede.
Um momento de silêncio se seguiu e os cinco que estavam lá sorriram.
-Tadinha da Aya-sama... – Miyazawa falou- Parece que teve mais uma noite de insônia.
-Rika me contou que ela estava sem dormir há mais de 36 horas...- Maho comentou.
-Vamos levá-la para casa?- Toonami se aproximou e pegou a garota nos braços- Vou chamar meu motorista.
Todos saíram do vestiário e Toonami ia mais rápido, carregando Aya nos braços.
Meia hora depois...
-Que dia cansativo...- Maho comentou para Arima, já ciente do que tinha acontecido. Os dois estavam sentados em um banco e viram Aya ser levada para casa no carro de Toonami, cinco minutos antes.
-É verdade... pobre Sawada...
-Arima.- Maho falou- Você está preparado para a peça?
-Eu acho que sim...- ele falou vagamente, pensando em Miyazawa.
-Então acho que vai dar tudo certo!- ela falou com um sorriso- Eu quero muito que dê certo pra você!
O rapaz baixou a cabeça e puxou a garota para um abraço.
-Eu também...
