Como não dá para ser feliz o tempo inteiro, o teclado resolveu voltar com os acentos e desistiu das vogais A, E, não entendi muito bem porque. Por isso, se alguém vir por i alguma palavra que falte alguma das duas vogais, é por que a correção do Word não a corrigiu ou porque formou uma palavra existente... De qualquer forma, qualquer outro erro é meu mesmo.

Capítulo 8:

Estel bateu com cabeça na parede com mais força. O homem não tinha voltado ainda e parecia que ia demorar. Uma outra batida com a cabeça. E Estel acabou sorrindo. Se machucar não era uma de suas prioridades.

Em vez de ficar se lamentando e, por conseqüência, se machucando, o rapaz começou a olhar a caverna. Os pertences de Bleque estavam no outro canto da caverna. Da onde ele estava, se podia ver cordas, uma outra faca, porém de tamanho menor, um casaco e uma mochila. O rapaz estava prestes a bater com a cabeça na parede em frustração, de novo quando parou. Dessa vez, Estel deu uma risada. Parecia que a única alternativa era continuar batendo com sua cabeça.

No entanto, em um último esforço, o rapaz tentou livrar as mãos amarradas. Seus irmãos com certeza já o haviam ensinado a se livrar delas, mas ele não achou que esse conhecimento seria útil e não prestou muita atenção. Claro, pensou ele, quando ele iria pensar que ele seria raptado, amarrado e jogado dentro de uma caverna, que, para ficar mais irônica a situação, não ficava nem a um dia da sua casa.

As mãos começaram a se torcer numa tentativa de se livrar das amarras, mas elas não estavam tendo muito sucesso. Estel tentou outra solução: jogando seu peso contra a parede da caverna, ele se esforçou para levantar e, para a sua alegria, ele conseguiu!

Agora, o rapaz estava de pé em uma parte da floresta desconhecida, porém, já era algum avanço ele poder se levantar. Foi até o outro lado da caverna para poder cortar as cordas que prendiam suas mãos. Estel estava achando, até, que, de repente, ele conseguiria sair dessa situação sem muitos problemas.

Com as mãos libertas, o rapaz saiu da caverna tomando o cuidado de ver se Bleque ainda estava por perto. Com um certo alivio, constatou que o homem não estava em nenhum lugar perto. Um outro pensamento que não fosse a sobrevivência começou a tomar conta de Estel. Aonde estaria Legolas.

Sem mis demoras, ele começou a procurar pelo amigo. O antigo medo de que Bleque pudesse ter feito algo com o loiro sendo renovado.

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Legolas estava quase que a vontade com as estranhas vozes que o cercavam e que o guiavam, ele esperava, para aonde estava Estel. Quase. Ele, agora, estava dividido entre acreditar que podia, mesmo ouvir as vozes calmas e sábias das arvores ou se ele estava apenas enlouquecendo de vez.

Porém, aquele não era o melhor momento para se discutir o assunto e, como ele não fazia idéia do que faria se não ouvisse as vozes o re- assegurando de que estava no caminho certo, ele simplesmente acatou e seguiu em frente.

Mas o destinou as vezes prega peças nas pessoas mais inapropriadas e o caminho que Legolas estava andando passava exatamente aonde Bleque estava. E, as vezes o destino assusta a todos menos a quem deveria ser o seu alvo, já que, no exato momento em que Legolas se encontraria com o homem, suas orelhas élficas ouviram a risada familiar de Estel e o loiro virou para o outro lado e desapareceu no meu da mata no exato instante que Bleque pisava onde ele estava a poucos minutos.

A risada não foi mais repetida e Legolas começou a duvidar de sua existência, até seus olhos enxergarem, bem a frente, uma caverna. Por alguma razão, o loiro não gostou dessa visão. Elfos não foram feitos para cavernas, pensou ele. Suspirando, ele seguiu em frente já achando que era quase que certo que o último lugar que ele quisesse estar seria aonde Estel estaria.

Quando estava a mais ou menos duzentos metros, ele sentiu alguém atrás dele, mas seus reflexos não foram rápidos o suficiente e uma mão com uma pequena faca passou por seu pescoço, enquanto a outra o segurava firme no lugar. Apenas um pequeno filete se sangue começou a correr pelo pescoço de Legolas, mas nada que ele daria importância, o corte fecharia logo. Porem, a mão o agarrou mais forte, torcendo um de seus braços para trás.

Legolas passou sua perna por trás das de seu agressor e lhe deu uma rasteira. Quando o outro caiu, com o rosto virado para o chão, Legolas pôs os joelhos ns costas dele, o imobilizando, enquanto segurava as duas mãos.

- Muito bem, estranho, o que fez com o meu amigo? – o corpo embaixo de Legolas, assim que ouviu a pergunta, parou d tentar se livrar do loiro e não se mexeu mais – Você me ouviu? – uma risada abafada e logo depois:

- Legolas? – o loiro se assustou com a pergunta e soltou os braços e saiu de cima de seu agressor.

Estel, assim que viu suas mãos livres, tentou se virar e acabou encontrando uma par de olhos azuis o encarando. Seus lábios se curvaram em um sorriso.

- Estel? – o moreno riu da confusão estampada no rosto do amigo.

- Caramba! Você quase m matou de susto!! Andando assim, sem fazer o menor barulho pela floresta, se esgueirando como um gato... – Legolas riu das acusações de Estel.

- EU te dei um susto?? Estel, você me agarrou por trás e fez um pequeno corte em minha garganta absolutamente do nada e EU te dei um susto? – os olhos do loiro encontraram os dois rapaz e começaram a rir.

- Aonde você aprendeu a se movimentar desse jeito? – perguntou Estel.

- O que? Você é que é lerdo demais, Estel e não eu que sou rápido. – falou Legolas, apesar de ele saber que não era verdade. – e como você chegou tão rápido até trás de mim? Eu percebi que tinha alguém atrás de mim, ms não que estava tão perto. – Estel riu.

- E eu não estava. Mas eu tenho passos largos e furtivos. – e abriu um sorriso. Legolas balançou a cabeça olhando para o amigo.

- A gente deveria sair daqui antes que o verdadeiro agressor apareça e não uma imitação barata dele... – falou Legolas em tom brincalhão.

O loiro levantou e estendeu as mãos para que Estel se levantasse. Logo, os dois estavam voltando para aonde s encontravam os pertences dos dois, ao pé da grande arvore que Legolas fora amarrado.

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O pequeno coelho que ele tinha pego fora uma pequena refeição par ele. Bleque, enquanto comi, pensava que deveria ter matado aquele outro rapaz. Porém, da primeira vez que tentar, o homem sentiu algo de diferente naquele jovem. Uma pequena luz emanava dele e, como Bleque não sabia o que aquele jovem era, ele simplesmente o amarrou.

No entanto, agora que o dia estava claro e o sombrio brilho do rapaz não podia ser notado, Bleque pensava em voltar e terminar o serviço. Os dois jovens pareciam bem ligados e serviria de aviso ao rapaz de cabelos escuros que estava marrado na caverna. Pegou uma bússola para poder se localizar melhor e rumou m direção ao suposto local aonde Legolas estaria.

Quando o homem estava a uns cem metros da grande árvore, se podia ver que não havia ninguém nem perto dali, o que significava que, muito provavelmente o rapaz havia escapado. Praguejando, Bleque correu até a planta e, sem querer, pisou nas mochilas dos dois jovens. O homem abaixou para ver o que era e sorriu ao descobrir os objetos escondidos debaixo de folhas de arvore.

Risos musicais foram ouvidos por Bleque e ele logo percebeu quem deveria ser o dono deles. O rapaz loiro que ele amarrara havia algumas horas naquela arvore. Puxando a sua faca, o homem se escondeu nas folhagens próximas ao antigo acampamento dos amigos, esperando para que sua presa aparecesse. Aquela cabeça loira não ficaria muito tempo naquele pescoço.

Os risos aumentaram e, Bleque tinha que concordar que era uma voz extremamente bela, dotada de uma certa melancolia que ele não entendia. Quase pensou em poupar o rapaz. Mas não chegou a dar muita atenção a esse pensamento.

Porém, Bleque estava esperando que apenas o loiro aparecesse e ficou um tanto surpreso ao se deparar com os dois amigos rindo e brincando um com o outro. Não era possível! Ele deixara o morno bem amarrado na caverna, ele tinha certeza! Mas parecia que os dois, mais uma vez, haviam escapado e, para falar a verdade, Bleque estava começando a ficar realmente irritado com isso. Irritado a ponto de acabar desistindo do resgate e matar de uma vez aqueles dois.

- Estel! São seus irmãos! Como você pode simplesmente coloca-los em uma situação dessas?? – Estel riu da cara de incredulidade de Legolas e chegou perto das mochilas.

- Eles sempre me colocam em situações muito piores que essa! – falou ele como se a explicação justificasse sua atitude. – E a cara do Ada foi impagável!! - Legolas riu da alegria do amigo e chegou perto da onde Estel estava.

- Estel..., - falou ele olhando par as mochilas – Alguém esteve aqui. As mochilas estavam escondidas debaixo das folhas.

Estel olhou para Legolas, para as mochilas e, depois, para a volta deles. Abaixou, então, os olhos e se deparou com marcas de sapato prensadas contra as folhas. Não eram dele, porque ele estava de tênis e não eram de Legolas, porque ele, assim como seu pai e irmãos, andava com uma certa leveza que não deixava marcas no chão (o porque disso ele não sabia). O rapaz se virou pr Legolas que o observava.

- Não estamos sozinhos. – falou.

- Não estão mesmo, jovens. – falou uma voz fria saindo detrás de uma das imensas plantas que havia na reserva. Bleque empunhava a sua faca de maneira ameaçadora e seguia em direção aos dois amigos.