Um caso complicado de se resolver
A cerimônia foi linda, e na festa todos estavam dançando, mas Sakura e Shaoran andavam por um jardim que havia ali perto. Sakura observava as flores, mas pensava em como contar para Shaoran o que ela sentia.
- Sakura, tem algo que eu preciso falar para você. – disse ele, fazendo um calafrio percorrer a espinha dela.
- O que é? – perguntou ela, ainda de costas para ele.
- Eu devia ter te contado isso há muito tempo, mas não tive coragem. – ele a abraçou por trás e abaixou a cabeça, deixando os lábios próximos ao ouvido dela.
- E o que é? – perguntou ela, imaginando o que o faria agir daquela forma.
- Estou apaixonado por você. – disse ele, em um sussurro. Sakura estava em choque, ela nunca esperava por isso, pensava que ele nunca gostaria dela. – Sakura?
- Shaoran, eu... – ela se afastou dele, se virou e o olhou nos olhos. – Você acredita se eu disser que também estou apaixonada por você? – ela se aproximou dele e os dois ficaram cara-a-cara, somente com alguns centímetros de distância os separando.
- Você… fala sério? – ele não esperava por isso.
- Nunca falei mais sério em toda a minha vida. – disse ela, ainda o olhando nos olhos.
- Então, se é assim, se importa se eu fizer uma coisa com a qual sonhei por muito tempo? – disse ele, segurando o rosto dela e acariciando-o.
- Você não foi o único que sonhou com isso. – disse ela, fechando os olhos.
- Fico feliz em ouvir isso. – disse, antes de beija-la.
- Ah, Shaoran... – Sakura suspirava entre beijos, ela sabia que ele nunca havia beijado nenhuma garota, mas não parecia. Os lábios dele eram tão doces... Passou os braços pelo pescoço dele em um abraço carinhoso, não queria se separar dele tão cedo, mas foi preciso, pois os dois já estavam ficando sem ar. Apoiou-se no peito dele enquanto recuperava o fôlego, ouviu o coração dele bater acelerado. Sentiu o calor do corpo dele, era incrível como isso a fazia sentir tranqüila e protegida, como se nada pudesse a atingir enquanto estivesse nos braços dele.
- Sakura? – ela levantou a cabeça e o olhou nos olhos. – Sei que a pergunta vai parecer idiota depois disso, mas... Namora comigo?
- Claro que sim. – ela riu. – Vamos ver se assim o Shinji me deixa em paz.
- Verdade. – os dois riram.
Eles ficaram ali, só curtindo a companhia um do outro quando resolveram voltar para o meio da festa.
- Me dá a honra dessa dança? – perguntou Shaoran, quando eles ouviram uma música ritmada.
- Claro.
Os dois entraram na pista e arrasaram, todos bateram palmas quando eles saíram da pista.
- Assistir às suas aulas de dança ajuda bastante. – disse Shaoran, rindo com Sakura quando eles saíram. – Mas você ainda dança muito melhor do que eu.
- Não é verdade. – eles ficaram frente a frente. – Você dança muito bem.
- Mas você é a melhor. – disse ele, a abraçando pela cintura.
- Eu acho que não. – disse ela. Logo ouviu uma música lenta começar. – Dança essa também?
- Se você quiser...
- Vamos. – ela o puxou para a pista e eles começaram a dançar abraçados. – Shaoran.
- O que foi?
- Me beija?
- Aqui no meio de todo mundo?
- É, por que não?
- Bem...
- Vamos ter que fazer isso mais cedo ou mais tarde.
- Tudo bem, você que pediu. – ele se aproximou dela e a beijou.
- Tire suas mãos da minha irmã! – berrou Touya entrando no meio da pista. Só para brincar, Shaoran tirou as mãos da cintura dela. – Ora, seu pivete... – Touya puxou Sakura para longe de Shaoran.
- Touya, me deixa! – disse Sakura, se soltando das mãos de Touya e indo para perto de Shaoran. – Fui eu que pedi para ele me beijar, vê se arranja uma vida para cuidar.
- Parece que Sakura finalmente achou um rumo na vida. – disse Yukito, se aproximando com Sakuya.
- E você disse que ele não tinha nada de muito especial, não é, Sakura? – disse Sakuya.
- Ah, Sakuya, não enche. – disse ela, se apoiando no peito dele.
- É, agora é não enche, mas você riu quando eu falei que ele parecia um deus grego.
- Bom... – disse Sakura, enquanto Shaoran olhava meio transtornado para ela.
- Nós dois rimos. – disse Yukito. – Sakura tinha falado que você iria dizer algo assim, por isso rimos do comentário.
- Ah, foi? – perguntou Sakuya, desconfiada.
- Foi, você me ouviu dizer que ele não era alguma vez? – perguntou Sakura.
- Chega, falem de mim quando eu não estiver ouvindo, pode ser? – pediu Shaoran e os três riram.
- Tudo bem, agora vamos sair do meio da pista.
A festa continuou normal e todos se divertiram muito. Sakura estava exausta no fim, eles foram com Fuyutaka dirigindo, Sakura e Shaoran no banco de trás. Sakura, na verdade, dormia apoiada no ombro dele.
Na manhã seguinte, Fuyutaka e Yelan preparavam as coisas para irem viajar enquanto Sakura e Shaoran estavam na cozinha, arrumando a louça e conversando (e claro, namorando, porque ninguém é de ferro).
- Sakura? – perguntou Shaoran, enquanto ele lavava os pratos e ela guardava.
- O que é? – ela fechou o armário e se virou para ele.
- Você gostaria de ir comigo para Hong Kong? Passar o natal lá?
- Não sei... Você quer que eu vá?
- Eu adoraria, só preciso avisar meu pai. – disse ele, a abraçando.
- Você está molhando toda a minha roupa. – disse ela.
- Acho que você não se importa. – ele a beijou. – Então, você quer vir?
- Eu gostaria, mas não tenho como bancar a passagem, Shaoran. O casamento não foi barato, você sabe.
- Eu sei, mas posso pedir para meu pai. Como você acha que eu estou indo?
- Tudo bem, mas só se não tiver problema algum com isso.
- Vou falar com ele. – ele a beijou novamente.
- Ei, vocês dois, dá para acabarem com isso logo? – disse Touya, mal-humorado.
- Ah, Touya, não enche, vai? – disse Sakura, voltando a beijar Shaoran logo em seguida.
- Ah, dá um tempo. – reclamou Touya, indo para a sala assistir TV.
- Ele está certo, vamos acabar isso para podermos dar uma volta. – disse Shaoran, desfazendo o beijo.
- Tudo bem.
Eles acabaram de arrumar a cozinha e Shaoran ligou para seu pai depois que Fuyutaka permitiu que Sakura fosse com ele enquanto ela ajudava Touya a arrumar as coisas dele, pois Touya iria embora também.
- Alô, por favor, gostaria de falar com o senhor Law Li.
- Quem gostaria? – perguntou a governanta.
- Shaoran Li, o filho dele.
- Jovem Shaoran, há quanto tempo! – exclamou a moça.
- Faz tempo mesmo, Srta Kamiya. Meu pai está?
- Está sim, vou passar para ele agora mesmo. – ela levou o telefone para o homem.
- Shaoran, é você?
- Sou eu sim, pai.
- Algum problema com a viagem?
- Bom, mais ou menos...
- Diga logo que tenho uma reunião em quinze minutos.
- Você lembra que falei sobre Sakura?
- Ah, a sua meia-irmã que você está apaixonado.
- Sim, então, eu estava pensando se não tinha como ela ir comigo para aí.
- Vocês estão namorando, é?
- Sim.
- Desde quando?
- Ontem.
- Mas tão cedo assim?
- Pai, você vai entender quando a conhecer.
- Bom, você ficou sem ninguém até os dezessete anos, acho que pra ela conseguir mexer com você tem que ser alguém muito especial. Tudo bem, ela pode vir. Vou mandar alguém depositar o dinheiro para que vocês comprem a passagem.
- Obrigado, pai.
- De nada, agora preciso ir, até mais.
- Até. – Shaoran desligou.
- E então? – Sakura se aproximava.
- Ele vai mandar o dinheiro. – ele a abraçou.
- Quer dar uma volta? – ela se desvencilhou do abraço dele, mas segurou a mão dele, puxando-o levemente.
- Claro, mas só se você me der um beijo.
- Se você quer tanto... – ela se aproximou dele e brincou um pouco com os cabelos dele. – Será que eu dou assim fácil? – perguntou, em tom de brincadeira.
- Só se você quiser. – respondeu ele, fechando os olhos e curtindo a sensação de tê-la perto de si e o jeito suave com que ela brincava com seus cabelos rebeldes.
- O que mais eu poderia querer? – ela se aproximou mais dele e o beijou. Parou de brincar com os seus cabelos macios e passou os braços pelo pescoço do rapaz em um abraço carinhoso. Sentiu-o passar um dos braços fortes pela sua cintura e o outro pelas costas, aproximando-a ainda mais.
O perfume dela o deixava sem ação alguma, a única coisa na qual ele podia pensar era em mergulhar nessa sensação maravilhosa que ela lhe causava. Na verdade ambos tinham a mesma sensação de felicidade e o mesmo desejo de ficarem juntos. Shaoran abrira seu coração para Sakura e somente para ela em toda a sua vida, sabia que era isso o que ele queria. Já Sakura "curtira" um pouco mais a adolescência, Shaoran não era seu primeiro namorado, mas nenhum dos rapazes com os quais ela namorara ou ficara a fizera se sentir tão segura, tão amada, nem mesmo Yukito conseguira fazê-la se sentir segura daquela forma.
Separaram-se, mas continuaram abraçados, Sakura aconchegada no tórax dele, ouvindo o coração dele bater forte, enquanto ele sentia a respiração e também o peito dela que por vezes esfregava nele. Ficaram em silencio, só curtindo, mas Touya, que não perde uma chance de atrapalhar, os interrompeu.
- Ei, ei, ei, olha o respeito. – Touya os separou.
- Vamos, Shaoran. De preferência para um lugar onde ele não nos encontre. – Sakura pegou na mão dele e os dois saíram da casa.
- Para onde quer ir? – perguntou ele, quando os dois pararam em uma esquina.
- Está um pouco frio, por que não vamos à lanchonete tomar um chocolate quente?
- Claro, vamos. – Ele a abraçou pela cintura e os dois foram andando calmamente para lá. No meio do caminho sentiu um calafrio percorrer o corpo dela. – Espera. – ele a soltou e tirou o casaco que estava usando. – Coloca isso.
- Mas você vai ficar com frio.
- Não se preocupe com isso. – ele estendeu o casaco para ela.
- Prefiro que ele fique com você. – ela recostou o corpo nele e sentiu o calor dele a aquecer. – Assim eu fico bem melhor.
- Se você prefere assim... – ele colocou o casaco e a abraçou de lado, deixando-a recostada nele e coberta por uma parte do casaco.
Assim que eles entraram na lanchonete, Sakura se sentou em uma mesa e Shaoran foi pedir os chocolates. Nisso, Shinji, que estava lá, foi falar com Sakura.
- Olá, Sakura, tudo bem?
- Tudo ótimo e com você?
- Tudo bem. Você me parece muito feliz, o que houve?
- Bem, é que algo que eu estava querendo aconteceu ontem de noite, no casamento do meu pai.
- E eu posso saber o que seria isso?
- Bom... – ela hesitou, mas Shaoran respondeu por ela.
- Nós começamos a namorar, então para de dar mole para ela e dê o fora antes que eu quebre a sua cara.
- Isso não é justo. – disse ele, baixinho.
- O que foi que você disse? – perguntou Shaoran, irritado.
- Estou de olho nela desde a oitava série e você chega assim do nada e a rouba de mim.
- Shinji, eu nunca fui sua. – disse Sakura docemente, segurando a mão de Shaoran antes que ele avançasse para cima de Shinji. – Sei que gosta de mim desde a oitava, não sou boba, Yukito chegava a ter ciúme de você algumas vezes. Só que eu só o vejo como amigo, sinto muito.
- Se ele não tivesse chegado eu teria alguma chance?
- Não, Shinji, nenhuma. Você é legal, mas não é alguém que eu namoraria, desculpe.
- Tudo bem, já vou indo. – ele se levantou e saiu da lanchonete.
- Eu odeio fazer isso.
- Mas se ele não entende, você tinha que falar. – Shaoran deu a ela um copo de chocolate quente. – Tome isso, vai se sentir melhor.
- Obrigada. – ela tomou um pouco.
Eles terminaram de beber e foram dar uma volta pelo parque pingüim. Passaram uma manhã muito agradável e calma. Foram para casa na hora do almoço e logo depois acompanharam Fuyutaka e Yelan até o aeroporto já que eles iam passar mais de um mês na França em lua-de-mel.
- Divirtam-se, e não se preocupem conosco. – disse Sakura.
- Têm certeza de que vão ficar bem? – perguntou Fuyutaka.
- Claro que vamos, não se preocupem. – ela sorriu.
- Você se cuide, hein, Sakura? – disse o pai.
- Eu vou. – respondeu ela, sorrindo ainda.
- Pode deixar que eu cuido dela. – disse Shaoran, abraçando-a.
- Vou confiar. – disse Fuyutaka.
- Divirtam-se em Hong Kong e Shaoran, tente não brigar tanto com Kimie e suas irmãs, OK?
- Vou tentar.
- Não durma muito tarde, escove bem os dentes, não se meta em confusão...
- Mãe! – Shaoran corou enquanto Sakura ria. – Eu sei isso tudo já.
- Sakura, não se esqueça da aula de dança que é daqui a pouco. – disse Fuyutaka.
- Pai, alguma vez eu já esqueci da aula? Parem de se preocupar tanto e divirtam-se, esse momento é só de vocês, então aproveitem porque logo depois vocês vão voltar ao inferno do dia-a-dia. – disse Sakura e todos riram.
- Verdade, mas vocês se cuidem. – disse Yelan.
- Melhor vocês irem. – disse Shaoran quando ouviram a última chamada para o vôo. – Não se preocupem conosco.
- Tudo bem, tchau. – os dois embarcaram.
- Finalmente sós. – disse ele enquanto os dois saíam do aeroporto.
- É, Touya agora deve estar no meio da estrada.
- Não quer esquecer a aula de dança não? – ele a abraçou pela cintura.
- A oferta é tentadora, mas não. Minhas responsabilidades, Shaoran. Vamos ter tempo suficiente para nós quando estivermos em Hong Kong. – ela passou os braços pelo pescoço dele. – Mas temos um pouco de tempo antes da aula ainda. – ela foi se aproximando lentamente, mas o apressado se aproximou rapidamente e a beijou.
- Sakura? – alguém a chamou, interrompendo-os.
- Ah, quem é o miserável? – perguntou Shaoran, baixinho.
- Shinta! – disse Sakura, meio desconcertada. – O que faz por aqui?
- Eu estava passando por aqui e te vi. Moro há duas quadras daqui, esqueceu?
- Shaoran, você lembra do Shinta. Da aula de dança.
- Lembro.
- Você não vai para a aula? – perguntou Shinta.
- Vou, a gente estava indo para casa.
- Não parecia...
- Shinta...
- Desculpe.
- Agora temos que ir, ainda tenho que me trocar em casa. A gente se vê na aula. – os dois saíram do aeroporto.
Assim que chegaram, Sakura se trocou e os dois foram para a escola de dança, namorando, é claro. Já era normal Shaoran assistir às aulas, ele entrava lá, sentava num canto e ficava olhando. A surpresa de todos foi quando Sakura o beijou antes de ir para a aula. Shinta, que não perdia uma chance de tirar um sarrinho disse:
- Vocês estão espantados à toa, não viram o amasso que eles estavam mais cedo no aeroporto.
- Shinta! – Sakura o repreendeu enquanto os outros, e Shaoran também, riam.
- Bom, vamos parar de discutir a vida pessoal da nossa amiga que eu tenho uma notícia importante para vocês. – disse a professora. – Uma prima minha que mora em Hong Kong está organizando um festival de natal e nos convidou a fazer uma apresentação lá no dia 25.
- Sério? – espantou-se Sakuya.
- Sério.
- Que coincidência. – comentou Sakura.
- Por que coincidência, Sakura? – perguntou Shinta.
- Vou passar o natal lá.
- É mesmo, Shaoran é de lá. Já vai conhecer a família dele, Sakura? A coisa tá ficando séria. – comentou Shinta, fazendo todos rirem.
- Certo, certo, quem poderia ir?
- Acho que sim. – disse a maioria.
- Certo, então vou escalar um grupo. Enquanto isso, vão praticando um pouco. – eles ficaram praticando as danças. Eles tinham desde dança de rua até valsa e as danças de salão comuns.
- O que você acha? – perguntou Sakura para Shaoran.
- Já vamos estar lá mesmo, se você quiser ir, vou com você com o maior prazer.
- Você é um doce.
- Não, você que é.
- Ei, Sakura, nós vamos treinar o "Allstar", você nos ajuda? – chamou Shinta.
- Allstar? – estranhou Shaoran.
- Não se preocupe, é uma música do Smashmouth. Vou sim, Shinta. – ela se afastou de Shaoran e todos se juntaram para dançar a música. Era bem ritmada e eles dançavam como se fosse de rua. Todos dançando sincronizados, só havia uma parte em que Sakura se destacava com algumas acrobacias.
- Meus parabéns! – disse a professora. – Já montei o grupo. Sakura Kinomoto, Sakuya Shiroyama, Tomoyo Hiiragizawa, Shinta Niimai, Yahiko Kamiya e Makoto Mizuki (foi mal, fiquei sem opção, ele não tem nada a ver com a professora).
- Que bom, a gente vai passar o natal juntas, no fim. – disse Tomoyo para Sakura e Sakuya.
- É mesmo.
- Agora vamos fazer a seleção de danças. Acho que vamos ficar só com dança de rua e uma dança em pares. Alguma sugestão?
- Lambada? – perguntou Sakuya.
- Pode ser, é algo diferente. Mais alguma? Não, então vamos lá. Quero ver o "Oops... I did it again" da Britney Spears. – A professora foi até o rádio e todos se posicionaram para começar a dança. Na verdade os mais novos se sentaram em um canto, próximos de Shaoran para assistir, já que não sabiam a coreografia (gente, quando eu me refiro à dança de rua eu quero dizer aquelas danças com músicas ritmadas, tipo às que a gente vê em GRD, mas não achei um nome para definir, se alguém souber um me avise, por favor. ^_^0).
A dança era linda, todos sincronizados e havia somente uma parte (aquela que a Britney começa a falar com um cara) em que Sakura e Shinta começavam a fazer uns passos ensaiados, estrelas e umas poucas acrobacias também. Todos aplaudiram de pé quando eles acabaram. Sakura estava ofegante e suada, mas continuou a aula normalmente e estava acabada quando chegara a hora de ir embora. Ela foi até Shaoran parecendo totalmente acabada.
- Você me carrega até em casa? – brincou ela.
- Decida-se, sou seu namorado ou escravo particular? – disse ele e os dois riram. – Se você quiser mesmo que eu carregue...
- Não, eu estava brincando, mas você podia cuidar do jantar, né?
- OK, eu cuido. Vamos?
- Sakura, espera um pouco. – Shinta vinha correndo saindo do vestiário dos garotos.
- Que foi, Shinta?
- É o seguinte, você lembra que eu e mais uns rapazes da minha escola tínhamos uma banda?
- Lembro sim, você até me convidou uma vez pra ir ver, mas acabei tendo um imprevisto e não pude ir.
- Isso. A gente estava pensando em se reunir nesse fim de ano, só que estamos com um problema.
- Qual seria?
- Bom, estamos sem guitarrista.
- Ah, Shinta...
- Por favor, Sakura. Eu te peço, tente pelo menos, se não gostar deles não precisa mais voltar.
- Shinta, faz séculos que não pego minha guitarra.
- Sakura, você sempre tocou maravilhosamente bem, só dar uma treinada que você consegue. Por favor.
- Tudo bem, eu te ligo amanhã pra falar como que eu estou na guitarra.
- Valeu, Sakura, você é um anjo.
- Nem vem, estou falando que vou ver, e não que vou quebrar o galho de vocês.
- Tudo bem, espero você ligar amanhã.
- Até amanhã. – Sakura saiu com Shaoran da escola de dança.
- Não sabia que você tocava guitarra.
- É, Shinta é um dos poucos que sabe. Acho que vou ter que tirar a guitarra do maleiro do meu quarto.
- Descanse quando chegarmos, eu pego para você.
- Não, você vai fazer o jantar que eu estou faminta. Pode deixar que eu mesma pego a guitarra.
Eles chegaram lá, Shaoran foi para a cozinha e Sakura foi para seu quarto pegar e guitarra e sua antiga pasta de musicas. Desceu para a sala com os dois e começou e dar uma limpada na guitarra. Depois de uns quinze minutos, ela começou a dedilhar um pouco na guitarra, trocando sempre de acorde, para ver se lembrava todos. Shaoran apurou os ouvidos para escuta-la tocar, e não tardou em Sakura começar a tocar umas músicas mais simples.
Logo depois, Shaoran foi até a sala.
- Sakura, o jantar está pronto.
- Obrigada. – ela deixou a guitarra em cima do sofá. – Parece que dá para ajudar o Shinta, o que você acha?
- Para mim você está ótima.
- É, vou ter um longo dia amanhã.
- Olha, só não esquece que temos que ir ver os seus documentos amanhã.
- É mesmo, tinha esquecido. Nós vamos, não se preocupe.
Bom, gente, eu sei que pra toda essa demora esse capítulo ficou fraquinho, mas é que estou meio sobrecarregada: além desse, estou fazendo mais dois fics, um deles é o E A VIDA CONTINUA que já está publicado aqui há um tempão e retomei por causa de outro site.
Finalmente as coisas estão começando a se acalmar, acho que Sakura merece. Mas, será mesmo que a missão de Sakura e Yukito no QG dos Allstars foi totalmente bem sucedida? Quem sabe, né?
Aconteceu um milagre, esse foi o primeiro capítulo que fiz realmente sem ajuda... Andei pedindo muita ajuda para o outro, mas esse saiu sem ajuda de ninguém. Parece que estou melhorando, mas o que vocês acham? Deixem um review, mandem um e-mail, me contatem no ICQ: 165702015 ou no MSN: stella_oro@hotmail.com
Valeu, gente.
Bjs, Miaka.
