Capítulo 1 – As férias mais curtas.
A noite quente de verão ia se extinguindo na Rua dos Alfeneiros, número quatro, quando uma enorme coruja branca parou à soleira da janela do quarto de Harry Potter. A ave pôs-se a bicar o vidro com uma certa freqüência, produzindo barulho suficiente para acordar o garoto.
Harry tateou o criado-mudo à procura de seus óculos e logo o quarto entrou em foco. Olhou a procura do barulho. Levantou-se e abriu a janela. A coruja estendeu uma patinha em direção ao garoto que desamarrou o pequeno pergaminho que ali vinha preso. Harry não reconheceu a letra.
Caro Harry,
Como tem passado?
Amanhã eu e mais uma bruxa iremos à casa de seus tios busca-lo.
Peço que você já tenha as malas prontas por que iremos passar o mais cedo possível.
Não esqueça de avisar seus tios.
Remo Lupin
Harry dobrou o pergaminho e um pequeno sorriso escapou-lhe aos lábios. Iria deixar a casa dos tios mais cedo do que sonhara. Passara suas duas primeiras semanas de férias do mesmo jeito que passara os últimos dias das férias anteriores na casa dos tios: sendo constantemente ignorado. Não que o garoto se importasse com este fato, achara que isto, até o momento, tinha sido a melhor coisa que os Dursley fizeram a ele, mas o garoto sentia falta de uma pessoa para conversar. Desde a morte de seu padrinho o seu humor andava muito inconstante, queria alguém com que conversar, mas sabia que se tivesse companhia, iria querer estar sozinho. A coruja soltou um pio orgulhos, beliscou carinhosamente a mão do dono, e foi se empoleirar em sua gaiola.
- Arrume suas coisas Edwiges, amanhã estaremos bem longe daqui! – falou Harry em um tom que oscilava entre animado e entediado, ao que recebeu um olhar de desaprovação da coruja, como se dissesse: "E o que eu tenho para arrumar?".
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Em uma praia de fina areia cor de mel, uma mulher caminhava descalça. Trajava-se toda de preto e tinha os contornos dos olhos definidos por grossas linhas da mesma cor de suas vestes. Trazia os compridos cabelos negros que caiam lisos até sua cintura soltos. Andava alguns metros e parava murmurando alguma incoerência enquanto chutava a areia. Às vezes corria para logo em seguida parar, gritar, chutar a areia e voltar a caminhar.
- Maldito! – gritava durante seus acessos – Maldito lobo, maldito bruxo, maldito mundo!
Deixou-se cair na areia.
- Porque eu tenho que passar por isso? – gritou enquanto uma lágrima escorria por suas bochechas – Maldita hora que eu vim para esse maldito lugar!
Uma pontada em seu antebraço direito chamou-a para a realidade. Segurou-o por cima da manga de sua blusa, como se apertar o local fizesse com que a dor passasse. Levantou-se do chão da praia, sacudindo a areia dos cabelos e pondo-se o mais apresentável que lhe era possível, então desaparatou.
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Harry passara seu dia arrumando as malas com o máximo de entusiasmo que conseguia, evitara durante essas duas semanas pensar no que lhe havia acontecido a pouco menos de um mês. Decidido a esquecer, pelo menos até quando pudesse, tudo o que havia passado ou o que havia descoberto, passara suas duas semanas de férias com o nariz enfiado na sua coleção de livros de defesa contra a arte das trevas. Aprendera feitiços interessantes e se pudesse treinar e ter Draco Malfoy ou até quem sabe, Snape, em quem aplicar as azarações, duvidaria que existisse qualquer estudante em Hogwarts que pudesse vence-lo em um duelo.
Desceu mais animado para o jantar daquela noite. Tia petúnia torceu o nariz a sua entrada pela cozinha, Duda olhou-o de relance e tio Valter nem se deu ao trabalho de levantar os olhos da comida. Harry sentou-se à mesa. Esperou até o fim do jantar, quando pigarreou alto tentando chamar a atenção dos tios para si.
- Haham. – pigarreou mais alto, ao que tio Valter lhe dirigiu o olhar – Amanhã vão vir me buscar – anunciou.
- Vão vir, eh? – perguntou tio Valter, erguendo o olhar para o sobrinho – Eu não quero a sua trupe de malucos na entrada da minha casa, e nem explodindo a minha sala, e nem a sua janela com um Ford Anglia que voa. Eu não vou permitir!
- É assim então? Sinto que vou ter que escrever a eles informando que meu tio não me deixou ir – falou sublinhando as quatro últimas palavras – E eu acho que eles não vão gostar!
Harry riu-se interiormente com o efeito que sua última frase acometera nos tios. Tia petúnia fechou os olhos, e Harry poderia apostar sua firebolt em como sua tia estava lembrando-se dos cabelos de Tonks, o que os vizinhos iriam dizer se uma mulher de cabelos rosas chicle aparecesse à porta de sua casa? Já tio Valter mudou a expressão de deboche para uma visível expressão de pânico, mais rápido do que Harry poderia dizer Accio.
- Aquele homem do olho de vidro não virá aqui! – exclamou o tio.
- Não. – respondeu o garoto calmamente – Vai vir apenas um lobisomem e uma... – Harry fez uma pausa para contemplar os tios – e uma vampira, é uma sanguinária vampira – completou.
A cor sumiu do rosto de cada um dos Dursley na sala. Harry pediu licença o mais polidamente que conseguiu, alegando que tinha que terminar de arrumar suas malas, antes que qualquer um dos tios pudesse reunir fôlego para protestar. Dobrou o corredor e subiu as escadas quase sem respirar. Chegou ao quarto e não agüentou. Começou a rir como a tempos não conseguia.
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Disclaimer: Harry Potter, seus personagens e nomes associados, NÃO ME PERTENCEM!! Então não me processem
Olá, aki eh a Sf-chan (quem mais poderia ser .), eh minha primeira fic de HP, entaum comentem, c naum naum escrevo mais.... vcs sabem q uma ficwriter soh sobrevive à base de reviews
