Olá! Computador do mesmo jeito, mas a gente vai levando, por isso, é provável que vocês encontrem vogais faltando. Qualquer outro erro é meu mesmo

Outra coisa:Essa história termina aqui. O que acontece depois, vem na próxima ( é que não consigo escrever textos muito longos) Obrigada para quem mandou review, eu gosto muito de saber o que pensam sobre história Gabi Greenleaf: acho que você é a primeira pessoa que eu li que chama uma fic de louca! :D Obrigada! Eu vou fazer um seqüência. Lilian Kirk: Obrigado! SadieSil: Consegui ler toda a sua fic!! Yes!! Está linda demais. Obrigada pelos comentários!

Capítulo 10:

Estel parou. As lembranças dançavam em sua mente e ele não conseguia coloca- las em ordem. Legolas, por outro lado, continuava andando, alheio ao fato do amigo não estar ao seu lado.

- Você sabe como faz para sair daqui? Precisamos ver essas suas feridas e aqui não é o melhor local para... – e Legolas percebeu que o amigo não estava ao seu lado – Estel?... Estel?

Estel continuava exatamente no mesmo lugar, o olhar pregado no chão, a mente tentando se reorganizar. O loiro se aproximou temendo que, talvez, o homem pudesse ter causado algum mal do qual ele não sabia em seu amigo.

-Estel? – tentou de novo e, dessa vez, o rapaz o encarou. Um sentimento indecifrável habitando suas expressões.

- Legolas...? – Estel agarrou os braços do loiro, o assustando um pouco – É realmente você?

- O quê? É claro que sou eu, Estel, você está bem? – o loiro continuava preocupado. O comportamento de Estel era muito estranho. – Estel, você está me machucando... – Estel rapidamente largou Legolas.

- Me desculpe, não sei o que deu em mim – falou o rapaz apressadamente. Porém, não pode deixar de notar o quão diferente o amigo estava.

Legolas se virou e começou a andar de novo, na esperança de que, dessa vez, Estel o seguisse.

- Mas você sabe quem é, não é? – veio uma nova pergunta atrás dele. Legolas se virou de novo.

- Estel, tem certeza de que está bem?

- Você SABE quem você é, não é? – Estel ignorou a pergunta do amigo. Legolas suspirou.

- Sei, Estel... – o rapaz sentiu um alivio percorrer seu corpo – Sou seu amigo, passando um tempo na casa do prefeito até que se consiga matricula- lo em uma universidade, porém, existe uma grande chance de isso não acontecer já que você não s mexe! – alivio deixou todo o corpo de Estel – Estel! Por favor, quer andar logo?

- Então você não sabe quem é? – Legolas o ignorou e continuou andando – Príncipe? – Legolas parou.

- Ora, Estel! Eu esperava isso dos seus irmãos, mas até você resolveu começar com essa de ficar me chamando de príncipe! – era a resposta que Estel precisava. Um sorriso se abriu em seu rosto

- Me desculpe, Legolas, não resisti.

- Quer fazer o favor de andar logo?? Suas feridas estão sangrando e não seria inteligente deixa-las continuar.

Estel correu para o lado do amigo, que continuou a caminhada. Porém, por dentro, ele continuava tentando por as idéias em ordem: seu pai, em outra época, outras pessoas, Elladan e Elrohir lhe ensinando a atirar, Legolas lhe ensinando a atirar, Argorn e Gondor, ele fugindo de Valfenda quando criança, um terremoto que quase lhes tirou Elrond, sua entrada na escola local, o Um anel, Legolas em Mordor, Elladan lhe apresentando a um cavalo, Elrohir o levando para comprar um brinquedo novo, Arwen...

ARWEN! Estel tinha esquecido de sua bela Arwen! Sua estrela Vespertina! Como pudera fazer isso? E aonde ela estava? Por que não conseguia sentir a presença de sua amada? Por que ela não estava com seu pai e seus irmãos?

E, agora que ele tentava por seus pensamentos em ordem, Estel percebera que ele sabia muito pouco sobre o que acontecia. Sua cabeça não cooperava começando a doer absurdamente enquanto ele fazia esforço para se lembrar de como ele havia voltado para Arda.

De repente, uma cena saltou de seus pensamentos; era ele e o Senhor Elrond em uma sala, o senhor tentava lhe dizer algo, mas ele não queria ouvir, ele queria seguir em frente com seus planos, ele queria...

Estel caiu desfalecido o lado de Legolas. O Loiro ainda tentava entender o estranho comportamento do amigo quando o viu cair no chão. Só teve tempo de lhe segurar a cabeça para que não a acertasse em nenhum lugar. Agindo rápido, Legolas colocou a mochila de Estel nas costas e o pegou no colo, andando o mais rápido possível em direção à casa do amigo. Isso, é claro, assim que ele descobrisse pra que lado ela ficava.

O pânico de Legolas começara a crescer progressivamente e ele não tinha como para-lo. Estel pareceu resmungar enquanto estava encostado junto ao peito de Legolas, ms nenhum palavra coerente saiu de sua boca.

Logo, o loiro se decidiu por uma direção, que foi ajudada pelas plantas ao seu redor, e correu o mais que pode te vislumbrar a magnífica casa do Senhor. Um sentimento leve correu por ele enquanto via a moradia chegando mais perto a cada passo que dava.

- Por favor! – gritou Legolas empurrando a grande porta com o ombro.

De dentro, se podia ouvir vozes, no entanto, eram vozes alegres.

- Abram a porta! – tentou Legolas de novo – Estel está machucado!

- Tudo bem, calma, a porta já foi... – para surpresa de Legolas, quem abriu fora um dos gêmeos.

- Elladan??

- O que aconteceu com vocês?? – perguntou o gêmeo olhando os dois amigos enquanto tirava Estel das mãos de Legolas – E eu sou o Elrohir – e se virou para dentro d casa – Ada! Estel e Legolas estão feridos! Venha, Legolas, entre.

O Senhor Elrond saiu de uma das inúmeras portas da casa e se dirigiu até o trio. Numa rápida pelos amigos, Elrond pediu para que Elrohir os levasse até a pequena clínica no fundo da casa.

- Eu pedi para vocês dois tomarem cuidado... – falou o senhor enquanto Elrohir depositava Estel em uma cama. Inconscientemente, o rapaz passava a mão por cima do anel de Barahir. O senhor se virou para Legolas - E você, jovem, tire sua blusa para que eu possa dar uma olhada nessas feridas que serpenteiam seu corpo.

O Loiro não encarou Elrond. Ele sabia que suas feridas já estavam cicatrizando, mas o senhor não e Legolas temia a reação dele quando descobrisse suas feridas quase curadas. Ele detestava quando tinha de afastar aqueles que só o queriam bem.

- Não precisa, senhor. Por favor, cuide do seu filho, estou preocupado com ele. – Elrond riu.

- Rapaz, deixe-me ver como você está. Elrohir cuidará de Estel por agora. – e, pelo canto do olho, Legolas pode ver que, não só Elrohir, mas agora Elladan também estava com seu amigo. O Senhor ainda o encarava, uma das sobrancelhas levantadas. – E então?

- Por favor, Senhor, eu estou bem, vá cuidar de Estel. – suspirando, Elrond pegou um pequeno bisturi de uma pequena mesa. – Veja isso. – e, levemente, passou a lamina por sua mão, fazendo correr um filete de sangue.

- Senhor, o que está fazendo? – o tom sobressaltado de Legolas alertou os gêmeos que questionaram seu pai em silêncio.

- Não é nada, meus filhos, por favor, olhem por Estel – e se virou para Legolas – Olhe para minha mão – e o loiro fez o que lhe foi mandado. Dez segundos depois, já não havia mais nenhum corte na palma da mão do senhor. Legolas o olhava assustado – Agora, deixe- me dar uma olhada nas suas feridas. Não há nada de anormal em você.

Aos poucos, bem devagar, o loiro tirou a camisa e deixou Elrond examina-lo. O senhor estava em seu modo médico e as mãos logo acharam as facadas em seu dorso.

- O que lhes causou essas feridas?

- Um homem com uma faca... acho que queria raptar Estel, mas agora está tudo bem. – Elrond começou a limpar as feridas. Várias perguntas passavam pela cabeça de Legolas e ele tentou começar com a mais óbvia – Se não se importar em responder, senhor, poderia me dizer porque estão aqui? Se não me falha a memória, vocês disseram que ficariam fora um mês. – Elrond riu.

- Meus filhos não conseguem se afastar do irmão caçula por muito tempo.

Na verdade, todos os três passaram tanto tempo longe de Estel, que agora os gêmeos temiam se distanciar por longos períodos. Um sorriso triste perpassou pela face do senhor.

Bandagens envolveram os ombros de Legolas e um forte cheiro do qual ele não sabia dizer se conhecia ou não impregnou o ar. O loiro se virou e deparou com um dos gêmeos adicionando algumas ervas à água fervente. O gêmeo sorriu para ele.

- Athelas. – falou ele – São raras nesses dias, mas ainda existem algumas. Essa erva tem um forte potencial medicinal, se você souber usa-la.

- E se não souber? – perguntou Legolas.

- Você pode acabar matando o paciente. – respondeu o outro gêmeo. Vendo a expressão estupefata do loiro, os dois começaram a rir. Elrond balançava a cabeça em sinal de negação.

- Parem com isso. Ninguém pode morrer por causa dessa erva, Legolas, eles não estão falando sério.

Estel escolheu essa hora para acordar e grunhiu quando tentou levantar e sua cabeça começou a latejar. Todos os quatro outros ocupantes da sala se juntaram a volta da cama que o rapaz estava.

- Ada?... El? Eu... Imladris... Um anel... Arwen... – Estel tentou fazer com que suas palavras fizessem sentido, mas aquela dor de cabeça e agora as dores no corpo o impediam.

Sua família, no entanto, percebeu o que o rapaz tentava dizer. Ele havia lembrado de seu passado. As memórias corriam soltas na sua cabeça. Os três trocaram olhares e os gêmeos esperaram a decisão do pai. Legolas apenas observava a linguagem corporal dos três. Por fim, o senhor Elrond olhou o loiro.

- Legolas, poderia acompanhar meus filhos? Eu preciso falar com Estel. – Legolas concordou e deixou o quarto com os gêmeos.

Não faz isso, amigo

Já se sabe que você

só procura abrigo

mas não deixa ninguém ver

Por que será ?

Eu que já não sou assim

muito de ganhar

junto às mãos ao meu redor

Faço o melhor que sou capaz

só pra viver em paz.

Elrond estava sentado em uma poltrona no canto do quarto. Estel estava debruçado na janela vendo a movimentação de pessoas e empregados. Reconheceu alguns, outros eram novos e o rapaz ainda não sabia quais eram seus nomes. O senhor suspirou.

- Enfim, você se lembrou, meu filho. – Estel se voltou para o pai, agora, com s costas e os cotovelos como apoio.

- Lembro de quem eu sou-fui, lembro de Arda, de Imladris, dos elfos, de vocês,... de Arwen... – novo suspiro de Elrond.

- Lembra de porque esta aqui? – Estel abaixou os olhos para que não encarasse o pai.

- Porque pedi aos Valar uma vida sem segredos. Porque queria aproveitar ao máximo sem ter preocupações.

- E Gandalf lhe disse que não seria possível. Nunca existirá um vida sem preocupações, meu filho. Você aceitou isso. – Elrond se levantou e caminhou até Estel.

- Então o que estou fazendo aqui? Porque voltei, pai? – Elrond o abraçou.

- Íon-nin, meu filho, essas pessoas que estão aqui – o senhor fez um gesto apontando para a janela indicando aqueles que transitavam pela casa e além – eles são o seu povo. Você os reuniu uma vez, pode reuni-los de novo. – Estel se afastou do pai.

- A história vai se repetir? – Elrond sorriu.

- Não, Estel, o Um anel não mais aparecerá. Mas eles precisam de alguém que os ensine sobre bondade e não sobre ganância. Por isso você não se lembra. Você estava cansado de levar essa vida de responsabilidades e s forçou a apagar sua importância nesse mundo. Porém, para isso, você precisaria apagar todas as suas memórias.

Estel deu uma volta pelo quarto. Era muita informação. Ele não queria. Ele queria deitar em sua cama e sentir seu pai massageando seus cabelos enquanto dormia. Mas, novamente, suas responsabilidades o impediam.

- E sobre... – o rapaz olhou o pai como se pedido desculpas pela próxima pergunta, mas Elrond não deixou ele continuar.

- Sobre Arwen? – Estel acenou – Ela não veio exatamente por amar você. – quando Estel fez uma cara que claramente dizia que ele não havia entendido, Elrond explicou – Ela não suportaria vê-lo crescer e depois descobrir que você agora só a via como a uma irmã. Por isso, ela preferiu ficar em Valinor – os olhos do Senhor se encheram de lágrimas ao falar da graciosa Arwen.

- E então voltaram vocês quatro? – o senhor balançou a cabeça.

- Voltamos nós três. Eu e seus irmãos. Legolas veio sem o consentimento dos Valar. – Estel pareceu chocado ao ouvir isso – E, sejamos, sinceros, Estel, você também não ficaria sentado sabendo que Legolas estava em um mundo desconhecido sem se lembrar de quem era. Foi um erro nosso acreditar que ele o faria.

Estel segurou a cabeça entre as mãos. Não era para acontecer desse jeito. Ele não queria ter voltado e, com certeza Legolas não era para estar aqui. E, de repente, outro pensamento o abalou.

- Ada? – Estel saboreou poder dizer essa palavra e entender seu significado – E vocês? Como conseguiram viver nesse mundo tão diferente? Não estão enfraquecendo? – as mãos do rapaz foram parar uma de cada lado da face do pai.

- Porque te amamos, íon-nin. – falou o pai lhe sorrindo – É pouco o sacrifício que fazemos para ficar perto de você. – os olhos de Estel brilharam e lágrimas caíram dele.

- Vocês vão ficar por aqui? – o rapaz perguntou com uma voz fina de uma criança que acabou de acordar de um pesadelo e ainda guarda os resquícios das piores partes. Elrond o abraçou, encostando a cabeça de seu filho mais novo em seu peito.

- Claro, Estel. Sempre. – Estel retornou o abraço, apertando o pai contra si.

Fim