Um caso complicado de se resolver

Caminhavam lentamente de mãos dadas, no percurso já conhecido da escola para casa. Não se preocupavam com absolutamente nada, aquele fora o semestre mais tranqüilo de todos, no quesito confusões. Todos estavam tão afoitos com a formatura que poucos deram real atenção ao namoro ou tomaram o precioso tempo que tinham livre para fazer comentários maldosos, coisa que preocupara Sakura na volta às aulas anteriormente.

A garota suspirou pesadamente, mantendo um sorriso bobo nos lábios. Shaoran estranhou aquela ação e logo indagou.

– O que foi? – puxou a mão dela que estava segura na sua e beijou-a, mantendo o olhar fixo nos orbes esmeralda.

– Nada... Estava só pensando... – suspirou novamente. – Tudo passou tão rápido... Parece que foi ontem que estávamos em Hong Kong com toda aquela confusão com Chiba e... – foi interrompida pelos dedos dele sobre seus lábios, silenciando-a.

– Combinamos de esquecer tudo isso, não lembra? – perguntou, com um quê de súplica na voz. – Toda vez que toca no assunto, você fica abatida. Por mais que não queira demonstrar, eu conheço-a muito bem, Sakura. – acrescentou rapidamente, vendo que ela iria interrompê-lo.

– Você tem razão... Mas não era exatamente aquilo que eu queria enfatizar... Só estava pensando em como o tempo passou rápido... Em poucas semanas estaremos nos formando, entrando na faculdade logo em seguida... Mas nada parece ter realmente mudado, apesar de tudo. – sorriu fracamente, completando a frase ao vê-lo franzir o cenho. – Além de você e sua mãe, é claro.

– Eu sei, entendi o que quis dizer... Para mim, muita coisa mudou e você sabe... Você fez isso comigo, e não me arrependo de ter mudado toda a minha vida... Ganhei uma recompensa valiosa por todo o meu esforço... – beijou-a ternamente.

– Isso me mostra a aplicação da frase: "Você se torna imediatamente responsável por aquilo que cativa."... – sorriu suavemente, fitando-o.

– Sim... Então trate de se fazer merecedora de todo o meu sacrifício, mocinha! – ele brincou, ouvindo-a rir.

– Farei o possível, começando assim que chegarmos em casa, que tal? – perguntou, sussurrando em seu ouvido, fazendo-o arrepiar-se.

– Parece-me a melhor idéia que teve até agora. – sorriu marotamente, voltando a segurar a mão dela e caminhando, estando ruborizado por perceber que chamaram a atenção de alguns transeuntes.

– Sakura? Acorda, meu anjo... – Shaoran balançava suavemente uma Sakura adormecida, usando o livro de matemática como travesseiro.

– Ahn? – ela abriu lentamente os olhos, endireitando-se na cadeira e espreguiçando com um gemido de dor. – O que houve?

– Você dormiu estudando de novo... E está atrasada. – ele constatou, olhando para o relógio.

– Essa não... – ela rolou os olhos, levantando-se e pegando seu uniforme.

– É o último dia, Sakura... O último teste e depois estamos livres... E hoje tem o baile de formatura, lembra-se? – perguntou, sentando-se na carteira e tentando animá-la enquanto ela se trocava.

– É verdade... – ela tirou a camisa do pijama, estando de costas para ele. Parou de repente e virou-se para encará-lo. – Você vai ficar aí só olhando?

– Vou. A não ser que queria ajuda. – riu, acompanhado por ela. – Eu já separei seu café da manhã e você pode comer enquanto vamos, já que Tomoyo passará aqui para pegar-nos.

– É verdade... – colocou o sutiã e a camisa da escola, sob o olhar dele. – Você vai ficar mesmo só olhando?

– Não posso? – fingiu-se de inocente, fazendo-a rir. – O que quer que eu faça, então? Já adiantei tudo lá embaixo para sairmos assim que Tomoyo chegar, já peguei o material que você vai precisar para fazer a prova. O que mais falta?

– Hum... – já tirara a calça do pijama e colocara a saia. – Que tal pentear meu cabelo? – brincou, ouvindo-o rir.

– Se você quiser... – ele levantou e pegou a escova de cabelos, enquanto ela sentava na cama colocando as meias. – Mas vai deixá-los como eu os arrumar, combinado?

– Está bem... Você não me faria pagar mico na escola. – sorriu, sentindo as mãos dele acariciarem seu cabelo e, logo em seguida, a escova passar por eles, desembaraçando-os.

Shaoran tomava todo o cuidado do mundo com as madeixas da flor que ele tanto amava. Escovou os cabelos dela por alguns instantes e logo se levantou, pegando uma tiara na escrivaninha dela e colocando-a, de modo a dar-lhe um aspecto inocente. Sorriu satisfeito, vendo-a levantar e olhar-se no espelho.

– Está ótimo... – ela virou-se para ele e sorriu. – Obrigada. – ouviram a buzina do carro de Tomoyo. – Bem, vamos então.

Almoçavam tranqüilamente, felizes pelo tão esperado término dos exames. Lavaram a louça enquanto conversavam. Sakura subitamente calou-se, ficando imersa em pensamentos, soltando um suspiro de frustração depois de algum tempo.

– O que foi, meu anjo? – perguntou Shaoran docemente, enquanto secava a louça e a guardava.

– Não é nada não... – voltou sua atenção para as peças que estava lavando.

– Sakura... Eu conheço você, esqueceu? – colocou o pano de prato sobre o ombro e aproximou-se, abraçando-a em seguida. – O que está te incomodando?

– Shaoran, não é nada, está bem? – ela tirou as mãos dele de si. – Não quero discutir com você, então vamos somente terminar isso, OK?

– Agora é que não vamos terminar até conversarmos... Tem algo que eu fiz que está te incomodando? Estávamos falando do pessoal da escola e você, de repente, pára de falar e fica com essa cara.

– Shaoran, por favor... – encarou-o, vendo-o inflexível. Deixou o prato sobre a pia e pegou o pano que estava no ombro dele secando as mãos. – Quer mesmo conversar sobre isso?

– Se isso a incomoda, é claro que quero conversar. – entoou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– OK... – encarou-o, encostada à parede. – Estávamos falando sobre as pessoas da escola, certo? Nos últimos dias, comecei a reparar que você tem agido estranhamente, toda vez que estamos na escola. Sei que é reservado, mas, depois de tudo o que passamos, imaginei que nós tivéssemos passado desse nível de nos importarmos com o que os outros vão pensar. – ela cruzou os braços, encarando-o firmemente.

– Você sabe que eu fico sem jeito quando sou o centro das atenções. – tentou argumentar.

– Eu também fico, mas isso não me faz agir estranhamente estando com meus amigos! – ela explodiu.

– Onde você quer chegar, Sakura? – ele levantou uma sobrancelha.

– Você tem medo, Shaoran! Tem medo de que tornar nosso relacionamento público possa torná-lo menos intenso! Tem problemas em lidar com as pessoas, mas isso não significa que outros não possam ajudá-lo a fazer isso!

– Você ouviu o que acabou de dizer? – perguntou, debochado.

– É exatamente disso que estou falando! Você não admite a verdade, e ainda diz que nada é mais importante do que nós! Isso me ilude enquanto estamos aqui dentro, sozinhos ou com Eriol e Tomoyo. – colocou as mãos na cintura.

– Sakura... Eu passei por muita coisa desde que começamos a namorar, mudei muita coisa só para poder estar com você e protegê-la! Sejamos francos, superei coisas muito maiores, você não pode simplesmente entender o que eu sinto e aceitar?

– Como é? – perguntou, indignada. – Shaoran, eu larguei tudo para fazer com que pudéssemos ficar fora de perigo! Fiz tudo isso pensando que você sentia a mesma necessidade de estar comigo que eu sinto por você! Não gosto de ter minha vida observada pelos outros, mas prefiro isso a não tê-lo comigo!

– Você está realmente falando sério? – perguntou, estupefato.

– Viu? Era esse o motivo de eu não querer conversar! Você tem problemas em manter um relacionamento público, mas não admite! Coloque na sua cabeça que você não é seu pai! Não vai cometer os mesmo erros que ele cometeu, assim como eu não cometerei os mesmo que minha mãe e meu pai! – ela tinha lágrimas nos olhos quando terminou e saiu da cozinha, trancando-se no quarto e deixando Shaoran estupefato.

Chegaram em casa e não ouviram som algum, coisa incomum de acontecer.

– Já chegamos! – anunciou Yelan. – Shaoran, Sakura? Estão em casa? – sem resposta, Yelan foi para a sala de televisão, encontrando Shaoran imerso em pensamentos. – Filho? Está tudo bem?

– Mãe? Eu não os ouvi entrar... Olá, senhor Kinomoto. – cumprimentou ele, vagamente.

– Onde está Sakura? – perguntou Fuyutaka, notando que algo estava errado.

– Está no quarto. – respondeu, voltando a olhar para o chão.

– Querido... – Yelan fez sinal para que fosse falar com Sakura enquanto ela lidava com Shaoran. Viu-o se afastar e subir as escadas.

Estava sentada em sua cama, ainda com lágrimas nos olhos vermelhos, abraçando os joelhos, quando ouviu batidas na porta. Não respondeu, imaginando ser Shaoran, mas logo ouviu a voz de seu pai pedindo que abrisse a porta. Fez o que o pai pediu, encarando-o hesitante.

– Minha filha... O que houve? – perguntou, preocupado, fechando a porta ao passar e sentando na cama, ao lado dela.

– Eu e Shaoran discutimos... Estava tudo bem, e de repente eu simplesmente explodi.

– Se você está sentindo-se incomodada com alguma coisa, tem que conversar com ele... É para isso que vocês estão juntos, afinal. – disse sabiamente, abraçando-a de lado.

– Mas ele é orgulhoso demais para admitir que está fazendo algo errado! E ainda jogou na minha cara tudo o que fez para ficar comigo!

– Não podemos negar que ele fez muita coisa para estar ao seu lado, mas você tem que aceitá-lo como é.

– Eu sei, papai! Mas tente passar todo o seu tempo com alguém que dá a entender que está desconfortável com a sua presença? Mesmo sabendo que isso não é verdade, magoa muito vê-lo agir assim.

– Sakura... Para ele é difícil ignorar tudo ao redor, mesmo estando com você. – ele acariciou os cabelos da caçula, sorrindo docemente.

– Ah, papai, eu não sei! – ela levantou o rosto e secou as lágrimas. – Não sei o que fazer...

– Eu sei o que você vai fazer. – disse, convicto. – Você vai tomar um bom banho e se arrumar para ir ao baile... Enquanto isso vai se acalmar e depois conversar com Shaoran sobre o que aconteceu, certo?

– Parece uma boa idéia... – sorriu. – Obrigada, papai. – beijou-o no rosto e foi ao banheiro.

Entraram no carro, cumprimentando Eriol e Tomoyo, mas sem trocarem uma palavra entre si. Os amigos estranharam e, depois de uma troca de olhares, começaram uma conversa casual, separadamente. Tomoyo conseguira fazer Sakura se soltar um pouco, conversando sobre coisas banais, já Eriol não tivera tanta sorte, Shaoran definitivamente não estava a fim de conversar.

Logo chegaram ao local do baile, já apinhado de estudantes, e Eriol puxou Shaoran para um canto.

– O que é que aconteceu, cara? Nunca os vi assim!

– Deixe-me, Eriol... Isso é entre eu e Sakura. – tentou sair dali, mas o jovem inglês o empurrou para a parede de novo. (A boa educação inglesa que vá para o inferno XD)

– Se vocês estivessem, ao menos, se falando, eu o deixaria em paz. – insistiu ele. – Vamos Shaoran, por que foi que vocês brigaram?

– Bem... – ele contou a discussão que tivera com a namorada na cozinha da casa. – E depois ela se trancou no quarto, sem falar mais nada.

– Não se pode negar que ela tem razão... E não me olhe com essa cara, você sabe muito bem que tem um problema com "público", por assim dizer. – completou ao vê-lo lançar um olhar furioso.

– Eu sei que tenho! Mas o que ela quer que eu faça? Posso chegar para ela e pedir perdão, prometendo que nunca mais vou fazer isso... Mas não vai adiantar, eu vou continuar agindo assim! – Shaoran suspirou, encostando a cabeça na parede e olhando para o teto do salão.

– Você não precisa prometer que vai deixar de agir dessa forma, apesar de tudo, não passarão de palavras sem sentido, pois ela sabe que esse é o seu jeito...

– Então! O que eu devo fazer?

– Eu não sei se vai adiantar, mas veja o que eu faço... Você se sente incomodado com os olhares dos outros, ouve comentários maldosos sobre seu relacionamento, e isso o deixa chateado, certo? – indagou Eriol, tendo a confirmação dele com um aceno de cabeça. – Toda essa atenção voltada a vocês é por pura inveja, ou sobra de tempo dos outros... É difícil ignorá-los, e no final das contas, não adianta tentar fazê-lo, na tentativa de ignorá-los, você passa a reparar mais ainda.

– Até agora não ajudou em nada essa sua pequena palestra. – comentou Shaoran, irritado.

– Você não precisa fingir que não sabe que estão olhando vocês ou falando sobre vocês... Só que seu modo de agir deve mudar... Não adianta ficar incomodado, isso não os fará ir embora. Tente agir normalmente... Ou fique somente encabulado, como sei que sempre fica, mas disfarça pelo incômodo que demonstra. Não há anda de errado em ficar um pouco vermelho de vez em quando, elas até gostam.

– Você está falando sério? – ergueu uma sobrancelha, em sinal de desconfiança diante das palavras do inglês.

– É verdade... Ouvi Sakura e Tomoyo falando sobre isso algumas vezes...

– Bem, mas o que eu faço para provar para Sakura que posso "manter um relacionamento público"?

– Bem, eu tenho uma idéia... Talvez não seja algo tão simples, mas, se você conseguir, tirará toda e qualquer suspeita da parte dela ou de qualquer um.

– E o que estamos esperando, então?

Sakura conversava com Tomoyo, Sakuya e Yukito sobre a briga que tivera com Shaoran.

– Eu sei que fui dura demais com ele, mas não consegui mais agüentar... – lamentava a jovem.

– Calma, Sakura... Vocês passaram por muita coisa, vão se acertar. – consolou-a Sakuya.

– É esse o problema... Passamos por tanta coisa... E eu fiquei encanada com uma bobagem dessas...

– O que você sente não é bobagem, Sakura. – disse Yukito. – Ele insistiu que vocês conversassem sobre o que a incomodava, ele não quer que você fique triste.

– Eu queria falar com ele sobre isso... Mas ele e Eriol sumiram assim que chegamos aqui. – Sakura suspirou.

– Vamos fazer o seguinte: a banda vai começar a tocar agora. – disse Tomoyo, vendo que os rapazes da sala delas, que possuíam uma banda, se arrumavam no palco. – Todos vão para mais perto, então poderemos procurá-los mais facilmente.

– Está bem... – viram os estudantes aproximarem-se do palco, deixando um pedaço do salão vazio, deixando mais fácil a movimentação dos amigos.

– Será que eles não estão lá no meio da multidão? – perguntou Sakuya.

– Não... Eles devem é estar conversando em algum lugar mais calmo... – disse Tomoyo.

– Boa noite, pessoal. Vamos tocar hoje para vocês durante metade da festa, depois um DJ vai assumir, afinal também queremos curtir a noite, certo? – eles ouviram o vocalista da banda falar. – Tínhamos feito um roteiro, mas vamos alterá-lo um pouquinho a pedido de um amigo... Essa primeira música vai ser cantada por um colega nosso, que precisa acertar as coisas com um certo alguém em especial.

Sakura ouvia as palavras com meia atenção, estava chateada demais para pensar em qualquer coisa que não fosse Shaoran. Teve sua atenção chamada por Yukito, que apontou o palco, fazendo-a virar-se e ter a maior surpresa de sua vida. Shaoran estava no palco, acompanhado pelos rapazes da banda e se preparava para cantar.

Fallin out fallin in

(Ruindo, caindo)
Nothing is sure in this world no no

(Nada é certo nesse mundo, não, não)
Breaking down breaking in

(Quebrando, Arrombando)
Never knowing what lies ahead

(Nunca sabendo o que nos aguarda)
We can really never tell it all no no

(Nós podemos nunca dizer nada, não, não)
Say goodbye say hello

(Dizer adeus, dizer olá)
To a lover or friend

(Para uma amante ou amiga)
Sometimes we could never understand

(Algumas vezes não podemos entender nunca)
Why some things begin with just love

(Por que algumas coisas começam somente com amor)
We can really never have it all

(Nós podemos nunca tê-lo)
No no no ohh

(Não, não, não, ohh)

Shaoran tinha as faces vermelhas ao notar que tanta gente estava observando-o atentamente, mas não pararia ali. Tentou localizar Sakura no meio da platéia e sentiu-se frustrado em não vê-la, mas logo a avistou mais afastada, junto com Tomoyo, Yukito e Sakuya. Sorriu sinceramente, como só fazia quando estava a sós com Sakura, sua mente focada somente nela.


But oh, cant you see

(Mas oh, você não vê?)
That no matter what happens

(Que não importa o que aconteça)
Life goes on and on

(A vida continua)
And so baby just smile

(E então, querida, sorria)
Coz im always around you

(Porque eu estou sempre ao seu redor)
And i'll make you see

(E eu a farei ver)
How beautiful life is for you and me

(Quão linda é a vida para nós)

Sakura tinha lágrimas nos olhos ao vê-lo cantar para ela em frente a tanta gente. Murmurava a letra da música, conhecendo-a de cor e salteado, por ser uma de suas músicas favoritas. Notou que Eriol chegara e abraçara sua prima, beijando-a brevemente antes de dizer.

– Ele realmente a ama, e fará de tudo para faze-la feliz, Sakura. Achei que fosse desistir de última hora, ele tremia e suava frio, mas queria mostrar a você que significa tudo para ele.

Ela não respondeu, lágrimas molharam seu rosto, borrando a leve maquiagem, mas não se importou.


Take a little time baby

(Pegue um pouco do seu tempo, querida)
See the butterflie's colors

(Veja as cores das borboletas)
Listen to the birds that were sent to sing for me and you

(Ouça aos pássaros que foram mandados para cantar para nós)
Can you feel me

(Você pode me sentir?)
This is such a wonderful place to me

(Esse é um lugar maravilhoso para mim)
Even if there is pain now

(Mesmo que haja dor agora)
Everything will be alright

(Tudo ficará bem)
For as long as the world still turns

(Enquanto o mundo girar)
There will be night and day

(Ainda haverá noite e dia)
Can you hear me

(Você pode me ouvir?)
There's a rainbow always after the rain

(Sempre há um arco-íris após a chuva)

Seu coração apertou ao perceber que ela chorava. Fez sinal para que secasse as lágrimas, que não deveria chorar. Sorriu vendo-a atender ao pedido e que retribuía seu sorriso, ao mesmo tempo que se aproximava do palco abrindo passagem entre os colegas..... dei uma dica.....


Hittin high hittin low

(Subindo, descendo)
Win or lose you should go

(Ganhando ou perdendo você deve ir)
Yeah yeah

(Sim, sim)
Getting warm getting cold

(Esquentando, esfriando)
Weather can be so good or bad

(O tempo pode ser muito bom ou ruim)
But baby this is life so dont get mad

(Mas, querida, isso é a vida, então não fique brava)
No no no

(Não, não, não)
Coz ohhh

(Porque, ohhh)
Can't you see

(Você não vê?)
That no matter what happens

(Que não importa o que aconteça)
Life goes on and on

(A vida continua)
And so baby please smile

(E então, querida, por favor, sorria)
Coz im always around you

(Porque eu estou semrpe ao seu redor)
And i'll make you see

(E eu vou fazê-la ver)
How beautiful life is for you and me

(Quão bonita a vida é para nós)

Sakura acelerou o passo, queria chegar ao lado do palco, precisava falar com ele, pedir-lhe desculpas por ter sido tão idiota e agradecer por ele ter feito aquilo por ela. Ignorava os protestos de alguns, e agradecia aos que a deixavam passar, imaginando que algo acontecera entre os dois.


Life's full of challenges

(A vida é cheia de desafios)
Not all the time we get what we want

(Nem sempre conseguimos o que queremos)
But don't despair my dear

(Mas não perca as esperanças, minha querida)
You'll take it each trial

(Você pegará cada prova)
And you'll make it through the storm

(E você atravessará a tempestade)
Coz youre strong

(Porque você é forte)
My faith in you is clear

(Minha fé em você é evidente)
So I say once again

(Então eu direi mais uma vez)
This world's beautiful

(Esse mundo é tão bonito)
Let us celebrate life that is so beautiful

(Vamos celebrar essa vida que é tão bonita)
So beautiful...

(Tão bonita...)

Shaoran agradeceu aos rapazes e desceu do palco, encontrando Sakura logo ao lado da escada. Abraçou-a firmemente, sentindo-a corresponder e chorar ao mesmo tempo.

– Perdão, Sakura... Eu não devia ter agido daquela forma com você durante tanto tempo...

– Sou eu quem tem que pedir perdão... Eu fui uma idiota, fui grossa com você hoje à tarde, não queria admitir que isso tudo era uma bobagem, que o amo do jeito que é, Shaoran...

– Não era bobagem, Sakura... Seus sentimentos nunca são bobagens... – ele afastou-a ligeiramente de si e fitou o rosto molhado dela, secando-o suavemente. – Vou tentar melhorar, eu prometo.

– Só o que fez agora já me convenceu disso... – ela sorriu docemente. – Beije-me. – pediu, sendo atendida imediatamente, enquanto ouviam a banda começar a tocar, animando a festa que marcaria suas vidas para sempre.

N/A:

Oi, gente boa!!

Quero agradecer imensamente a todos os que me ajudaram nessa fic, mas antes de citar nomes, preciso colocar aqui os "Erros de gravação" desse capítulo...

Erros de gravação no último capítulo

Uma doida entra no salão gritando e atropela toda a platéia até chegar na beirada do palco.

"LIIIIIIINNNNDDDDDOOOOOOOOO!!!!!!!!!!..." - grita, até perder o fôlego e tenta subir, sendo impedida por meia dúzia de seguranças. A banda apesar de assustada com a aparição da maluca não pára de tocar. A garota agilmente pisa com MUITA força no pé de dois seguranças, dá uma cabeçada em outro, uma cotovelada na boca do estômago de um outro e derruba outros dois com chutes, mas não consegue se aproximar mais do palco por causa dos seguranças em quem ela tinha pisado no pé.

"Quem é aquela?" - pergunta Sakuya, abismada, vendo a maluca dar um soco em um brutamontes e um chute no meio das pernas do outro.

Eriol que tinha se aproximado dos seus amigos quando Shaoran subiu no palco arregala os olhos e perde o fôlego.

"Essa não!!" - murmura sentindo um nó no estômago. - "O que eu fiz para merecer isso, Meu Deus??" - tampa o rosto com uma das mãos e dá um passo na direção do palco, mas é interrompido pela mão de Tomoyo que tenta segurá-lo, estando assustada.

"O que você está pensando em fazer, Eriol?" - perguntou, não compreendendo o que o rapaz iria fazer.

"Resolver isso, Tomoyo... Meio óbvio não é?" - soltou-se e viu a garota colocando o pé no palco, pronta para subir.

"YORUKI HIIRAGIZAWA!!!" - gritou e com isso tudo ficou quieto, a banda parou de tocar e todos os olhos se voltaram para o inglês que olhava de braços cruzados para a garota que parecia ter petrificado. - "Pode se afastar desse palco e vir até aqui imediatamente..." - sua voz estava controlada, mas tinha um tom de comando impossível de ser ignorado.

A garota se virou lentamente para fitá-lo, um sorriso sem graça em seu rosto. Começou a caminhar para perto dele com a cabeça baixa, parecendo um robozinho.

"Muito bonito, hein..." - Eriol falou, vendo a garota levantar os olhos, interrompendo-o.

"Não,... é mais do que isso, é LINDO!!!" - deu um pulinho e gritinhos de alegria.

"YORU!!" - repreendeu-a com um olhar sério que a fez abaixar a cabeça de novo. - "Peça desculpas pela confusão e vá para os bastidores imediatamente...".

"Mas..." - tentou argumentar, sendo interrompida.

"A-GO-RA!!" - ordenou, sem deixar espaço para contestação.

"Está bem!!" - suspirou e olhou para todos os presentes curvando-se envergonhada. - "Sinto muito por interrompê-los..." - disse olhando para o rapaz de profundos olhos azuis ao seu lado, que ainda tinha a expressão rígida. Começou a caminhar para fora do cenário com passos lentos, enquanto Sakura, Yukito, Sakuya e Tomoyo se aproximavam de Eriol.

"Quem era aquela doida, Eriol?" - Sakuya perguntou, recebendo um olhar meio atravessado, meio envergonhado do inglês.

"Minha filha..." - respondeu em um suspiro, fazendo os quatro se entreolharem perplexos.

"MUITO BEM!!!... Todos em seus lugares,... Vamos repetir a cena!!" - ouviram a voz da Miaka vinda de um canto do set. - "Que coisa, minha filha, não posso nem virar as costas por um instante que você já invade minha fic e..." - continuou dando na garota uma bronca que ela nunca se esqueceria...

Fim de Erros de gravação

Que tal? Cortesia de Yoruki Hiiragizawa... Falando nisso, Ela é uma das que eu tenho que agradecer, e agradecer muito... Sem ela essa fic não estaria aqui... Filha, amo você!

Também agradeço ao Felipe S. Kai, que me deu muita força nos últimos tempos, sempre pronto para ajudar... Valeu por tudo, genrinho!!

Kath Klein, apesar de não ler esse fic me deu umas idéias boas só com uma explicação superficial da fic... A idéia da briga foi dela... Vó, amo você! Você é meu ídolo!

Soul Hunter, amiga, você me ajudou bastante, e sabe que me inspirei na sua fic para fazer essa... (Leiam O Assassino Anônimo, finalmente terminado!!) Você ainda não me mandou a ficha dos personas que eu pedi, amiga...

Tenho também que agradecer a todos que deixaram o seu review ou que, de alguma forma, demonstraram suas opiniões... Foram muito importantes para mim...

Então é isso... Agora só tenho que terminar Heart of Sword e depois vamos ver como as coisas andam...

Pois é... É o fim dessa fic... Agradeço aos que leram até aqui e me despeço...

A música utilizada é Rainbow, do South Border.

Beijos a todos...

Miaka Hiiragizawa.