Um caso complicado de se resolver
Aquele dia passou bem, Sakura melhorou e ficou namorando com Shaoran o dia todo, passeando ou em casa mesmo. No dia seguinte o julgamento teve seu início, parecia que tudo iria correr bem, mas as coisas começaram a ficar estranhas quando chamaram Sakura novamente para depor no segundo dia, logo depois que Shinta havia sido interrogado.
- Devo lembrá-la que ainda está sob juramento, srta. Kinomoto. – disse o juiz.
- Sim senhor, eu sei disso. – disse ela, se sentando.
- Srta. Kinomoto. – começou o advogado de defesa (o de Sadoshima). – A senhorita não pertence à gangue nenhuma, certo?
- Certo.
- Não tem relações de nenhum tipo com qualquer gangue?
- Bom, com a gangue em si não, mas tenho amigos que são de gangues.
- Um deles seria Yukito Tsukishiro, chefe dos White Tigers, certo?
- Sim.
- Por acaso foi com ele que a senhorita bolou um plano para incriminar o meu cliente e...
- Incriminar? Ele iria me matar, o que queria que eu fizesse?
- Acalme-se, senhorita, ou será que tem medo de que eu descubra algo que posso livrar meu cliente?
- O seu cliente foi acusado de posse ilegal de arma, coisa da qual não pode ser liberado, já que não tem como conseguir os documentos da arma agora, e tentativa de homicídio, com testemunhas e a prova, que seria a bala que disparou da arma dele e foi para a parede da sala de estar da família Niimai.
- Certo... Pode ser que tenha razão, mas, pelo que eu descobri, sua ficha não é das mais limpas.
- Claro... – disse ela, em tom irônico. – Me fale alguma acusação da qual eu já não tenha dado satisfações.
- Assassinato de Urameshi.
- Legítima defesa, ele ia me matar.
- Porte ilegal de arma.
- A polícia já viu meus documentos.
- Tentativa de homicídio de Takashi Sadoshima.
- Que loucura... – ela riu. – Eu nem atirei.
- Mas apontou a arma para ele.
- Depois que ele apontou a dele para mim.
- Mas tinha um plano armado para conseguir sair de lá com vida.
- Um plano que não iria ter início se ele não começasse atacando.
- E quem poderá garantir isso?
- O senhor não conhece a lei das ruas, não é?
- O que quer dizer com a lei das ruas?
- Desrespeito, ignorância e preconceito são punidos severamente nas ruas e em gangues. Guerra de gangues não é uma simples disputa de poder, é uma batalha pela sobrevivência. Se vivesse de perto uma delas entenderia, se se envolvesse nela, tivesse que matar para sobreviver... Mas o Senhor nunca viveu tão de perto uma guerra de gangues, não é? Nunca teve medo mesmo estando em sua própria casa, não é? Pois é assim que me senti nesses últimos dias, primeiro no incidente com Urameshi e agora com Sadoshima. Não julgue uma pessoa somente pelo que ela tem para oferecer ou pelo que ela parece ser.
- Isso ainda não responde minha pergunta. Quem me garante que o plano não iria começar sem que Sadoshima a atacasse?
- O que eu ganharia o matando sem motivos? Eu poderia agora estar em Hong Kong curtindo minhas férias e ao invés disso tive que adiar a viagem por causa do julgamento. E outra, se eu quisesse matá-lo já o teria feito. Tive oportunidades suficientes e justificativas é o que não me faltava...
- Então vamos, Kinomoto. – disse Sadoshima, se levantando e a encarando. – Me mate aqui e agora se você quer tanto isso.
- Não vou me comparar a você, quero que apodreça na prisão... Não vou arruinar minha vida por sua culpa.
- ORDEM!!! – disse o juiz. – Senhor Sadoshima, por favor, permaneça calado, e srta Kinomoto, não se altere. Senhor Shishio (podem me matar, não imagino o Shishio como advogado, mas não tive outra idéia), por favor, vá logo ao ponto.
- O ponto é que a ira dessa senhorita pode tê-la levado a alucinar coisas...
- Ora, me poupe, está sugerindo que todos que estavam naquela sala estavam alucinados? Está dizendo que Shinta Niimai se jogou na frente de uma bala porque estava alucinado? Só pode ser brincadeira... – disse Sakura.
- É possível que seja verdade... – comentou o juiz em voz alta.
- Não pode provar, está querendo confundir os jurados... – disse o advogado que acusava Takashi.
- Protesto mantido. – disse o juiz.
- Sem mais perguntas. – nessa hora, Sorayama entra pela porta do tribunal e todos o olham espantados.
- Meretíssimo, tenho provas que incriminam certamente o acusado Takashi Sadoshima. – disse ele.
- E quais seriam elas, oficial...
- Sorayama, Meretíssimo. Encontrei um sistema de câmeras de segurança na casa, aparentemente foi o senhor Niimai quem as instalou e o restante da família não tinha idéia da existência delas.
- Entendo... e o senhor conseguiu essas fitas?
- Sim, tenho cenas de uma "conversa" entra a Srta Kinomoto e o Sr Sadoshima uma tarde antes de ele ser preso e também da tarde na qual ele foi preso, com áudio.
- Certo, então vejamos as cenas. – disse o juiz.
As cenas foram exibidas e Takashi foi considerado culpado, porém a pena seria definida ainda. Logo depois do veredicto, Sakura, Shaoran, Tomoyo, Eriol, Yukito, Sakuya e Shinta saíram para tomar alguma coisa na lanchonete.
- Finalmente tudo acabou. – disse Tomoyo, sentando com um milk-shake de creme na mão.
- É... Tudo foi tão rápido, mas realmente não vai ser esquecido tão cedo. – disse Shaoran, se sentando ao lado de Sakura, passando seu braço pelo pescoço dela enquanto ela bebia milk-shake de morango.
- Eu não vou esquecer isso nunca... E nem da cara daquele advogado idiota tentando fazer o processo virar contra mim. – disse ela, se aconchegando no abraço de Shaoran.
- A cara que ele fez na hora que você falou da lei das ruas... Ele ficou branco... – disse Shinta, rindo um pouco. – Você conseguiu ridicularizar um dos melhores advogados do Japão.
- Yukito, não está feliz pelo veredicto? – perguntou Sakuya, vendo que o rapaz estava meio emburrado.
- Não pergunte nada, Sakuya, eu sei porque ele está assim. – disse Sakura. – Deixe-o quieto por hora, ele logo se recupera.
- Sakura, podemos falar em particular? – disse Yukito, seriamente.
- Estava esperando que você pedisse. – disse ela, se levantando e depositando o milk-shake na mesa. – A gente não demora. – os dois saíram da lanchonete e foram para uma rua quase deserta perto dali. – Sei que está bravo por eu ter dito aquilo sobre a guerra de gangues.
- Assim você nos deixa vulneráveis, Sakura.
- Todas as gangues estão vulneráveis, sempre foram. Os White Tigers não estão vulneráveis, estariam se eu me mantivesse calada e nós dois fôssemos presos. E outra, só você sabe disso. Tem vantagem, até as outras gangues descobrirem o que foi revelado no julgamento já vai ser tarde.
- Você pode ter razão.
- Ou talvez não. – disse uma voz fria, vinda de um dos cantos da rua.
- O que? – Sakura olhou para um dos lados da rua e viu cinco rapazes com cer de dezessete anos se aproximando com facas e canivetes. – Acho que isso não dá para encarar.
- Vamos ter que encarar. – disse Yukito, olhando para o outro lado da rua, onde mais cinco rapazes armados da mesma forma se aproximavam. – Estamos cercados.
- Estou sem minha arma. – disse ela, enquanto os rapazes se aproximavam, deixando os dois cada vez mais acuados. Eles ficaram de costas um para o outro, cada um de frente para um dos grupos.
- A minha ficou na lanchonete.
- Que maravilha... Acho que temos que encarar.
Um dos rapazes que vinha de frente para Sakura avançou correndo para cima dela e ale foi para cima dele, se desviasse, Yukito seria atingido. Com Yukito foi a mesma coisa. Logo havia dois bolinhos de luta, um em cima de Sakura e outro em cima de Yukito. Yukito estava até se virando bem, até agora ele só tinha cortes superficiais. Sakura estava com mais dificuldades, estava ficando cansada já, mas em ferimentos ela não tinha muitos também. Depois de algum tempo um dos rapazes conseguiu derrubar e imobilizar Sakura.
- Ela é muito bonita, não é? – comentou ele.
- Bonita é apelido... Podemos nos divertir um pouco com ela, não acha?
- Quem sabe... – disse o rapaz, voltando a analisar Sakura.
- Me solta seu cretino... – disse Sakura, tentando se livrar das mãos dele.
- É uma garota rebelde... Gosto disso...
- Vamos nos divertir muito com você... – disse outro dos rapazes, passando a mão pelo rosto dela.
- Só sobre o meu cadáver. – disse uma voz vinda detrás do grupo. Era uma voz furiosa, porém controlada. Sakura sorriu ao ouvir essas palavras. – Soltem-na.
- Quem é você para me dizer o que fazer? – perguntou o rapaz que acabara de tocar o rosto de Sakura.
- Será que eu esqueci de mencionar que meu namorado é um pouco ciumento? – brincou Sakura, conseguindo soltar sua perna e chutando o rapaz que a segurava para longe. Levantou-se e foi para o lado de Shaoran.
- Você está bem? – perguntou ele, olhando de esgueira para ela.
- Graças a você. Me ajuda com eles?
- Fica olhando e veja se aprende alguma coisa. – disse ele, antes de partir para cima do grupo de cinco rapazes. Ele conseguiu nocautear todos em manos de três minutos.
- Como você consegue? – perguntou Sakura, intrigada.
- Lembra que eu disse que treino desde pequeno? – perguntou, antes de ir ajudar Yukito, mas voltando logo em seguida após deixar os outros cinco inconscientes também.
- Ei, Shaoran, que tal entrar para a gangue? – perguntou Yukito, em tom de riso.
- Não mesmo... Esses caras são uns patos, dá até tédio. Mas se vocês quiserem posso ensinar uns truques.
- Não é uma má idéia. – disse Yukito.
- Shaoran, o que é isso? – Sakura viu um corte no braço do rapaz.
- Não se preocupe, isso não é nada.
Os três voltaram para a lanchonete e saíram logo depois, mesmo sem terminarem as bebidas. Sakura e Shaoran foram para casa arrumar as coisas para viajarem no dia seguinte. De noite, depois do jantar, os dois estavam sentados no sofá vendo TV. Shaoran estava sentado normalmente e Sakura estava meio deitada e apoiada no ombro dele.
- Shaoran.
- Que foi? – ele desviou o olhar da TV para ela.
- O que aconteceu hoje de tarde... Eu não imaginava que você fosse tão bom em artes marciais.
- Bom... Agora você sabe. – disse ele, não entendendo onde ela queria chegar com isso.
- Foi uma surpresa boa para mim... Mas me fez ver o pouco que eu sei de você. Você quase não fala sobre você, sua infância...
- Então é isso... - comentou ele, com um tom de aborrecimento na voz, desligando a TV.
- Se você não quiser falar não tem problema, confio em você do mesmo jeito. – disse ela. – É só que, depois de hoje, fiquei pensando nisso.
- Eu não tenho nada a esconder... E também estava pensando em conversarmos sobre algumas coisas antes de irmos para a casa de meu pai. Só não sabia como começar.
- Shaoran, você sabe que eu te amo, você não precisa ficar pensando em como falar as coisas para mim, te amo do mesmo jeito.
- Vou me lembrar disso... – disse ele, a abraçando. – Meu pai é uma pessoa cabeça-dura e as vezes meio rude, mas é uma boa pessoa. Sabe aquelas pessoas que sempre tem que dar a última palavra em tudo? Meu pai é assim.
- Não tem problema, Shaoran. Sei lidar com praticamente qualquer situação, você não precisa se alarmar só porque seu pai tem um gênio ruim.
- Se você diz... Sobre a minha infância, não há muito a se falar. Passei grande parte treinando, até depois de meus pais se separarem fiquei treinando.
- Coitadinho do meu lobo, sempre lutando e nenhuma diversão... – ela brincou com os cabelos dele.
- Mas isso melhorou depois de uns tempos... Me enturmei mais na escola e acabei me distraindo um pouco do treino.
- Mas nada de garotas?
- Apesar de ser um dos garotos mais cobiçados da escola, nenhuma garota me encantou assim como você. – ele acariciou seu rosto. – Eram até bonitas, mas, não sei, sinceramente nunca dei muita bola para nenhuma. Eu imaginava que a garota tinha que, primeiramente, chamar a minha atenção, não ficar tentando me agradar, entende?
- Claro que sim, você não é o único que procura por alguém assim. As pessoas submissas não são as melhores companheiras, você nunca sabe o que elas estão pensando...
- É verdade. Aquelas garotas chegavam a ser irritantes...
- Garotas são irritantes em dois casos. Primeiro, quando ficam obcecadas por alguma coisa ou alguém. Segundo e mais comum: quando querem ser irritantes. – os dois riram.
- Espero nunca ver você querendo ser irritante. – ele a puxou mais para perto de si, fazendo a praticamente deitar-se sobre ele.
- Com você nunca, não se preocupe. – ela relaxou estando tão perto dele.
- Nossa já é tarde... Acho melhor irmos dormir.
- O vôo sai as oito e meia, certo?
- É.
- Então é melhor mesmo. – ela saiu de cima dele.
- Essa pode ser nossa última noite de paz em semanas...
- Não pode ser tão ruim lê, Shaoran. – nessa hora o telefone toca. – Espera só um pouco. Alô? Oi professora, o que houve? Ah, entendo... Não tem problema, se não vai dar não dá, oras... Tudo bem, eu vou viajar amanhã de manhã, então a senhora precisava falar comigo hoje. Claro que sim. Tudo bem, até mais. – ela desligou. – O festival de Natal foi cancelado.
- Como assim?
- Não vamos mais nos apresentar.
- Que pena... Você queria tanto...
- Nem tanto assim, vai ser um feriado mais calmo.
- Fico feliz se você estiver.
- Mas perdeu a chance de me ver dançando flamengo.
- Como?
- Foi idéia do Shinta... Estava tudo pronto, mas agora já era...
- Fazer o que... Vamos logo, pare de enrolar...
- Mas eu não estou com sono...
- E você quer o que? Que eu cante uma canção de ninar para você?
- Não é má idéia... – ela riu da cara dele. – Brincadeira, bobo... Vamos logo, eu dou um jeito, e qualquer coisa tem sempre a soneca no avião.
Os dois foram dormir e no dia seguinte foram no horário para o vôo. Todos os amigos deles estavam lá, se despediram e os dois foram.
Sakura dormiu praticamente a viagem inteira, apoiada em Shaoran, que ficou ouvindo música. Chegaram e foram recepcionados por um rapaz de cabelos escuros e olhos azuis, da mesma idade deles. Shaoran sorriu ao vê-lo.
- Sabia que você não me deixaria chegar sozinho... – comentou ele, rindo.
- Assim você insulta sua bela amiga, se é que posso chamá-la assim. – ele pegou a mão de Sakura. – Me permite?
- Você me conhece, sou bonzinho, mas não abuse. – disse Shaoran e Sakura riu.
- De jeito algum. – disse ele, beijando a mão de Sakura. – Aoshi Shinomori, deve ser Sakura Kinomoto.
- É muito bom conhece-lo, Shaoran nunca me fala de seus amigos.
- Quando foi que você me perguntou? – ele riu. – Não precisa ser tão formal com ela, Aoshi... Ela consegue ser mais, como posso dizer, displicente do que nós.
- Depois quero entender exatamente que sentido você deu a esse displicente. – disse Sakura. – Vou pegar as bagagens.
- De jeito nenhum. – disse Shaoran. – Você acha que eu vou deixar a minha namorada solta em Hong Kong? Vai sonhando... – os dois foram andando seguidos por Aoshi.
- Você já deve saber como que ele é ciumento, não? – perguntou Aoshi.
- Sei... Ele sempre foi assim?
- Você não viu o que ele fazia com a prima dele...
- Aoshi...
- Falando nela, ela está louquinha pra te ver de novo, Shaoran... Está morrendo de saudades.
- Só quero ver que saudade é essa...
Eles pegaram a bagagem, conversando e rindo. Aoshi contava umas histórias de infância dele e de Shaoran enquanto Sakura ria. Shaoran só observava, não tinha ciúme de Aoshi, e Sakura estava tão linda que ele estava viajando.
- Shaoran, a gente tá falando com você. – disse Aoshi.
- O que? – ele acordou.
- Cara, eu devia ter te dado um soco para ver se você acordava. – disse Aoshi.
- Tenta a sorte. – disse ele. – Mas vocês estavam falando do que?
- Esqueça, já chegamos. – disse Aoshi quando eles pararam em frente à uma mansão enorme (Gente, imaginem como a mansão do primeiro filme, mas as coisas mais importantes eu mesma descrevo...). – Pronto para encarar o inferno que vai ser seu feriado?
- Bem acompanhado do jeito que eu estou o feriado vai parecer mais com o paraíso.
- Como é bobinho... – disse ela.
- Ae, Shaoran! – chamou um grupo de rapazes com a mesma idade que eles também.
- Agora vem a cambada... – sussurrou Shaoran para Sakura, que riu ao comentário. – Fala, galera... – eles se cumprimentaram, Shaoran se afastou um pouco de Sakura para isso. – Continuam os fracotes de sempre?
- Você que deve estar um molenga... Mas está muito bem acompanhado, nos apresenta? – pediu um dos rapazes.
- Ela é Sakura Kinomoto, minha namorada. E esses nem vale a pena apresentar. – disse, em tom de gozação.
- Shaoran! – gritou uma voz de mulher bem autoritária e escandalosa, e, em seguida, um vulto passou por eles e pulou sobre Shaoran, fazendo-o cair.
- Ai, Meiling! Quantas vezes eu tenho que dizer que odeio quando você faz isso? – Shaoran caíra sentado no chão e uma garota com longos cabelos escuros e olhos vermelhos um tanto parecidos com os dele se segurava em seu pescoço. Todos riam, mas nenhum se divertia mais com isso do que Sakura. – Até você, Sakura?
- Me desculpa... – ela se acalmou um pouco para poder falar com ele. – Mas é que agora você me lembrou tanto o Touya... Nunca pensei ver tanta semelhança entre vocês dois...
- Que bom que está se divertindo. – disse ele emburrado.
- Bobo, sabe que não rio por mal.
- Então você é a famosa Sakura... – comentou a garota. – Espero que esteja cuidando bem do meu primo, porque senão... – ela se levantou e a encarou de perto quase com os rostos colados.
- Meiling, não comece... – disse Shaoran.
- Não se preocupe, Shaoran. Sabe muito bem que não me intimido facilmente. – disse Sakura.
- Palavras corajosas... Gostei de você! (nota: o Shaoran ficou esquecido no chão depois desse balão que ele levou...)
- Ei, Meiling, por que essa correria toda? – um rapaz que parecia ter uns 20 anos alto, de cabelos castanho-claros (não tão claros quanto os da Sakura) e olhos negros se aproximava com uma guitarra pendurada no ombro. – Ora, quem diria que Shaoran Li finalmente voltou.
- Por pouco tempo, Seiya, pouco tempo... – Shaoran se levantou e içou ao lado de Sakura que olhava atentamente para a guitarra negra que o rapaz carregava. – Sakura, esse é Seiya Sagara (olha a mistureba de nomes!!!), namorado de Meiling. – ele notou que ela analisava atentamente. – Algum problema?
- Nenhum. – disse ela, desviando o olhar.
- Você entende de guitarras? – perguntou o rapaz a Sakura, já que notou o interesse dela.
- Digamos que sim. Por que a pergunta?
- Ficou olhando com tanta atenção essa, só perguntei.
- É, realmente... E ela é sua?
- Não, é do meu irmão mais novo. Ele me pediu para levar para a loja de instrumentos, disse que ela estava ruim.
- Será que eu posso?
- Claro. – disse ele, entregando a guitarra a ela. Todos olhavam, meio curiosos com a conversa.
- Ele vai mandar consertar a guitarra por que? – perguntou ela, dedilhando um pouco.
- A única coisa que ele me disse é que ela estava ruim.
- Só está um pouco desafinada, ele não sabe afinar?
- Eu sei lá, não conheço nada de guitarras.
- É simples demais para quem tem uma guitarra boa dessas, as cordas estão perfeitas, mas se a guitarra é dele e ele quer mandar consertar... – ela devolveu a guitarra a Seiya.
- Meu irmão é um caprichoso. Bom, mudando de assunto, Meiling, você vai querer pegar aquele filme ou vai querer ficar?
- Por que eles não vêem com a gente? Seria divertido.
- Por mim não tem problema, só que temos que ir logo.
- Valeu, Meiling, mas estou meio cansado... – disse Shaoran.
- Obrigada, mas não. – disse Sakura.
- Então vamos. – disse Meiling.
- Até mais. – os dois se foram.
- Vamos então? Pronta para encarar o homem mais cabeça-dura que você já viu?
- Eu aturei você e o Touya, não aturei?
- É, acho que você tem crédito...
Gente esse é o fim de mais um capítulo e me desculpem meeeeeeeeeeeesmo pela demora... Ando com tanta coisa na cabeça que vocês não tem noção...
Vou tentar não demorar tanto...
Bjs, Miaka.
