Um Caso Complicado de se Resolver
N/A: Um caso complicado de se resolver é essa autora maldita que demora séculos e ainda corta cenas, não é mesmo? Ai, ai, mas espero que gostem do capítulo, estamos chegando ao final da história, eu acho, e espero que estejam gostando...
O casal dormia tranqüilamente, abraçados e com as pernas entrelaçadas. Uma garota de cabelos escuros e olhos violetas abriu a porta, tentando fazer o menor barulho possível, para ver a prima. Sakura estava de frente para a porta e em sua face uma expressão de calma tranqüilizou o coração aflito de Tomoyo, que sorriu.
Shaoran acordou ouvindo o barulho da porta abrindo e virou-se ligeiramente, para não acordar Sakura, até ver Tomoyo na porta, com Eriol atrás dela. Arregalou os olhos e levantou da cama, conseguindo fazê-lo sem acordar Sakura. Estava somente com um short azul escuro.
– O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou, assim que saíram do quarto, fechando a porta.
– A Tomoyo estava muito preocupada com a Sakura e quis vir para cá... Seu pai não foi idiota de deixar a filha de Sonomi Daidouji, com quem tem relações comerciais importantes, instalada em um hotel com quartos vagos na mansão...
– É, mas, mesmo assim, disseram a mim e Sakura que não haviam mais quartos vagos... Por isso estamos no meu, juntos... – ele riu. – Vão ficar até quando?
– Seu pai convidou-nos a passar o natal e voltar com vocês para Tomoeda. – explicou Tomoyo.
– Olha... Eu preciso conversar com vocês... – Shaoran pensou um pouco. – Esperem na sala um pouco, daqui a pouco vou para lá.
– Está bem. – concordou Eriol, estranhando a ação do amigo, mas fez o que lhe foi pedido, assim como Tomoyo.
Shaoran entrou no quarto, ajeitou Sakura de uma forma mais confortável e aquecida na cama, se trocou, colocando uma calça social preta, camisa pólo azul-marinho e uma malha preta por cima. O dia estava bastante frio, portanto colocou outra coberta sobre Sakura antes de sair. Não queria que ela sentisse falta de nada, agira dessa forma desde o acontecido no campo.
– E então, Shaoran... Alguma coisa errada? – perguntou Tomoyo, quando ele sentou-se no sofá, de frente ao casal.
– Mais ou menos... É que eu preciso perguntar algo a vocês... – relatou o acontecido no campo, sem ocultar qualquer detalhe. – Sakura passou a agir de forma estranha a partir de então... Ela parece muito insegura, não é a mesma de antes.
– Muito pelo contrário... Sakura, agora, está a mesma de antes... – Tomoyo sorriu. – Está a mesma, antes de conhecer Chiba.
– Mas ela não age assim há quatro anos, então... A que se deve essa mudança tão repentina? – Shaoran estava confuso, não fazia sentido uma mudança tão drástica.
– Vamos colocar as coisas dessa forma, Shaoran... – Eriol começou. – Sakura costuma planejar tudo com cautela, para não ter surpresas desagradáveis... É assim desde que conheceu Chiba, por causa do que ele fez. Agora que ele está, definitivamente, longe dela, talvez tenho se acomodado a um pensamento mais simplista e relaxado.
– O que faria com que parecesse uma criança assustada para quem a comparasse com a época dos treze aos dezessete anos... – concluiu Shaoran. – E parte disso é minha culpa.
– Não é sua culpa. – Tomoyo acalmou-o. – Sakura, por mais que lhe fosse garantida a segurança e conforto, não relaxaria em suas ações, a menos que quisesse.
– Apesar de não querer demonstrar, todos esses acontecimentos juntos sobrecarregaram-na. Ao ver uma brecha para descansar, agarrou-se a ela parecendo, como você mesmo disse, uma criança assustada. – completou Eriol.
– Agora eu entendo... Chiba traumatizou-a de tal forma que, na mínima alusão ao feito repetir-se em um momento de tal tranqüilidade como aquele, ela não conseguiu controlar seus sentimentos e pensamentos. – conclui Shaoran, pensativo.
– Vai ser bom ter a velha Sakura de volta. – Tomoyo suspirou.
– O que está querendo dizer com isso, Tomoyo? – perguntou, divertida, a garota de olhos verdes, entrando na sala.
– Sakura! Desde quando está escutando a conversa? – espantou-se Shaoran.
– Desde o início... – Sorriu com uma expressão tímida, que expressava em parte a insegurança que ela sentira. Não era um assunto fácil afinal e tivera receio do que poderia vir a acontecer dali para frente. Os anos não foram exatamente gentis com ela, e a simples idéia de descanso após tanta tormenta lhe pareceu por demais tentadora. Não podia deixar escapar. – Desculpe não ter explicado as coisas... Eu não imaginei que isso incomodasse tanto assim.
– Não é questão de incomodar, Sakura... – Shaoran aproximou-se dela, fitando os orbes verdes de sua amada. – Eu fiquei preocupado com você, não significa que ache errado seu modo de agir. – sorriu serenamente. – Amo você, nada nesse mundo pode mudar isso. E, enquanto estiver comigo, farei de tudo para protegê-la.
– Obrigada, Shaoran. – abraçou o namorado, sentindo-se protegida pelos braços forte que envolveram sua cintura.
– Não é lindo? – sussurrou Tomoyo no ouvido de Eriol.
– Eu conheço algo muito mais belo que isso. – comentou, também sussurrando, mas com um tom de malícia em sua voz.
– Ah é? – perguntou, sorrindo e virando-se para encará-lo. – E eu posso saber o que é?
– É complicado de explicar, pois é nos pequenos detalhes que se revela a verdadeira beleza e perfeição. – aproximava-se, na intenção de tomar os lábios dela em um beijo carinhoso, sendo surpreendido pelos lábios dela encontrando os seus na metade do caminho.
Sakura se afastou ligeiramente do peito de Shaoran, o suficiente para virar o rosto e fitar o casal que se encontrava sentado no sofá, envolvido em um beijo caloroso. Sorriu. Sempre desejara que a prima encontrasse a felicidade com o jovem inglês. Não só desejava como sabia que se realizaria, Eriol não magoaria Tomoyo de forma alguma, nem que isso custasse a própria felicidade. Suspirou.
– Não é lindo? – perguntou a Shaoran, sem se preocupar em manter a voz baixa, tendo um quê de ironia divertida na fala.
– OK, OK, essa eu mereci... – admitiu Tomoyo, assim que os dois se separaram ao ouvirem a voz de Sakura.
– Agora que tal tomarmos café da manhã? Não sei quanto a vocês, mas eu estou faminto. – comentou Shaoran.
– Tem razão... Eu também estou com fome, e vocês? – perguntou Sakura.
– Vamos lá. – concordou Eriol, levantando rapidamente e ajudando Tomoyo a fazer o mesmo.
A mesa, que costumava estar em silêncio durante as refeições, estava até certo ponto barulhenta pela animação das primas, que precisavam colocar a conversa em dia. Os rapazes limitavam-se a trocar algumas palavras enquanto admiravam as namoradas. Ficaram assim até que Eriol resolveu começar um diálogo que Shaoran não esperava.
– Escuta, Shaoran... Não é novidade para nenhum de nós que você não faz mais parte do clã... Mas ainda lhe permitem acesso às instalações dele?
– Permitem sim, eu acho. Não pensei nisso, tive outras coisas nas quais pensar durante esses dias... Por que a pergunta?
– Por nada não... É que você sabe que eu sempre fui muito curioso, sempre tive curiosidade para saber como funcionam as coisas e tudo o mais...
– Posso ver se consigo um 'tour' pelas instalações, se é isso o que você quer.
– Não quero incomodar...
– Não se preocupe, as garotas vão querer dar uma volta e fazer compras... Aa gente pode ficar por aqui e eu te mostro tudo.
– Mostrar tudo o que, Shaoran? – Aoshi entrou na sala, sentando-se à mesa para comer também.
– Que bom que chegou, vai me ajudar. – comentou Shaoran. – Eriol Hiiragizawa, nosso amigo do Japão quer conhecer as instalações do clã...
– Não tem muita coisa que possamos mostrar... À propósito, sou Aoshi Shinomori.
– Prazer. – disse simplesmente, voltando a ficar atento Às palavras do jovem que acaba de unir-se a eles.
– Podemos fazer isso após o almoço? Tenho que resolver uns problemas com os anciões e passar na casa da Misao ainda de manhã. – pediu.
– Não tem problema, as garotas vão querer passar a tarde no Shopping... Tenho certeza que Meiling vai junto e vai querer fazer Seiya de carregador.
Aquela manhã passou tranqüila. Shaoran estava certo, assim que Meiling e Tomoyo se conheceram, combinaram de sair para o shopping e, como eles recusaram, Meiling disse que seu namorado as levaria e ajudaria nas compras.
Os rapazes passaram a tarde zanzando pelas instalações do clã, que Eriol quis saber tudo sobre. Shaoran e Aoshi arriscaram uma demonstraçãozinha com espadas, mas Shaoran acabou por ser desarmado por um descuido e pela destreza de Aoshi, que não parara de treinar durante todos os anos que Shaoran ficara parado.
Os hóspedes se sentiam a vontade, todos eram gentis, apesar de alguns olharem meio atravessado para eles, os mais orgulhosos da família, principalmente para Eriol.
Os quatro casais se reuniram em uma saleta que servia como sala de música. O piano próximo à janela era uma das poucas coisas que davam algum sinal de vida ao ambiente. Eriol se prontificou a tocar, há pouco terminara uma composição e gostaria da opinião dos amigos.
Suas mãos extraíam vida das teclas do instrumento, passando emoção aos ouvintes que ouviam comovidos a apresentação. Aplaudiram ao final da mesma, fazendo o jovem ficar encabulado, mas agradecer aos elogios.
– Pode utilizar essa sala quando bem entender, Eriol. Ficaríamos honrados se pudermos ouvi-lo tocar novamente. – disse Shaoran.
– Eriol sempre foi um exímio compositor e pianista. – comentou Sakura. – Fui falar com ele em um dos seus primeiros dias na escola, quando o ouvi tocar na sala de música e ao reconheci a melodia... Quando Tomoyo conversou com ele então, a paixão dos dois pela música os uniu ainda mais e hoje estão onde estão. – sorriu.
(Agora é uma cena que a minha querida amiga Dai fez para mim, espero que gostem...)
As nuvens haviam se apossado do céu e a fraca imensidão de uma noite nova sem Lua, se fazia mais uma vez solenemente presente na abóbada celeste. Belas estrelas eram uma tarefa árdua se ver, tudo anunciava uma noite chuvosa e desprovida da bela luz lunar.
Vislumbrar esta visão, contrastando com a das estrelas, não era nada difícil de se enxergar já que as imponentes vidraças das janelas na mansão Li estavam, mesmo com a ventania presente, abertas. As cortinas, dançavam compactuando com o gostoso vento que se instalara no local. Tudo isso para agradar apenas uma pessoa: Eriol Hiiragizawa.
O homem de olhos azuis escuros, estava situado no centro da imensa sala de música da casa. Juntamente com um piano, faziam a melodia daquele local tornar-se encantadora, o vento soprando de um lado, teimando em desarrumar o cabelo dele, e ele de outro, tocando uma música lindíssima de sua autoria.
Assim, como as nuvens tinham tomado conta do céu, a noite também há muito tempo já fazia o Sol "dormir" e ter consciência de que em algumas horas ele teria que se levantar novamente para iluminar a vida de todos. Tudo isso indicava que já passava das três horas da manhã.
Estava solitário e absorto no toque dos seus dedos nas teclas, com a mente totalmente vazia, apenas divagava pelas notas musicais. Enfim, ele estava em estado de torpor.
O ambiente, embora possa estar lembrando um imóvel mal-assombrado, daqueles filmes de terror, era acolhedor e inspirador para ele. Lugares assim, sempre ajudavam-no a terminar de compor a música que ele imaginava para a musa dos seus sonhos.
Seu corpo movia-se freneticamente acompanhando o movimento ávido de seus dedos, as gotas de suor que escorreriam dos cabelos eram imediatamente "secadas" pelos sopros do ar em movimento. Os óculos, momentaneamente esquecidos, repousavam sobre a madeira envernizada do objeto e os seus olhos... Fechados.
A madrugada lhe agradava muito. Sempre fora assim, e é sempre nela que ele conseguia as respostas para as perguntas mais importantes de sua vida. O silêncio sempre fora um aliado, e as palavras certas, nas horas exatas eram sempre sua recompensa. A concentração que este período noturno o trazia era imensuravelmente maior. Ele estava certo que iria mais uma vez terminar sua última composição.
A escuridão daquele cômodo, apenas era salva por uma luz de fraca voltagem em uma das paredes da sala, do lado de uma das janelas. No entanto, tomando-o de sobressalto, um leve e breve toque faz com que ele desperte da situação mágica em que estava vivendo. Graças à penumbra, primordialmente, pareceu-lhe ser um vulto, um espectro, entretanto, este pensamento não prevaleceu por muito tempo quando ele foi envolvido por braços mais do que reais.
Com os braços, veio também um corpo que se encostou completamente em suas costas. Cabelos, ondulados e tão negros quanto um ônix deslizaram sobre o seu rosto. As mãos da figura que o enlaçava começaram a subir, passar pelo tórax definido do rapaz indo até o rosto dele e depois descendo para o pescoço do jovem. Ele, então, pôde sentir uma respiração muito próxima a ele - ela havia se abaixado para ficar na mesma posição que a dele - e finalmente seu corpo arrepiou-se por completo, por causa dos dentes e lábios da mulher em seu pescoço.
– Tomoyo... - murmurou... colocando os próprios braços em volta da cintura dela e a agarrando por trás. – O que esta fazendo acordada à uma hora destas?
Ele não obteve resposta. Pelo menos nenhuma réplica com palavras. O que a moça fez foi beijar-lhe o lóbulo da orelha esquerda, fazendo o rapaz arrepiar-se novamente.
– Tomoyo... É tarde... - dizia quase sem voz – Por que não esta dormindo ainda?
E mais uma vez ele não ouviu nenhuma palavra, porém desta vez, ela não fez nada, nenhum sinal para que ele soubesse que continuava ali.
O vento fazia-se mais forte, o que fez com que ouvisse um forte agitar de tecido detrás dele, certamente um vestido, provando-lhe que a moça ainda continuava no recinto.
Sorriu. Não a mandaria mais embora, ou qualquer coisa do gênero, ela tinha começado com a provocação, agora ele também queria ir até o fim. Contudo, quando suas pupilas lentamente abriram-se ele encontrou um semblante terrivelmente perto do seu. Olhos violetas que rutilavam nas sombras e que indubitavelmente pediam por ele. Lábios bem desenhados e entreabertos faziam um convite mais do que tentador e por fim, madeixas de um belo negrume tomadas por cachos contornavam-lhe fronte.
Ela era uma visão perfeita.
O homem de incomuns olhos azuis marotamente a olha. Deixaria, ou melhor, desejava que ela o enlouquecesse naquela noite.
A moça que estava com os joelhos levemente flexionados para fazer com que suas feições ficassem na altura das do belo homem parece entender o que ele quer. Sorri maliciosamente, e sai do lado dele sentando-se no colo em seu colo ficando de costas para o majestoso piano no cetro da sala.
Ambos, então, sorriem e ambos sorrisos minados de luxuria para com o outro.
Lentamente os lábios dela foram de encontro aos dele, algo que ele já ansiava naquele momento, tornou a fechar novamente os olhos apenas esperando o contato daquele mel da boca dela para tomá-lo para si num beijo embriagante.
O que não ocorreu.
Podendo ver novamente, encontrou feições lascívias e uma língua contornando a própria boca, em um claro sinal de provocação. Eriol "ensandeceu". Agarrou-a pelos ombros nus, por causa da violácea camisola de alças que trajava, e proporcionou um encontro de olhares a pouquíssima distância. Ele a beijaria, se o dedo indicador dela não se impusesse sobre seus lábios.
– Por que estava dizendo-me aquelas coisas? – murmurava com uma voz quase inaudível - Eu quase fui embora... Dormir, sabia? – e resvalava seus lábios no dedo dela sobre a boca dele. – Psiu... - quando viu que ele tentaria falar algo – Não precisa me dizer, agora já não tem a mínima importância, mas se quiser mesmo saber eu confesso. – sussurrando no ouvido dele – Não consigo dormir, com o seu corpo ausente, não consigo dormir com o seu corpo tão longe do meu...- e com isso sorriu maldosamente - Entendeu-me agora...
Foi interrompida pelas mãos de Eriol calando-a da mesma forma que ela a ele. Logo após isso, ele leva sua mão direita a dela e retira o delicado dedo de onde ele estava. Sorriu para ela. Somente para ela ele sorria daquela forma.
– Desculpe-me se a deixei sozinha. Eu apenas, estava tentando terminar a minha canção para a minha musa...A minha Julieta, a minha Eurídice... O meu amor.
– Eriol... Eu...
E finalmente, a interrompendo mais uma vez, lábios foram tomados em um beijo deleitoso, voluptuoso e extremamente apaixonado. Mãos cheias de presteza se encarregavam de tirar a bela camisola que torneava perfeitamente as curvas da jovem, enquanto ela apenas ergueu os braços para permitir que o homem se desfizesse do empecilho e deixando-a apenas, salva da nudez total graças aos cabelos que lhe cobriam partes do corpo. Gentilmente, ele fez com que ela arqueasse as costas para trás colocando-a sobre as teclas e parte do piano, enquanto ele passeava com as mãos, boca e língua tanto pelo vale como pelos próprios seios da garota.
Tal atitude, arrancava dela gemidos, suspiros e chamados por ele. Até que ela levanta-se buscando encontrar o olhar dele, buscando beijá-lo novamente. Às mãos da bela mulher contornavam todos os traços masculinos da face dele, as quais lentamente desceram até o pescoço para sugá-lo e mordê-lo mais uma vez. Então, começou a desabotoar um a um todos os botões da camisa pólo azul que ele usava, acariciar e lamber toda a extensão do peito do rapaz.
Era a vez dos olhos azuis chamarem pelos violetas.
Ele tinha que admitir: sua namorada sabia exatamente o que fazer para deixá-lo "gritando" por ela, provocava-o, instigava-o e o castigava. Sim, era uma tortura não poder possuí-la de uma vez, já não importava o tempo, a própria ventania que vinha de fora, ou até mesmo a chuva, que certamente nenhum dos dois percebeu que já tinha iniciado e que agora molhava o chão e as próprias cortinas. Ele clamava por ela, seu membro já estava pulsante dentro de suas calças, fato que ela logo percebeu por estar sobre as pernas dele e sorriu marotamente por isso.
– Tomoyo... Eu a quero... - disse num fio de voz.
– Não, ainda não, amor. – e devorou os lábios dele vorazmente.
– Malvada... - disse fazendo beicinho.
– Malvada, não. Louca. E uma louca que lhe quer mais doido do que ela... – e beijou-lhe a parte superior do lábio dele.
Eriol puxou-a para junto de si, osculando-a no pescoço perdendo suas mãos no corpo da jovem de olhos violetas, em uma demonstração de que não agüentava mais brincar. Como já a havia expressado, ele a desejava naquele momento.
Repentinamente um sopro mais forte, desalinha de vez os cabelos do rapaz, e os da bela moça são "jogados" para o lado, dando-lhe um aspecto de anjo, de uma modelo de pintura renascentista. Enfim, seu corpo pôde ser totalmente vislumbrado por ele, sem nenhum impedimento, ela estava ali, completamente nua, não sentindo frio nenhum, apesar do tempo rebelde que se desencadeava fora da mansão, somente para que ele fornecesse o calor que ela precisava para se manter aquecida. No entanto, apesar de estar completamente envolvido pelos braços do rapaz, um arrepio percorre todo o corpo dela, não dando para saber se era pelo frio, ou pelas sensações magníficas que estava sentindo, todas proporcionadas pelo namorado.
Os óculos que antes da chegada da moça já estava esquecido, agora, por causa dos movimentos feitos em cima do piano estavam jogados no chão, como se não tivessem a mínima importância, e naquele momento não tinham mesmo.
Cansado de tudo isso, e não suportando mais esperar para fazê-la dele, a pega entre os braços e levanta do piano. Brevemente abaixa-se para pegar a camisola da garota e a própria camisa para só, então, abrir a porta da sala de música da mansão.
Enquanto ela beijava-lhe a orelha e afagava os cabelos dele, o homem de olhos azuis minuciosamente olhava para todos os lados para ver se alguém iria aparecer. Vendo que ninguém passaria por ali, ele percorre rapidamente toda a escada e o corredor da casa, chegando, enfim no quarto em que estava acomodado.
Adentrando no recinto, ele tranca a porta com a chave e joga a mulher em cima da cama que ficava na parte central do quarto. Enquanto ela o devorava com os olhos, ele rapidamente tira as calças.
– Agora, sua malvada... Irá ver do que eu sou capaz quando perco a razão...
– Estou louquinha para ver... – e o puxa de encontro ao próprio corpo.
N/A:
Oi gente! O capítulo demorou, mas saiu... Estava com uns probleminhas e não posso dizer que já resolvi todos, mas pelo menos tempo que arranjei para terminar esse capítulo, que está em minha mente há um tempão...
Primeiramente, agradeço à Dai, que fez essa ceninha T+E linda, amiga, valeu pela ajuda, não seria nada sem você.
Tenho também que agradecer muito, como sempre, ao Felipe S. Kai. Sempre me aturando e me dando forças para não desistir, mesmo que isso implique em noites em claro, o que quase aconteceu comigo no sábado, mas ele está lá...
Outra pessoa que eu sempre agradeço é a Yoruki Mizunotsuki, meu anjinho que está sempre pronta a me dar uma mãozinha quando eu precisar... Obrigada mesmo!
Diana Lua, sempre me aturando no ICQ, apesar de fazer algum tempo que não paramos para conversar com calma...
Rô, sempre marcando presença, dando dicas e indicando possíveis enganos e mal-entendidos, espero que suas dúvidas sobre o capítulo anterior sejam esclarecidas com esse...
Para a escrita desse capítulo, essas pessoas foram fundamentais, mas não posso esquecer dos reviewers... Diogo_Li, Harumi, MiDoRi, serenite, Liara, Lally-chan, Tasuki, LilyHart e Saki Kinomoto (eu ainda estou esperando aquele Li que você disse que ia me apresentar, vamos marcar um dia, me envia um e-mail pra gente ver!).
Por hora é só... Agradeço a todo o apoio que vocês todos me deram e espero não demorar tanto para postar novamente, mas não posso garantir nada...
Beijos a todos...
Miaka.
