Toxic

Avisos:- Duo Pov, AU, tentativa de humor, NC-17 por conta de limes e lemons espalhados pelo fic inteiro...Misao-chan para pra contar quantas pessoas exatamente pularam ao ler isso ."

Casais:-1x2x1, 3x4

Spoilers:- Nada! Esse fic é spoiler-free.

Disclaimer:- Ontem, todos os pilotos vieram à minha casa para um jogo amigável de strip poker. Estávamos comendo sorvete e não deu boa coisa... Tive de vender meus direitos autorais para comprar uma câmera e filmar tudo, ...portanto, por mais que eu tenha me divertido ., eu ainda não sou dona dos Garotos Gundam e nem nada relacionado sobre a série. Isso aqui é um trabalho de ficção sem fins lucrativos (infelizmente TT)

Quanto ao fic:- Um monte de gente vai simplesmente ter vontade de me enforcar por que além de eu repetir meu formato "música fic" (eu não tenho culpa se essa é a maneira com a qual trabalho melhor ."), neste daqui eu me aventuro novamente nas terras da Duo POV. Ok, em caráter de esclarecimento, a idéia original da fic nasceu como uma PWP, mas como eu não consigo escrever nada que não tenha um mínimo de conteúdo...não rolou! -.-" Por outro lado, ele virou essa pecinha de cerca de 8 capítulos, com limes e lemons periódicos espalhados por toda a fic...hehehe. Meu intuito principal é que não fique um fic vulgar, e sim, sensual. Caso eu cometa o erro de cair na vulgaridade, chances são de que eu venha a me enforcar...

Oh sim, e a música é de autoria de Britney Spears, ou seja, nada de direitos sobre as letras também! .=

Agradecimentos a Lien Li por ser uma beta na velocidade da luz e pelos ótimos comentários


Esse capítulo vai dedicado especialmente a Evil. Ela sabe por que! Hey girl, obrigada pela review , pelos toques e especialmente, por ser confiável =

"With a taste of your lips
I'm on a ride
You're toxic, I'm slipping under
With a taste of a poison paradise,
I'm addicted to you
Don't you know that you're toxic?
And I love what you do,
But you know that you're toxic!
Don't you know that you're toxic!"

Heero estava na porta de meu apartamento. Heero. Porta. Apartamento. Meu. Minha porta. Meu apartamento. Meu Heero. Eu podia ficar nesse joguinho, absurdamente agradável, de palavras para sempre se pudesse.

Minha mente mal começou a pensar sobre questões irrelevantes - como por exemplo, a maneira pela qual Heero teria descoberto o local aonde eu morava e a hora na qual eu voltaria do serviço - e foi interrompida por movimentação... na verdade, falta de movimentação.

Heero parecia ter claras intenções de entrar em meu lar, mas quando pensei que abriria os olhos, apenas para encontrá-lo dentro de meu apartamento e meu corpo eficientemente preso entre a parede e o corpo dele, fiquei surpreso ao perceber que ele não havia entrado. Na verdade, ele não havia realmente se movido. Se estivéssemos falando de qualquer outra pessoa aqui, eu poderia jurar que tinha visto uma pequena fagulha de hesitação nos olhos dele.

Olhei com mais atenção para seus olhos, encontrando ali a sombra de algo que eu tinha praticamente certeza de não ter visto anteriormente, ou pelo menos, não com tanta intensidade.

Essa pequena fagulha de sentimento disparou alguma coisa em mim e, de repente, toda a urgência, que eu pensei ter aprendido a controlar durante aquela semana, me assaltou como uma única onda poderosa de antecipação e desejo.

Olhei fixamente para o homem a minha frente e abri a porta do apartamento por completo, em um convite mudo para que ele entrasse. Ele movimentou-se lentamente para dentro de meu lar.

Fechei a porta atrás de mim, trancando-a logo em seguida. Virei-me pronto para ser atacado com mãos e lábios, mas, novamente, Heero não tomou a atitude que eu esperava que fosse seu próximo passo. Ele estava estático no meio de minha sala. Caminhei até ele, prostrando-me em sua frente, sem dizer uma palavra.

Fitamo-nos por tanto tempo que pensei que caso aquilo durasse muito mais, duas coisas provavelmente aconteceriam. Ou eu derreteria por conta do calor absurdo que o olhar de Heero transmitia, ou acabaria beijando-o por minha própria conta, de uma maneira tão forte e tão longa, que até os netos dele iriam lembrar-se depois.

Mas, como se ele pudesse ler minha mente – possibilidade que, se não me engano, eu já havia descartado horas mais cedo – ele moveu-se para ficar ainda mais próximo, nossos corpos praticamente tocando um ao outro.

Eu esperava por um beijo agressivo, algo semelhante aos que havíamos dividido em algumas partes de nosso último encontro, mas recebi algo diferente. Algo melhor.

Heero ergueu suavemente uma de suas mãos, alcançando a minha. Sua mão subiu, então, lentamente pelo braço, parando no pescoço, e apoiando-se logo abaixo de minha orelha. Ele deixou que seu dedão acariciasse suavemente a lateral de meu rosto e eu instintivamente inclinei minha face, buscando mais contato da mão quente e macia.

Ele aproximou-se com uma lentidão dolorosa, dando-me tempo o suficiente para reparar em diversas partes de seu rosto magnífico. As sobrancelhas [1] perfeitamente arqueadas, emoldurando as incríveis safiras que eram seus olhos. Os longos cílios fechando-se sobre estes. Lábios palidamente rosados.

Lábios que vieram de encontro aos meus com uma suavidade incrível, quase elétrica. Sua mão deslizou para a parte de trás de meu pescoço, entrelaçando-se nos fios soltos em minha nuca, e minha própria mão foi parar no pescoço de Heero sem que eu tivesse total consciência do fato.

O beijo permaneceu suave por muito tempo, ganhando momentum[2] conforme os minutos esticavam-se, tornando-se interminavelmente longos. Surpreendi-me ao notar que mesmo a delicadeza de nosso encontro inicial – tão diferente das vezes prévias – não diminuía em nada a sensação inexplicavelmente arrebatadora que era estar nos braços desse homem. Na verdade, a emoção parecia ainda mais poderosa agora

Conforme a intensidade de nossa união ia aumentando, também ia o nosso contato. Não sei dizer exatamente quanto tempo passou-se até o momento em que Heero finalmente me beijava com um desespero delicioso, explorando-me por completo sem que eu tivesse energias, além das que me restavam, para dar-lhe o mesmo tratamento.

Nos beijamos até que ele estivesse mantendo nós dois em pé. Minhas pernas haviam transformado-se em geléia ou alguma substância igualmente inconsistente. MEUS netos provavelmente lembrariam-se daquele beijo.

Quando nos separamos, estávamos ofegantes e levemente corados. Tive de me afastar alguns poucos centímetros de Heero, notando que mesmo o ato de respirar próximo a ele parecia estar exigindo uma quantidade enorme de esforço de minha parte. Ele me segurou com as duas mãos apoiadas na parte mais baixa de minhas costas enquanto eu me apoiava segurando-o pelos ombros, recusando-me a me afastar demais.

Alguns segundos passaram-se até que finalmente eu recuperasse o ar e consciência suficientes para que os arredores tornassem-se claros novamente, e, pela primeira vez na noite, eu percebi as roupas de Heero. Ele estava vestido com uma calça preta, uma camisa azul marinho e uma jaqueta negra por cima. A visão daquele corpo, iluminado apenas pela luz fraca que entrava pela grande janela de minha sala, quase me tirou o ar que eu mal havia acabado de recuperar.

Heero tinha abaixado sua cabeça, enquanto recuperava sua própria cota de oxigênio, e quando ele a levantou, olhando diretamente para mim, notei que seus olhos eram um reflexo dos meus. Estes ardiam com alguma coisa que acontecia a nossa volta e era definitivamente mais forte do que nós dois.

Deixei que uma de minhas mãos escorregasse do ombro de Heero, pegando em sua mão, e com passos lentos porém certos, guiei-nos até meu quarto. Após entramos, fechei a porta atrás de nós, encaminhando Heero até o centro do cômodo, e em seguida tirei meus sapatos e deitei no meio da cama de casal, sem nunca perder o contato de meus olhos com os dele.

Ele acompanhou minha movimentação, esperando que eu me acomodasse entre os travesseiros. Heero então tirou seus sapatos e cuidadosamente colocou sua jaqueta no apoio de uma cadeira próxima a cama.

Ele aproximou-se do abajur, ao lado da cama, ligando-o em seguida. Aquela atitude me deixou extremamente feliz. Isso significava que ele desejava me ver e que deixaria que eu o visse também. A luz do aparelho iluminava apenas o suficiente para que fossemos capazes de enxergar a cama e as proximidades, mas não todos os arredores do grande quarto.

Logo depois ele subiu na cama, sem nunca deixar meus olhos, colocando cuidadosamente uma perna em cada um dos lados de meu corpo, deixando seu peso cair sobre minhas próprias pernas. Ele colocou sua mão em minha gravata esquecida, finalmente soltando-a por completo. Heero deixou que a peça escapasse de suas mãos para o chão, indo em seguida para o primeiro botão de minha camisa.

Cada um dos botões foi aberto com extrema cautela, até que o último deixou sua casa, fazendo com que Heero partisse para a tarefa de retirar meus braços das mangas e em seguida abandonar a peça, junto com a já esquecida gravata, no chão ao lado da cama.

Sem nunca perder o contato de sua pele com a minha, nem sequer durante poucos momentos, Heero pegou uma de minhas mãos e finalmente fechou os olhos, fazendo com que perdêssemos a ligação constante, que havíamos mantido até então. Porém, mesmo sem enxergar, ele parecia estar absolutamente certo do que queria fazer, pois imediatamente colocou a ponta de um de meus dedos contra seus lábios, no mais delicado dos contatos.

Todos os dedos passaram pelo mesmo tratamento, sendo beijados de forma lenta e suave. Braço e ombro vieram em seguida. E depois foi a vez dos dedos, braço e ombro do outro lado do corpo. Eu queria mais do que tudo fechar meus olhos e jogar minha cabeça pra trás, com a sensação que aquele mero contato me transmitia, mas ao mesmo tempo, eu não conseguia desgrudar minha atenção do que Heero fazia naquele instante. Cada pedaço de pele, no qual ele deixava seus lábios tocarem, queimava como fogo exigindo mais e mais contato.

Satisfeito após chegar em meu pescoço, Heero começou a descer, tomando em beijos, longos e molhados, toda a extensão de meu dorso. Ele passou a língua sedutoramente no local aonde ombros e pescoço encontravam-se, fazendo com que eu finalmente não pudesse resistir mais as exigências de meu corpo, e deixasse que minha cabeça pendesse para a frente, enquanto minha garganta perdia-se em um longo gemido.

Ele continuou a descer, deixando que seu cabelo roçasse nas partes ultra-sensíveis de minha pele, pelas quais seus lábios e língua haviam acabado de deixar seu rastro. Ele parou, tomando uma quantidade considerável de tempo e atenção em cada um de meus mamilos, tomando-os em sua boca em séries de pequenos chupões e lambidas, enquanto eu suspirava longamente, tentando conter a linha interminável de pequenos grunhidos e suspiros que ameaçava escapar-me, já estando muito próximo de perder meu controle.

Quando finalmente Heero alcançou os planos de meu estômago, ele deixou que sua língua entrasse dentro de meu umbigo, e o contato quente e úmido fez com que eu levantasse da cama em reação a sensação deliciosamente inesperada.

Eu não tinha idéia de quais eram os planos de Heero agora que – inconscientemente ou não – ele me tinha exatamente no local aonde queria: eu não conseguiria negar-lhe nada naquele momento, nem que quisesse. Mas eu também queria vê-lo, tocá-lo, senti-lo com minhas mãos, e o que havia restado de minha mente, torcia desesperadamente para que ele deixasse que eu o fizesse.

Ainda ofegante, coloquei uma de minhas mãos sobre o ombro dele, movendo-me, propositadamente devagar, para que ele soubesse quais eram minhas intenções. Pedi permissão com os olhos para que ele deixasse que eu o visse também, e as mãos dele deixaram o local no qual tinham parado em meu estômago, e levou minha própria mão aos botões de sua camisa. Essa foi toda a resposta de que eu precisava.

A ajuda de Heero foi realmente útil, uma vez que não tenho certeza se teria conseguido abrir todos os botões de sua camisa sem arrancá-los de suas casas, no desespero que havia tomado todo o meu corpo, debaixo da iminência de que finalmente estaria vendo-o por completo. Ele ficou imóvel, deixando que eu puxasse as mangas da peça, para em seguida adicioná-la ao restante das roupas no chão.

Ele permaneceu parado, deixando que eu o observasse, tomando cada pedaço de sua forma, sem camisa, em minha mente, como uma memória que eu guardaria como um de meus maiores tesouros. Se é que isso era sequer possível, agora ele parecia ainda mais belo, e seus olhos examinavam-me, ao passo em que os meus faziam o mesmo com ele.

Voltei a deitar-me, e no momento em que eu esperava que ele fosse livrar-me de minhas calças, ele me surpreendeu, movimentando-se para cima, e deitando por completo sobre mim, capturando meus lábios em um beijo longo e profundo.

Os lábios dele agora eram ainda mais demandantes, e ele me beijava como um homem faminto, devorando sua última refeição. Ao mesmo tempo, eu sentia todo o seu corpo junto ao meu, desde o pescoço até os pés, aumentando ainda mais a sensação transmitida pelo beijo e fazendo com que eu encontrasse uma certa dificuldade em respirar e acompanhar as investidas de sua língua em minha boca ao mesmo tempo.

Ele então movimentou-se, jogando o quadril para frente, esfregando sua pélvis contra a minha, e qualquer atenção que estivesse dedicando ao beijo me deixou, fazendo com que eu abrisse minha boca, soltando um grito diante da nova onda de sensações que havia acabado de me assaltar.

Heero continuou beijando meu queixo, minha bochecha, meu pescoço, qualquer parte que ele conseguisse alcançar, enquanto minha cabeça novamente jogava-se, involuntariamente, para trás diante dos movimentos incessantes de seu corpo sobre o meu.

Eu podia sentir que ele estava extremamente excitado e o meu estado nesse momento não era nem um pouco diferente, as protuberâncias em ambas calças não deixando que mentíssemos quanto a isso.

E mesmo diante dessa realização, Heero parecia recusar-se a parar com aquela doce tortura, aumentando ainda mais o ritmo e a força com a qual esfregava seu membro contra o meu, através das roupas.

Sentindo que eu não seria capaz de agüentar por muito mais tempo, e tentando evitar o embaraço de gozar ainda dentro das roupas, tentei implorar a Heero para que parasse, mas tudo o que minha mente permitiu que eu formasse em meus lábios era o nome dele. 'H-He-Heero...', arrisquei, esperando que ele pudesse me entender apenas pelo tom fraco de minha voz.

'Não...não..se...p-preocupe, Duo...', ele parecia estar tendo uma certa dificuldade para formar palavras também, e seu rosto exibia uma expressão perdida entra a concentração e o início de um delírio.

'Eu... disse...', ele continuou, sem nunca cessar o movimento. ' que...tomaria...ahhh'. Mais um esfregão. '...meu tempo...'. Outro. '...com você...'. E novamente. Eu havia perdido a conta. Eu havia perdido a noção de qualquer coisa que não fosse a sensação de Heero contra mim.

E quando eu senti os traços finais de meu controle prestes a abandonar-me, abri meus olhos em um impulso de ver a face de Heero naquele momento glorioso, e foi quando captei uma expressão muito semelhante a minha - lábios abertos tomando longos golpes de ar, olhos enormes e febris – e ele se afastou.

A perda do contato foi tão repentina e brusca, que me vi a beira das lágrimas. Era como estar a beira de um penhasco, diante da melhor e mais bela queda de toda a sua vida, e sentir cordas prendendo-o a superfície. Era fisicamente doloroso. Era... frustrante.

Incapaz de dizer mais palavras naquele momento, resignei-me a fechar os olhos e recuperar o ar que parecia recusar-se a voltar para meus pulmões. Eu podia ouvir Heero fazendo o mesmo, ainda apoiado-se sobre minhas pernas, mas agora um pouco mais longe de minha cintura.

Não permiti que meus olhos se abrissem novamente. Eu não sabia explicar as razões para que Heero tivesse parado o que estávamos fazendo quando, obviamente, havíamos alcançado nosso limite diante da situação. Talvez ele tivesse finalmente notado que tudo aquilo era uma grande loucura, e agora estivesse repensando. Se esse fosse o caso... eu não queria ver isso estampado em seu rosto.

Mas tais pensamentos foram tirados de mim, pela sensação das mãos eternamente quentes dele, entrando em contato novamente com os músculos de meu estômago, e descendo decididamente para os botões da calça. Olhei-o em surpresa, e encontrei em seu rosto uma expressão completamente diferente daquela conjurada pela minha mente momentos antes.

Heero estava sorrindo suavemente em minha direção. E era lindo. Eu podia ter deixado que meu orgasmo me tomasse naquele exato momento, mas talvez meu corpo, tendo adquirido o conhecimento do que estava prestes a acontecer, estivesse recusando-se a entregar-se tão facilmente depois de tudo.

As mãos hábeis de meu companheiro abriram os botões e o zíper de minha calça, descendo em seguida pela extensão de minhas pernas, levando consigo a calça e a cueca, e deixando-me finalmente livre da prisão das roupas.

Heero livrou-se de suas próprias restrições um momento depois, e novamente, ficou imóvel sobre meu corpo, deixando que eu observasse a visão completamente estonteante que encontrava-se diante de mim, ou melhor, sobre mim, naquele instante. Perdi meu fôlego ao notar a força do olhar dele sobre o meu próprio corpo. Seus olhos praticamente queimavam, e dessa vez eu tive que me esforçar, infinitamente mais, para manter o controle que teimava em escapar-me por conta da cena a minha frente.

Ele esticou sua mão lentamente, indo em direção a sua jaqueta e retirando, magicamente de um dos bolsos, um pequeno recipiente. Não tive tempo de identificar o que se tratava, antes que Heero abrisse a tampa do pequeno frasco, depositando uma quantidade considerável do líquido perfumado em uma de suas mãos, e esfregando-a na outra logo em seguida.

Ele então moveu-se em direção ao pé da cama, pegando em meus pés, e empurrando-os suavemente em minha direção, para que minhas pernas ficassem dobradas nos joelhos, e meu corpo mais exposto a sua vista.

Naquele momento, senti uma certa pontada de receio. Já fazia muito tempo que eu não me "engajava" em qualquer tipo de atividade sexual e provavelmente eu sentiria um desconforto, que não era bem vindo.

Mas esses pensamentos deixaram minha mente um segundo depois, porque uma das mãos de Heero retornou a meu dorso, acariciando novamente meus ombros e mamilos, enquanto sua outra mão tratava de me preparar da forma mais gentil que eu havia testemunhado em toda minha vida. Eu mal podia acreditar em quão maravilhosa era a sensação de senti-lo ao mesmo tempo em duas áreas tão sensíveis de meu corpo.

Ele ainda me preparava e acariciava com paciência, quando de repente fui tomado completamente pelo desejo. Eu não podia conter o que sentia nem por mais um segundo. Era como tentar deter um furacão, ou um maremoto, apenas e tão somente com as mãos. Eu queria ele. Eu precisava dele. E AGORA.

'Heero....por favor...eu...eu não posso mais...', implorei incoerentemente, novamente esperando que ele fosse capaz de decifrar o que eu queria dizer por conta dos infinitos sinais que meu próprio corpo enviava de que não poderia suportar aquela tortura por muito mais tempo.

Ele apenas afastou suas mãos de mim, levando-as as minhas pernas e colocando meus joelhos acima de seus ombros, a nova posição fazendo com que eu ficasse um pouco levantando sobre a cama.

'Está pronto?', ele falou, sua voz rouca de emoção.

'Eu nunca estive tão pronto', respondi, usando o restante de minhas forças para lançar meu corpo para frente e beijá-lo, atacando sua boca quase que com violência diante de meu desespero.

E então ele começou a me penetrar, e a sensação fez com que ambos parássemos o beijo para jogar nossas cabeças pra trás em abandono. Ele movia-se extremamente devagar e eu podia sentir cada centímetro de sua carne entrando em contato com o mais íntimo de mim, e tudo o que eu queria fazer era me entregar a sensação de estar sendo possuído daquela forma.

Quando ele finalmente estava dentro de mim por completo, eu sentia como se estivéssemos naquilo por dias, como se nunca tivéssemos vivido de qualquer outra forma que não aquela, que não juntos, daquele jeito. NADA no mundo poderia ser melhor.

Então ele se moveu. E eu teria esquecido meu próprio nome se este não estivesse sendo pronunciado por Heero, quase com tanto desespero quanto o nome dele deixava os meus próprios lábios.

Ele começou devagar, indo e voltando em um ritmo excruciantemente vagaroso, fazendo com que eu me aproximasse cada vez mais e mais da beira no penhasco, mas nunca desamarrando-me por completo.

'Hee...Heero...aaah...Heero...mais....mais forte....', as palavras saíram da minha boca sem que eu ordenasse tal ação.

Ele obedeceu, movendo-se contra mim e dentro de mim com mais força, atingindo a cada nova investida em um ponto dentro de meu corpo que fez com que eu visse estrelas por todas as partes.

O ritmo aumentou ainda mais, e quando Heero retirou uma de suas mãos - que estavam segurando minhas pernas firmemente sobre seus ombros - e colocou sobre meu membro ereto, eu não pude fazer nada para conter a explosão que me assaltou com força o suficiente para que meu corpo se levantasse no ar, enquanto eu dava um grito alto e longo de prazer, e a evidência de minha completude cobria a mão dele e meu estômago.

Seus movimentos cessaram enquanto ele assistia o espetáculo de meu orgasmo, expressão fascinada, como se ele estivesse diante do milagre da vida.

Quando finalmente pude voltar a respirar, ele ainda estava dentro de mim, parado e completamente atordoado.

'Duo...você....é lindo....é magnífico...', ele falou, entre seus próprios suspiros.

E essas palavras me encheram de energia renovada, fazendo com que , em um único e fluído movimento, eu tirasse minhas pernas de seus ombros e o jogasse de costas sobre a cama, fazendo com que eu ficasse em cima dele, sem que em nenhum instante nós tivéssemos nos separado.

Aproveitando seu momento de surpresa, beijei-o com toda a força do sentimento, que naquele momento me invadia, e em seguida prossegui a realizar sobre ele os passos de uma dança mais velha do que o próprio mundo.

A visão de Heero debaixo de meu corpo, rosto contorcido de prazer, era certamente a coisa mais bonita que eu já tinha visto em toda a vida, e esta era capaz de, sozinha, ser combustível mais do que suficiente para que em poucos minutos eu estivesse novamente em um estado de completa excitação.

As mãos dele entraram em contato com minhas coxas, encorajando-me a mover-me mais rapidamente, e eu cedi ao desejo, movendo-me ainda mais rápido.

' Heero...você...também... é lindo...', falei sem nunca cessar minhas ações, ao perceber que ele também estava bem próximo de sua própria explosão.

Provavelmente minhas palavras foram o começo do fim para ele, pois seus olhos abriram e fecharam, o peito lançou-se para cima, enquanto eu senti dentro de mim toda a força do orgasmo de Heero. Força essa, que me levou junto consigo, pela segunda vez naquela noite.

Eu tive dois orgasmos no intervalo de menos de dez minutos. E apesar dos músculos de meu estômago protestarem diante do esforço, eles pareciam ser a única parte do meu corpo que tinha qualquer reclamação a fazer. Os órgãos restantes estavam muito ocupados tornando-se uma massa de nervos saciados a flor da pele.

Uma vez acabadas as forças de ambos, deixei que meu corpo caísse sobre o que encontrava-se abaixo de mim. E fui recebido calorosamente pelos braços de Heero, que me envolveram possessivamente.

Ficamos nessa posição por muito tempo, até finalmente separarmo-nos, apenas para mudar de posição na cama e adotar um abraço ainda mais confortável.

Eu nunca havia me sentido tão satisfeito em toda minha vida... tão feliz... tão...completo.

E este foi o último pensamento que passou por minha mente, antes que eu fosse levado pelas poderosas ondas da inconsciência.

Acordei muitas e muitas horas depois, notando que estava sozinho na cama. Imediatamente levantei-me olhando os arredores do quarto, já iluminado pelo sol que entrava pela janela.

Não sentindo a presença de mais ninguém no apartamento, passei minha mão pelo espaço ao meu lado no colchão, notando que o local ainda estava quente e rico com o aroma de Heero. Abracei o travesseiro que eu sabia que ele tinha utilizado e me deixei ser levado pelo sono novamente.

Acordei cerca de cinco horas depois, em um horário completamente ridículo para meus padrões. Já eram três da tarde, e eu ainda estava na cama.

Levantei-me e tomei um banho longo e demorado.

Depois de limpo e vestido, eu me sentia novamente como um ser humano, e minhas pernas me levaram a cozinha, seguindo as instruções da barriga , que roncava diante da abstinência prolongada de alimentos.

Agarrei uma maçã da fruteira, indo em seguida para a sala, alertado pela presença de um objeto estranho sobre minha mesa. Era um rosa vermelha.

Eu não tinha o hábito de manter flores em casa. Muito menos rosas. Muito menos vermelhas.

Me aproximei da mesa, e percebi que abaixo da rosa havia um cartão. Eu já sabia o que esperar dessa vez. E, certo como a luz do dia, a letra de Heero estampava o pedaço creme de papel.

'Em lembrança a melhor noite de nossas vidas.

Com amor

Heero'

Com amor... esse era um conceito ao qual minha mente parecia estar se prendendo com uma velocidade incrível. E eu simplesmente não podia evitar o sorriso que me vinha ao rosto, diante das palavras colocadas ali.

Sentindo-me com disposição para caminhar, peguei minha chave e deixei o apartamento - rosa e cartão ainda em cima da mesa central da sala - para trás. Andei sem destino durante cerca de uma hora, notando, com pouca surpresa, que minhas pernas tinham me levado involuntariamente ao prédio de minha própria empresa.

Velhos hábitos são realmente difíceis de serem combatidos.

Decidi-me por entrar, apenas para checar se havia alguém no prédio ou se algum serviço havia sido adicionado a minha mesa, durante o tempo de minha ausência no dia anterior.

Antes que eu chegasse a porta de meu escritório porém, fui abordado por Relena [3], a faxineira.

'Senhor Duo', ela falou com um pequeno sorriso preocupado, ' que bom ver o senhor por aqui'.

'Boa tarde, Relena' , respondi, 'Por que essa alegria em me ver?', perguntei, sem realmente estar interessado nos motivos pelos quais ela queria falar comigo.

'Bem... é que eu estava fazendo a limpeza da sua sala e da sala do Sr. Winner esta manhã, e encontrei a carteira do Sr. Barton... ele pode precisar e eu estava pensando numa forma de devolvê-la rapidamente, agora que todos foram dispensados do serviço, quando o Sr. apareceu', ela respondeu.

Barton...Barton...o nome não me era estranho. Se não me engano era de um cliente que havíamos atendido a cerca de quatro semanas, ou algo parecido. Se essa carteira só havia sido encontrada agora, Relena estava com muita sorte por conta de meu bom humor, porque no dia seguinte eu e ela teríamos uma conversinha séria, sobre como realmente limpar as salas dos escritórios.

'Certo. E como você espera que eu devolva a carteira para ele, Relena?', perguntei, fazendo meu melhor para não soar completamente sarcástico.

'O Sr. pode pedir para que o Sr. Winner devolva pessoalmente para ele...', ela respondeu, parecendo levemente embaraçada com meu questionamento diante da situação.

Agora eu já não estava fazendo questão de esconder meu sarcasmo e leve irritação diante da burrice da funcionária. ' E... me explique exatamente o porquê disso, sim?, Quatre iria se importar em levar a carteira do Sr. Barton para ele, se o próprio Sr. Barton não se importou em vir buscá-la até agora?', perguntei, cruzando os braços na frente do peito.

Ela ruborizou por completo dessa vez, deixando-me completamente confuso diante de sua reação. Ela então suspirou longamente antes de responder. 'Ele esteve aqui ontem, talvez ainda não tenha notado que perdeu a carteira e...eu pensei que...que o Sr. Winner e o Sr. Barton fossem...amigos.', ela terminou, exibindo uma cor capaz de matar um morango de inveja.

Foi quando eu finalmente percebi o que estava acontecendo.

'Relena', eu perguntei, esforçando-me para deixar o tom de minha voz o mais neutro o possível diante do que estava prestes a dizer, 'você poderia me informar, qual é o primeiro nome do Sr. Barton?'

Ela pareceu confusa com minha colocação, mas respondeu de qualquer forma. ' O primeiro nome dele é Trowa, Sr.'

E nesse momento, todas as peças de um gigantesco quebra-cabeça juntaram-se ao mesmo tempo em minha mente.


Fim do Capítulo 7

[1] Oh sim, as sobrancelhas do Heero! Eu sei que ninguém falou sobre isso antes, e que pode parecer pouca coisa mas...pô, eu gosto. Misao tem um fetiche sério com sobrancelhas "

[2] A título de esclarecimento gramatical: momentum, é a raiz latina da palavra "momento", e, da maneira que foi utilizada aqui, tem um sentido semelhante a clímax.

[3] A última participação especial do fic: Relena! Ela é uma faxineira...nyahahahahahahahahahaahahaha XD Misao rolando de rir no chão

Certo, certo, agora, este foi o primeiro lemon oficial que escrevi (os outros encaixavam-se na categoria "lime") e...bem...eu estou realmente envergonhada dele. Não acho que esta ruim , de forma alguma (eu me esforcei muito nisso daqui ok?) mas mesmo assim...não posso evitar de ficar completamente sem graça ao notar que fui eu que escrevi isso.....

Ah sim, e muita gente tinha a idéia de que o lemon de Toxic seria uma coisa bem selvagem né? Acho que decepcionei essas pessoas porque, eu pelo menos acho, que esse lemon ficou um bocado emocional...até mesmo romântico .=
Vamos ver se a gente trabalha nesse lance do "selvagem" numa próxima tá?
Isto é, se eu conseguir me recompor algum dia pra escrever outra coisa dessas por que...foi realmente difícil....-.-"