Novo capitulo, computador do mesmo jeito, se ainda tiver alguém lendo isso, saiba que o teclado continua não cooperando então, ainda tem palavras sem acentos pelo texto, qualquer outro erro ortográfico e meu mesmo.

Capitulo 7: A palavra que descreveria perfeitamente aquela situação seria desesperadora, concluiu Estel. Ele estava com as mãos e os pés amarrados, alem de estar amordaçado. O rapaz acordara com os primeiros raios da manha para se achar na companhia de um homem que não lhe agradava nem um pouco, dentro de uma caverna fria e sem Legolas por perto. E como foi que ele foi pego, mesmo? Ele não se lembrava. Estel apenas encarava Bleque com o olhar sem expressão.

Bleque estava afiando sua faca em uma pedra quando levantou os olhos e encontrou um outro par cinzento o encarando. O homem deu um sorriso malicioso e continuou a amolar a faca. Porem, ele ainda podia sentir o olhar do outro em cima dele e Bleque não gostava nada disso. Ele, então, se levantou e foi ate o outro lado da caverna, onde Estel estava. Ele levantou a lamina e a abaixou ate encostar no pescoço do rapaz. Estel continuou o olhando sem expressão.

- Sabe... – começou Bleque – Não gosto do seu olhar. E determinado demais para alguém tão novo. – a lamina correu um milímetro afastado do pescoço de Estel – Que tal se você abaixasse esse seu olhar, assim não precisaria machucar você, não e?

Estel abaixou o olhar. Ele estava com medo, mas não deixou que o homem percebesse. Porem, ele próprio não podia deixar de perceber. Ficar a mercê de um maníaco não era algo que ele apreciasse e, definitivamente não estava nem um pouco a fim de pensar em o que poderia acontecer caso ele não abaixasse o olhar.

- Muito melhor... – Bleque sorriu maliciosamente de novo. Um sorriso de canto de boca que Estel não aprovou desde a primeira vez que o viu usar. – Agora, rapaz, fique quietinho ai enquanto continuo preparando minha comida. – Estel levantou o olhar novamente como se perguntasse se Bleque achava realmente que ele estava apto a se mexer com todas aquelas cordas. Bleque apenas voltou a amolar a faca.

O rapaz encostou a cabeça na parede pensando no que iria acontecer agora, já que fugir estava fora de questão. E seus pensamentos voltaram para Legolas. E uma nova onda de pânico tomou conta dele. E se o homem tivesse feito algo com o loiro? E se tivesse matado o loiro? Por favor, ele pensou, que Legolas esteja bem... que nada de mal lhe tenha acontecido... No entanto, Estel não pode deixar de pensar no pior e começaram a formar lagrimas em seus olhos.

As lagrimas nunca caíram, já que naquela hora, Bleque se levantou de novo e se dirigiu para a entrada da caverna, somente quando estava quase do lado de fora foi que ele virou e encarou Estel.

- Rapaz, tome conta de tudo para mim, sim? – falou ele com aquele sorriso irritante e zombateiro – Se algum animal aparecer por aqui, proteja meus pertences, sim? Eu preferia que você morresse a perde-los. Agora, se me der licença, vou arranjar meu café da manha. – e se foi.

Estel bateu com mais força a cabeça na parede. Como ele conseguia se meter nesse tipo de encrenca? Seus irmãos deveriam estar certos quando diziam que deveria ser proibido para ele sair de casa. E agora lá estava ele, preso com um animal raro esperando a sua sentença. Sua mente voltou, então, para o amigo e Estel começou a pensar que, talvez, por milagre, Legolas ainda estivesse vivo.

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Bleque andava pela floresta esperando encontrar algum animal, de preferência pequeno que lhe servisse de alimento. Ele esperava que fosse um bicho relativamente manso e que não precisasse de luta para mata-lo, porem, amolara e trouxera a faca assim mesmo.

Para trás dele, ficou a caverna, que se encontrava em uma pequena clareira numa das partes da reserva. E, dentro dela, o seu premio. Agora que estava claro, Bleque começava a pensar que ele deveria ter matado o loiro também em vez de deixa-lo no acampamento. Mas era tarde, pensou, ele é que não iria voltar ate lá para completar o serviço.

Um som abafado de pegadas começou a ser ouvido e Bleque pegou sua faca e a levantou. Ele estaria preparado para o que estivesse fazendo o barulho. De repente, de trás de uma das arvores, saiu um coelho e o homem sorriu maliciosamente. Achara sua comida.

O pobre animal não teve chance.

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Legolas acordara com uma séria dor de cabeça. Quando tentou levar sua mão aos olhos, descobriu que não conseguia e, só nessa hora, se deu conta de que estava amarrado. Suas mãos estavam presas numa arvore sobre a sua cabeça por firmes cordas que o impediam de se mexer. Como ele conseguia se meter nessas situações? Não era normal alguém ser tão propenso a confusões, ele concluiu, e só havia uma pessoa que se igualava a ele: Estel.

E Legolas olhou para os lados a procura do amigo. Será que ele estaria preso em alguma arvore também? Legolas virou a cabeça o maximo que conseguia, dadas as circunstancias, e não achou Estel, o que o deixava com duas perguntas primordiais: Aonde estava o rapaz e quem o prendera ali.

O loiro suspirou e começou a tentar se soltar das irritantes cordas, o que acabou causando ferimentos em suas mãos, de tanto que ele as torcia. Depois de uma hora e alguns minutos, Legolas começava a ficar desesperado. Seus braços estavam dormentes por causa da posição em que se encontrava e ele já não podia sentir as pontas dos dedos. Quem o amarrou ali sabia o que estava fazendo, porque as cordas não queriam ceder de jeito nenhum, o que o impossibilitava de procurar Estel.

Abaixou a cabeça pensando em como sairia daquela situação. Os sussurros das arvores começavam de novo. Esse, definitivamente não é o melhor momento para que eu comece a ouvir vozes em minha cabeça, pensou ele. Porem, os sussurros não paravam e Legolas não podia fazer muito para os impedir.

Por alguma razão, o rapaz achou que estavam espetando as costas das suas mãos, mesmo sabendo que elas estavam presas contra a parede. Os sussurros continuavam e lhe diziam que logo estaria livre. As cordas afrouxaram enquanto Legolas via o cascalho da arvore levantar vagarosamente e empurrar os nos para que afrouxasse seu aperto em volta das mãos, agora dormente, dele.

E, por fim, a corda ficou solta o suficiente para que o rapaz pudesse escorregar as mãos e se livrar daquela incomoda posição.Legolas, com as mãos em seu colo, olhou para a grande arvore a que fora amarrado. Ele estava muito feliz que estala livre, mas não conseguia entender como. Certamente não poderia ter sido a arvore, poderia?

Um leve vento soprou e levou os belos cabelos dourados para cima. Era quase como um conforto, uma brisa e Legolas se sentiu mais calmo. Agora, ele precisava encontrar Estel.

Legolas se levantou, com um pouco de dificuldade, e começou a recolher o que ele achava necessário para a sua busca, como o arco e a flecha e uma pequena faca que eles haviam trazido para cortar madeira ou cordas ou para qualquer outra finalidade. Aquilo que ele achava desnecessário levar, ele juntou ao pe da grande arvore em que fora amarrado. E, então, olhou para ela.

Era um planta bem alta e vigorosa, imponente seria uma boa definição. Legolas se achou bem tolo ao olhar para ela em agradecimento.

- Muito obrigado. – falou ele tocando o tronco da grande arvore – Tenha você me salvado ou não. – ele suspirou – Faça um novo favor para mim? – ele perguntou quase como esperando uma resposta e, tanto para seu nervosismo como para sua alegria, aquela calma voltou a se instalar nele – Tome conta disso que esta aos seus pés, por favor. São pertences importantes para o meu amigo. – e se virou.

O loiro amarrou o cabelo em um meio rabo e começou a vaguear pela floresta, sem saber muito bem para que lado ele deveria ir. Agora, um pouco mais confiante, deixou que os sussurros em uma cabeça o guiassem.

A grande arvore balançou com o vento que soprou novamente. Ela estava feliz. Achava que não havia mais elfos alem do Senhor Elrond e seus filhos gêmeos e aqui, nessa mesma floresta, aparecera outro. Embora a cabeça deste estivesse muito mais confusa e de difícil acesso, mas ainda continha a encantadora graça do Belo Povo. A grande arvore deixou que suas folhas caíssem sobre os pertences dos dois amigos e os escondessem de olhos perigosos.