Capítulo 2
Quatre caminhava pela floresta atrás de Trowa, "Ah, será que ele vai poder me ajudar?", ele ia distraído sem reparar muito nas coisas a sua volta, o que em hipótese nenhuma deveria acontecer, já que ele estava na Floresta Proibida (que fica na fronteira do reino da cruel rainha Nakuru, Sank com Hikaru, um pequeno reino, governado pelo bondoso rei Treize Maxwell junto do jovem príncipe Duo Maxwell), que era um dos lugares mais perigosos de ambos os reinos... Graças a essa sua distração, Quatre acaba escorregando em uma poça d'água...
Não muito longe dali, Trowa Barton, o príncipe da Floresta Proibida, filho do prefeito da cidade de Luminuswood [1], caminhava silenciosamente atrás do jantar do dia, quando de repente ouve um grito:
- Ahhhhh, itai! [2] – diz Quatre com a cara cheia de lama e reparando no estado em que estava, todo ensopado e com lama até nos lugares mais imprevisíveis... – Mas que droga! Nesse momento Trowa chega, e pergunta preocupado:
- Quatre, tudo bem? – diz Trowa um pouco corado, pois seu amigo estava com a roupa toda molhada, o que fazia com que ela grudasse no corpo de jovem mago, deixando-o ainda mais irresistível aos olhos do moreno – O-o q-que aconteceu?
- Ah, oi Trowa! Está tudo bem sim, só estou um pouco molhado! – diz o loirinho com um sorriso lindo no rosto, já sem toda aquela lama, não percebendo o estado do amigo, que ficou mais bobo depois do sorriso que lhe foi dado – ah eu só escorreguei nessa poça de lama!
- É? Que bom que você está bem! – diz Trowa sentindo-se orgulhoso por conseguir falar.
- Trowa? Será que você poderia me ajudar? – diz o pequeno mago que mais parecia um anjo de tão lindo (e fofo também! ^__^) e com aquele sorriso sempre em seu rosto.
- Claro que sim! – responde o moreno, já mais recomposto, já que o loirinho secou a suas roupas com um feitiço, e sentindo uma alegria enorme pelo fato de poder ajudá-lo.
- Hnf! Pelo menos esse feitiço é mais fácil de se fazer. Alguma coisa eu tinha de aprender! – diz num tom de raiva, mas logo depois volta a sorrir. – Então, vamos até a cidade? Trowa faz que sim com a cabeça, e os dois vão caminhando em direção a cidade que tem no coração da floresta...
Em algum lugar de Hikaru
- Príncipe Heero! Príncipe Heero! – de longe se ouvia os gritos da empregada que corria pela casa inteira em busca do príncipe.
- O que foi? E eu já lhe disse para não me chamar assim, sabe que estamos sendo procurados por aquela... – disse num tom frio o príncipe de olhos azuis-cobalto.
- Perdão, princ... er, quero dizer, senhor Heero, mas penso que é difícil ela nos achar por aqui.
- Não, não é! Esqueceu-se que ela tem espiões por toda parte? – repreendeu sem mudar o tom de voz.
- Perdoe-me! – disse a empregada assustada, pois sabia que quanto mais nervoso seu senhor estava, mais fria e calma era sua voz.
- Diga-me, o que quer? Por que estava gritando aos quatro ventos por Heero? – Zechs acaba de aparecer na sala da casa.
- Bem é que... senhor Zechs, senhor Heero, eu vi um individuo muito suspeito rondando a casa, e eu só pensei que devia avisá-los! – disse a empregada ainda temerosa.
- Hummm... – Heero sai da casa, seguido por Zechs. Do lado de fora, não tem nem sinal do tal sujeito.
- Hn! Devia ter imaginado, acho que aquela empregada deve de estar imaginando coisas. – mal Heero terminou de falar, ouvisse um grito de dentro da casa.
- Mas... Kuso! - Zechs e Heero saem correndo em direção a casa...
Palácio Real Hikaru
- Duo! Vem aqui! – diz Treize, sério.
- Sim, pai? – diz o príncipe.
- Você não jogou as minhocas em Lady Une ou jogou?
- Sim, joguei, mas eu posso explicar... – é interrompido pela risada do rei.
- Não... acredito... que você.. – diz depois de alguns minutos, ainda tentando recompor o fôlego – Ah, garoto! Você vai ter que me contar tudo!!
Duo olha o pai confuso, sem entender onde ele queria chegar, mas mesmo assim acaba contando tudo.
Na Floresta Proibida
Quatre nunca ia se acostumar com isso, ou melhor, com aquilo, era incrível, nem mesmo o mais poderoso dos magos poderia ter um dia imaginado que uma coisa dessas pudesse realmente existir. A cidade de Luminuswood, que seria uma espécie cidade principal, já que existem mais sete cidades dentro da enorme floresta, todas protegidas pela vegetação e as histórias que se ouve sobre o lugar também ajudam muito a deixar esse pequeno povo em paz, Luminuswood era sem dúvida alguma, a mais bela e imponente de todas as noites, com suas casas de árvores que, de alguma forma, refletia a pouca quantidade de luz que o Sol conseguia passar pelas frestas entre as copas das árvores, fazendo com que essa parte (o coração da floresta) se iluminasse, dando a luz de que todos precisavam para sua sobrevivência. "Só queria entender como...", pensa Quatre, já lhe explicaram que quando chegaram ao local, várias ninfas da floresta construíram a cidade para abrigar seus novos amigos, o que ninguém entendia era o por quê delas (as ninfas) terem sumido, desaparecido misteriosamente, exatos dois anos depois de tudo.
- Então, Quatre, o que desejas de mim? – seus pensamentos foram cortados pela voz de Trowa.
- Hã? Ah, claro, eu só vim pedir um pouco de... – Trowa não prestava atenção nas palavras do loirinho, só em como a boca do mesmo se mexia conforme falava, em como queria poder beijá-la e proclamá-la só para si, sacudiu a cabeça em uma negativa, como poderia ficar pensando numas coisas dessas? Quatre era seu melhor amigo, um amigo de infância. Além do que, provavelmente o mago a sua frente o rejeitaria ou talvez, e bem pior, não quisesse nem ao menos mais sua amizade... Não! Ele não permitiria que isso acontecesse! Deixaria tudo como está, está tudo tão bem, por que por tudo a perder por um simples beijo? Mas não é um simples beijo... Enquanto o moreno divagava, Quatre ficava cada vez mais nervoso. "por que ele tanto me olha?" era essa a pergunta que ele se fazia toda vez que olhava nos olhos do moreno, deixando-o cada vez mais nervoso.
- Aqui está o que pediu, Mestre Quatre. – diz uma mulher de cabelos castanhos, sorrindo gentilmente para Quatre.
- Obrigado Cath! – agradece Quatre - E por favor, eu já pedi para não me chamar assim, você e eu somos amigos desde que éramos pequenos, que nem seu irmão e eu, não é, Trowa? – complementa, sorrindo.
Trowa que havia tomado o maior susto quando viu que sua irmã também estava ali, só respondeu com um aceno de cabeça, concordando com o loirinho, e agradeceu mentalmente por poder usar essa "máscara" fria, se não ambos tinham percebido, se é que não perceberam.
Catherine retribuiu o sorriso para Quatre e depois olhou diretamente para seu irmão mais novo, fazendo este último engolir em seco.
- Bem! Agora tenho que ir! Afinal, não é nem um pouco legal deixar Fate cuidando das coisas por lá sozinha, ainda mais hoje! – diz Quatre já saindo pela porta, e dando mais um último aceno para os irmãos já no solo da floresta.
Não muito longe dali....
Duo estava na beira do lago que tinha nos fundos do jardim de seu castelo, estava sozinho precisava pensar no que tinha acontecido naquele dia, agora pouco, não entendia seu pai, falavam que ele era brincalhão e arteiro, etc... Mas não falam nada do rei, e ele é pior que o jovem príncipe de longas tranças. "Hnft! Vai entender esse pessoal! Vou aproveitar que estou aqui e pegar aquilo de uma vez por todas!", enquanto pensava ia soltando seus cabelos, que sempre estavam presos em uma grande trança.
Perto do lago...
"Mas que droga! Como aquele cara conseguiu fugir?" Heero ia caminhando nervosamente pelo bosque que tinha na parte de frente de sua casa por esse motivo, escolheram logo aquela casa pra se esconderem, fora o fato dela ser praticamente grudada com o castelo do Rei Treize. "Aliás, é muito estranho ele não ter notado que esse lugar está ocupado, se bem que estamos aqui há só três meses...".
Enquanto ia caminhando, decidiu ir nadar um pouco no lago que tinha ali perto...
No lago...
- Ai, que calor! Como está quente hoje! O clima perfeito para uma mergulhada. - Duo vai caminhando em direção ao lago, já estando nu, tremeu um pouco ao sentir a água gelada do lago, que mesmo com aquele Sol de verão, o reino de seu pai costuma ter as temporadas mais quentes de verão e as mais longas também, até que não era ruim, afinal não gostava mesmo do frio!
Sem dúvida alguma aquele lugar era perfeito para mais uma dessas tardes quentes!
Duo mergulhou, indo até o fundo do lago, e entrando numa espécie de caverna submarina e saindo pelo que seria a entrada da caverna que fica bem embaixo da montanha (o lago fica no pé dessa mesma montanha), uma caverna deveras interessante... As paredes do lugar são cheias de pedras preciosas, desde das mágicas a aquelas que são usadas pelas moças e mulheres ricas, mas para Duo, isso de nada importava, o que ele fora fazer ali, era outra coisa, só tinha que pegar uma coisa e já sairia, apesar de gostar daquele lugar, ali não era muito seguro, além do que, estava frio demais ali embaixo.
Heero já estava em frente ao lago, foi se aproximando calmamente da beira do lago, mas pára de repente, quando ao longe avista um amontoado de roupas, e logo depois ouve um barulho vindo do lago, o barulho de alguma coisa imergindo.
A superfície do lago, que até agora estava parada e não tinha nem sequer uma pequena ondulação, se mexeu toda, fazendo pequeníssimas ondas e aparecendo algumas bolhas, que explodiam ao chegar à superfície e do centro do lago surgiu uma cabeça, e depois o resto do corpo, Heero estava simplesmente encantado com a criatura que surgiu do lago, seria aquele um ser mágico? Uma daquelas criaturas mitológicas que podem respirar debaixo d'água e voarem como os pássaros? E tinham uma beleza exótica? Seria esse garoto uma dessas criaturas? E ele é tão lindo...
É interrompido pela encantadora voz do garoto que já tinha chegado na beirada do lago e estava indo pegar suas roupas; Heero percebeu que a bela criatura a sua frente estava corada.
- É... oi! Eu não tinha percebido que tinha alguém aqui antes de mergulhar no lago, está muito quente hoje, não? - tentou sorrir o mais naturalmente possível, mas não sabia por que estava com muita vergonha, tanta que sentia suas bochechas queimando.
- Hn! - pronto! Heero queria se matar! Por que foi responder desse jeito frio? Era bem provável que nunca mais o visse por causa disso! Pensou em pedir desculpas, mas o garoto o impediu, dizendo:
- Bem, meu nome é Duo e o seu, qual é? - perguntou sorrindo.
- Hã... Heero. - Heero se espantou, como pôde ter dito seu nome verdadeiro, e ainda por cima a uma pessoa que acabara de conhecer? Se Zechs fica sabendo disso...
- Heero? Prazer. - disse por fim, estendendo a mão ao rapaz a sua frente, olhando pela primeira vez nos olhos do outro, não estava mais tão envergonhado, já que terminara de vestir suas roupas.
- Igualmente. - disse neutro, mas na verdade totalmente fascinado pelos olhos do menino, olhos de uma cor muito singular, violetas, os mais lindos que jamais vira. E foi retribuindo o olhar do outro que pegou na mão oferecida pelo outro, a apertando com uma certa firmeza, mas ao mesmo tempo com delicadeza.
Duo estava bobo, os olhos daquele moreno eram simplesmente lindos, eram de um azul tão profundo, tinha certeza de que eram azuis-cobalto. Desviando o olhar, Duo começa a reparar melhor no moreno, ah, sim tinha o físico perfeito, afinal dava para ver muito bem seu corpo, já que estava com uma simples calça e uma camisa bem fresca, para o dia.
Soltando-se do aperto de mão, Duo começa a refazer a sua trança enquanto se senta na grama, e falando com Heero ao mesmo tempo.
- Você não é daqui, né? É a primeira vez que te vejo...
- É, não sou daqui não, cheguei há pouco tempo... - de novo! Falara a verdade de novo, agora sim estava ferrado... ah, se Zechs descobrir! Só queria saber o que tinha nesse garoto que o deixava tão à vontade pra falar? Logo ele, Heero Yuy, que nunca falara tanto com alguém desconhecido como agora, sem sombra de dúvida, esse garoto tinha alguma coisa de especial!
- Ahh, tá explicado! - disse sorrindo por ter conseguido uma resposta um pouco maior que as outras...
- SENHOR DUOOOOOOOOOO! SENHOR DUOOOOOOOOOO! - gritava Sally, a outra "guarda-costas" que seu pai designara para si. - Senhor Duo! O Rei quer falar com você!
- Obrigado Sally! Já estou indo e pare de me chamar assim, por algum acaso tenho cara de velho? - perguntou em tom de brincadeira, a qual foi respondido de pronto pela loira, com um movimento negativo de cabeça. - Então porque insiste em me chamar assim? Bem, não importa, já vou, já vou! - diz se levantando e logo depois se virando para Heero, que ainda estava sentado. - Tchau, Heero! Foi um prazer! Talvez da próxima vez a gente possa conversar um pouco mais? Até mais! - disse e saiu junto com Sally.
Heero ficou ali vendo Duo partir, percebeu claramente quando ele bateu nos bolsos das calças de tecido leve, como se tivesse procurando algo, algo que com toda certeza parece que ele achou, levantou-se e foi embora. Já podia voltar pra casa, já estava mais calmo.
Continua...
Notas:
[1] Esse nome eu demorei um pouco pra pensar, mas acho que combina com a cidade! ^.^
[2] Significa doeu mas também é equivalente à interjeição de dor.
Deixem reviews, please!
Quatre caminhava pela floresta atrás de Trowa, "Ah, será que ele vai poder me ajudar?", ele ia distraído sem reparar muito nas coisas a sua volta, o que em hipótese nenhuma deveria acontecer, já que ele estava na Floresta Proibida (que fica na fronteira do reino da cruel rainha Nakuru, Sank com Hikaru, um pequeno reino, governado pelo bondoso rei Treize Maxwell junto do jovem príncipe Duo Maxwell), que era um dos lugares mais perigosos de ambos os reinos... Graças a essa sua distração, Quatre acaba escorregando em uma poça d'água...
Não muito longe dali, Trowa Barton, o príncipe da Floresta Proibida, filho do prefeito da cidade de Luminuswood [1], caminhava silenciosamente atrás do jantar do dia, quando de repente ouve um grito:
- Ahhhhh, itai! [2] – diz Quatre com a cara cheia de lama e reparando no estado em que estava, todo ensopado e com lama até nos lugares mais imprevisíveis... – Mas que droga! Nesse momento Trowa chega, e pergunta preocupado:
- Quatre, tudo bem? – diz Trowa um pouco corado, pois seu amigo estava com a roupa toda molhada, o que fazia com que ela grudasse no corpo de jovem mago, deixando-o ainda mais irresistível aos olhos do moreno – O-o q-que aconteceu?
- Ah, oi Trowa! Está tudo bem sim, só estou um pouco molhado! – diz o loirinho com um sorriso lindo no rosto, já sem toda aquela lama, não percebendo o estado do amigo, que ficou mais bobo depois do sorriso que lhe foi dado – ah eu só escorreguei nessa poça de lama!
- É? Que bom que você está bem! – diz Trowa sentindo-se orgulhoso por conseguir falar.
- Trowa? Será que você poderia me ajudar? – diz o pequeno mago que mais parecia um anjo de tão lindo (e fofo também! ^__^) e com aquele sorriso sempre em seu rosto.
- Claro que sim! – responde o moreno, já mais recomposto, já que o loirinho secou a suas roupas com um feitiço, e sentindo uma alegria enorme pelo fato de poder ajudá-lo.
- Hnf! Pelo menos esse feitiço é mais fácil de se fazer. Alguma coisa eu tinha de aprender! – diz num tom de raiva, mas logo depois volta a sorrir. – Então, vamos até a cidade? Trowa faz que sim com a cabeça, e os dois vão caminhando em direção a cidade que tem no coração da floresta...
Em algum lugar de Hikaru
- Príncipe Heero! Príncipe Heero! – de longe se ouvia os gritos da empregada que corria pela casa inteira em busca do príncipe.
- O que foi? E eu já lhe disse para não me chamar assim, sabe que estamos sendo procurados por aquela... – disse num tom frio o príncipe de olhos azuis-cobalto.
- Perdão, princ... er, quero dizer, senhor Heero, mas penso que é difícil ela nos achar por aqui.
- Não, não é! Esqueceu-se que ela tem espiões por toda parte? – repreendeu sem mudar o tom de voz.
- Perdoe-me! – disse a empregada assustada, pois sabia que quanto mais nervoso seu senhor estava, mais fria e calma era sua voz.
- Diga-me, o que quer? Por que estava gritando aos quatro ventos por Heero? – Zechs acaba de aparecer na sala da casa.
- Bem é que... senhor Zechs, senhor Heero, eu vi um individuo muito suspeito rondando a casa, e eu só pensei que devia avisá-los! – disse a empregada ainda temerosa.
- Hummm... – Heero sai da casa, seguido por Zechs. Do lado de fora, não tem nem sinal do tal sujeito.
- Hn! Devia ter imaginado, acho que aquela empregada deve de estar imaginando coisas. – mal Heero terminou de falar, ouvisse um grito de dentro da casa.
- Mas... Kuso! - Zechs e Heero saem correndo em direção a casa...
Palácio Real Hikaru
- Duo! Vem aqui! – diz Treize, sério.
- Sim, pai? – diz o príncipe.
- Você não jogou as minhocas em Lady Une ou jogou?
- Sim, joguei, mas eu posso explicar... – é interrompido pela risada do rei.
- Não... acredito... que você.. – diz depois de alguns minutos, ainda tentando recompor o fôlego – Ah, garoto! Você vai ter que me contar tudo!!
Duo olha o pai confuso, sem entender onde ele queria chegar, mas mesmo assim acaba contando tudo.
Na Floresta Proibida
Quatre nunca ia se acostumar com isso, ou melhor, com aquilo, era incrível, nem mesmo o mais poderoso dos magos poderia ter um dia imaginado que uma coisa dessas pudesse realmente existir. A cidade de Luminuswood, que seria uma espécie cidade principal, já que existem mais sete cidades dentro da enorme floresta, todas protegidas pela vegetação e as histórias que se ouve sobre o lugar também ajudam muito a deixar esse pequeno povo em paz, Luminuswood era sem dúvida alguma, a mais bela e imponente de todas as noites, com suas casas de árvores que, de alguma forma, refletia a pouca quantidade de luz que o Sol conseguia passar pelas frestas entre as copas das árvores, fazendo com que essa parte (o coração da floresta) se iluminasse, dando a luz de que todos precisavam para sua sobrevivência. "Só queria entender como...", pensa Quatre, já lhe explicaram que quando chegaram ao local, várias ninfas da floresta construíram a cidade para abrigar seus novos amigos, o que ninguém entendia era o por quê delas (as ninfas) terem sumido, desaparecido misteriosamente, exatos dois anos depois de tudo.
- Então, Quatre, o que desejas de mim? – seus pensamentos foram cortados pela voz de Trowa.
- Hã? Ah, claro, eu só vim pedir um pouco de... – Trowa não prestava atenção nas palavras do loirinho, só em como a boca do mesmo se mexia conforme falava, em como queria poder beijá-la e proclamá-la só para si, sacudiu a cabeça em uma negativa, como poderia ficar pensando numas coisas dessas? Quatre era seu melhor amigo, um amigo de infância. Além do que, provavelmente o mago a sua frente o rejeitaria ou talvez, e bem pior, não quisesse nem ao menos mais sua amizade... Não! Ele não permitiria que isso acontecesse! Deixaria tudo como está, está tudo tão bem, por que por tudo a perder por um simples beijo? Mas não é um simples beijo... Enquanto o moreno divagava, Quatre ficava cada vez mais nervoso. "por que ele tanto me olha?" era essa a pergunta que ele se fazia toda vez que olhava nos olhos do moreno, deixando-o cada vez mais nervoso.
- Aqui está o que pediu, Mestre Quatre. – diz uma mulher de cabelos castanhos, sorrindo gentilmente para Quatre.
- Obrigado Cath! – agradece Quatre - E por favor, eu já pedi para não me chamar assim, você e eu somos amigos desde que éramos pequenos, que nem seu irmão e eu, não é, Trowa? – complementa, sorrindo.
Trowa que havia tomado o maior susto quando viu que sua irmã também estava ali, só respondeu com um aceno de cabeça, concordando com o loirinho, e agradeceu mentalmente por poder usar essa "máscara" fria, se não ambos tinham percebido, se é que não perceberam.
Catherine retribuiu o sorriso para Quatre e depois olhou diretamente para seu irmão mais novo, fazendo este último engolir em seco.
- Bem! Agora tenho que ir! Afinal, não é nem um pouco legal deixar Fate cuidando das coisas por lá sozinha, ainda mais hoje! – diz Quatre já saindo pela porta, e dando mais um último aceno para os irmãos já no solo da floresta.
Não muito longe dali....
Duo estava na beira do lago que tinha nos fundos do jardim de seu castelo, estava sozinho precisava pensar no que tinha acontecido naquele dia, agora pouco, não entendia seu pai, falavam que ele era brincalhão e arteiro, etc... Mas não falam nada do rei, e ele é pior que o jovem príncipe de longas tranças. "Hnft! Vai entender esse pessoal! Vou aproveitar que estou aqui e pegar aquilo de uma vez por todas!", enquanto pensava ia soltando seus cabelos, que sempre estavam presos em uma grande trança.
Perto do lago...
"Mas que droga! Como aquele cara conseguiu fugir?" Heero ia caminhando nervosamente pelo bosque que tinha na parte de frente de sua casa por esse motivo, escolheram logo aquela casa pra se esconderem, fora o fato dela ser praticamente grudada com o castelo do Rei Treize. "Aliás, é muito estranho ele não ter notado que esse lugar está ocupado, se bem que estamos aqui há só três meses...".
Enquanto ia caminhando, decidiu ir nadar um pouco no lago que tinha ali perto...
No lago...
- Ai, que calor! Como está quente hoje! O clima perfeito para uma mergulhada. - Duo vai caminhando em direção ao lago, já estando nu, tremeu um pouco ao sentir a água gelada do lago, que mesmo com aquele Sol de verão, o reino de seu pai costuma ter as temporadas mais quentes de verão e as mais longas também, até que não era ruim, afinal não gostava mesmo do frio!
Sem dúvida alguma aquele lugar era perfeito para mais uma dessas tardes quentes!
Duo mergulhou, indo até o fundo do lago, e entrando numa espécie de caverna submarina e saindo pelo que seria a entrada da caverna que fica bem embaixo da montanha (o lago fica no pé dessa mesma montanha), uma caverna deveras interessante... As paredes do lugar são cheias de pedras preciosas, desde das mágicas a aquelas que são usadas pelas moças e mulheres ricas, mas para Duo, isso de nada importava, o que ele fora fazer ali, era outra coisa, só tinha que pegar uma coisa e já sairia, apesar de gostar daquele lugar, ali não era muito seguro, além do que, estava frio demais ali embaixo.
Heero já estava em frente ao lago, foi se aproximando calmamente da beira do lago, mas pára de repente, quando ao longe avista um amontoado de roupas, e logo depois ouve um barulho vindo do lago, o barulho de alguma coisa imergindo.
A superfície do lago, que até agora estava parada e não tinha nem sequer uma pequena ondulação, se mexeu toda, fazendo pequeníssimas ondas e aparecendo algumas bolhas, que explodiam ao chegar à superfície e do centro do lago surgiu uma cabeça, e depois o resto do corpo, Heero estava simplesmente encantado com a criatura que surgiu do lago, seria aquele um ser mágico? Uma daquelas criaturas mitológicas que podem respirar debaixo d'água e voarem como os pássaros? E tinham uma beleza exótica? Seria esse garoto uma dessas criaturas? E ele é tão lindo...
É interrompido pela encantadora voz do garoto que já tinha chegado na beirada do lago e estava indo pegar suas roupas; Heero percebeu que a bela criatura a sua frente estava corada.
- É... oi! Eu não tinha percebido que tinha alguém aqui antes de mergulhar no lago, está muito quente hoje, não? - tentou sorrir o mais naturalmente possível, mas não sabia por que estava com muita vergonha, tanta que sentia suas bochechas queimando.
- Hn! - pronto! Heero queria se matar! Por que foi responder desse jeito frio? Era bem provável que nunca mais o visse por causa disso! Pensou em pedir desculpas, mas o garoto o impediu, dizendo:
- Bem, meu nome é Duo e o seu, qual é? - perguntou sorrindo.
- Hã... Heero. - Heero se espantou, como pôde ter dito seu nome verdadeiro, e ainda por cima a uma pessoa que acabara de conhecer? Se Zechs fica sabendo disso...
- Heero? Prazer. - disse por fim, estendendo a mão ao rapaz a sua frente, olhando pela primeira vez nos olhos do outro, não estava mais tão envergonhado, já que terminara de vestir suas roupas.
- Igualmente. - disse neutro, mas na verdade totalmente fascinado pelos olhos do menino, olhos de uma cor muito singular, violetas, os mais lindos que jamais vira. E foi retribuindo o olhar do outro que pegou na mão oferecida pelo outro, a apertando com uma certa firmeza, mas ao mesmo tempo com delicadeza.
Duo estava bobo, os olhos daquele moreno eram simplesmente lindos, eram de um azul tão profundo, tinha certeza de que eram azuis-cobalto. Desviando o olhar, Duo começa a reparar melhor no moreno, ah, sim tinha o físico perfeito, afinal dava para ver muito bem seu corpo, já que estava com uma simples calça e uma camisa bem fresca, para o dia.
Soltando-se do aperto de mão, Duo começa a refazer a sua trança enquanto se senta na grama, e falando com Heero ao mesmo tempo.
- Você não é daqui, né? É a primeira vez que te vejo...
- É, não sou daqui não, cheguei há pouco tempo... - de novo! Falara a verdade de novo, agora sim estava ferrado... ah, se Zechs descobrir! Só queria saber o que tinha nesse garoto que o deixava tão à vontade pra falar? Logo ele, Heero Yuy, que nunca falara tanto com alguém desconhecido como agora, sem sombra de dúvida, esse garoto tinha alguma coisa de especial!
- Ahh, tá explicado! - disse sorrindo por ter conseguido uma resposta um pouco maior que as outras...
- SENHOR DUOOOOOOOOOO! SENHOR DUOOOOOOOOOO! - gritava Sally, a outra "guarda-costas" que seu pai designara para si. - Senhor Duo! O Rei quer falar com você!
- Obrigado Sally! Já estou indo e pare de me chamar assim, por algum acaso tenho cara de velho? - perguntou em tom de brincadeira, a qual foi respondido de pronto pela loira, com um movimento negativo de cabeça. - Então porque insiste em me chamar assim? Bem, não importa, já vou, já vou! - diz se levantando e logo depois se virando para Heero, que ainda estava sentado. - Tchau, Heero! Foi um prazer! Talvez da próxima vez a gente possa conversar um pouco mais? Até mais! - disse e saiu junto com Sally.
Heero ficou ali vendo Duo partir, percebeu claramente quando ele bateu nos bolsos das calças de tecido leve, como se tivesse procurando algo, algo que com toda certeza parece que ele achou, levantou-se e foi embora. Já podia voltar pra casa, já estava mais calmo.
Continua...
Notas:
[1] Esse nome eu demorei um pouco pra pensar, mas acho que combina com a cidade! ^.^
[2] Significa doeu mas também é equivalente à interjeição de dor.
Deixem reviews, please!
