Misao-Dono, obrigada pelo elogio, eu sou nova nesse negocio de fics e fico muito feliz de saber que alguém gostou da minha historia! Se alguém mais estiver lendo, eu gostaria muito que mandassem reviews, para eu saber pelo menos o que acham...

Capitulo 2

No escritório do lado da sala, o Senhor Elrond se encontrava em volta de uma enxurrada de perguntas sobre Legolas, Estel e o porque de eles terem de sair de sua preciosa cidade. Elrond suspirou. As vezes era dificil se lidar com aqueles seus dois filhos. Eles já estavam bem grandes para ficarem tão alvoroçados. Mas, o Senhor preferia assim a não tê-los por perto jamais.

Os gêmeos queriam explicações. Eles sabiam que talvez esse dia chegasse, que talvez encontrassem Legolas. Mas fora há tanto tempo que lhes disseram, que os dois não se importaram. Quando voltaram àquela terra, fora para achar Estel. E ver o príncipe não reconhecendo o irmão mais novo dos gêmeos fora algo que eles não estavam preparados.

Da mesma forma, o fato de Elrond lhes impor que iriam viajar por uns tempos e deixar aquela cidade era desconcertante. Havia tantos milênios que os três não colocavam os pés naquelas terras. Era provável que só os presentes naquele escritório soubessem que ali, há muitos e muitos anos fora "a última casa amiga". E para eles serem obrigados a deixar o lar que tanto amavam era tão desprazeiroso quanto ver Legolas e Estel não se reconhecerem.

Elrond suspirou uma segunda vez esperando seus filhos acabarem as milhares de perguntas e olharem para ele. Elrond sorriu aos dois filhos.

- Por que o príncipe está aqui? - perguntou Elladan. após um pequeno silencio dos dois.

- Creio ter lhes dito que era possível que o encontrássemos aqui. Embora eu temesse o estado em que o acharíamos... Porém, também creio que, na hora em que eu lhes contava isso, os dois estavam ocupados demais em implicar com um Estel de quatro anos para dar atenção a mim. - falou Elrond com um leve tom divertido de reprovação.

- Mas, pai! Tínhamos acabado de achar Estel! Era natural que estivéssemos felizes demais para prestar atenção em outros assuntos senão o nosso irmão! - Elrohir tentou consertar.

- Legolas não tinha porque vir aqui! - Elladan ajudou seu irmão.

- O fato de que o melhor amigo dele havia voltado para essa terra não é um motivo forte o suficiente? Nós voltamos por Estel, ele também voltaria. - Elrond respondeu com paciência. Seus filhos sabiam disso, estavam apenas frustrados de ver um de seus amigos sem qualquer vestígio de que, uma vez, ele soubera quem eram todos ali.

- Pai, nos foi permitido voltar. Houve uma acordo entre todos os presentes. Legolas não poderia voltar, o mundo mudou muito. - Elladan tentou de novo.

- Legolas viria atrás de Estel, foi um erro nosso achar que ele não o faria. Foi um erro principalmente meu porque conhecia a natureza dele. - falou Elrond com um tom triste. Os gêmeos negaram com a cabeça e se aproximaram mais do pai. Elrohir o abraçou.

- Não foi culpa sua. Você não sabia o que ele iria fazer. Nós não sabíamos. Legolas é forte e ninguém aqui sabe como ele fez para chegar até nós e nem como ele perdeu a memória.

- Não faça isso consigo mesmo, papai. - Elladan se juntou ao irmão e também abraçou seu pai.

Elrond se deixou ser abraçado por seus dois filhos. Era até engraçado que isso tivesse acontecido. Das milhares e milhares de vezes que Legolas e Estel se meteram em problemas, era uma doce ilusão que, mesmo depois de tanto tempo, eles parariam. Os gêmeos soltaram seu pai e o olharam.

- Façam as malas, El. - "El" era o apelido que os gêmeos tinham. Servia tanto para um quanto para outro e era uma forma carinhosa que o pai tinha de chamar pelos dois filhos ao mesmo tempo. - Estel e Legolas precisam de um tempo só deles, se pensamos em levar os dois de volta para as Terras Imortais.

Os irmãos acenaram e, por hora, deixaram as outras milhares de perguntas que tinha para fazer quietas.

Outro pensamento invadiu as duas cabeças: se Legolas e Estel iriam ficar na casa sozinhos, em que estado ela estaria quando eles voltassem? Talvez eles devessem ir procurar o irmão para ter certeza de que ela continuaria lá depois de um mês. Com sorrisos perigosos, os dois saíram do escritório, deixando Elrond sozinho olhando uma velha pintura de um nobre rei.