Um caso complicado de se resolver

Os dois voltaram para o quarto e Shaoran trancou a porta quando entrou.

- Por que? – perguntou ela, olhando para a chave que ele guardava no bolso.

- Sakura, eu sei que aconteceu muita coisa hoje, mas você sabe que eu te quero... Quase não consegui me controlar quando tentei te acalmar.

- Shaoran, eu... – ela mordeu o lábio inferior.

- Eu percebi que você sente a mesma coisa, mas, se não quiser pelas circunstâncias, não vou te obrigar, você sabe disso.

- Você disse que Chiba deveria ter feito algo muito ruim para que eu ficasse daquele jeito... – ela começou. – E ele fez.

- O que isso tem a ver com o momento?

- Ele me estuprou. – disse ela, de cabeça baixa. Suas mãos tremiam, ela não queria contar isso tão cedo para ele, mas acabou sendo obrigada.

- Sakura eu... Não fazia idéia... – ele foi até ela e a abraçou.

- Se você mudar de idéia quanto ao que você disse a pouco, não vou te culpar.

- Como eu poderia fazer isso? Negar o que sinto só porque você não é mais virgem? Afinal, estupro não pode ser considerado, emocionalmente, uma primeira vez, não é? – ele levantou o rosto dela e Sakura viu nos olhos dele tudo o que mais precisava naquele momento: amor. Mesmo sabendo de toda sua vida, ele estava disposto a arriscar.

- Com ele, nada pode ser considerado, emocionalmente, uma primeira vez, somente o rancor. Quando fiquei com tontura na festa, me lembrei dele. Não sabia dizer o porque, mas agora sei. Foi um aviso, ele não vai desistir assim tão fácil, ele é obcecado por mim.

- Vai ter que me matar para encostar em você de novo.

- Não diga isso, se ele souber que somos namorados provavelmente vai tentar te matar.

- Desculpe, mas eu juro que não vou deixar ele tocar em um fio do seu cabelo, sequer.

- Você vem comigo amanhã ver Mizuno e Yue?

- Não vou te deixar sozinha, não vou cometer o mesmo erro duas vezes. Mas, por hora, esqueça tudo isso. Quero fazer com que tenha uma noite inesquecível. – ele a beijou apaixonadamente.

Os dois ficaram trocando beijos e carícias até que Shaoran a pegou no colo e a levou até a cama, depositando-a lá com cuidado, sem parar de beija-la. Sakura começou a tirar a camisa dele, mas ele abruptamente parou com o beijo e se afastou dela.

- O que foi? – perguntou ela confusa. – Fiz alguma coisa errada?

- Não, só que eu esqueci uma coisinha... – ele foi até a sua própria mala, pegou sua carteira e pegou um preservativo lá.

- Sempre preparado, não é? – disse ela.

- Se eu esperasse mais não ia parar para pegar. – ele voltou à cama e colocou o preservativo sobre a mesa de cabeceira. – Acho que não seria prudente te engravidar agora.

- Também acho, mas agora chega de conversa. – ela o puxou e os dois continuaram noite adentro...

Sakura se sentia esgotada, Shaoran a abraçava carinhosamente, os dois sentindo as batidas dos corações voltarem ao normal.

- Será que acordamos alguém? – perguntou Sakura.

- Não sei e nem me interessa. Aturo qualquer sermão se for por isso. – ele beijou a testa dela.

- Eu também. – ela se apoiou no peito dele.

- Cansada? – ele a abraçou mais forte e a sentiu balançar a cabeça positivamente. – Descanse, não vou sair daqui, eu prometo.

- Eu sei, confio em você... – e adormeceu.

- Meu anjo... Por que tudo tem que acontecer com você? – ele suspirou e logo dormiu também.

Sakura acordou no dia seguinte e viu Shaoran dormindo. Tinha as feições relaxadas, era a primeira vez que ela o via totalmente calmo, sem estar sério. Deu-lhe um selinho e ele despertou.

- Bom dia. – disse ela.

- Bom dia, meu anjo. Dormiu bem?

- Muito bem, e você?

- Também. Que horas são?

- Dez e meia.

- Sério?

- É. Acho melhor levantarmos. – ela fez menção de se esquivar dos braços dele, que ainda a envolviam.

- Mas está tão bom aqui... – ele a segurou mais forte e a puxou mais para perto de si.

- Nunca te imaginei fazendo manha. – ela sorriu.

- Se for para ver esse lindo sorriso posso fazer sempre. – ele a beijou. Os dois começaram a rolar na cama.

- Shaoran... É sério, sabe que eu adoraria ficar aqui o dia todo, mas não podemos.

- Tá certo. – ele soltou a cintura dela e ela se levantou.

- Vou tomar uma ducha. – disse ela, pegando as roupas que haviam sido jogadas no chão na noite passada.

- Acho que eu vou também. – disse ele.

- Comigo? Acho que não. – disse Sakura.

- E quem vai me impedir? – ele se levantou e foi até ela.

- Shaoran... – ele não deu tempo a ela, a beijou. Ela correspondia ao beijo, mas passou as mãos para trás do pescoço dele e apertou com força. Ele se afastou dela, sentindo dor, já que ela não soltara. – Eu avisei.

- Ah é? – ele tirou a mão dela do pescoço com facilidade e a pegou no colo, segurando as mãos dela. – E agora, o que você vai fazer?

- Admitir que perdi. Apesar de que essa derrota me dá um prêmio ótimo. – ela sorriu.

- Certo... Vamos então. – ele não a colocou no chão e a levou até o boxe antes de soltá-la.

- Não vamos demorar muito, hein? – disse ela, abrindo o chuveiro.

- Tudo bem. – disse ele, a observando entrar debaixo do chuveiro. Molhou os cabelos e deixou o chuveiro livre para ele usar enquanto ela passava o xampu.

- Você acha que o que estamos fazendo é certo? – perguntou ela, de repente.

- Do que está falando? Achei que estivesse tudo bem para você.

- Não é isso, para mim está tudo maravilhoso... É que tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo... Quando tento organizar tudo me sinto tão confusa.

- Sakura, sobre Chiba nós vamos dar um jeito e, dessa vez, você não vai fazer tudo sozinha, me ouviu?

- Eu sei. – disse ela. Ele saiu de baixo do chuveiro e ela tirou o xampu enquanto ele passava também. – O que mais me intriga é como que ele entrou na área da mansão. Mesmo a segurança de repente sendo fraca, como foi que ele conseguiu passar sem ser visto e sem matar ninguém?

- Não sei, Sakura. Sinceramente não sei...

Eles terminaram o banho em silêncio. Sakura colocou um short jeans escuro que ia até um pouco abaixo dos joelhos, uma blusa colada ao corpo branca com manga comum e uma jaqueta de moletom preta, claro que a pochete preta não podia faltar. Os cabelos estavam soltos e lisos novamente. Shaoran colocou uma calça jeans comum e uma camiseta verde, não queria usar jaqueta aquele dia, não estava tão frio.

- Achei que estavam mortos dentro do quarto, onde já se viu dormir tanto? – disse Fuutie.

- Fuutie! – Shaoran a repreendeu.

- Deixa, Shaoran. – disse Sakura. – Vamos falar com seu pai. Quanto mais cedo resolvermos isso melhor vai ser.

- Tá certo.

- Vocês não vão tomar café? – perguntou Fuutie.

- Já está tarde, esperamos o almoço. – disse Shaoran e os dois foram até o escritório do pai de Shaoran. – Pai, podemos falar com o senhor?

- Claro, estava esperando que acordassem. Sentem-se, por favor.

- Obrigada. – disse Sakura se sentando numa cadeira e Shaoran se sentando em outra, ao lado da garota, de frente para a mesa do pai.

- Acho que me deve explicações, Sakura. – disse ele.

- Eu sei. – disse ela. – Vou explicar resumidamente, já que se eu detalhar vamos acabar ficando o dia todo aqui.

- Como quiser.

- O rapaz que esteve aqui ontem, seu nome é Chiba. Quando eu tinha treze anos eu entrei para uma gangue em Tomoeda, o Mizuno era o líder da gangue e Chiba também era um membro, mas Chiba sempre me maltratava e começou a me bater, então ele foi expulso da gangue, e foi preso, depois que saiu da prisão ele saiu da cidade, e nunca mais ouvi falar dele até a noite de ontem.

- Você ficou tonta no começo da festa ontem, ele teve algo a ver com isso?

- Não sei dizer.

- Entendo... Vou reforçar a segurança na mansão, mas não se descuide. Não quero ninguém saindo machucado.

- Não se preocupe, o único que vai sair machucado é Chiba. – disse Sakura, se levantando.

- Como pode ter tanta certeza? – perguntou ele, estranhando a ação da garota.

- Como já disse, sr Li, já fui de uma gangue e sei como lidar com isso. Só não quero que alguém inocente seja envolvido. A propósito, como está Masayuki?

- Bem, ainda se recuperando. – disse ele.

- Eu que levo a surra e ele que precisa se recuperar, que piada... – Sakura riu.

- Posso pedir que não diga nada? – perguntou Shaoran.

- Não vou falar nada, apesar de que, acho que pela mansão todos vão saber.

- Provavelmente será até melhor, assim não se envolvem de forma alguma. – disse Sakura.

- Pai, eu sei que não vai espalhar para o mundo, principalmente porque isso atrapalharia nos negócios, então... Estamos entendidos. – disse Shaoran se levantando. – Vamos.

- Com licença. – os dois saíram do escritório.

Eles logo almoçaram com todos, e Masayuki não falava nada. Assim que terminaram, os dois se levantaram e, uma e meia da tarde, saíram da mansão e foram para a casa de jogos. Assim que chegaram, Mizuno e Yue já estavam lá e Mizuno ficou assustado com as marcas no rosto de Sakura.

- Ontem estavam piores. – disse Sakura. – Mais uns dois dias e não vai ficar nem marca. Não foi nada sério.

- Aquele nojento... – começou Yue, mas não conseguiu terminar a frase.

- Se você o acha nojento, imagine o que eu acho dele.

- Sakura, Yue me contou tudo o que houve ontem, mas eu não entendo o que, além de me dar uma bronca por não ter te avisado, você quer conosco.

- É o seguinte, ou vocês dão um jeito no Chiba ou, a próxima vez que ele tentar alguma coisa comigo ele leva bala na cabeça. É bem simples.

- Você não pode estar falando sério... – disse Yue.

- Pode apostar que estou, não vou deixar ele machucar mais ninguém. – disse ela séria.

- Sakura, a culpa cairia sobre a minha gangue, você sabe disso. – disse Mizuno.

- Você mentiu para mim, a não ser que você tenha um plano que tenha chances de ter sucesso para coloca-lo na cadeia é isso o que vou fazer.

- Ela tem razão, não podemos nos arriscar novamente. – disse Yue.

- Escute, Shaoran, seu pai vai reforçar a segurança na mansão?

- Vai, por que?

- Podemos nos aproveitar disso, se conseguirmos traçar um plano.

- Como assim? – perguntou Shaoran.

- Não quero envolver mais gente, Mizuno, esqueça. – disse Sakura.

- Sakura, é nossa única chance.

- Sakura, pense, ele vai usar algo para te impedir de atirar. E se ele pegar alguém como escudo? – disse Yue.

- Yue eu... – Sakura ia falar, mas foi interrompida por um berro.

- Shaoran Li! – uma garota baixa de cabelos cacheados castanho-escuros compridos, olhos azuis, com as curvas do corpo definidas e acentuadas pela calça colada ao corpo de lycra negra e a blusa colada ao corpo azul clara com manga comprida o chamou e o abraçou forte quando chegou.

- Haruka! – Shaoran retribuiu o abraço, meio constrangido por Sakura estar olhando meio desconfiada para ele. – Há quanto tempo, você está ótima.

- E você nem para me avisar que estava na cidade.

- Cheguei ontem, nem deu muito tempo para nada.

- É, eu soube da festa na mansão.

- Soube de algo sobre a festa? – perguntou Sakura.

- Todo mundo sabe, alguém invadiu a mansão e espancou uma das convidadas. – disse a menina, depois olhando direito para o rosto de Sakura. – O que houve com o seu rosto?

- Haruka... – Shaoran começou. – Ela é Sakura Kinomoto, minha namorada. Sakura, ela é Haruka Tsukayama, minha grande amiga. A pessoa que invadiu a mansão ontem bateu em Sakura.

- Que horror! Mas o que estão falando é que tem alguém em estado de choque na mansão.

- Isso tem. – disse Sakura, não conseguindo conter o riso. – O mais estranho é que eu fui espancada e o primo dele que está se recuperando.

- Masayuki? – perguntou Haruka.

- Ele mesmo. – disse Shaoran.

- Aquele covarde provavelmente ficou assistindo você ser espancada, não foi? – disse Haruka, a Sakura.

- Não, saiu correndo.

- E vocês sabem quem foi que invadiu a mansão?

- Bem... – Shaoran olhou hesitante para Sakura.

- Desculpe, mas é melhor não comentarmos nada, já tem boatos demais rolando.

- Podem confiar em mim, não vou falar nada. – foi aí que ela viu Mizuno e deu um passo atrás. – Não acredito... Não você.

- Não foi Mizuno. – disse Sakura. – Ele jamais faria isso.

- Sakura, me deixa pagar aquele milk-shake que eu fiquei te devendo. – disse Yue.

- É verdade, a gente já volta. – disse Sakura, se afastando de Shaoran e Haruka, acompanhada de Yue e Mizuno.

- Foi Mizuno quem quase te matou, e você ainda a deixa sozinha com ele? – perguntou Haruka, desesperada.

- Haruka, tem muita coisa aqui que você não sabe... Aconteceu muita coisa na minha vida desde que eu fui embora daqui. Haruka, eu aprendi muita coisa em Tomoeda, muito mais do que poderia aprender aqui. Sakura é agora minha meia-irmã também, então sempre estamos juntos e eu confio cegamente nela, ela não mentiria para mim.

- E o que isso tem a ver com Mizuno?

- Os dois são velhos amigos... E aquela vez que ele atirou em mim ele estava bêbado.

- Eu sei que não a conheço direito para falar, mas ela não me parece ter nada de especial. Você poderia ter encontrado coisa melhor aqui em Hong Kong. Todos sentem muito a sua falta.

- Vão logo me esquecer, Haruka, poucos um dia se lembrarão de mim. Sei que aqui existem pessoas maravilhosas, mas todas aqui sabem quem sou eu e agem estranho comigo, coisa que não acontece em Tomoeda. Lá não interessa para eles seu nome...

- Shaoran, pelo que eu ouvi de Tomoeda lá é perigoso... Gangues, gangues, tiroteios o tempo todo...

- Eu sei, mas não tem nada a ver. Eu posso me cuidar, não se lembra?

- Shaoran, sua habilidade em artes marciais não vai te salvar de uma bala!

- Calma, não fica assim. Sabe o que mais me atraiu em Sakura? O fato de ela raramente precisar que alguém a salve. Qualquer uma que eu namorasse aqui precisaria da minha ajuda. Sakura nasceu e cresceu em um ambiente perigoso, sabe se virar, é independente.

- Você pode encontrar alguém assim aqui.

- Não, o clã nunca permitiria e a garota teria sérios problemas. A minha única chance de ter uma vida era sair do clã e da cidade. E estou feliz com a vida que tenho agora.

- Eu entendo...

- Mas eu não vou abandonar vocês. Posso vir durante as férias, ou vocês podem ir me visitar, não podem?

- Não sei se minha mãe deixaria... Tomoeda...

- Não é tão perigoso, só você saber quais lugares evitar. Acredite, tive a melhor professora nisso.

- Você confia tanto assim nela?

- Já disse, confio cegamente.

- Ela parece ser uma boa pessoa. Você não pode contar nada mesmo? Nem pra mim?

- Haruka, eu até contaria, mas isso afetaria bem mais a Sakura do que a mim, não seria justo.

- Mas você sabe que eu não vou contar...

- Desculpe, não posso.

- Tudo bem, vamos falar com eles lá então.

- Espera um pouco... Eles estão discutindo o que aconteceu ontem... Mizuno vai ajudar a pegar o cara que entrou ontem na mansão.

- Sei...

Enquanto isso, Sakura, Yue e Mizuno, discutiam.

- Vamos dizer que haja a mínima possibilidade de o sr Li concordar com isso, é loucura! – disse Sakura.

- Sakura, é a nossa única chance, você sozinha não dá conta. Você quer ele longe de você e nós o queremos atrás das grades, o sr. Li quer a mansão segura e os policiais estão atrás de Chiba, todos ficam felizes.

- Mizuno, não vai funcionar.

- Por que não? Temos a isca, temos as armas, temos o local, juntando tudo temos a armadilha perfeita.

- Mizuno...

- Ele tem razão, é a única chance. – disse Yue.

- Mas aonde vamos achar pessoal qualificado para ajudar? A polícia não liberaria tanta gente para um plano feito por meros jovens.

- Aí que você se engana. Meu pai é policial, falamos com ele e temos o pessoal. Além do que, podemos treinar a mira desse aí no stand de tiros da polícia. – disse Mizuno com um sorriso malicioso.

- Está certo, mas temos que falar com o sr Li primeiro. – Sakura se ajeitou melhor na cadeira que estava esperando o milk-shake e colocou as mãos atrás da cabeça, quase se deitando. – Vamos falar com ele daqui a pouco.

- Sakura... Será que eu posso fazer uma pergunta? – perguntou Yue.

- Outra pergunta? Claro que pode, mas não garanto que eu a responda.

- Ontem você parecia inconsolável quando foi para o quarto. Depois quando voltou para falar comigo estava melhor, e agora age como se não tivesse acontecido nada... O que foi que aconteceu?

- Bom... Digamos que estou me sentindo tão bem hoje que não vou nem ligar para essa sua indiscrição.

- Sakura...

- Calma, Yue, eu sei o que fiz.

- Você, ao menos, contou a ele...

- O que Chiba me fez? Claro que sim, não iria adiantar nada esconder.

- Quer dizer que esse anjinho não é mais tão anjo assim... – brincou Mizuno.

- Nunca fui, Mizuno, nunca fui...

- Mesmo assim, agora é menos ainda. – ele bagunçou os cabelos dela, segurando-a pelo pescoço. – Essa é a minha garota.

Sakura ria, estava com pessoas que podia confiar. Estava tranqüila e feliz, tinha tudo o que queria, apesar dos problemas.

- Parece que esqueceu de mim. – brincou Shaoran, se aproximando com Haruka.

- Como eu poderia? – perguntou Sakura docemente. Mizuno riu e desarrumou os cabelos dela de novo. – Pára com isso! – ela riu.

- Parae, Mizuno, deixa a menina em paz. – disse Yue.

- Isso mesmo, me deixa tomar o milk-shake em paz. – disse ela, quando o milk-shake chegou.

- Depois vamos falar com seu pai, Shaoran. Precisamos da aprovação dele. – disse Mizuno.

- Tudo bem. – disse Shaoran, se sentando ao lado de Sakura e ajeitando os cabelos dela.

- Shaoran. – chamou Haruka. – A gente estava pensando em ir ao shopping, eu e as meninas, elas iam ficar felizes se vocês dois fossem conosco.

- Pode ser, o que você acha, Sakura? – perguntou Shaoran.

- Pode ir se quiser, hoje não estou afim não. – disse Sakura. – Obrigada, mas as coisas estão meio complicadas.

- Tudo bem então. Você vem, Shaoran?

- Acho melhor não então, Sakura tem razão, vamos ter muitas coisas para resolver.

- Verdade, acho que não levei isso em consideração. – a garota suspirou. – Mas vocês prometem que vão conosco em um outro dia? Aí podemos fazer uma saída em casais, assim ninguém segura vela.

- Claro que vamos, não é Shaoran? – perguntou Sakura.

- Um outro dia, me liga para combinarmos.

- Pode deixar, eu ligo sim.

- Haruka! – um rapaz alto, de cabelos negros e olhos verdes, se aproximou de Haruka e a abraçou por trás, assustando-a.

- Hitoshi! Assim você me assusta!

- Como se essa não fosse a intenção. – disse ele, Sakura e Shaoran riram. – Shaoran Li? É você mesmo?

- Será que eu respondo isso? – perguntou Shaoran em tom de riso.

- É o próprio, as mesmas piadas... – disse Hitoshi. – Cara, faz tempo... – os dois apertaram as mãos.

- Verdade. Estou aqui para o feriado, logo eu volto para Tomoeda.

- Mas nós vamos poder relembrar os velhos tempos, não vamos?

- Claro que vamos, só que agora tem mais alguém que vai ficar conosco. Sakura, minha namorada.

- Ele está aqui. – Sakura soltou o milk-shake na mesa e saiu correndo para o bosque que tinha ali do lado.

- Sakura! – Mizuno correu atrás dela.

- Droga... – Shaoran ia atrás, mas Yue segurou seu ombro.

- Não faça isso, deixe que ela e Mizuno cuidem de tudo.

- De novo... – ele se sentou novamente.

- O que aconteceu aqui? – perguntou Hitoshi, confuso.

- Esqueça, Hitoshi, logo eles voltam.

- Você a deixa sair assim com Mizuno? Ficou louco?

- Já pedi para esquecer, Hitoshi. Mizuno agora é uma das poucas pessoas que sei que posso confiar para ficar com Sakura.

Não passaram dois minutos os dois voltaram, ilesos. Sakura parecia aborrecida.

- Sakura, por favor, assim você me mata de susto. – disse Shaoran.

- Assim eu mato é o Mizuno. – ela realmente estava aborrecida.

- Eu não ia deixar você ir atrás dele. – disse Mizuno.

- Ele fugiu, eu conseguiria pegá-lo, mas Mizuno não deixou.

- De quem vocês estão falando? – perguntou Hitoshi.

- Olha, nada contra, mas é melhor nem comentarmos. – disse Sakura. – Vamos embora, quanto mais cedo falarmos com seu pai melhor vai ser. – olhando para Shaoran.

Eles se despediram e foram para a mansão.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

Bom, esse capítulo foi fácil até de fazer... Espero que estejam gostando do fanfic...

Mandem Reviews, pelo amor de Deus, senão as coisas não andam...

E-mails e conversas são bem vindas...

Bjs, Miaka.