Título: A poção do amor
Autora: Bélier
E-mail: belier.aries@bol.com.br
Categoria: Romance
Retratação: Eu não possuo Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco. Infelizmente (ou felizmente) eu não os possuo, pois do contrário eles teriam namorado mais do que lutado... De qualquer forma, eles são propriedade de Kurumada, Toei e Bandai.
Resumo: Afrodite inventa uma poderosa poção do amor! Mas muitos copos serão trocados até ele conseguir acertar o do seu amado cavaleiro de Câncer!
Capítulo 7 – Mu e Shaka
Aquilo estava ficando cada vez mais esquisito, Mu pensava, enquanto se dirigia ao refeitório do navio para o café da manhã. Primeiro Marin e Aioria... O que era normal, no seu ponto de vista. Depois, Shun e Hyoga... Mu fez careta, ao se lembrar da briga que os dois cavaleiros de bronze arrumaram com Fênix. Depois, foram Seiya e Saori! Ikki e June...
Mu achava estranho que tudo estivesse acontecendo repentinamente, e ninguém estava nem se dando ao trabalho de esconder seus sentimentos do restante dos colegas. "Tem alguma coisa acontecendo por aqui... Isso não está me cheirando bem!"
Mu chegou ao salão, observando que este se encontrava quase vazio. Depois da noitada na cidade, muitos com certeza iam aparecer só lá pela hora do almoço. Apenas Máscara da Morte e Kamus tomavam café num canto. Não querendo ficar sozinho, decidiu sentar junto dos amigos, mesmo porque queria saber a opinião dos outros a respeito do que estava acontecendo.
- Bom dia! – Mu cumprimentou os cavaleiros de Câncer e Aquário. – Já de pé?
- Pra falar a verdade, nós nem dormimos, ainda... – Máscara revelou. – Ontem virou uma confusão tão grande, que até agora estávamos resolvendo...
- Confusão? – Mu estanhou.
- Sim, confusão! – Kamus resmungou. – Nunca saia para a balada com o Miro, ou se sair, vá embora antes que ele encha a cara!
Câncer deu risada. O humor de Aquário tinha atingido níveis insuportáveis depois da cena na limusine. – Só porque o coitado caiu sentado no seu colo? Dá uma chance para ele, vai... – Máscara provocou. – O coitado deve estar precisando de carinho!
Kamus rosnou para ele.
O italiano mudou de assunto, diante do olhar gelado do outro cavaleiro. – Ainda tivemos que dar banho naquele bebum e coloca-lo na cama, imagine só! Deu o maior trabalho!
Ninguém percebeu, mas Kamus avermelhou ligeiramente.
– Moleque, não sabe nem beber! Mais isso não foi nada, perto do que aconteceu antes! - Máscara contou para Mu, em detalhes, o final da noite dentro da limusine, e de como Shura tinha agarrado Shina. – Meu amigo, foi muito esquisito, eu nunca soube que Capricórnio tivesse algum interesse por ela! – Câncer concluiu.
- Então você também acha estranho que todos tenham decidido se declarar assim, no meio da viagem? – Mu não deixou escapar o detalhe de que Afrodite estava com eles.
- Sei lá... Acho que tem alguma coisa pegando, mas não sei bem o quê...
Kamus permaneceu em silêncio. O francês estava de olhos fechados, e Mu achou que o coitado estava dormindo sentado. Nem o café estava fazendo efeito.
- Eu estive pensando... – Mu se interrompeu, ao ver Afrodite adentrando o salão. O ariano franziu seus pontinhos. Novamente, Peixes tinha estado por perto durante um "ataque de paixão"...
- Bom dia!!! – Afrodite chegou, seu perfume inconfundível se espalhando pelo local. – Caiu da cama, Mu? Esses dois aí eu sei que ficaram de babá do Miro...
O cavaleiro mais novo não deixou passar a ironia presente nas palavras do outro. – Pois é, eu não dormi direito essa noite, pensando em tudo o que tem acontecido com os outros...
- Hum, eu acho é que você está com inveja! – Afrodite deu um risinho nervoso, tentando parecer despreocupado, mas na verdade estava com um pouco de receio do olhar inquisitivo de Mu. Ele tinha absoluta certeza de que o cavaleiro de Áries, com a sua percepção sensorial, desconfiava que era ele que estava causando tudo aquilo, mesmo que sem intenção. Se o tibetano confirmasse suas suspeitas, seria o fim de seu plano!
Mu ficou sem graça diante da resposta, e vacilou um pouco. Nesse meio tempo, Máscara se levantou, uma vez que já tinha terminado seu café. Ajudou Kamus a se levantar, segurando-o pelo braço. – Vamos embora, francês, vai descansar para ver se esse mau-humor vai embora...
- Meu mau-humor é crônico, não passa... – Kamus suspirou.
- Ah, passa, um dia passa... – Câncer deu risada. – Vamos.
Afrodite tentou persuadi-lo a ficar, mas Máscara da Morte foi categórico. – Eu não vou ficar dando sopa por aqui, e se eu acabar pegando essa doença maluca que anda contagiando todo mundo? Eu, hein...
Afrodite fez beicinho, e acompanhou desanimado seu amado ir embora. Virou- se para Mu, que o observava fixamente.
- Você também acha que isso é algum tipo de doença, Afrodite?
- Só pode ser, o que mais seria? Ou então todo mundo descobriu que o amor é lindo! – Peixes deu de ombros.
- Eu sei que isso tem a ver com você... – Mu apertou os olhos. – E eu vou descobrir o que é!
- Nossa, o que é aquilo lá fora?! – Afrodite deu um berro, apontando para as grandes janelas do salão. Mu olhou assustado, crente que ia ver algum outro casal insólito se formando... Mas era só Aldebaran, fazendo alongamento no convés, depois de seus exercícios de musculação matinais. – Ah, não é nada não... – Peixes desconversou. – É só o seu vizinho tentando ficar ainda maior do que já é...
"Que estranho! Tudo bem que o Aldebaran é grande, mas... não é de assustar tanto, assim." Mu voltou a tomar o seu café, enquanto Afrodite foi fazer um prato lotado de guloseimas no bufê.
Cansado de ouvir a conversa do cavaleiro de Peixes, Mu se retirou da mesa logo que teve chance, se despedindo do outro com uma sensação estranha.
- Tchau, tchau, querido. – Afrodite tomou um gole de suco. – Cuidado para não encontrar ninguém no caminho que possa te fazer mal...
- Ora essa, eu... – Mu achou melhor não retrucar, e foi para sua cabine.
Um sorrisinho alegre surgiu no rosto de Afrodite, enquanto ele alisava diabolicamente seu precioso frasco, dentro do bolso do short. Não acreditou na sua audácia, de colocar a poção no café de Mu bem debaixo do nariz dele! "Uma dose disso vai tirá-lo de ação, e ele não vai mais me incomodar com as suas suposições se estiver ocupado com outras coisas..." De repente, ele se tocou da besteira que havia feito. "E se ele encontrar com o meu italiano?! Ah, não..."
Afrodite tratou de correr atrás de Mu.
* * *
O cavaleiro de Áries, já no corredor que levava para sua cabine, parou, sentindo um mal estar horrível. Sentiu sua pele queimar, e uma tontura o fez encostar-se à parede. "Droga, será que isso... isso é..." Mu não conseguia pensar direito mais, a única coisa lógica que lhe vinha à mente era que ele precisava chegar ao seu quarto e ficar sozinho. Sua percepção lhe dizia isso, e ele deu mais um passo, mas não suportou a dor em seus membros, e caiu de joelhos. Levou uma das mãos à testa, sentindo o suor escorrer abundante. "Afrodite... só pode ter sido ele!"
Nesse momento, Aldebaran entrou no corredor, e parou assustado ao ver o amigo ajoelhado no chão. – Mu! O que aconteceu?! Você está bem? – O grandalhão avançou para ajudar Áries, que gritou desesperado.
- NÃO!!! Não toque em mim! – Mu olhou horrorizado Aldebaran se aproximar. Áries fechou os olhos e se encolheu, e já imaginava o pior, quando a porta do quarto bem ao lado de onde ele estava se abriu.
- Que gritaria é essa... Mu?! – Shaka ajoelhou-se imediatamente, amparando o amigo em seus braços. – Por Buda, você está pálido!!! O que aconteceu? – Shaka colocou uma das mãos na testa de Áries, notando como ela estava quente. Inquiriu com o olhar Aldebaran, que havia parado imediatamente no meio do corredor, ao ouvir o grito de Mu.
Touro deu de ombros. – Sei lá, quando eu vi, ele já estava assim! Levei o maior susto! Ele pediu para não tocar nele... Será que é alguma coisa contagiosa?
- Mesmo que seja, não vou deixá-lo jogado aqui! Ele está febril... Ai, está acontecendo cada uma nesse navio... Mu, fale comigo... – Shaka passou um dos braços pela cintura do amigo, preocupado, erguendo-o.
Mu sentiu sua pele arder mais, ao entrar em contato com a de Shaka, e seus olhos verdes estavam vidrados de dor. – Eu... não...
- Rápido, Aldebaran, vá chamar um médico, deve ter um médico nesse transatlântico! – Shaka ordenou, desesperado, levando Mu para o seu quarto e sentando-o em sua cama, sem deixar de apoiá-lo contra seu corpo. Virgem estava angustiado com a situação do amigo. Vê-lo daquela forma estava matando-o.
Ele vinha tratando Mu mal, desde que voltaram do Mundo dos Mortos, porque estava muito chateado com o fato do tibetano fingir que nada mudara entre eles, desde a batalha contra Hades. Ele podia ser virgem, mas não era ingênuo! Havia visto o sentimento nos olhos de Áries quando este lhe entregara o rosário, no Inferno. Mu havia se declarado, com aquele olhar, sabendo que ambos não iam sobreviver para levar aquilo adiante. Mas agora que receberam outra vida de Atena, ele fingia indiferença...
Mu tombou sua cabeça contra o ombro de Shaka, sentindo-se cada vez pior. Agora ele tinha certeza do que estava acontecendo naquele navio, e ele sabia que só havia uma solução para o seu problema.
- Shaka... – Mu beijou o pescoço do loiro sem hesitar, assustando-o. Sentindo sua força voltar aos poucos, agarrou o amigo pela cintura, colando seu corpo ao dele. – Sinto muito... ainda bem que foi você... – O tibetano tentou beijar o cavaleiro de Virgem na boca, mas este se desviou a tempo, levantando-se da cama e se afastando do amigo.
- Quê isso??? – O indiano estava incrédulo. – O que deu em você?
Mu levantou-se da cama também, a vontade de alcançar o amigo superando a dor que estava sentindo. – Volta aqui, Shaka!
Virgem contornou a cama, tentando manter distância do ariano. - Quem você pensa que é para me dar ord... – Assustado, o loiro se desviou quando Áries avançou em sua direção. Shaka tentou passar por cima da cama, mas Mu conseguiu segura-lo pela barra da calça do pijama que ele usava.
- Me solta! – O indiano não sabia se se agarrava à cama ou se segurava a calça, que quase foi com o puxão do cavaleiro de Áries. – Mu!
- Você não insinuou ontem que eu não tomava nenhuma atitude? – O tibetano perguntou, enquanto subia na cama junto com o amigo, sem soltá-lo. – Então...
Shaka arregalou os olhos, tentando se desvencilhar de Mu, mas quanto mais o empurrava, mais ele se agarrava ao seu corpo.
Áries alcançou a boca de Virgem com a sua, e deu-lhe um beijo desesperado. Antes que Shaka pudesse reclamar, Mu deslizou sua língua pelos seus lábios, exigindo entrada. Como ele se recusasse a abrir a boca, Áries apoiou o polegar em seu queixo, puxando-o insistentemente, até que o indiano desistiu de resistir, e entreabriu os lábios. Sentiu a língua do amigo tocar a sua, num toque gentil, porém aflito, de quem esperava uma retribuição. Sentindo uma sensação estranha no baixo ventre, Virgem correspondeu ao beijo, deixando sua língua se enroscar a de Áries, a princípio hesitante, mas depois de forma mais ardente.
Mu, por sua vez, sentia a dor e a sensação febril desaparecerem aos poucos, à medida que Virgem correspondia ao beijo, dando lugar a uma deliciosa sensação de prazer. Colou seu corpo ao do amigo, empurrando-o contra o colchão.
Shaka sentiu que o cavaleiro de Áries respirava cada vez mais forte, seu hálito quente dentro da sua boca deixando-o cada vez mais excitado. Mas ao sentir um gosto estranho nos lábios do amigo, o indiano tentou interromper o beijo, agarrando os cabelos lavanda e puxando-os com força.
Mu gemeu alto. – Não faça isso, por favor... Não pare!
- Você bebeu?! – Shaka perguntou, incrédulo, seu olhar cruzando com o do outro cavaleiro. – Logo cedo? Por isso está agindo assim?
- Não! Eu não bebi... pelo menos não o que você está pensando, eu... – Afoito, Mu tentou alcançar a boca do amigo novamente, não se importando se ele lhe puxasse os cabelos novamente.
- Mu! Pare com isso! – Shaka afastou o rosto, mas Áries não se deu por vencido e passou a beijá-lo na base do pescoço, onde a gola do pijama deixava um pouco de pele exposta. Não pôde evitar um gemido alto, quando Mu mordeu-o. Suas mãos afrouxaram o aperto nos cabelos sedosos do ariano.
- Mu... Pare... – Virgem repetiu, mas sem a mesma convicção de antes. O loiro esticou o pescoço, dando mais acesso à boca ávida de Áries.
- Não! – Mu respondeu, seco.
- Sim... – Shaka suspirou.
- Não... – Mu deixou seus lábios percorrerem o pescoço do loiro, até alcançar sua orelha.
- Sim! – Shaka amoleceu de vez, cedendo aos carinhos do tibetano, quando este acariciou sua orelha com a língua.
* * *
Finalmente encontrando o corredor onde ficava o quarto de Mu, Afrodite passou correndo, desesperado, tentando localizar o cavaleiro de Áries. "Ai, minha Deusa, e se ele encontrou o meu italiano... Que burrice, a minha! Cadê ele?" Peixes passou aflito pela porta aberta do quarto de Shaka, olhando de relance lá dentro e continuando a correr, afobado. Freou bruscamente, quase perdendo o equilíbrio e se esborrachando no chão, ao se dar conta do que tinha visto no interior do quarto. Voltou pé ante pé e espiou cuidadosamente. Sentiu um alívio imenso ao ver Mu agarrando o cavaleiro de Virgem, que parecia estar amando, a julgar pelos seus suspiros. "Até que enfim! Esses dois estavam me dando nos nervos!" Ao ver o tibetano tentar tirar a blusa do pijama de Shaka, Afrodite tratou de dar no pé, os olhos arregalados.
"Nossa, eu sou mesmo bom! Acho que vou produzir mais dessa poção e vender!" Peixes nunca imaginou ver os dois "eu-controlo-minhas-emoções-e-sou-senhor- dos-meus-atos" assim! "Acho que dá até para abandonar essa vida de cavaleiro!"
Afrodite não pôde conter um sorriso.
* * *
Mu enfiou a mão por baixo da blusa de Shaka, erguendo-a, mas estava tão aflito que não conseguiu tira-la. Virgem, que já estava mais do que convencido com os "argumentos" que o amigo usara, ajudou-o, tirando a parte de cima do pijama. Áries afastou os cabelos loiros da face do indiano e voltou a beijá-lo com sofreguidão, mas foi interrompido novamente quando Shaka puxou a camiseta que ele usava, deixando seu peito nu também.
- Mudou de idéia? – O tibetano perguntou, enquanto beijava o ombro do cavaleiro de Virgem.
- Idéia? Que idéia? – Shaka perguntou, já totalmente alheio ao assunto. Quando Mu desceu sua boca até alcançar um de seus mamilos, deixou escapar um gemido longo, e arqueou um pouco as costas. Uma de suas mãos acariciava distraidamente a nuca do ariano, enquanto a outra se agarrava ao lençol.
- Deixa pra lá... – Mu ajoelhou-se entre as pernas de Virgem, puxando-o para junto de si e sentando-o em seu colo. Shaka ofegou, seu corpo respondendo imediatamente ao contato com o do amigo. – Quero ver você reclamar de alguma coisa depois de hoje... – Áries enlaçou o indiano pela cintura, depositando um beijo em seu queixo.
- Reclamar... ? – Shaka suspirou, abaixando seu rosto para poder tocar a boca de Mu com a sua, novamente. O loiro mexeu seus quadris contra os do tibetano, que enroscou os polegares no elástico da calça do seu pijama...
* * *
Aldebaran veio pelo corredor, afobado, trazendo o médico que acompanhava o cruzeiro, mais Saori e Seiya. Aldebaran não tinha visto outra solução a não ser incomodar Atena, diante da situação. Ele estava preocupadíssimo com a situação de Mu.
- Estou lhe dizendo doutor, ele praticamente estava sem forças, estava largado! – Aldebaran tentava explicar o estado do amigo ao médico.
- Será que não era enjôo, não, Aldebaran? – Seiya perguntou.
- Claro que não, o Shaka acudiu ele e viu que ele estava queimando de febre! – O brasileiro ficou com raiva do pouco caso do cavaleiro.
Ao chegarem à porta do quarto de Virgem, Aldebaran parou. Seus olhos se arregalaram diante da cena que presenciou. Virou-se rapidamente para o corredor, seu corpo enorme impedindo a visão dos outros.
- Hã... Eu acho que o Mu já está bem, doutor... – Touro comentou, extremamente sem graça.
- Como assim, já está melhor? – Saori tentou espiar dentro do quarto, procurando ver alguma coisa, mas Aldebaran era grande demais. – Não é possível, você falou que ele estava péssimo!
- Err... Mas agora ele já está bem, OK? – Aldebaran deu um sorrisinho amarelo, tateando as suas costas para ver se encontrava a maçaneta da porta. Sem encontrar nada, começou a ficar nervoso. – O Shaka deve ter dado alguma coisa para ele... quero dizer, algum remédio!
- Ei, o que é que está pegando, hein? – Seiya pulava alto, tentando desesperadamente ver algo, enquanto o brasileiro erguia os braços, numa tentativa de tampar mais ainda a entrada.
- MU, SEU IMBECIL, FECHA ESSA PORTA!!! – Touro finalmente gritou, e a porta se fechou com um estrondo violento, obviamente comandada pela telecinese de Áries.
Finalmente, Aldebaran suspirou aliviado. – Olha, doutor, sinto mesmo ter chamado o senhor, mas vai por mim... O rapaz já está bem até demais...
Continua
Capítulo 8 – Kamus e Miro!
Comentários da Autora:
Dessa vez o Frô não errou o copo não, ele colocou a poção com gosto, mesmo! Pobre Mu. Pobre Shaka. (risos) Eu não fiz a cena mais explícita, porque tenho visto pelas reviews que algumas leitoras acompanham a fic porque sabem que o yaoi é leve, não vou desrespeitá-las. Mas as fãs de yaoi podem ficar sossegadas, que já estou preparando outra bem "quente" com os dois.
Alguém aí acreditou que o Deba ia realmente encostar no Mu? ^_^ Tentem ler a cena imaginando a música da cena do chuveiro de Psicose ao fundo... Foi mais ou menos isso que eu imaginei...
Gente, eu não tenho nada contra o Frô, pelo contrário, ele é a ALMA dessa fic! Eu sei que a situação do peixinho está dando dó. Até eu estou sentindo pena dele! Não vejo a hora de poder escrever o último capítulo para poder passar esse mal-estar... Mas o fato das coisas estarem dando errado faz parte do enredo. Se ele tivesse acertado da primeira vez, não teria fic, né? Eu não queria estragar o final da história, mas no fim, ele vai ser o único que não vai precisar da tal poção para se acertar com o Máscara. Desde que comecei a escrever, já tinha decidido isso.Ele vai gastar o resto da poção com o...
Nhééééé, não vou contar!!!
Bem, é só! Espero que tenham gostado, o próximo capítulo é o penúltimo, depois vem o nosso amado Afrodite finalmente caindo nas graças do italiano mais desejado desse cruzeiro.
Ai, Pipe, terminar logo eu não vou conseguir, serve esse capítulo?! Diz que sim, please?
Beijos a todas!
Bélier
Autora: Bélier
E-mail: belier.aries@bol.com.br
Categoria: Romance
Retratação: Eu não possuo Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco. Infelizmente (ou felizmente) eu não os possuo, pois do contrário eles teriam namorado mais do que lutado... De qualquer forma, eles são propriedade de Kurumada, Toei e Bandai.
Resumo: Afrodite inventa uma poderosa poção do amor! Mas muitos copos serão trocados até ele conseguir acertar o do seu amado cavaleiro de Câncer!
Capítulo 7 – Mu e Shaka
Aquilo estava ficando cada vez mais esquisito, Mu pensava, enquanto se dirigia ao refeitório do navio para o café da manhã. Primeiro Marin e Aioria... O que era normal, no seu ponto de vista. Depois, Shun e Hyoga... Mu fez careta, ao se lembrar da briga que os dois cavaleiros de bronze arrumaram com Fênix. Depois, foram Seiya e Saori! Ikki e June...
Mu achava estranho que tudo estivesse acontecendo repentinamente, e ninguém estava nem se dando ao trabalho de esconder seus sentimentos do restante dos colegas. "Tem alguma coisa acontecendo por aqui... Isso não está me cheirando bem!"
Mu chegou ao salão, observando que este se encontrava quase vazio. Depois da noitada na cidade, muitos com certeza iam aparecer só lá pela hora do almoço. Apenas Máscara da Morte e Kamus tomavam café num canto. Não querendo ficar sozinho, decidiu sentar junto dos amigos, mesmo porque queria saber a opinião dos outros a respeito do que estava acontecendo.
- Bom dia! – Mu cumprimentou os cavaleiros de Câncer e Aquário. – Já de pé?
- Pra falar a verdade, nós nem dormimos, ainda... – Máscara revelou. – Ontem virou uma confusão tão grande, que até agora estávamos resolvendo...
- Confusão? – Mu estanhou.
- Sim, confusão! – Kamus resmungou. – Nunca saia para a balada com o Miro, ou se sair, vá embora antes que ele encha a cara!
Câncer deu risada. O humor de Aquário tinha atingido níveis insuportáveis depois da cena na limusine. – Só porque o coitado caiu sentado no seu colo? Dá uma chance para ele, vai... – Máscara provocou. – O coitado deve estar precisando de carinho!
Kamus rosnou para ele.
O italiano mudou de assunto, diante do olhar gelado do outro cavaleiro. – Ainda tivemos que dar banho naquele bebum e coloca-lo na cama, imagine só! Deu o maior trabalho!
Ninguém percebeu, mas Kamus avermelhou ligeiramente.
– Moleque, não sabe nem beber! Mais isso não foi nada, perto do que aconteceu antes! - Máscara contou para Mu, em detalhes, o final da noite dentro da limusine, e de como Shura tinha agarrado Shina. – Meu amigo, foi muito esquisito, eu nunca soube que Capricórnio tivesse algum interesse por ela! – Câncer concluiu.
- Então você também acha estranho que todos tenham decidido se declarar assim, no meio da viagem? – Mu não deixou escapar o detalhe de que Afrodite estava com eles.
- Sei lá... Acho que tem alguma coisa pegando, mas não sei bem o quê...
Kamus permaneceu em silêncio. O francês estava de olhos fechados, e Mu achou que o coitado estava dormindo sentado. Nem o café estava fazendo efeito.
- Eu estive pensando... – Mu se interrompeu, ao ver Afrodite adentrando o salão. O ariano franziu seus pontinhos. Novamente, Peixes tinha estado por perto durante um "ataque de paixão"...
- Bom dia!!! – Afrodite chegou, seu perfume inconfundível se espalhando pelo local. – Caiu da cama, Mu? Esses dois aí eu sei que ficaram de babá do Miro...
O cavaleiro mais novo não deixou passar a ironia presente nas palavras do outro. – Pois é, eu não dormi direito essa noite, pensando em tudo o que tem acontecido com os outros...
- Hum, eu acho é que você está com inveja! – Afrodite deu um risinho nervoso, tentando parecer despreocupado, mas na verdade estava com um pouco de receio do olhar inquisitivo de Mu. Ele tinha absoluta certeza de que o cavaleiro de Áries, com a sua percepção sensorial, desconfiava que era ele que estava causando tudo aquilo, mesmo que sem intenção. Se o tibetano confirmasse suas suspeitas, seria o fim de seu plano!
Mu ficou sem graça diante da resposta, e vacilou um pouco. Nesse meio tempo, Máscara se levantou, uma vez que já tinha terminado seu café. Ajudou Kamus a se levantar, segurando-o pelo braço. – Vamos embora, francês, vai descansar para ver se esse mau-humor vai embora...
- Meu mau-humor é crônico, não passa... – Kamus suspirou.
- Ah, passa, um dia passa... – Câncer deu risada. – Vamos.
Afrodite tentou persuadi-lo a ficar, mas Máscara da Morte foi categórico. – Eu não vou ficar dando sopa por aqui, e se eu acabar pegando essa doença maluca que anda contagiando todo mundo? Eu, hein...
Afrodite fez beicinho, e acompanhou desanimado seu amado ir embora. Virou- se para Mu, que o observava fixamente.
- Você também acha que isso é algum tipo de doença, Afrodite?
- Só pode ser, o que mais seria? Ou então todo mundo descobriu que o amor é lindo! – Peixes deu de ombros.
- Eu sei que isso tem a ver com você... – Mu apertou os olhos. – E eu vou descobrir o que é!
- Nossa, o que é aquilo lá fora?! – Afrodite deu um berro, apontando para as grandes janelas do salão. Mu olhou assustado, crente que ia ver algum outro casal insólito se formando... Mas era só Aldebaran, fazendo alongamento no convés, depois de seus exercícios de musculação matinais. – Ah, não é nada não... – Peixes desconversou. – É só o seu vizinho tentando ficar ainda maior do que já é...
"Que estranho! Tudo bem que o Aldebaran é grande, mas... não é de assustar tanto, assim." Mu voltou a tomar o seu café, enquanto Afrodite foi fazer um prato lotado de guloseimas no bufê.
Cansado de ouvir a conversa do cavaleiro de Peixes, Mu se retirou da mesa logo que teve chance, se despedindo do outro com uma sensação estranha.
- Tchau, tchau, querido. – Afrodite tomou um gole de suco. – Cuidado para não encontrar ninguém no caminho que possa te fazer mal...
- Ora essa, eu... – Mu achou melhor não retrucar, e foi para sua cabine.
Um sorrisinho alegre surgiu no rosto de Afrodite, enquanto ele alisava diabolicamente seu precioso frasco, dentro do bolso do short. Não acreditou na sua audácia, de colocar a poção no café de Mu bem debaixo do nariz dele! "Uma dose disso vai tirá-lo de ação, e ele não vai mais me incomodar com as suas suposições se estiver ocupado com outras coisas..." De repente, ele se tocou da besteira que havia feito. "E se ele encontrar com o meu italiano?! Ah, não..."
Afrodite tratou de correr atrás de Mu.
* * *
O cavaleiro de Áries, já no corredor que levava para sua cabine, parou, sentindo um mal estar horrível. Sentiu sua pele queimar, e uma tontura o fez encostar-se à parede. "Droga, será que isso... isso é..." Mu não conseguia pensar direito mais, a única coisa lógica que lhe vinha à mente era que ele precisava chegar ao seu quarto e ficar sozinho. Sua percepção lhe dizia isso, e ele deu mais um passo, mas não suportou a dor em seus membros, e caiu de joelhos. Levou uma das mãos à testa, sentindo o suor escorrer abundante. "Afrodite... só pode ter sido ele!"
Nesse momento, Aldebaran entrou no corredor, e parou assustado ao ver o amigo ajoelhado no chão. – Mu! O que aconteceu?! Você está bem? – O grandalhão avançou para ajudar Áries, que gritou desesperado.
- NÃO!!! Não toque em mim! – Mu olhou horrorizado Aldebaran se aproximar. Áries fechou os olhos e se encolheu, e já imaginava o pior, quando a porta do quarto bem ao lado de onde ele estava se abriu.
- Que gritaria é essa... Mu?! – Shaka ajoelhou-se imediatamente, amparando o amigo em seus braços. – Por Buda, você está pálido!!! O que aconteceu? – Shaka colocou uma das mãos na testa de Áries, notando como ela estava quente. Inquiriu com o olhar Aldebaran, que havia parado imediatamente no meio do corredor, ao ouvir o grito de Mu.
Touro deu de ombros. – Sei lá, quando eu vi, ele já estava assim! Levei o maior susto! Ele pediu para não tocar nele... Será que é alguma coisa contagiosa?
- Mesmo que seja, não vou deixá-lo jogado aqui! Ele está febril... Ai, está acontecendo cada uma nesse navio... Mu, fale comigo... – Shaka passou um dos braços pela cintura do amigo, preocupado, erguendo-o.
Mu sentiu sua pele arder mais, ao entrar em contato com a de Shaka, e seus olhos verdes estavam vidrados de dor. – Eu... não...
- Rápido, Aldebaran, vá chamar um médico, deve ter um médico nesse transatlântico! – Shaka ordenou, desesperado, levando Mu para o seu quarto e sentando-o em sua cama, sem deixar de apoiá-lo contra seu corpo. Virgem estava angustiado com a situação do amigo. Vê-lo daquela forma estava matando-o.
Ele vinha tratando Mu mal, desde que voltaram do Mundo dos Mortos, porque estava muito chateado com o fato do tibetano fingir que nada mudara entre eles, desde a batalha contra Hades. Ele podia ser virgem, mas não era ingênuo! Havia visto o sentimento nos olhos de Áries quando este lhe entregara o rosário, no Inferno. Mu havia se declarado, com aquele olhar, sabendo que ambos não iam sobreviver para levar aquilo adiante. Mas agora que receberam outra vida de Atena, ele fingia indiferença...
Mu tombou sua cabeça contra o ombro de Shaka, sentindo-se cada vez pior. Agora ele tinha certeza do que estava acontecendo naquele navio, e ele sabia que só havia uma solução para o seu problema.
- Shaka... – Mu beijou o pescoço do loiro sem hesitar, assustando-o. Sentindo sua força voltar aos poucos, agarrou o amigo pela cintura, colando seu corpo ao dele. – Sinto muito... ainda bem que foi você... – O tibetano tentou beijar o cavaleiro de Virgem na boca, mas este se desviou a tempo, levantando-se da cama e se afastando do amigo.
- Quê isso??? – O indiano estava incrédulo. – O que deu em você?
Mu levantou-se da cama também, a vontade de alcançar o amigo superando a dor que estava sentindo. – Volta aqui, Shaka!
Virgem contornou a cama, tentando manter distância do ariano. - Quem você pensa que é para me dar ord... – Assustado, o loiro se desviou quando Áries avançou em sua direção. Shaka tentou passar por cima da cama, mas Mu conseguiu segura-lo pela barra da calça do pijama que ele usava.
- Me solta! – O indiano não sabia se se agarrava à cama ou se segurava a calça, que quase foi com o puxão do cavaleiro de Áries. – Mu!
- Você não insinuou ontem que eu não tomava nenhuma atitude? – O tibetano perguntou, enquanto subia na cama junto com o amigo, sem soltá-lo. – Então...
Shaka arregalou os olhos, tentando se desvencilhar de Mu, mas quanto mais o empurrava, mais ele se agarrava ao seu corpo.
Áries alcançou a boca de Virgem com a sua, e deu-lhe um beijo desesperado. Antes que Shaka pudesse reclamar, Mu deslizou sua língua pelos seus lábios, exigindo entrada. Como ele se recusasse a abrir a boca, Áries apoiou o polegar em seu queixo, puxando-o insistentemente, até que o indiano desistiu de resistir, e entreabriu os lábios. Sentiu a língua do amigo tocar a sua, num toque gentil, porém aflito, de quem esperava uma retribuição. Sentindo uma sensação estranha no baixo ventre, Virgem correspondeu ao beijo, deixando sua língua se enroscar a de Áries, a princípio hesitante, mas depois de forma mais ardente.
Mu, por sua vez, sentia a dor e a sensação febril desaparecerem aos poucos, à medida que Virgem correspondia ao beijo, dando lugar a uma deliciosa sensação de prazer. Colou seu corpo ao do amigo, empurrando-o contra o colchão.
Shaka sentiu que o cavaleiro de Áries respirava cada vez mais forte, seu hálito quente dentro da sua boca deixando-o cada vez mais excitado. Mas ao sentir um gosto estranho nos lábios do amigo, o indiano tentou interromper o beijo, agarrando os cabelos lavanda e puxando-os com força.
Mu gemeu alto. – Não faça isso, por favor... Não pare!
- Você bebeu?! – Shaka perguntou, incrédulo, seu olhar cruzando com o do outro cavaleiro. – Logo cedo? Por isso está agindo assim?
- Não! Eu não bebi... pelo menos não o que você está pensando, eu... – Afoito, Mu tentou alcançar a boca do amigo novamente, não se importando se ele lhe puxasse os cabelos novamente.
- Mu! Pare com isso! – Shaka afastou o rosto, mas Áries não se deu por vencido e passou a beijá-lo na base do pescoço, onde a gola do pijama deixava um pouco de pele exposta. Não pôde evitar um gemido alto, quando Mu mordeu-o. Suas mãos afrouxaram o aperto nos cabelos sedosos do ariano.
- Mu... Pare... – Virgem repetiu, mas sem a mesma convicção de antes. O loiro esticou o pescoço, dando mais acesso à boca ávida de Áries.
- Não! – Mu respondeu, seco.
- Sim... – Shaka suspirou.
- Não... – Mu deixou seus lábios percorrerem o pescoço do loiro, até alcançar sua orelha.
- Sim! – Shaka amoleceu de vez, cedendo aos carinhos do tibetano, quando este acariciou sua orelha com a língua.
* * *
Finalmente encontrando o corredor onde ficava o quarto de Mu, Afrodite passou correndo, desesperado, tentando localizar o cavaleiro de Áries. "Ai, minha Deusa, e se ele encontrou o meu italiano... Que burrice, a minha! Cadê ele?" Peixes passou aflito pela porta aberta do quarto de Shaka, olhando de relance lá dentro e continuando a correr, afobado. Freou bruscamente, quase perdendo o equilíbrio e se esborrachando no chão, ao se dar conta do que tinha visto no interior do quarto. Voltou pé ante pé e espiou cuidadosamente. Sentiu um alívio imenso ao ver Mu agarrando o cavaleiro de Virgem, que parecia estar amando, a julgar pelos seus suspiros. "Até que enfim! Esses dois estavam me dando nos nervos!" Ao ver o tibetano tentar tirar a blusa do pijama de Shaka, Afrodite tratou de dar no pé, os olhos arregalados.
"Nossa, eu sou mesmo bom! Acho que vou produzir mais dessa poção e vender!" Peixes nunca imaginou ver os dois "eu-controlo-minhas-emoções-e-sou-senhor- dos-meus-atos" assim! "Acho que dá até para abandonar essa vida de cavaleiro!"
Afrodite não pôde conter um sorriso.
* * *
Mu enfiou a mão por baixo da blusa de Shaka, erguendo-a, mas estava tão aflito que não conseguiu tira-la. Virgem, que já estava mais do que convencido com os "argumentos" que o amigo usara, ajudou-o, tirando a parte de cima do pijama. Áries afastou os cabelos loiros da face do indiano e voltou a beijá-lo com sofreguidão, mas foi interrompido novamente quando Shaka puxou a camiseta que ele usava, deixando seu peito nu também.
- Mudou de idéia? – O tibetano perguntou, enquanto beijava o ombro do cavaleiro de Virgem.
- Idéia? Que idéia? – Shaka perguntou, já totalmente alheio ao assunto. Quando Mu desceu sua boca até alcançar um de seus mamilos, deixou escapar um gemido longo, e arqueou um pouco as costas. Uma de suas mãos acariciava distraidamente a nuca do ariano, enquanto a outra se agarrava ao lençol.
- Deixa pra lá... – Mu ajoelhou-se entre as pernas de Virgem, puxando-o para junto de si e sentando-o em seu colo. Shaka ofegou, seu corpo respondendo imediatamente ao contato com o do amigo. – Quero ver você reclamar de alguma coisa depois de hoje... – Áries enlaçou o indiano pela cintura, depositando um beijo em seu queixo.
- Reclamar... ? – Shaka suspirou, abaixando seu rosto para poder tocar a boca de Mu com a sua, novamente. O loiro mexeu seus quadris contra os do tibetano, que enroscou os polegares no elástico da calça do seu pijama...
* * *
Aldebaran veio pelo corredor, afobado, trazendo o médico que acompanhava o cruzeiro, mais Saori e Seiya. Aldebaran não tinha visto outra solução a não ser incomodar Atena, diante da situação. Ele estava preocupadíssimo com a situação de Mu.
- Estou lhe dizendo doutor, ele praticamente estava sem forças, estava largado! – Aldebaran tentava explicar o estado do amigo ao médico.
- Será que não era enjôo, não, Aldebaran? – Seiya perguntou.
- Claro que não, o Shaka acudiu ele e viu que ele estava queimando de febre! – O brasileiro ficou com raiva do pouco caso do cavaleiro.
Ao chegarem à porta do quarto de Virgem, Aldebaran parou. Seus olhos se arregalaram diante da cena que presenciou. Virou-se rapidamente para o corredor, seu corpo enorme impedindo a visão dos outros.
- Hã... Eu acho que o Mu já está bem, doutor... – Touro comentou, extremamente sem graça.
- Como assim, já está melhor? – Saori tentou espiar dentro do quarto, procurando ver alguma coisa, mas Aldebaran era grande demais. – Não é possível, você falou que ele estava péssimo!
- Err... Mas agora ele já está bem, OK? – Aldebaran deu um sorrisinho amarelo, tateando as suas costas para ver se encontrava a maçaneta da porta. Sem encontrar nada, começou a ficar nervoso. – O Shaka deve ter dado alguma coisa para ele... quero dizer, algum remédio!
- Ei, o que é que está pegando, hein? – Seiya pulava alto, tentando desesperadamente ver algo, enquanto o brasileiro erguia os braços, numa tentativa de tampar mais ainda a entrada.
- MU, SEU IMBECIL, FECHA ESSA PORTA!!! – Touro finalmente gritou, e a porta se fechou com um estrondo violento, obviamente comandada pela telecinese de Áries.
Finalmente, Aldebaran suspirou aliviado. – Olha, doutor, sinto mesmo ter chamado o senhor, mas vai por mim... O rapaz já está bem até demais...
Continua
Capítulo 8 – Kamus e Miro!
Comentários da Autora:
Dessa vez o Frô não errou o copo não, ele colocou a poção com gosto, mesmo! Pobre Mu. Pobre Shaka. (risos) Eu não fiz a cena mais explícita, porque tenho visto pelas reviews que algumas leitoras acompanham a fic porque sabem que o yaoi é leve, não vou desrespeitá-las. Mas as fãs de yaoi podem ficar sossegadas, que já estou preparando outra bem "quente" com os dois.
Alguém aí acreditou que o Deba ia realmente encostar no Mu? ^_^ Tentem ler a cena imaginando a música da cena do chuveiro de Psicose ao fundo... Foi mais ou menos isso que eu imaginei...
Gente, eu não tenho nada contra o Frô, pelo contrário, ele é a ALMA dessa fic! Eu sei que a situação do peixinho está dando dó. Até eu estou sentindo pena dele! Não vejo a hora de poder escrever o último capítulo para poder passar esse mal-estar... Mas o fato das coisas estarem dando errado faz parte do enredo. Se ele tivesse acertado da primeira vez, não teria fic, né? Eu não queria estragar o final da história, mas no fim, ele vai ser o único que não vai precisar da tal poção para se acertar com o Máscara. Desde que comecei a escrever, já tinha decidido isso.Ele vai gastar o resto da poção com o...
Nhééééé, não vou contar!!!
Bem, é só! Espero que tenham gostado, o próximo capítulo é o penúltimo, depois vem o nosso amado Afrodite finalmente caindo nas graças do italiano mais desejado desse cruzeiro.
Ai, Pipe, terminar logo eu não vou conseguir, serve esse capítulo?! Diz que sim, please?
Beijos a todas!
Bélier
