Estou meio chateada por não ter recebido reviews nesses últimos capítulos e queria saber se alguém ainda esta lendo essa fic. Caso contrario, eu pararia de posta-la, porque não vejo sentido nenhum em colocar a fic aqui para ninguém ler, por isso me avisem se devo continuar, sim? Ainda não arranjei um teclado com acentos por isso o problema persiste. Qualquer outro erro gramatical (tirando os acentos) e culpa minha mesmo.

Capitulo 5:

- Ha!! Das dez flechas que eu atirei, nenhuma errou o alvo! - falou Legolas em tom triunfante, se virando para Estel - Enquanto que das suas dez flechas, duas erraram!! Eu falei que eu era bom nisso!

Estel estava examinado as flechas que estavas firmemente fincadas em um tronco de arvore caído no meio daquela pequena reserva. Legolas não era só bom, ele era muito bom, beirando (se não ultrapassasse) a perfeição. Não eram muitos os que sabiam atirar de uma maneira tão displicente e Legolas definitivamente sabia!

Eles estavam na reserva havia dois dias e ate ali nada de muito perigoso tinha acontecido. Talvez o pior tenha sido Legolas se desesperar quando seu boné sumiu, mas que, felizmente foi resgatado de um dos galhos das muitas arvores que estavam por ali.

O treino com o arco e as flechas fora idéia de Estel, já que ele estava começando a ficar entediado, embora Legolas parecesse uma criança correndo em voltas das arvores e às vezes subindo nelas. Como o loiro conseguia escalar elas naquela rapidez era uma incógnita para ele, por isso, ele se limitou a ficar olhando o outro tendo uma sensação de deja vu fortíssima.

Legolas estava se fazendo entre as arvores. Fazia muito tempo que ele não se sentira tão feliz e completo. De alguma maneira ele estava ligado `aquelas arvores, ele só não sabia explicar como. E tudo parecia mais certo com o arco na mão dele. Era como se ele tivesse feito isso a vinda inteira!

- É... você definitivamente e muito bom nisso, meu amigo. - falou Estel, tentando em vão arrancar uma das flechas do galho partindo e desistindo, tamanha a força que as colocara ali. - Não gostaria de me ajudar a aperfeiçoar a minha técnica?

- Eu adoraria, Estel.

E, de longe, um par de olhos observava os dois. Era um par de olhos frios e cruéis e que vinham acompanhados de um sorriso malicioso e um rosto pontiagudo.

O dono desses olhos era um senhor sem escrúpulos que reconhecera de imediato o filho adotado do prefeito e, fazendo rápidos cálculos na cabeça, ele fechou a uma quantia um tanto alta de quanto Elrond estaria disposto a pagar para não ver a cabeça do jovem separada de seu pescoço.

Silenciosamente, como entrou por entre as arvores, ele saiu e desapareceu dentro da mata, deixando dois rapazes ainda brincando com as flechas, despreocupados com o que poderia acontecer.

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Era noite e Legolas começara o seu ritual para dormir. O que significava tirar o boné cuidadosamente para que parte de seu cabelo descesse para as suas orelhas e, só então, ele tirava o boné. Depois, ele esperava ate Estel pegar no sono para poder dormir em paz, sabendo que o outro não o veria dormindo.

Naquela noite, porém, algo estava diferente. As arvores estava agitadas e pássaros gritavam como se dissessem para os dois irem embora, mas Legolas achou que estava ficando louco de vez e não deu atenção aos seus instintos que concordavam plenamente com as arvores e pássaros e qualquer outro que falasse para eles saírem dali.

No entanto, Legolas apenas se deitou e deixou seus sonhos o dominarem enquanto ele dormia num sono agitado.

Bleque entrou no acampamento dos dois. Nenhum dos jovens se deu conta de sua presença enquanto o homem ia em direção a Estel. Em uma das mãos, ele levava uma corda e na outra ele levava uma faca, para o caso de um dos dois resolver acordar na hora errada.

E, quando Bleque quase alcançara um dos braços de Estel, o jovem abriu os olhos cinzentos e empurrou o homem para trás, fazendo com que ele caísse e, com o barulho, Legolas acordasse em um salto.

Bleque levantou a faca e tentou acertar o braço de Estel com ela, mas falhou quando Legolas pegou seu pulso e tentou lhe arrancar a faca. O homem largou a corda que ainda estava na sua outra mão e deu um soco no rosto do loiro, fazendo com que ele vacilasse e soltasse seu pulso.

Estel correu para pegar a corda que Bleque soltara com a intenção de amarrar o homem, que agora estava agarrado em Legolas, e os dois lutavam com as mãos nuas, a faca esquecida em algum ponto onde Legolas a arrancara das mãos de Bleque. Mas, a força de Legolas era muito superior a do outro e, por fim, o subjugou.

Estel trouxe a corda ate os dois e, nesse exato momento, um brilho prateado foi visto e no segundo seguinte, a lamina da faca cortou o braço esquerdo de Estel.

- Aragorn! - gritou Legolas soltando o homem por uns momentos e olhando para aonde estava Estel.

- Eu estou bem. - gritou de volta Estel e viu a lamina descer de novo, mas dessa vez em direção ao loiro - Legolas! Cuidado!

Legolas se virou a tempo de evitar que Bleque o atingisse no peito, fazendo com ele apenas visse um corte em seu ombro. Com um soco, o loiro levou Bleque ao chão, mas o outro lançou a faca em direção a Legolas que se distraiu e deixou Bleque fugir.

Estel, segurando o braço com a mão direita, foi ate aonde Legolas estava sentado, prensando uma das mãos no ombro que sangrava.

- Aqui, deixa-me ver. - falou Estel tirando as mãos de Legolas do lugar - Meu pai é um ótimo medico e me ensinou o que sabe, por isso, não se preocupe. - Legolas riu.

- E você espera tratar do meu ombro com esse belo corte do braço? Eu acho que ele é bem fundo. Você não vai conseguir move-lo direito.

E, olhando bem para a ferida, Estel teve de concordar com Legolas. Isso não era nada bom e os ferimentos dos dois continuavam sangrando. Legolas foi ate aonde estavam seus pertences e tirou o seu canil de água, em seguida, voltou para onde Estel estava e rasgou um pedaço da blusa que estava usando para dormir. Ele, então, limpou o ferimento do amigo e amarrou a tira da blusa em volta no braço de Estel da melhor maneira possível, já que seu ombro não estava cooperando.

Logo que seu ferimento foi limpo e mais ou menos fechado, Estel pode mover o braço melhor e começou a examinar o ombro do amigo.

- Você conhecia aquele homem, Estel? - perguntou Legolas enquanto Estel limpava o ferimento.

- Não faço a menor idéia de quem ele seja e muito menos o porque dele estar em nosso acampamento. - Estel rasgou um pedaço da roupa dele e amarrou o ombro de Legolas também.

- Ele iria te amarrar se você não tivesse acordado naquele momento, meu amigo.

Estel não tinha pensado nisso, mas, agora que o outro mencionara, era verdade, aquele homem iria amarra-lo... E depois? O que ele faria com ele? ... Bom, para isso ele não tinha resposta.

- Como você acordou? - a voz de Legolas tirou Estel de seus pensamentos.

- Eu não sei. Simplesmente soube.

- Como se as arvores tivessem tentando te dizer - falou Legolas incrédulo da resposta e usando a estranha sensação que tivera antes como uma alternativa impossível.

- Mais ou menos por ai - respondeu Estel pensativo e Legolas se calou diante disso.

Os dois se voltaram para os seus próprios pensamentos, não querendo dormir por medo de que aquele homem voltasse a aparecer.

Alguns minutos se passaram e eles não se moveram. Estel, cheio dessa situação, se levantou e pegou seu saco de dormir e o trouxe para perto deles. Depois, voltou e pego o saco de dormir de Legolas e também o trouxe para perto eles. Só então olhou o amigo.

- Vamos fazer o seguinte. Um de nos dorme enquanto o outro fica de guarda, depois trocamos. O que acha? - perguntou ele e Legolas concordou com a cabeça.

- Quem dormiria primeiro, então? - Estel suspirou, mas antes que algum som pudesse deixar sua boca, Legolas voltou a falar - Durma você, primeiro, Estel, eu não estou cansado.

- Não, eu prefiro que você durma e eu fique acordado. - Legolas sorriu. Estel sempre fora assim teimoso e era muito improvável que mudasse agora.

- Eu não vou dormir agora, Estel, por isso, seria mais inteligente que eu ficasse acordado. Eu não preciso dormir tanto e você esta parecendo exausto. Faça um favor a você mesmo, sim? Vá dormir. - falou o loiro com paciência. E, por fim, Estel concordou.

- Me acorde daqui a quatro horas, ouviu?

Logo depois, Estel estava dormindo e Legolas de vigília protegendo o amigo de qualquer perigo.

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Bleque era um homem perigoso que não gostava de ser desafiado e Estel e Legolas tinham acabado de fazer isso, mostrando que não estavam tão indefesos quanto pareciam. Se ele queria um bom resgate pelo filho do prefeito, ele teria de se livrar daquele loiro de qualquer jeito.

O homem sorriu. Um sorriso cruel que mostrava todos o dentes brancos dele. Não era a primeira vez que teria de acabar com uma outra vida e, se fosse honesto com ele mesmo, ele diria que gosta e muito dessa parte do trabalho. Ele pegou a faca que trouxera com ele e aparou a pequena barba que começava a aparecer de novo, o cabelo castanho claro lhe caindo nos olhos enquanto ele pensava em como pegaria o jovem moreno da próxima.