O computador continua n sua missão de me levar a loucura se recusando a por a vogais. Sinto se tiver algum erro desse tipo. Qualquer outro é culpa minha mesmo.

Outros avisos: a fic esta chegando ao fim, mas a ideia era fazer uma continuação. Em alguém que quer a continuação?

Nimrodel: Obrigada pelo elogio!! Elrond e os gemeos aparecem sim, mas, pelo menos nessa história, eles não fazem grandes feitos.

Gabi Greenfeaf: O legolas realmente é um amor. Que bom que está gostando!

SadieSil: Eu não creio que elas estejam perfeitas, mas a gente se esforço, né? !! Obrigada.

Capitulo 9: "Ótimo!", pensou Estel. Do jeito que esses últimos dias estavam saindo seria um milagre que eles chegassem ao final do mês vivos! Para piorar, seu ombro começou a doer de novo. Com certeza fora conseqüência da tentativa dele de se livrar das cordas que o prendiam.

O homem avançou para cimas dos amigos, a arma nas mãos de maneira assustadora, enquanto olhava de um para o outro. Estava esperando que algum deles fizesse a besteira de partir para cima dele.

- E então? Vão ficar quietinhos ou eu vou ter de fazer alguns furos em vocês para que dessa vez não escapem? – perguntou Bleque.

Legolas, que ainda segurava o arco e as flechas, começou a avaliar as possibilidades que tinham. Iria demorar um pouco até que ele conseguisse atirar. Não seria muito, mas demoraria um pouco. Anos atrás, ele conseguiria desarmar esse homem facilmente, porém, ele estava fora de prática. E, de qualquer forma, nesse meio tempo, Bleque poderia tentar algo contra Estel e essa possibilidade não era uma que ele estivesse disposto a arriscar.

- Legolas... – Estel sussurrou para o amigo. Era um som quase inaudível e, mesmo assim, o rapaz tinha certeza que o loiro poderia ouvi-lo – Você consegue acerta-lo daqui?

Os lábios de Legolas se curvaram em um sorriso mínimo.

- Acerta-lo não é o problema. O problema é acerta-lo antes que ele nos acerte.

Bleque deu um passo em direção os dois. E Estel e Legolas deram um passo para trás.

- Vamos fazer o seguinte – falou Legolas – No próximo passo que ele der, vamos correr para direções opostas.

- Está certo. Vou correr para a direita. – falou Estel

- A sua? – Bleque levantou a faca.

- O quê??

- A sua direita? – um pé do homem se levantou do chão.

- Você vai correr para a minha direita?

- A sua direita? Não é mais fácil eu correr para a minha direita??

Bleque se lançou sobre os dois com a faca em punho. Estel e Legolas, cada um, corram para um lado, deixando Bleque no meio e, por uns instantes, o homem ficou confuso. Logo, ele se decidiu por ir atrás de Estel.

No entanto, o momento de confusão do homem foi suficiente para dar a Estel o tempo dele se livrar de Bleque e correr para dentro da reserva.

Legolas correu para perto de uma arvore e, mais rápido do que qualquer um acharia possível, ele subiu na planta e ficou em pé num dos galhos mais altos (e, diga-se de passagem, não era tão grosso a ponto de sustentar um humano). E foi daquele ponto extremamente alto que ele fez sua mira num Bleque que estava bem perto de Estel.

Por ironia, Estel teve seu pé preso por espinhos de uma planta e, embora o vegetal tentasse soltar o rapaz, Estel se debatia tanto que o que ele conseguiu foi ficar mais enrolado na planta. Foi o que Bleque esperava para alcançar o rapaz.

- Bem... – começou o homem com um sorriso malvado - você tentou, jovem... – a faca se levantou bem a cima da cabeça de Estel, que ainda lutava com os espinhos da planta.

Estel fechou os olhos quando viu o brilho do metal descendo em sua direção. Porém, a faca não chegou nem a descer um quarto de seu percurso. O rapaz, vendo que já havia passado uns bons cinco segundo e que não se demora tanto para que uma faca alcançar seu alvo, arriscou abrir um dos olhos.

O que ele viu foi a faca caída a uns poucos centímetros dele e o homem curvado sobre a mão. Manchas vermelhas salpicavam a sua camisa. Ao longe, Estel pôde distinguir Legolas em cima de uma arvore, o arco sem a flecha seguro em uma de suas mãos.

- Hannon le, mellon nin – falou Estel. – Obrigado, meu amigo.

E nessa hora, assim que as palavras saíram de sua boca, que Estel lembrou de já tê-as dito antes, aliás, de já tê-las dito várias vezes. Legolas era uma constante em sua vida, ele fez parte dela a milênios e...

Bleque arrancou a flecha de sua mão e agarrou a faca, num impulso, a cravou no ombro já machucado de Estel.E, novamente, o rapaz sentiu aquela dor absurda.

Um segundo depois, o corpo de Bleque era arremessado para longe de Estel por Legolas. O Loiro pegou a arma e a jogou para o rapaz, que cortou as partes da planta que o prenderam.

No pequeno instante que o rapaz se distraiu cortando as plantas, Legolas e Bleque se atracaram em uma luta furiosa, a mão ferida do homem, pintando tanto um quanto o outro e dando um ar um tanto dramático a toda cena.

Legolas conseguiu prensar Bleque contra o chão, mas o outro puxou um punhado dos cabelos do loiro para baixo, fazendo com que suas cabeças ficassem no mesmo nível.

Ao puxar os cabelos dourados, Bleque teve um grande surpresa que poderia ser encarada tanto como boa quanto terrível dependendo do ponto de vista.

- Ora... orelhas pontudas e pele brilhosa. – falou ele ao ouvido do loiro – O que você é? Uma anomalia? – um sorriso perverso aparecendo no canto de sua boca.

No susto, Legolas empurrou o homem para longe e o ficou observando. Bleque rolou para cima da flecha que o loiro havia atirado e a pegou.

- E então? O que você é? – perguntou de novo. Legolas, agora, ia se distanciando mais de Bleque. – O que aconteceu? Você não sabe me responder?

- Deixe ele em paz. – a voz de Estel se foi ouvida. Ele acabara de se livrar dos espinhos e agora se levantava, a faca na mão.

Bleque se virou para Estel, o loiro parecia perdido em seu próprio mundo, pois nem se mexeu. A flecha em sua mão parecia um brinquedo se comparada a faca suja de sangue que o rapaz segurava. O homem percebeu como, de repente, os papeis foram trocados e s sentiu inseguro pela primeira vez que pôs seu plano em ação.

Mas, então, seus olhos, se voltaram de novo para o loiro que ainda parecia perdido em pensamentos e atirou a flecha em direção a Legolas.

Estel gritou. Bleque riu. E Legolas continuou do mesmo jeito.

A flecha acertou a cintura do loiro, que continuou na mesma posição de antes. Sem nem, ao menos, se dar ao trabalho de tirar a flecha de seu corpo.

Estel passou tão rápido por Bleque que o homem nem viu. O rapaz já estava do lado de Legolas antes do homem virar. Estel chegou a tempo de segurar Legolas antes dele cair de joelhos no chão. - Bem, Passolargo - falou Legolas, num sussurro, lembrando da piada de Estel de um pouco antes – Ele tem razão quando diz que eu sou uma anomalia... – Estel balançou a cabeça em negação. Bleque riu.

- Brilhante a sua capacidade de constatar o óbvio, loirinho! – falou Bleque.

E, de repente, o homem saltou para cima de Estel, que apenas pode defender seu rosto com as mãos. Bleque pegou a faca largada pelo rapaz e estava tentando acerta-lo com ela, enquanto Estel ainda se debatia embaixo dele.

Finalmente, depois de algumas tentativas, Bleque conseguiu segurar Estel. A faca a alguns centímetros da garganta do rapaz. Estel arfava e Legolas continua na mesma posição, alheio a tudo a sua volta.

- Sabe, essa já a segunda vez que lhe ameaço com uma faca. – falou o homem – Por favor, faça ss ser também a ultima vez, porque, um movimento seu e você já não estará mis entre o nosso meio. – Estel apenas o olhou enraivecido.

Legolas estava com suas duas mãos sobre seu colo. Seus dedos longos tremiam, assim como o resto de seu corpo. A ferida aberta pela flecha manchara as suas roupas e, embora tivesse uma rápida capacidade de cura, o sangue seco em suas vestes dava um ar um tanto sombrio ao loiro.

Num momento, Legolas lembrou das palavras do Senhor Elrond. Pelo menos, pensou, não pulamos de nenhum lugar com mais de quatro metros de altura. Ele achou graça. Parecia tão absurdo que eles fossem se meter em uma enrascada daquelas. Afinal, não era só para eles irem acampar?

Uma outra figura loira tomou forma em sua mente. Tinha formas masculinas e severas, mas com um olhar carinhoso por trás daquela fachada. E o olhar dizia que aquele homem amava Legolas de todo o coração. Aquela costumeira saudade invadiu o loiro. Ele precisava tanto daquela mão carinhosa.

- Ada... – ele sussurrou, inconsciente do que fazia – papai...

- Legolas!

A voz de Estel o tirou de seu transe e o arremessou de volta a realidade. Uma realidade um pouco aterradora, Legolas concluiu. Bleque tinha conseguido fazer vários pequenos cortes nos ombros, rosto e pescoço de Estel enquanto Legolas devaneava. O rapaz estava segurando a mão do homem que tinha a faca o impedindo d machuca-lo mais, porém, não estava surtindo muito efeito.

Num pulo, Legolas agarrou Bleque por trás e lhe arrancou a arma da mão. O homem, assustado, se voltou para o loiro se perguntando o que havia acontecido pra que o outro resolvesse agir.

Vendo nessa a sua oportunidade, Estel se soltou de Bleque e correu pra apanhar o arco e as flechas que Legolas trouxera. Atrás dele, Bleque, gora, tentava esfaquear o loiro. No entanto, os movimentos de Legolas eram rápidos e fluidos, o que dificultava bastante seu adversário.

Num ato ousado, Legolas deixou seu torso desprotegido e Bleque mirou a faca no loiro. O torso a mostra, a faca quase conseguiu chegar o seu destino, se, no ultimo instante, Legolas não tivesse dado um soco na face esquerda do homem. Bleque caiu no chão zonzo com a força do golpe que Legolas com certeza não aparentava ter.

- Como consegue tanta força? – perguntou o homem do chão.

- Veio comigo. – respondeu Legolas sem emoção – Preferia que se mantivesse calado, já quase matou meu amigo e eu várias vezes. Se cooperar, eu não te darei mais socos. O que acha? – como resposta, Bleque avançou para cima de Legolas.

E mais uma vez, Bleque sentiu a dor de ser perfurado por uma flecha. Dessa vez em sua coxa. Atrás dele, Estel empunha o arco de Elrohir. O homem caiu de joelhos em frente a Legolas.

- Legolas, você esta bem? – perguntou Estel enquanto se aproximava dos dois.

- Na media do possível eu estou sim. – falou Legolas dando um pequeno sorriso.

Estel chegou do lado de Legolas, os dois a uns poucos passos de Bleque que continuava no chão.

- O que aconteceu com você naquela hora? – a voz de Estel parecia preocupada. Legolas suspirou.

- As vezes, pessoas falam para você tantas vezes a mesma fala que você acaba acreditando nelas... – Estel concordou. Ele sabia o que era isso. Era difícil ter sido criado em uma família em que todos são tão perfeitos. De tempos em tempos, Estel ouvia alguém dizer que ele nunca poderia fazer parte de uma família sendo ele como era. Decidiu mudar o assunto.

- Porque só veio me ajudar quando eu gritei, em vez de acabar logo com o problema?? – Legolas deu um sorriso travesso.

- Você estava se saindo muito bem sozinho... – Estel o olhou como se duvidando da sanidade do amigo – Mas, é claro, por mim eu deixaria que aquele homem brincasse com você o quanto ele quisesse, contanto que não te matasse... você sabe, eu não gostaria de contar para o prefeito que eu deixei seu filho mais novo morrer... – Estel riu

Bleque escolheu aquele momento para tentar agarrar o pescoço de Legolas, porém, o loiro pulou para o lado como se já pressentindo o perigo. Bleque se virou. As faces de pura raiva, a perna e a mão ensangüentados, os olhos inexpressivos. Legolas e Estel o olharam, ele não podia ir muito longe naquelas condições.

A terra abaixo de Bleque se abriu. Logo, um filete foi se abrindo até chega à grande arvore que Legolas fora amarrado mais cedo. De repente, o filete se expandiu e um buraco grande o suficiente para passar uma pessoa se formou. Bleque nem soube o que aconteceu, num momento ele estava sobre a terra e no seguinte, sob ela.

Estel e Legolas olharam o buraco se abrir e se fechar com espanto. Legolas se virou para a grande arvore e lhe sorriu.

- Obrigado. – e, voltando-se para Estel, falou – Os seus irmãos vão adorar essa história... o Senhor Elrond é que não vi ficar muito satisfeito com os fatos... O bom é que, sendo você humano, logo, logo isso aqui vi apenas ser mais uma lembrança engraçada...

E Estel lembrou. Lembrou de Valfenda, da Terra Média, do nome Aragorn e lembrou de como se completava essa antiga frase.

- E vocês elfos, imortais, vão levar cada detalhe desse dia impresso em sua memória eterna...