Um caso complicado de se resolver
Eles entraram na mansão, Aoshi carregando as malas de Sakura. Um empregado logo os cumprimentou.
- Jovem Li, é uma honra tê-lo novamente aqui. – disse um dos empregados pegando as malas com a ajuda de mais outro.
- Obrigado... Escute, onde está meu pai?
- Seu pai está com seus tios e tias na primeira sala de estar.
- Obrigado. Vamos, Sakura?
- Quando você quiser.
- OK. – os dois entraram.
- Shaoran, meu garoto! – disse o pai, se levantando do sofá e abraçando o filho. Sakura se afastou um pouco e ficou só olhando a cena. Era tão bonito ver os tios e tias falando com Shaoran como se ele fosse uma criança... Era engraçado. Assim que todos os tios, tias e alguns primos cumprimentaram o rapaz, o pai dele perguntou. – E então, ela é Sakura Kinomoto... Realmente você tem bom gosto... – Sakura corou, não esperava um elogio assim de cara. – E é tímida também? Achei que isso não fazia o seu tipo.
- Dê um tempo a ela, tio. Ela acabou de chegar e não conhece nenhum de nós. – um rapaz que parecia ter uns vinte anos se aproximou. Era um rapaz alto, bastante atraente. Tinha cabelos negros com uma franja repicada nas laterais, que caiam na frente de sua face, não chegando a esconder os belos olhos cinza-claro, quase prateados (aqueles que dependendo do dia, ficam azuis ou verdes). Ele veste uma calça de corte reto, preta, meio justa, ressaltando as pernas longas e fortes. Vestia uma camiseta, branca, aberta. Seus ombros largos e o corpo esguio eram salientados por um blazer longo, azul-marinho, com a aparência e leveza de um sobretudo. Sua voz é grossa, mas em um timbre agradável (Descrição feita por Makimachi Misao e tirada do código por Sakura Demonangels. Brigada às duas... Mamãe, te amo!).
- Na verdade isso nunca foi um grande empecilho para mim... – ela sorriu.
- Dizer que a Sakura é tímida é a mesma coisa que dizer que o Masayuki é inocente. – comentou Shaoran, se aproximando de Sakura e passando o braço pela cintura dela.
- Isso foi um tanto grosseiro de sua parte, Shaoran. – disse o rapaz.
- Por que, Masayuki? Você sabe muito bem que de inocente não tem nada.
- Shaoran, deixa de ser bobo. – disse Sakura baixinho. – Não fale assim, você não confia em mim?
- Tudo bem... – disse Shaoran, meio contrariado.
- Tudo bem o que? – perguntou Masayuki.
- Nada, primo. – disse Shaoran, mais educadamente.
Eles ficaram algum tempo ali conversando (Umas duas horas talvez), até que o pai de Shaoran o chamou.
- Shaoran, tem algo que eu preciso conversar com você. Podemos ir até o escritório um instante?
- Claro... – ele olhou para Sakura que piscou para ele. – Vamos. – os dois saíram da sala. – Então, o que foi?
- Como você sabe, a família é grande e nem todos querem dividir um quarto... E alguns quartos estão em reforma...
- Onde quer chegar? Masayuki agora deve estar babando em cima da Sakura.
- Para você tem o seu quarto, mas para ela... Então já que o seu quarto tem uma cama de casal acho que vocês terão que dividir...
- É só isso?
- Vocês já estão nesse ponto?
- De jeito nenhum, pai, mas morando na mesma casa, mesmo não dormindo no mesmo quarto, nos dá uma certa segurança, sabe... Eu pelo menos encaro as coisas assim, quanto a ela... Provavelmente não terá problema.
- Ah, e tem mais uma coisa... Hoje à noite haverá uma festa aqui... Convidei todos os membros do clã... Querem fazer uma festa pelo seu retorno.
- Mas eu nem vou ficar muito... É só para o feriado.
- Mesmo assim. Já faz anos que não reunimos a família e o clã todo.
- Está certo, falarei com Sakura sobre isso depois. Mais alguma coisa?
- Por hora não. Acho que vocês querem dar uma arrumada nas suas coisas antes do almoço.
- Pode ser, vou falar com ela.
- Você tem que consultá-la para tudo?
- Ela tem opinião, sabia?
- Mesmo assim, você que a convidou para vir...
- Como se isso tivesse algo a ver... A convidei para que ela se divertisse, não para que ficasse submissa a mim, nem quero que ela faça isso. – nessa hora eles ouvem um tiro e um barulho e vidro estilhaçando, Shaoran correu à frente e foi derrubado com tudo quando Sakura abriu a porta.
- Shaoran, me desculpa. – ela se abaixou ao lado dele.
- O que houve? – ele segurou o braço dela para impedir que ela corresse.
- Não tenho tempo, preciso ir e já volto. – ela conseguiu se soltar da mão dele e saiu correndo.
- Droga, eu odeio quando ela faz isso.
- Primo, você está bem? – a prima mais velha (22 anos, irmã de Masayuki) o ajudou a levantar.
- Estou bem sim, Sayo (Sayo, amiga linda, eu coloquei esse nome em sua homenagem apesar de nem saber se você lê esse fic. Espero que não se importe ^^). Só que tenho que correr antes que algo aconteça com Sakura.
- Você não sai daqui sem explicar o que aconteceu. – disse Masayuki segurando o primo.
- A não ser que queira levar uma surra vai me soltar agora. – disse Shaoran friamente.
- Deixe-o mano, parece que é mais sério do que pensamos. – Sayo fez o irmão soltar o braço de Shaoran. – Podemos ajudar em alguma coisa?
- Não. – Shaoran pensou um pouco. – O que exatamente aconteceu lá dentro?
- Estávamos conversando e Sakura olhou por cima do meu ombro, para a rua. Chegou mais perto da janela e de repente pulou em cima de mim me fazendo cair. Foi quando atiraram no vidro e ela se levantou e saiu correndo. – disse Masayuki. – O que era tudo aquilo?
- Nos seguiram, mas que droga! – ele saiu correndo da mansão tentando imaginar para onde eles haviam ido. Se a pessoa que os seguiu conhecia Hong Kong provavelmente iria para a periferia da cidade, onde havia os becos, local perfeito para uma emboscada. O caminho mais curto era pela avenida, que foi o caminho que ele seguiu, correndo desesperadamente. – Sakura, não faça nenhuma loucura, por favor...
Sakura corria atrás do rapaz que atirara, não ia perde-lo de vista, apesar de não conhecer a cidade, não podia deixar que ele escapasse. De repente ouviu um berro vindo de trás dela.
- Sakura Kinomoto! Pare onde está! – reconheceu a voz como sendo a de Meiling. Não podia parar, mas não tinha o direito de levar a garota para a mesma enroscada que a mesma se encontrava. Continuou correndo, logo a menina desistiria. – Para aonde ela pensa que vai, nem conhece a cidade direito...
- Continue correndo, ela não pode nos evitar para sempre... Na verdade se ela continuar nessa direção vai parar num beco. – disse Seiya, que estava atrás de Meiling.
- Sim senhor, general, senhor.
- Boba. – ele riu.
- Droga, onde esse miserável está indo? – praguejava Sakura. Não ouvia mais a voz de Meiling, achou que a garota havia desistido. Correu mais um pouco e viu o rapaz virar numa rua, mas assim que virou a rua deu de cara com um beco sem saída e o rapaz estava sorrindo para ela. – Agora você não me escapa. Quem é você e o que quer?
- Sakura! – Meiling e Seiya chegaram. – O que está havendo?
- Mas que inferno... – disse ela, baixinho. – Me responda!
- Você é tola demais para ter a capacidade que pensávamos que tinha. – disse o rapaz.
- O que?
- Isso mesmo, garota. – disse uma voz às costas deles. Sakura se virou e viu nada mais nada menos que dez garotos fechando o beco e a única saída deles. – Seguiu a isca pela cidade que nem conhecia e caiu em uma emboscada. Apesar de não contarmos com alguns intrusos.
- Intrusos, do que está falando? – Meiling se indignou.
- Calma, Meiling. – disse Sakura. – Se encostem na parede, deixem-me cuidar disso. – ela tinha um olhar sério, o que fez os dois ficarem um tanto apreensivos e fazerem o que ela pedira. – O que querem comigo? Me seguiram até aqui? São dos Allstars também?
- Não temos nada a ver com os Allstars, soubemos que você é muito respeitada pela sua frieza, mas para mim parece só uma garotinha inocente.
- Essa carinha de anjo já me salvou muitas vezes... – Sakura sorriu maliciosamente. – Os garotos são fáceis demais de controlar... Tão ingênuos...
- Chega de brincadeiras, me dê sua arma. – disse o rapaz, apontando uma arma para Sakura.
- Como você é grosseiro, não pode pedir "por favor"?
- Eu disse chega de brincadeiras.
- Não estou com ela.
- Mentirosa.
- Não sou paranóica, não ando sempre com ela, não quando não estou em Tomoeda.
- Sabe muito bem que posso te matar se começar a me irritar.
- Se quisesse me matar já o teria feito. Não sou boba.
- OK, então vamos ver como lida com isso. – um dos outros rapazes disse indo até Meiling e a segurando, apontando a arma para a cabeça dele.
- Droga... Meiling, não faça nada. – disse Sakura. – Está na pochete. – disse ela resignada.
- Certo... – o rapaz abriu a pochete de Sakura e tirou a arma de lá. – Está em ótimas condições, como conseguiu passa-la pela alfândega?
- Mostrando os documentos, como mais eu o faria?
- Certo...
- Por que a demora, é só uma garota. – Um rapaz que parecia ter uns 23 anos adentrou o beco e todos se curvaram respeitosamente a ele, menos o que segurava Meiling. – Qual delas é?
- A japonesa. – disse um dos rapazes.
- Mizuno... – Sakura sussurrou. – Não pode ser...
- Como sabe meu nome? – o homem analisou Sakura com cuidado.
- Já faz três anos... Mas você não mudou nada Mizuno...
- Não pode ser... Esse cabelo... Esses olhos verdes... Kinomoto? Sakura Kinomoto?
- Saiu de Tomoeda com medo do final da guerra de gangues, veio para cá e montou sua gangue aqui mesmo... Mizuno, seu louco...
- Solta a garota e devolva a arma a Sakura. – disse Mizuno. – Não sabíamos quem era, mas sabíamos que uma garota que é extremamente respeitada em Tomoeda viria para cá. Achei que fosse uma bela aquisição ao time...
- Nem em sonho, Mizuno. Posso ser respeitada, mas meu juramento de não entrar em gangues continua de pé. – Sakura pegou a arma que o rapaz lhe devolvia. – Apesar de me meter em muitas confusões.
- Sakura... Será que eu posso saber o que está acontecendo? – Meiling estava confusa.
- Bom, assim como os "intrusos" não estavam nos planos de vocês, também vai dar o maior rolo para mim...
- Você continua com aquela farsa da "garota inocente"?
- Funcionou por muito tempo... Até alguns meses atrás... Yukito se meteu em uma confusão e eu tive que salvar a pele dele. Claro que as conseqüências foram óbvias demais... Meu pai soube de tudo, da pior maneira possível.
- Por carta?
- Eu achei que ia morrer, não podia simplesmente deixa-lo sem saber de nada.
- Sakura! – Shaoran chegou no beco.
- Shaoran, está tudo bem, não se preocupe.
- Você está aqui com a família Li? – Mizuno se espantou.
- Você não sabia? O seu amigo aí estourou uma janela da sala da mansão.
- E alguém se machucou?
- Não, o vi pouco antes de ele atirar e consegui impedir.
- Você e sua visão de lince...
- Mizuno... – a voz de Shaoran saiu impassível.
- Shaoran, o que foi? Você já conhece o Mizuno.
- É, infelizmente sim... Num incidente não muito agradável.
- Ah, claro... Aquele festival...
- Do que está falando? – perguntou Sakura.
- Sakura, você lembra aquela cicatriz que eu tenho nas costas?
- Lembro sim, por que?
- Creio que isso tenha sido minha culpa... – disse Mizuno.
- Como? Mizuno, como você pôde?
- Eu estava bêbado, fiquei irritado não sei por que, saquei a arma e atirei nele.
- Errou por pouco, mas a cicatriz ficou. – disse Shaoran.
- Já pedi desculpas, não tem mais nada que possa fazer... A única coisa que eu podia fazer foi parar de beber para não acontecer de novo, e foi o que eu fiz.
- Você devia ter parado daquela vez que quase matou Yukito. Lembra? Dois dias antes de eu entrar para a gangue?
- Eu sei, mas eu era irresponsável, Sakura...
- E continua o mesmo irresponsável. Como vai explicar à família Li o que aconteceu? Para variar vou ter que te tirar do aperto de novo, e acabar me dando mal por isso...
- CARAMBA! Dá para vocês explicarem o que diabos está acontecendo? – Meiling explodiu.
- Calma, Meiling... Não estressa... – disse Shaoran.
A história de Sakura foi explicada resumidamente, e logo eles foram se dispersando. Mizuno foi até a mansão com Sakura, Shaoran, Seiya e Meiling tentar se explicar com a família Li.
- Eu sinto muito, senhor Li, realmente não pretendia ferir ninguém e nem causar estragos.
- Mas o que exatamente aconteceu? – perguntou ele. – Por que atirou na janela da sala?
- Eu estava perseguindo uma pessoa, e quando tentei atirar nela errei e acabei acertando sua janela.
- Coerente, mas por que então a srta Kinomoto saiu correndo?
- Bom... – disse Sakura. – Eu estava conversando com Masayuki, estava de frente para a janela quando vi Mizuno na rua. Somos velhos conhecidos, mas quando vi que ele ia acertar a janela da sala fiz Masayuki se abaixar e caí no chão também. Assim que vi que todos estavam bem quis ir atrás de Mizuno saber o que estava acontecendo. Sinto muito se fui grosseira com o senhor.
- Suas amizades são das mais variadas, não? Um irmão administrador, um pai arqueólogo, uma prima milionária... Agora um chefe de gangue...
- É a vida... – Sakura sorriu.
- Acho que é só. Se quiserem podem ir arrumar suas coisas, Shaoran já sabe onde é o quarto.
- Vamos então. – eles saíram do escritório, Mizuno foi embora e os dois foram arrumar as coisas. – Vamos ficar no mesmo quarto?
- É... Parece que tem uns quartos em reforma e a alguns primos frescos meus não queriam dividir quarto, então sobramos. Você se importa?
- De jeito nenhum.
- Bom, você pode ficar com o closet se quiser. – eles entraram no quarto. Era enorme, tinha um armário grande numa das pontas e uma porta que dava para um closet que era bem grande também. Havia uma escrivaninha e umas prateleiras e o quarto era uma suíte. A cama de casal era bem no meio do quarto, encostada na parede do lado oposto às portas, que eram uma ao lado da outra. Sakura olhou para a cama de casal e olhou estranha para Shaoran.
- Não foi idéia minha. Fiquei sabendo disso hoje.
- Tudo bem. – ela pegou a mala, que estava ao lado da porta e abriu sobre a cama. – Não vai arrumar suas coisas?
- Claro... – ele pegou a própria mala e abriu, oposta à dela. – Também esqueci de mencionar uma coisa. Vai ter uma festa aqui hoje de noite.
- É, seu primo me contou. Agora só quero ver qual roupa eu vou usar...
- Você tem tantas opções assim?
- O que você acha? – ela tirou dois vestidos da mala, ambos de manga comprida, um verde-água bem delicado e um vermelho-sangue, lindo. Ambos tinham um decote generoso e eram longos. – Escolha um.
- Bem... – Shaoran imaginou Sakura naqueles dois vestidos, ficou meio estático fantasiando essas visões.
- Shaoran! – Sakura o chamou.
- Os dois são praticamente iguais, só muda a cor. Usa o verde e guarda o vermelho para o natal.
- Pode ser, boa idéia. – ela foi até o closet e guardou os dois. – Você é um gênio. – foi até ele e o beijou.
- Acho que finalmente estou entendendo o porque de se dizer que por trás de um homem de sucesso há sempre uma grande mulher. – Sakura riu do comentário.
- Vamos arrumar as coisas antes que nos chamem.
Eles terminaram de arrumar as coisas e Shaoran resolveu mostrar a mansão. Logo ao lado do quarto deles havia um grande salão.
- Está quase vazio, mas era uma sala de reuniões antes. Vê aquele sofá ali no canto? A poltrona ali ao lado era o lugar do chefe do conselho do clã. Era um velho chato quando eu era criança. Eu e Meiling costumávamos vir aqui e colocar tachinhas na poltrona dele... Nunca nos descobriram.
- Bobo... – ela riu. – Queria ver a sua cara quando ele sentava na poltrona. Você garotinho devia ser uma gracinha... – a frase dela foi interrompida por um beijo.
- Ah, aí estão vocês. – Meiling entrou na sala. – Desculpe interromper, mas estão chamando para o almoço.
- Claro. Típico... Sempre tem alguma coisa nos interrompendo. – resmungou Shaoran.
- Ai, Shaoran, pára de resmungar. Tá parecendo um velho gagá... – Meiling riu do comentário de Sakura.
- Acho que vamos nos dar muito bem, Sakura.
- As duas podem se dar muito bem, só que vão ser competidoras sempre... Conseguem ser mais teimosas do que eu... – disse ele, rindo.
- Se eu não for teimosa, nunca teria a posição que tenho e ninguém me respeitaria. – disse Sakura. – Você sabe bem disso.
- Do que vocês estão falando? – perguntou Meiling.
- Nada não. – disse Sakura. – Uns probleminhas, nem liga.
- Vamos comer, então? – perguntou Shaoran, enlaçando Sakura pela cintura.
- Com ela é assim, né? Comigo você mantinha distância, com ela é tudo no bem-bom... – Meiling amarrou a cara.
- Calma... Tem pras duas... – ele enlaçou a cintura de Meiling.
- Será que ele agüenta? – brincou Sakura rindo.
- Acho que é muita areia pro caminhãozinho dele, não é? – completou Meiling e as duas riram com gosto. – Você não se importa, não é? Não tem ciúme?
- Acho que não tenho motivos para ficar enciumada com você. Além do que, confio em Shaoran.
- E eu to no paraíso... – ele suspirou olhando para as duas belas jovens ao seu lado enquanto as duas riam.
Foi nesse clima que chegaram na sala de jantar. A sala era enorme, Toda a família estava reunida, Sakura sentou ao lado de Shaoran, e Meiling se sentou ao lado de seu pai, do outro lado da mesa. Masayuki estava ao lado de Sakura e não parava de puxar papo com a garota, por mais desinteressada que ela parecesse estar.
- Mano, não vê que a está aborrecendo? – disse Sayo.
- Não se mete, mana. – Masayuki aborrecido virou-se para a irmã, dando tempo para Sakura piscar para ela, pedindo que deixasse quieto.
- Mas... – Sayo tentou protestar, mas Shaoran, que havia terminado de comer, se levantou assustando-a.
- Não precisa se preocupar, já estamos saindo mesmo. – disse ele, sorrindo para Sakura.
- Se é assim que você quer... Com licença. – pediu ela antes de se levantar.
- Tem mais modos que esse meu primo grosseiro. – disse Masayuki.
- Olha quem fala em modos, você não pára de babar em cima da MINHA namorada. – disse Shaoran, alterado.
- Shaoran, por favor, sabe que não gosto que fale assim. – sussurrou Sakura.
- Desculpe, vamos embora, não vale a pena perder tempo. – Shaoran enlaçou Sakura pela cintura e os dois saíram da mansão.
Ficaram andando pela cidade e namorando em alguns bosques. Até que, enquanto se beijavam apaixonadamente, foram interrompidos por um berro de um rapaz pelo nome de Shaoran.
- Shaoran, meu caro amigo! Não acredito no que meus olhos vêem!
- O que? – Shaoran afastou Sakura de si e olhou na direção da voz. – Yukimura, há quanto tempo! – os dois se abraçaram, pareciam velhos amigos.
- É, parece que o Japão fez bem a você, finalmente com uma garota e, apesar da demora, parece que você teve sorte. Não me apresenta?
- Sakura, ele é Kaji Yukimura, um velho amigo meu. Takashi, ela é Sakura Kinomoto, minha meia-irmã. É filha de meu padrasto.
- Ah, é só isso... Achei realmente estranho você aí com uma garota... É um boiola mesmo... (Gente, ele não viu o amasso que eles estavam...)
- Boiola nada, pelo menos eu sei escolher as garotas, não fico com a primeira que cruza a minha frente. – Shaoran se revoltava enquanto Sakura ria. Era raro Shaoran parecer tão alegre, mesmo com ela em Tomoeda.
- Ah, sei... Mas pelo menos eu não sou BV (Gente, eu acho isso ridículo... Mas coube para a ocasião, esse cara tá parecendo as patricinhas da minha sala... É a hora de eu me vingar, hehehe. Ah, para quem não sabe, BV é Boca Virgem).
- Meu Deus do céu, até aqui isso? – Sakura disse, rindo muito da cara que Shaoran fez. – Shaoran, não vai adiantar só contar, que tal mostrar logo?
- Tem certeza?
- Sabe que eu raramente erro em julgar o pensamento das pessoas.
- Me mostrar o que? – perguntou Kaji.
- Isso. – Shaoran puxou repentinamente Sakura pela nuca e a beijou apaixonadamente. Kaji ficou de boca aberta e Shaoran queria aproveitar, mas Sakura achou que ele estava abusando um pouco do coitado do amigo e acabou por interromper o beijo de uma forma suave, mas, claro, aproveitando um pouco também.
- Bom... Acho que nem moral mais eu tenho para falar, né... Mas vocês estão namorando sério?
- Estamos. – disse Shaoran. – Posso ter demorado, mas achei a garota perfeita.
- Não exagera, e também, não faria grande diferença eu ser a primeira ou não.
- Você também nunca namorou antes dele?
- Já namorei sim, algumas vezes, alguns rolos... Mas namoro fixo mesmo só agora.
- Sei...
- E você, o que faz por aqui? – perguntou Shaoran.
- Estava indo para a casa de jogos. Por que não vêem com a gente, ia encontrar a velha turma lá.
- Vocês continuam se encontrando?
- Só você que nos abandonou.
- Não por escolha.
- Isso não vem ao caso, vocês querem vir?
- O que você acha, Sakura?
- Você sabe muito bem que para mim tanto faz. Se quiser rever seus amigos não vejo mal nisso. – ela sorriu.
- Mas talvez seja chato para você...
- As férias não são só minhas, e eu duvido que vá ser tão chato assim. Afinal, sabe que eu adoro casas de jogos, duvido que iriam me impedir de jogar, não é?
- Se fizerem isso vão se ver comigo. – eles foram para lá rindo e conversando.
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Só tenho três palavras: DESCULPEM A DEMORA!!!
Esse foi difícil de fazer, mas vou tentar não demorar tanto...
Bjs, Miaka.
