Um caso complicado de se resolver

Estavam no quarto separando os pertences que levariam para a casa de campo, sem pressa, já que ainda era cedo.

Sakura iria levar as roupas que comprara, junto com uma calça jeans, um macacão saia jeans e outra camiseta para garantir.

Shaoran estava levando duas calças jeans e uma de moletom, e quatro camisetas, assim como uma jaqueta e uma malha.

- As roupas já foram... Agora vamos aos apetrechos...

- Escuta, Sakura... – chamou Shaoran, ao vê-la indo para o banheiro.

- Fala. – ela se virou, fitando-o carinhosamente.

- Não precisa levar muita coisa... Lá na casa de campo tem tudo para passarmos bem mais de um fim de semana.

- Bobinho... – ela foi até ele e colocou as duas mãos sobre os ombros dele. – Mesmo vivendo com mulheres e me conhecendo tão bem, ainda comete alguns deslizes...

- E quais seriam esses? – ele enlaçou a cintura dela. Seu plano funcionara, previra que, assim que ele dissesse isso, ela se aproximaria dele e ele a pegaria totalmente desprevenida.

- Achar que eu sou tão boba a ponto de cair nesse seu plano sujo. – ela sorriu maliciosamente, apertando a nuca dele com a mão direita.

- Ai, Sakura! – ele soltou a cintura dela e levou a mão à nuca quando ela soltou a mesma.

- Não banque o bobo comigo, sabe que não funciona. – ela foi rindo até o banheiro.

Eles terminaram de arrumar as coisas e logo um empregado foi pegar as malas. Os dois tinham ainda algum tempo, que aproveitaram para rirem um pouco com Meiling e Seiya.

Logo tiveram que ir embora, e foram namorando o caminho todo, trocando beijos, carícias e palavras doces, sob o som de música clássica, dando um clima mais romântico à situação.

Chegaram à casa de campo às sete e meia, indo jantar e sendo servidos com mordomias pelos empregados.

- Jovem Li, como cresceu! – disse uma das empregadas, assim que eles entraram na sala de jantar.

- Obrigado... O jantar já está pronto?

- Somente esperando a sua chegada.

- Então pode servir, por favor.

Eles tiveram um jantar tranqüilo, e, após terminarem, Shaoran quis mostrar uma cachoeira próxima à casa. Como não sabia quanto tempo demorariam, dispensou todos os empregados.

Era um local lindo, a mata era fechada em toda a volta e Shaoran levou-a lá de olhos fechados, guiando-a cuidadosamente. Assim que ela abriu os mesmos, deslumbrou-se com uma pequena cachoeira de água cristalina, com pedras lisas. Era uma visão divina.

- Shaoran... É maravilhoso... – ela disse, mas foi interrompida por dois dedos dele sobre seus lábios.

- Escute... – ele ficou em silêncio e o único som que se podia ouvir era da água corrente, alguns grilos e corujas. – Não é o lugar perfeito?

- Shaoran... É maravilhoso! – ela abraçou-o pelo pescoço.

- Sabia que ia gostar. – passou as mãos pela cintura dela, aproximando os corpos. – Diga-me... Podemos aproveitar muito para descansar, não acha?

- Com certeza... – foi interrompida pelos lábios dele, que colaram nos seus, aprofundando o beijo em seguida.

Foram interrompidos por uma coruja que voou ali perto e parou numa árvore próxima. Sakura riu.

- É incrível como somos interrompidos até cercados por natureza... – comentou ela, rindo.

- O mundo está contra nós... – ironizou, sorrindo diante do brilho dos olhos de sua amada.

- Por você iria contra o mundo... Faria tudo somente para senti-lo junto a mim... – sentiu a mão calejada dele contornar seu rosto em uma carícia relaxante. – Shaoran... Amo você... Com toda a minha alma... Não sei o que seria se não o tivesse conhecido.

- Quem sabe...? Mas já que nos conhecemos e estamos juntos e felizes... Não vamos ficar discutindo situações hipotéticas... Vamos simplesmente curtir o agora... – ele beijou-a novamente, dessa vez um beijo apaixonado e envolvente, sem interrupções.

Se separaram lentamente, mas continuaram abraçados. Sakura estava apoiada em seu tronco, sentindo a fragrância que emanava do corpo dele embriagar seus sentidos e o cansaço entorpecer seu corpo.

- Shaoran... Vamos voltar... Estou cansada...

- Está bem... – tentou não transparecer, mas Sakura notou um tom de decepção.

- O que foi? – perguntou ela, parando de andar.

- Não foi nada, Sakura... Porque teria algo errado?

- Desculpe... Sei que seus planos não eram para dormirmos... – adivinhou ela, fazendo-o sorrir ligeiramente ruborizado.

- Não é culpa sua... Não consegue controlar as necessidades de seu próprio corpo. – suspirou. – Além do que, não teria motivos para decepcionar-me, já que tenho a garota mais bela, doce e meiga a meu lado... E ela me ama, com toda sua alma.

- E você a ama? – perguntou, com um sorriso maroto formando nos lábios.

- Tanto quanto ou talvez até mais que ela...

- Posso saber quem é a sortuda? – perguntou, com um sorriso ainda maior.

- Seu nome simplesmente expressa seu verdadeiro jeito de ser... Sakura... Flor de cerejeira... Ying Fa... – tocou os lábios dela novamente, mas dessa vez não demoraram a se separar. – Vamos... Não nos demoremos muito mais por aqui, afinal, você tem razão, já está tarde e tivemos um dia um tanto longo...

Simplesmente concordou com a cabeça, acompanhando-o no caminho de volta à casa.

Ao voltarem para a casa, Sakura subiu direto para o quarto e desabou do jeito que estava sobre a macia e espaçosa cama de casal. Ficou, literalmente, jogada com os braços abertos e parte das pernas fora da cama, sem coragem de se mover nem sequer para retirar a roupa antes de dormir.

Shaoran veio logo atrás. Entrou no quarto e olhou carinhosamente para sua querida flor. Estava decepcionado sim, afinal fizera tantos planos, mas vendo-a como estava; exausta, achou que o melhor seria deixá-la dormir mesmo.

Desencostou-se da porta e andou em direção a cama, na intenção de ajeitá-la de uma forma melhor. Ao dar alguns passos uma idéia surgiu em sua mente.

– Sakura... Meu anjo... – ele acariciou a face dela, vendo-a abrir os olhos. – Tenta não dormir ainda... Vou preparar um banho para você, o que acha?

– Não precisa... Não se preocupe...

– Você não quer? – indagou, fazendo voz de decepcionado.

– Ai, Shaoran, você tem sempre que apelar, não é? – ela sorriu, sentando na cama. – Está bem, se insiste tanto, eu faço esse sacrifício por você...

– OK. – ele deu um selinho nela. – Já venho chamá-la. – levantou da cama e foi até o banheiro.

Shaoran preparou um banho caprichado para Sakura, tudo precisava estar perfeito para o que ele tinha em mente.

Chamou-a depois de uns cinco minutos e observou-a entrar na banheira. A cena o deixava deslumbrado, a visão do corpo dela era extasiante. Seus olhos se detiveram nas cicatrizes das costas e coxas, suspirou. Sakura merecia e precisava daquele descanso, mais do que ele próprio. Faria o que estivesse em seu alcance para que ela pudesse aproveitar cada momento ao máximo.

A água morna fez com que relaxasse totalmente. Toda a tensão suprimida em seu corpo desvaneceu-se de seus músculos e ossos ao simples toque daquele líquido da vida (Vocês acham que essa frase foi minha? Eu nunca teria capacidade, foi a minha querida amiga Diana Lua... Assim como a base para essa cena foi dela... Valeu anjinho!).

Sentiu duas mãos pousarem em seus ombros e começarem uma massagem suave. Jogou a cabeça para trás e encontrou dois orbes castanhos fitando-a e seu dono sorrindo serenamente.

– Você sabe que fica lindo sorrindo, não sabe? - perguntou, fazendo o sorriso que o guerreiro tinha no rosto aumentar.

– Não posso fazer nada! - disse debochado.

– Convencido! - sentenciou jogando água da banheira nele, molhando a camisa que vestia.

– É melhor você não fazer isso! - advertiu segurando uma das mãos dela. Ela ergueu uma sobrancelha encarando-o como quem perguntasse o que ele iria fazer. Ele beijou levemente sua fronte. - A menos que você queira que eu entre nessa banheira, para te dar uma lição. - sussurrou soltando-a e voltando a massagear-lhe a nuca.

Sakura não podia negar que ficou tentada a forçar Shaoran a entrar na banheira, mas percebeu que ele tinha algo em mente. Decidiu deixar ele levar a situação. Sentia as mãos do jovem acariciando-lhe as costas. Um arrepio arremeteu-lhe o corpo ao senti-lo levar as mãos até sua cintura, envolvendo-a suavemente, enquanto apoiava a cabeça sobre seu ombro.

Shaoran beijou de leve o pescoço da delicada flor, sentindo-a estremecer. Fechou os olhos aspirando o aroma floral que impregnava o ambiente. Começou a erguer lentamente as mãos, contornando-lhe o corpo. Repousou uma delas sobre o peito, sentindo o coração de Sakura bater descompassado, enquanto a outra lhe contornava o pescoço, subindo até a face.

A respiração de Sakura começava a se mostrar irregular, Shaoran sorriu beijando-lhe o ombro, depois o pescoço, o lóbulo da orelha e então o rosto.

Aqueles lábios acariciando sua pele a levavam à loucura, Shaoran sabia muito bem como instigá-la a se entregar totalmente. Puxou-o pela camisa, tirando-a rapidamente do corpo dele.

– Está com pressa, é? – perguntou ele, brincando de mordiscar o lábio inferior dela, ameaçando beijá-la. – Por que esse desespero todo? Não tem motivo para ter pressa, temos todo o tempo que quisermos...

– Não brinque assim comigo... Sabe que odeio enrolação. – um sorriso matreiro surgiu nos lábios dela. – Você começou com tudo isso, agora não venha com desculpas.

– Não estou inventando desculpas... Vou fazer o serviço completo... – sorriu maliciosamente. – Você vai ver...

Sakura tremeu só de sentir aquelas palavras ecoarem em sua mente e a promessa implícita nelas.

Shaoran não deu nem tempo de ela pensar, quebrou o contato visual e começou a mordiscar levemente um dos mamilos dela. Ouviu-a quase gritar e depois gemer um pouco mais baixo. Sentiu as mãos trêmulas dela chegarem à sua calça e abrirem-na. Já estava a ponto de bala, não queria mais esperar. Capturou os lábios de mel de sua flor, pegando-a no colo e levando-a para a cama.

Esparramou-se na cama, saindo de cima do corpo esguio dela, com um sorriso nos lábios. Ouviu a voz de sua flor chamar-lhe e virou-se para ela.

– As cobertas estão molhadas... Melhor trocar.

– Ah, Sakura, deixa assim...

– Não senhor, a culpa é sua por me trazer encharcada da banheira.

– Ta bem... – ele se levantou, abriu o armário do quarto, pegou dois cobertores e foi até a cama, tirando a colcha que estava molhada, assim que Sakura se levantou, e colocando os dois cobertores. – Pronto... – se jogou na cama, de olhos fechados.

– E isso porque era eu quem estava cansada... – comentou Sakura, rindo.

– Uhm... – resmungou, fazendo-a rir mais.

– Dorme, lobinho... – ela beijou o rosto dele, abraçando-o e aconchegando-se próximo ao peito do mesmo.

Shaoran enlaçou a cintura dela antes de ambos adormecerem.

Acordaram no dia seguinte assustados com o telefone. Shaoran nem esperou um dos empregados atender, estendeu o braço e pegou o telefone.

– Alô?

– Shaoran? É você?

– Quem é?

– Sou eu, Yukito. A Sakura ta aí?

– Caramba, Yukito, que idéia doida é essa de ligar tão cedo?

– Cedo nada, são quase onze da manhã!

– Como é? – ele se sentou, exaltado e olhou ara o despertador. Viu que Yukito disse a verdade, até calculara os fusos para dizer o horário de lá. – Espera um pouco que eu vou chamá-la... – passou o telefone para Sakura, que já estava sentada na cama.

– Oi, Yuki! Bom dia! – disse com um sorriso amarelo.

– Bom dia, Sakura... – ele suspirou. – Está tudo bem por aí?

– Está sim, e aí?

– Bem... Eu fiquei preocupado... Você disse que me ligaria e não o fez...

– Ah, sabe como é, né... As coisas estavam corridas... Ontem foi um dia bem cheio...

– Não precisa arranjar desculpas... Você esqueceu, não foi?

– É... Pode-se dizer que tinha que pensar em coisas mais importantes...

– Eu imagino que sim... – ele riu. – Todos estávamos preocupados com você.

– Você espalhou para todos aí em Tomoeda?!

– Não... Estou falando de nós... Eu, Sakuya, Tomoyo, Eriol, Touma...

– Você não avisou meu irmão, não é mesmo?

– Não... Nem seu pai...

– Acho bom, senão eu estava numa encrenca danada...

– Eu sei... Da próxima vez vê se não esquece de me ligar, assim você me mata do coração!

– Desculpe... Vou tentar não fazer mais isso. – suspirou. – Agora vamos desligar... Você está gastando interurbano e eu vou dormir mais um pouquinho...

– Preguiçosa... – alfinetou ele.

– Ah, Yuki, vê se não enche... – resmungou. – Manda um beijo pra todo mundo aí e fala que eu estou bem, que não vão se livrar de mim tão fácil...

– Eu falo... – ele riu. – A gente se vê para o ano novo então, mas pode me ligar de vez em quando, viu?

– OK... Beijos. – ela desligou e deitou novamente. – Esse Yukito é um exagerado...

– Você não ligou para ele... Achou que estava debilitada, oras... Faz sentido, não faz?

– Faz... – concordou. – Mas eu ainda estou com sono... – rolou para o lado, apoiando no peito dele.

– Eu vou levantar... Se quiser ficar mais um pouco não tem problema. – sentou na cama.

– Ah... Não quero ficar aqui sozinha... – disse, fazendo manha e segurando a mão dele.

– Sakura... Já é tarde... Vai querer enrolar aqui e não aproveitar que estamos cercados por natureza e tranqüilidade?

– Ah, Shaoran, você sabe que não faço por mal... Tem dias que acordo com pique pra tudo... Mas tem dias que não quero fazer nada, só descansar... Você sabe bem como é isso...

– Eu sei, meu amor... – ele se deitou ao lado dela e tocou seus lábios levemente. – Mas faz um esforço... Prometo que não vamos fazer nada que canse muito... Não iria trazê-la aqui para ficar esgotada.

– OK... Eu faço isso por você... Mas só se me der um 'bom dia' decente...

– Está bem... – ele beijou-a, passando as mãos pela cintura e quadril dela enquanto rolavam na cama, acariciando-se. Shaoran interrompeu o beijo e fitou-a sorrindo enquanto rolava para o lado e sentava na cama. – Acha que foi decente o suficiente?

– Com certeza... – ela sorriu, sentando também e se espreguiçando.

Os dois colocaram roupas e desceram. Como era tarde, só beliscaram alguma coisa para esperarem o almoço.

Durante a tarde, Shaoran chamou Sakura para andarem a cavalo, aproveitando o dia que não estava muito frio.

Chegaram ao estábulo e Shaoran cumprimentou um rapaz que os estava alimentando.

– Boa tarde, Lang... Faz tempo, não? – apertou a mão do rapaz, ele parecia ter seus 25 anos, cabelos negros e olhos verde-claros.

– Jovem Li... Faz bastante tempo desde que nos vimos...

– É verdade... – ele apontou para Sakura. – Minha namorada, Sakura Kinomoto...

– Muito prazer, srta Kinomoto. – cumprimenta-a com a cabeça.

– O prazer é meu... – Shaoran, você não está pensando em... – não terminou a frase, recebendo um aceno afirmativo dele. – Ah, Shaoran...

– Vamos, Sakura... Tem lugares lindos nos arredores e você vai ficar com preguiça de andar a cavalo? – alfinetou ele.

– Está bem... Eu disse que vinha, agora é tarde... – Shaoran riu.

– Será que tem dois cavalos para usarmos? Eu queria mostrar o campo do leste para Sakura... – perguntou Shaoran.

– Claro que tem... – ele entrou na instalação e pegou dois cavalos, um negro e o outro chocolate.

– Estou com saudades dos meses que passava por aqui... Você sempre me levava para aquele campo... Infelizmente era para treinamento, mas podíamos aproveitar um pouco...

– É verdade... – ele entregou as rédeas a Shaoran. – Só tenha cuidado...

– Não esquenta. – os dois foram se afastando, Shaoran puxando os cavalos. – Eu conheço esse lugar com a palma da minha mão... – ele sorriu docemente. – Não se preocupe com nada, trouxe-a aqui para que descanse, e isso é o que vou garantir a você... – a enlaçou com o braço livre e beijou.

– Está bem... Vou tentar não me preocupar com nada... – ela se afastou dele. – Agora vamos!

– É assim que eu gosto! – ele sorriu diante da animação dela.

Os dois montaram e foram trotando em direção ao campo. Não estavam com pressa, tinham a tarde toda para aproveitar.

Os dois desceram e amarraram os cavalos umas árvores próximas dali e andaram pelo campo. Sakura estava tão feliz e relaxada por estar ali com Shaoran e vendo o rapaz tão relaxado andando distraidamente a seu lado que não resistiu: passou uma rasteira nele, fazendo-o cair na grama. Riu.

– Hei, que idéia é essa? – ele se sentou, entrando na brincadeira. – É assim, é? Está bem, senhorita... – um sorriso maroto surgiu nos lábios dele. – Vai ter troco... E vai ser agora! – levantou de um salto e começou a correr atrás dela, que tentava se esquivar.

Logo Shaoran alcançou-a e segurou sua mão, mas ela conseguiu soltar-se e continuar a correr. Shaoran decidiu deixar de dar moleza e correu mais rápido, alcançando-a rapidamente e pulando em cima dela.

Os dois caíram no chão e foram rolando por uma parte inclinada do campo. Pararam, com Shaoran segurando-a firmemente no chão.

– E agora? O que vai fazer comigo? – perguntou Sakura.

– Você vai ver... – beijou-a com fervor.

Ficaram assim por alguns instantes, até Shaoran parar com o beijo para segurar a perna de um homem que ia chutar as costelas de Sakura. Ele era alto, com olhos azuis e cabelos castanho-escuros.

Assim que segurou a perna dele, Shaoran levantou rapidamente, postando-se em posição de batalha entre aquele homem e Sakura.

– Não vai encostar um dedo nela. – disse friamente.

– Não sou maluco de vir atrás de um Li sozinho... – comentou, enquanto mais cinco homens cercavam os casal.

– Droga... – resmungou Shaoran. Olhou para o chão e viu Sakura se levantando, um tanto encolhida. Viu que ela estava com medo quando o encarou, já de pé. – Calma... Nada vai te acontecer... – ele a abraçou, encarando os seis homens em seguida. – Não temos nada, viemos de mãos vazias...

– Nós vimos. Mas não estamos atrás de lucro... Só queremos um pouco de diversão...

– Não vão fazer nada a ela... Não enquanto eu estiver aqui...

– Não seja por isso... Apagamos você em um instante... – o primeiro foi para cima de Shaoran, que afastou um pouco Sakura de si para dar um chute nele, que caiu no chão. Puxou Sakura para si novamente. – Eu disse que não iam conseguir nada. Agora dêem o fora antes que eu me irrite.

– Eu acho que não... – disse um deles e os cinco foram para cima de Shaoran.

– Fica atrás de mim. – disse para ela, que o fez, enquanto ele os nocauteava com um mínimo de esforço.

– Melhor ficar onde está. – disse o que Shaoran derrubara primeiro, segurando Sakura com uma faca no pescoço. – Ou a sua namoradinha aqui morre.

– Não se atreva a feri-la...

– Shaoran... Por favor... Não de novo... – Sakura soluçava.

– Fica quieta! – ele segurou-a mais firme.

– Você tem razão, Sakura... Não vou deixar acontecer de novo... – Shaoran avançou, sem dar tempo para ele fazer qualquer coisa, bateu em sua mão, fazendo-o soltar a faca e nocauteando-o também. Abraçou firmemente sua flor, guiando-a para debaixo de uma árvore e sentando lá com ela em seu colo, soluçando e chorando. – Calma... Já passou... Nada vai te acontecer enquanto eu estiver aqui, não fica assim...

– Shaoran... Só de haver a possibilidade... Mesmo que mínima... De acontecer tudo de novo... Eu não quero! Não quero! – segurou a camiseta dele firmemente, tremendo e soluçando ainda mais.

– Calma... Está tudo bem agora... – ele suspirou. – Acalme-se... Melhor voltarmos para casa antes que eles retomem os sentidos...

– Está bem... – ela respirou fundo e os soluços e a tremedeira cessaram, mas lágrimas teimosas ainda deslizavam pela face avermelhada dela.

Shaoran ajudou-a a montar e foi ditando um ritmo mais leve para o cavalo, Sakura parecia fraca, talvez caísse do cavalo se estivessem rápido demais.

Os dois passaram o resto do dia na casa, Sakura demorou um pouco, mas ficou mais calma dentro da casa, nos braços de seu lobo.

Tiveram um domingo muito calmo e sem problemas, aproveitaram a tranqüilidade do lugar e também a sua beleza natural.

Logo após o jantar, um carro veio buscá-los. Chegaram na mansão de madrugada e tão cansados da viagem que entraram no quarto e dormiram tranqüilamente, mal sabiam da surpresa que os aguardava na manhã seguinte...

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

N/A: Na manhã seguinte e no capítulo seguinte também!!! Hehehe, sou malvada, demoro e ainda faço isso com vocês, não sei como ainda não fui linchada...

Será que eu preciso dizer de novo? Preciso sim... Yoruki Mizunotsuki, minha anjinha linda! Obrigada mesmo por me aturar! Vou fazer propaganda: Leiam o fanfic dela Corações Partidos é lindo!!! E ela não é como eu, não deixa vocês esperando, posta um em cada semana...

Felipe S. Kai, meu amigo querido que me atura mesmo quando eu to uma chata (mais do que eu já sou) e ainda me ajuda com os fics... Ai, ai, acho que eu não seria nada sem esses dois... Mais propaganda... Leiam o fic dele Chrono – Travelers of Time que está bom demais!!! Também o one-shoot dele que é O Piano... Fãs de T+E, se segurem...

Saki Kinomoto, que me deu uns toques há algumas semanas e que me incentivou... Obrigada e não fique com medo de falar o que pensa, levo críticas numa boa... Isso vale para todo mundo, eu não me importo de receber críticas, desde que tenham fundamentos e me ajudem a melhorar...

Tomoyo Hiiragizawa, nos encontramos com mais freqüência agora... Me incentiva sem pressionar, te adoro amiga! Valeu pela força...

Diana Lua, que me atura quando está no ICQ, te adoro e você sabe... Propaganda de novo... Leiam o fic dela Guerreiros do Sol e da Lua ::O Lacre:: está muito bom!

Ah, sim, não posso esquecer do meu filhotinho querido... Tasuki, que está começando a ler esse fic... Você sabe que é muito importante a sua opinião para mim, não sabe?

Mas não é só a opinião dele, todos os que lêem são importantes para mim, nem que seja para falar "Ah, esta bem legal" ou "Ah, você pode melhorar em tal coisa"... É só clicar no 'Go!' ali embaixo...

Todos os reviewers não são esquecidos tão cedo... Kathy, Lally-chan, Diogo_Li, Harumi, Rô, MiDoRi, Jenny-Ci e Dai (aparece no ICQ ou MSN, precisamos discutir a sua participação no próximo capítulo...).

Gente, eu acho que é isso... Espero que a espera tenha valido a pena e prometo tentar não demorar mais tanto para atualizar...

Beijos a Todos e cliquem ali embaixo...

Miaka.