Toxic
Avisos:- Duo Pov, AU, tentativa de humor, NC-17 por conta de limes e lemons espalhados pelo fic inteiro...Misao-chan para pra contar quantas pessoas exatamente pularam ao ler isso ."
Casais:-1x2x1, 3x4
Spoilers:- Nada! Esse fic é spoiler-free.
Disclaimer:- Ontem, todos os pilotos vieram à minha casa para um jogo amigável de strip poker. Estávamos comendo sorvete e não deu boa coisa... Tive de vender meus direitos autorais para comprar uma câmera e filmar tudo, ...portanto, por mais que eu tenha me divertido ., eu ainda não sou dona dos Garotos Gundam e nem nada relacionado sobre a série. Isso aqui é um trabalho de ficção sem fins lucrativos (infelizmente TT)
Quanto ao fic:- Um monte de gente vai simplesmente ter vontade de me enforcar por que além de eu repetir meu formato "música fic" (eu não tenho culpa se essa é a maneira com a qual trabalho melhor ."), neste daqui eu me aventuro novamente nas terras da Duo POV. Ok, em caráter de esclarecimento, a idéia original da fic nasceu como uma PWP, mas como eu não consigo escrever nada que não tenha um mínimo de conteúdo...não rolou! -.-" Por outro lado, ele virou essa pecinha de cerca de 8 capítulos, com limes e lemons periódicos espalhados por toda a fic...hehehe. Meu intuito principal é que não fique um fic vulgar, e sim, sensual. Caso eu cometa o erro de cair na vulgaridade, chances são de que eu venha a me enforcar...
Oh sim, e a música é de autoria de Britney Spears, ou seja, nada de direitos sobre as letras também! .=
Agradecimentos a Lien Li por ser uma beta na velocidade da luz e pelos ótimos comentários
Esse capítulo vai dedicado especialmente a Diana Lua, em agradecimento pelas críticas, pelos elogios e , consequentemente, pelo apoio
"Intoxicate me now
With your loving now
I think I'm ready now
(I think I'm ready now)
Itoxicate me now
With your loving now
I think I'm ready now"
Eu costumava adorar as sextas-feiras. Elas significavam a chegada do tão esperado final de semana, e com isso, a possibilidade de, pelo menos um pouco, de descanso para o corpo e a mente, que haviam se desgastado por demais durante os dias anteriores. Além de tudo isso, muitas memórias recentes e boas eu havia adquirido em sextas-feiras, como minha primeira ida a "Spy" e o baile na mansão Romefeller.
O fato, era que HOJE era uma sexta-feira e que eu não conseguia reunir sequer uma boa razão em minha mente para gostar daquele dia, poderia ser considerado engraçado...se não fosse tragicamente irritante.
Meu encontro casual com Relena pela tarde, abriu a meu cérebro uma perspectiva completamente nova de toda a situação na qual me via envolvido naquele momento.
O Sr. Barton era ninguém mais, ninguém menos, do que Trowa. Trowa Barton. Pessoa importante, com a qual eu havia me reunido a cerca de quatro semanas. Cliente mais do que respeitável - que a propósito pagava muito bem - e sócio majoritário de uma das maiores, senão a maior, empresa de pesquisas de mercado da cidade.
Até aí, você pode estar se perguntando porquê diabos eu fiquei tão absurdamente chocado ao saber que Trowa era um empresário. Isso não era tão incomum afinal de contas. O que me impressionou realmente, foi lembrar que, apesar de estar tendo encontros quase regulares com a figura de Trowa, eu não conseguia me lembrar de sua presença na dita reunião.
Na verdade, eu não conseguia lembrar quase nada a respeito deste nosso provável primeiro encontro, além, obviamente, das instruções que eu havia recebido para o desenvolvimento do software solicitado pela empresa dele.
Esse fato sozinho era assustador.
Claro, eu me lembrava muito bem que esta reunião havia feito parte do circuito de encontros empresariais que apelidei carinhosamente de "Descida pelas sete camadas do inferno", tendo acontecido numa semana tão sobrecarregada, que, para mim, a idéia de mastigar meu próprio pé, até que ele fosse parcialmente digerido, parecia muito mais atraente do que um possível repeteco daqueles dias.
E mesmo com a memória ridiculamente vaga que eu tinha daquele encontro, alguma coisa me dizia...que aquela informação era importante demais para que eu a tivesse negligenciado até então. Que algo estava terrivelmente fora do lugar.
Eu teria de agradecer a Quatre mais tarde por ter dispensado todos do serviço no dia anterior, caso contrário, eu não teria sido capaz de passar horas e horas de minha tarde revendo contratos e relatórios para descobrir finalmente a última peça daquele quebra-cabeças.
De alguma forma, eu ainda tive a capacidade de me surpreender ao descobrir que a tal peça de importância fundamental naquele jogo era Heero.
Heero Yuy, para ser mais preciso. Jovem de vinte e três anos, morador da cobertura de um prédio que ficava a apenas sete blocos de meu próprio edifício, e segundo sócio-dono da "New Riders", a já citada empresa de pesquisas de Trowa Barton.
E como exatamente eu descobri tudo isso? Simples. Após passar por cima do choque óbvio que tive ao ler alguns dos relatórios da reunião e ver o nome de Heero ao lado do de seu sócio como meu contratante, joguei dito nome no maldito software que eu mesmo havia desenvolvido para sua empresa. Um cretino sistema de pesquisa de dados, interligado em rede direta com a empresa responsável pela telefonia do estado, capaz de compor, para uso da "New Riders", relatórios de perfis de usuários selecionados, para que assim eles pudessem recrutar membros para suas pesquisas, de acordo com a necessidade de seus possíveis clientes.
E Heero, assim como eu mesmo, era parte do gigantesco número de pessoas que possuía uma assinatura de linha telefônica nesta cidade.
Logo após essa descoberta, instintivamente apoiei meus dois braços sobre minha mesa, e deixei que minha cabeça caísse sobre minhas mãos. Eu não saberia dizer qual das minhas constatações daquele dia era a mais surpreendente. Também não saberia dizer qual delas era a mais frustrante.
Se o fato de Trowa ser um de meus clientes; se o fato dele e Heero serem sócios; se o fato de que talvez eles estivessem juntos em um tipo de brincadeira doentia e grosseira com minha mente; ou ainda a possibilidade de que meu próprio sócio estivesse envolvido em tal empreitada, uma vez que era claro para mim agora que ele tinha um envolvimento com Barton, que havia surgido antes mesmo de meu envolvimento com Heero.
Esta última constatação ultrapassava os limites da simples frustração, tornando-se um fato completamente irritante e inaceitável.
Não me dei muito mais tempo para pensar em minha linha de ação a partir dali, e simplesmente anotei o endereço de Heero em um pequeno papel, pegando em seguida a jaqueta, que havia deixado no apoio de minha cadeira, e dirigindo-me mais do que rapidamente a saída do edifício.
Uma vez fora da empresa, finalmente tomando as dimensões a minha volta e notando que muitas horas haviam se passado desde a minha chegada ali, olhei para meu relógio apenas para descobrir que já havia passado das seis da tarde.
Decidindo que a caminhada até o lar de Heero provavelmente me daria tempo mais do que suficiente para que eu pensasse mais naquela situação, chamei um táxi imediatamente, dizendo ao motorista o endereço do local.
Cheguei ao prédio em menos de quinze minutos, e quando finalmente coloquei meus pés para fora do carro e em contato com a calçada, olhei para o edifício a minha frente, suspirando longamente, com a esperança de que o ar trouxesse consigo toda a coragem que eu precisava para o confronto que provavelmente causaria a seguir.
Aproveitei a entrada de um morador para adentrar o local despercebidamente, e apertei o botão do elevador que me levaria ao último andar, durante todo o tempo, lembrando-me da exata razão pela qual eu tinha vindo a este lugar.
Quando um pequeno barulho me alertou para minha chegada a cobertura, andei lentamente até a porta do único do apartamento do andar. E parei. Agora que finalmente havia chego até aqui, minha mente novamente teimava em pensar nas exatas palavras que diria a Heero quando o visse por detrás daquela mesma porta.
Eu queria saber a razão de tudo aquilo. Por que eu, entre tantas pessoas, havia sido o escolhido para fazer parte daquele joguinho? Por que ele havia colocado justo o meu nome naquele banco de dados? Por que me provocava deliberadamente com suas ações? Por que havia deixado que tudo chegasse tão longe?
Todas as questões que rodavam em minha mente, junto a uma quantidade considerável de raiva e decepção, calaram-se porém, quando o pequeno barulho do elevador chamou minha atenção para suas portas abrindo-se novamente, revelando a figura de Heero entrando no hall.
Meus olhos feridos encontraram os azuis surpresos de Heero e ele parou imediatamente diante de minha presença. Ficamos nessa troca durante alguns momentos, nos quais tive de usar todas as fibras de meu corpo para não abaixar minha cabeça fugindo daquele olhar, que ainda tinha tanto poder sobre mim, apesar de tudo.
Para minha completa surpresa, foi ele que deixou que seu olhar desviasse-se primeiro, abaixando seu rosto em uma expressão resignada - quebrando o contato que mantínhamos - enquanto suspirava suavemente.
'Eu sabia que cedo ou tarde chegaríamos a isso...', ele falou, novamente levantando sua cabeça para olhar em minha direção com um olhar quase...desamparado? Eu não saberia dizer com certeza. Então ele continuou, indo em direção a porta e rodando a chave na fechadura logo em seguida. '...Mas eu esperava ter um pouco mais de tempo.'
Essa afirmação me deixou ainda mais confuso, mas meu cérebro simplesmente adicionou mais esta informação contraditória, juntamente a todas as outras que continuavam rodando em minha mente, ao mesmo tempo em que eu assimilava as roupas de Heero. Ele estava vestindo um paletó bege-claro, com uma camisa branca por baixo, e havia uma pasta empresarial em suas mãos.
Pelo que eu podia notar, ele estava voltando do trabalho, e a simples constatação - diante daquela prova física - de que Heero era de fato uma pessoa normal, com trabalho e responsabilidades, era o suficiente para aumentar ainda mais meu nível de confusão.
A noção que eu possuía dele como um homem que só existia em meus melhores sonhos, estava levemente despedaçando-se, dando vez a imagem concreta de uma pessoa que era apenas e tão somente mais uma entre tantas. Mesmo que ele fosse absurdamente bonito. E extremamente sexy. E um Deus na cama.
Ok, talvez ele não fosse exatamente "mais um", mas ele com certeza não era um ser extra sensorial.
Heero entrou, retirando a chave da porta e abrindo esta amplamente, gesticulando para que eu o seguisse. O fiz sem pronunciar uma palavra sequer.
Uma vez dentro do apartamento, notei que este tratava-se de um belo e espaçoso estúdio. Não haviam divisões entre a cozinha e a enorme área da sala, além de um simples balcão. O local, que eu presumi que fosse o quarto, encontrava-se separado do restante dos cômodos por estruturas escuras de vidro, que deixavam parcialmente a vista apenas a figura da enorme cama no meio do espaço, coberta por lençóis de um azul escuro como a noite.[1]
Heero deixou sua pasta em um canto e dirigiu-se imediatamente para um dos sofás da sala, aonde deixou que seu corpo caísse e sua cabeça se apoiasse pesadamente sobre a parte de cima do móvel. Ele passou as duas mãos por sua face, como que na tentativa de fazer com que aquela situação sumisse da frente de seus olhos, e em seguida moveu seu rosto, olhando para mim, e indicando para que eu me sentasse.
Sentei-me no sofá a frente dele, apenas uma pequena distância nos separando, e olhei intensamente em sua direção, esperando para ver exatamente como ele pensava que iria sair dessa. Heero já havia escapado de meus questionamentos anteriormente, mas naquele momento, eu não via uma maneira sequer como ele poderia escapar do que estava acontecendo.
Ele obviamente compreendia isso também, porque, diante de meu olhar sério e inquisidor, ele encostou no sofá, devolvendo-me um olhar quase apreensivo. 'Eu suponho que você queira saber de muitas coisas.'
Ele estava errado. Pela primeira vez desde que eu conhecera Heero, ele tinha me lido de maneira errada. Eu não queria saber de muitas coisas. Eu queria saber de apenas uma coisa. Uma única pergunta que continha tudo em si.
'Como você descobriu onde eu moro?', ele perguntou, sem esperar que eu respondesse a sua primeira colocação.
'Da mesma maneira que você descobriu onde EU moro.', respondi, impressionado com a frieza de meu próprio tom de voz.
Ele pareceu levemente surpreso com minha colocação, mas a surpresa rapidamente sumiu, e ele fechou seus olhos, virando seu rosto para o chão, retraindo-se de meu olhar acusador. 'Mas é claro', ele falou quase em um sussurro, 'você foi o responsável por desenvolver o programa. Eu deveria saber que cedo ou tarde você pensaria em...'
'Por que, Heero?', interrompi-o sem deixar que ele terminasse o que dizia.
A minha pergunta foi simples e direta, e eu sabia que não precisaria elaborá-la. Sabia que Heero compreendia exatamente o significado daquelas três palavras que continham em si a essência de tudo o que eu queria e precisava saber.
Ele ficou completamente em silêncio, ainda sem levantar a cabeça em minha direção, talvez absorvendo as palavras que haviam acabado de deixar minha boca.
Quando Heero finalmente olhou para mim, seus olhos brilhavam e ele me surpreendeu com uma pergunta, que em nada tinha relação com o que eu havia acabado de exigir que ele me explicasse.
'Duo, você se lembra da primeira vez em que nos encontramos?', ele perguntou, sua voz baixa, e suavemente tingida de incerteza.
Apesar de confuso quanto a razão pela qual ele estava me perguntando aquilo nesse momento, era óbvio que eu lembrava de nosso primeiro encontro. Eu jamais esqueceria aquela noite na qual...
'Eu me lembro exatamente da roupa que você estava usando...', ele continuou, sem deixar que eu respondesse, e interrompendo minha linha de raciocínio. 'Você estava em um paletó preto...com uma camisa preta...e uma gravata vermelha', ele concluiu, e seus olhos agora brilhavam ainda mais em minha direção, como se ele estivesse me vendo diante de si com aquelas roupas.
Minha mente gritou que aquilo estava completamente errado. Pelo que eu bem podia me lembrar, Heero jamais havia me visto em tais roupas. Ele só podia estar alucinando...a não ser que...
E ele continuou, ignorando minha expressão estupefata diante das coisas que ele dizia. 'A primeira vez que nos encontramos foi a quatro semanas atrás, numa reunião na sua empresa, e essa era a roupa que você estava usando.', ele terminou, novamente abaixando sua cabeça, como se o chão de sua sala fosse a coisa mais interessante para se olhar naquele instante.
Meu cérebro tinha vontade de mandar que tudo parasse imediatamente. Para que o mundo estacionasse para me dar tempo de processar aquilo que estava acontecendo, fatos que eu simplesmente não conseguia compreender por completo.
Heero estivera na reunião. Heero estivera numa mesma sala comigo durante cerca de duas horas, e eu não o tinha notado. Isso era praticamente inaceitável. Estaria meu stress me cegando a esse ponto?
Mais uma vez ele continuou a falar, não dando tempo para que eu juntasse coerência o suficiente para fazer com que as palavras deixassem minha boca.
'Me pareceu que você não havia notado minha presença...nem a de Trowa... ou a de qualquer outra pessoa na sala de reuniões. Você estava tão...compenetrado em suas anotações e colocações, que não parecia sequer ter a total consciência da existência das pessoas que estavam a sua frente...'
Meu Deus! Essa era uma hora completamente inapropriada para Heero ter readquirido suas capacidades de médium, mas por incrível que pareça, ele estava novamente adivinhando meus pensamentos.
Eu não havia notado sua presença na sala. E nem a de Trowa. Se eu me concentrasse o suficiente, poderia perceber que eu não me lembrava do rosto de NENHUM dos clientes com os quais eu havia me reunido, naquela fatídica semana.
Não era a primeira vez que isso havia acontecido. Sempre que me concentrava ao extremo em alguma atividade em particular, minha mente possuía a tendência de desligar-se de certos aspectos do mundo a minha volta para focalizar-se apenas no que considerava mais importante, no caso da empresa, as especificações do software de meus clientes.
O que havia me surpreendido porém, era a capacidade de Heero em ter observado esse meu comportamento. Ninguém antes – com a exceção talvez, de Quatre – havia notado meus momentos de "desligamento" do mundo.
'Você pode até não ter me visto...' , ele falou, me arrancando de meu turbilhão de pensamentos com sua voz. 'Mas eu vi VOCÊ.', ele concluiu, finalmente levantando sua cabeça novamente em minha direção e olhando-me com uma intensidade praticamente palpável.
Notando que possuía minha total e completa atenção agora, ele continuou. 'E foi por isso que, na noite em que nos encontramos na "Spy" pela primeira vez, eu apostei todas as minhas fichas na idéia de fazer com que você me notasse'. Ele terminou essa última afirmação com um pequeno sorriso, como se fosse consciente do sucesso de seus esforços nesse sentido.
'O que aconteceu a partir daí...', ele parou para suspirar diante das memórias, 'foi resultado de uma série de esforços da minha parte para descobrir coisas sobre você. Aonde você morava, a que horas saía do trabalho, aonde praticava suas corridas...', ele terminou, novamente abaixando sua cabeça, na tentativa de escapar de meu olhar completamente surpreso, e parecendo um pouco envergonhado pela pequena confissão que acabara de fazer.
Eu não conseguia fazer com que uma palavra sequer deixasse minha boca, meu cérebro ainda ocupado demais pela tarefa de pegar todas aquelas afirmações e transformá-las em algo que fizesse sentido.
Heero provavelmente tomou meu silêncio como um mal sinal, pois olhou para mim novamente, e em seu rosto havia uma expressão de triste aceitação. Como se ele estivesse diante de um fato inevitável, que apesar de desagradável, era uma conseqüência de suas próprias ações.
'Mas eu sei que o que fiz com você não foi certo, portanto...' E com essas palavras Heero levantou-se e começou a tirar seu paletó, que foi jogado do outro lado do sofá com eficiência. Em seguida suas mãos viajaram para os botões da camisa branca que foram sendo libertos de suas casas um por um, em movimentos suaves.
Mas o quê....?
Quando Heero finalmente havia terminado sua tarefa com os botões, e sua camisa encontrava-se descartada junto ao paletó, minha mente pediu para assinar seu contrato de demissão. E não por conta da visão de tirar o fôlego que era a figura de Heero Yuy sem camisa, mas sim, por conta de um objeto que encontrava-se cuidadosamente localizado em volta de seu pescoço e ombros. Um objeto cuja presença só podia ser notada agora, que a camisa não mais bloqueava sua visão.
Era a encharpe de seda[2]. A encharpe que ele havia me dado para usar no baile na Mansão Romefeller, a mesma com a qual ele havia deliberadamente torturado-me no dia seguinte a este.
Ignorando meu pequeno som de surpresa, Heero passou a mão delicadamente sobre a extensão do tecido, retirando-o de seu lugar, e então sua mão estendeu-se em minha direção.
'Este', ele falou, 'pra mim... é o objeto que contém toda a sua essência, Duo.' Agora seus olhos praticamente me perfuravam tamanha era a intensidade que estes continham. 'Sendo assim, você tem todo o direito de tirá-lo de perto de mim, por todas as coisas que eu fiz', ele terminou, e sua mão ainda estava estendida para mim, a encharpe sendo cuidadosamente segurada por esta.
Eu simplesmente não sabia o que dizer.
Aqui estava eu, diante de um homem que tinha conseguido dar uma espiada no mais íntimo do meu ser, que dizia ter praticamente me espionado para descobrir como chamar minha atenção, e que agora, claramente, me deixava a escolha de voar para o mais longe possível daquele lugar, caso esse fosse meu desejo.
Meu cérebro ainda não tinha certeza absoluta do que fazer.
Meu corpo, por outro lado, tinha algumas idéias.
Avancei na direção de Heero tirando a encharpe de suas mãos. Ignorando por completo um breve suspiro, e antes mesmo que ele pudesse sequer notar quais eram minhas intenções, coloquei o tecido em volta de seu rosto, amarrando-o atrás de sua cabeça e efetivamente cegando-o, sua visão agora bloqueada pela presença do objeto.
Empurrei-o então no sofá, para em seguida sentar em seu colo e colocar minhas duas mãos em seus ombros, pressionando-o com força contra a parte de trás do móvel.
Minhas mãos quentes entraram em contato com sua pele fria. Fria como a incerteza e o medo, e eu não precisava olhar atentamente para notar que a face dele - mesmo com os olhos encobertos pela encharpe - tinha uma expressão de incredulidade, como se estivesse esperando realmente que eu partisse de seu lar e de sua vida o mais rápido possível.
Alguma coisa deu início ao funcionamento da engrenagem de minha mente, porque nesse momento, ela resolveu que ainda tinha muitas coisas que queria saber. Ao mesmo tempo, minhas mãos partiram para a tarefa de saciar sua fome de tocar aquela pele incrivelmente dourada e macia.
'Como você soube que eu estaria na "Spy" naquela noite?', perguntei, enquanto minhas mãos vagavam por seus ombros, indo suavemente de um lado para o outro, subindo momentaneamente ao pescoço e voltando.
'Eu...eu não sabia' , ele respondeu, 'Apesar de Trowa ter dado os ingressos para Quatre, e de eu ter esperanças que você aparecesse... eu não tinha como saber e...'
'Para Quatre? O que ele tem a ver com isso?', interrompi, minha voz subindo um tom, e minhas mãos deixando seu lugar para instintivamente afastarem-se daquele corpo.
'Trowa e eu...somos sócios-donos da "Spy" e...', ele falou com cuidado, provavelmente sentindo a raiva que ameaçava tomar conta de meu ser dependendo de sua resposta. '...e depois de nossa reunião, pelo que sei, Trowa deu ingressos a ele. Eu não sabia se vocês chegariam a usá-los juntos mas...eu esperava que...'
'Quatre não sabia de suas intenções para comigo?', interrompi novamente, querendo chegar por fim ao fundo de tudo aquilo.
Ele sacudiu sua cabeça suavemente de um lado para o outro. 'Eu nunca cheguei a falar com Quatre para propósitos que não fossem relacionados a negócios ', ele respondeu em um tom calmo. 'Apesar disso, eu não acho impossível que...que ele tenha notado meu interesse em voc', ele falou, abaixando a cabeça novamente, tentando escapar do olhar que ele sabia que eu estava dando-lhe. 'Durante a reunião ele me lançava esses...olhares. E pequenos sorrisos... e ao mesmo tempo ele olhava para você, com uma expressão preocupada...'
Peguei seu rosto com uma de minhas mãos levantando-o em minha direção. Eu busquei em sua face algo que me indicasse a presença da mentira e da dissimulação, mas tudo o que encontrei foi sinceridade.
Eu conhecia meu sócio, e sabia que ele era um mestre na arte de ler pessoas. Além disso, eu sabia ainda que EU era seu trabalho de campo favorito. Não era nada impossível que, notando o interesse de Heero e sabendo que ele provavelmente estaria na danceteria, Quatre tivesse montado uma pequena estratégia para dar um empurrãozinho no... destino.
Na verdade era inteiramente provável, considerando que, numa das noites na "Spy", ele havia me apresentado Trowa... sendo que eu já havia conhecido-o duas semanas antes!
Quatre e seus malditos joguinhos mentais!
Eu cuidaria dele mais tarde. Antes, eu ainda tinha uma tarefa mais importante em mãos...
Mãos que voltaram a pele, agora morna, de Heero, e que viajaram ombro abaixo, até alcançarem seu peitoral e arrancarem pequenos sons de surpresa e prazer daquele corpo. Sons que eu me via tentado a ecoar, mas que mantive seguramente presos dentro de minha boca.
O que saiu dela, foi outra pergunta. 'E depois disso Heero? Como você sabia que eu estaria no parque, que eu iria a "Spy" na noite seguinte, que eu aceitaria seu convite para o baile?'
'Eu... te observei...a distância.', ele respondeu com um pouco de dificuldade, entre suspiros, quase que em um sussurro. 'Aquele dia, no parque...eu...eu te segui...e...hhmmm..', uma de minhas mãos torceu gentilmente um de seus mamilos, '...e...depois...eu não sabia se você iria a "Spy"...mas...deixei meu barman preparado...e o baile....eu apenas esperava que....ahhhhhh', minha outra mão repetiu as ações de sua companheira, efetivamente calando Heero diante das sensações que provocava nele.
Ora, ora, mas se isso não era o que eu chamava de um pequeno caso de obsessão? O homem que eu, literalmente tinha nas minhas mãos naquele momento, era uma pessoa aparentemente tão fascinada por minha pessoa, que tinha se dado ao trabalho de tentar descobrir o máximo possível sobre mim, enquanto armava diversos esquemas para me cercar, certificando-se de estar sempre um passo a minha frente.
Eu só era capaz de imaginar todo o trabalho que Heero havia tido para descobrir aquelas coisas e tentar adivinhar minha reações. E enquanto eu imaginava, minhas mãos continuaram sua descida, chegando finalmente a seu objetivo final, no meio das pernas dele.
Ao mesmo tempo em que minha mente chegou em sua última questão e Heero soltou um gemido longo de prazer.
'Por que eu, Heero?', falei aproximando-me dele, e podendo agora sentir o calor quase inebriante que emanava de sua pele. ' Por que...eu?', repeti em sua orelha, deixando que meu hálito roçasse suavemente seu lóbulo.
'Porque...porque você me cativou desde o primeiro momento em que te vi', ele falou, voz rouca de desejo contido. Suas mãos estavam ao lado de suas pernas praticamente coladas ao sofá e fechadas em punhos, num esforço sobre-humano para não me tocarem contra a minha vontade.
'Porque... você agiu sobre mim.... como um imã e...', agora sua dificuldade em falar estava ainda maior, por que minha mão movia-se para cima e para baixo em intervalos regulares, 'e...você...o efeito...da sua presença...é...intoxicante...[3]'. Ele terminou em mais um longo gemido, que me indicava que ele estava muito perto de perder-se no movimento de minhas mãos.
No momento em que estas palavras deixaram os lábios de Heero, alguma coisa fez um enorme "clique" em minha mente. Como o som de dezenas de peças entrando em seu lugar ao mesmo tempo. Eu queria sentir raiva dele, queria pensar que tudo aquilo era completamente ridículo, mas tudo o que eu conseguia era me sentir...lisonjeado.
Ao que parecia, Heero não havia tentado apenas e tão somente me seduzir...ele tinha tentado me conquistar. Nesse instante de constatação, todas as memórias da noite anterior me vieram a tona, reforçando a certeza, que agora eu tinha de que, todos os nossos encontros anteriores haviam feito parte da maneira que ele escolhera para chamar minha atenção.
E eu tinha de admitir que havia sido um plano mais do que perfeito[4].
Olhei para Heero – seu peito subindo e descendo rapidamente com a força de seus suspiros – e então retirei a venda de seus olhos, para que ele finalmente pudesse me ver. Seus olhos imediatamente buscaram os meus, procurando de forma faminta por sinais do que aquele gesto realmente significava.
Nunca chegarei a saber se ele encontrou ou não, pois diante do brilho praticamente febril daquelas orbes azuis, deixei que meu corpo tomasse o controle por completo, e meus lábios atacaram os dele, minhas mãos voando para sua nuca e entrelaçando-se instintivamente em seu cabelo macio.
Lembro-me de sentir as mãos de Heero finalmente abandonarem seu posto no sofá para me livrarem de minha própria camisa, indo em seguida para a região inferior de minhas costas e puxando meu corpo para mais perto do seu. Depois disso, não lembro de mais nada que ocorreu durante muitos minutos, nos quais simplesmente me perdi na sensação de estar nos braços dele e beijando-o, o calor de nossos corpos, um contra o outro, tornando-se uma coisa quase insuportável.
Quando os lábios de Heero finalmente deixaram os meus, para explorar meu peito com agilidade, ajudados pela posição na qual nos encontrávamos – eu, um pouco acima dele e ainda sobre seu colo – notei que agora meus quadris moviam-se fora de meu controle em um ritmo frenético, esfregando-se contra o membro de Heero com maior intensidade a cada movimento.
Buscando alívio. Buscando soltura. Buscando...completude.
Pus minhas duas mãos em seu rosto, afastando-o de meu corpo e ao mesmo tempo concentrando-me na tarefa de cessar meus movimentos.
Olhei nos olhos de Heero, e apesar de saber que ele já havia lido em minha expressão tudo aquilo que precisava saber, vocalizei minha vontade.
'Heero...eu quero mais...eu quero tudo...'
Sem dizer uma palavra, ele imediatamente colocou suas mãos em minhas pernas, puxando-as para cima do sofá e colocando-as seguramente presas em volta de sua cintura. Em seguida, as mãos viajaram para minhas costas, segurando meu corpo contra o seu, enquanto ele se levantava, dirigindo-nos então na direção de seu quarto.
Ele me colocou sobre a cama, retirando suas calças e as minhas em movimentos rápidos, porém cuidadosos, deixando a vista, para a quem pudesse interessar, a prova irrefutável do desejo intenso que ambos sentíamos um pelo outro naquele momento.
Ele então deitou ao meu lado na grande cama redonda, buscando por algo em sua cômoda com as mãos, sem nunca perder contato visual com meu rosto.
Em seguida Heero me beijou novamente, colocando alguma coisa em minhas mãos, ao mesmo tempo em que sua língua explorava todas as partes do interior de minha boca.
Quando finalmente nos separamos, e ele se afastou alguns poucos centímetros, tive de piscar algumas vezes para recuperar foco suficiente em meus olhos para descobrir o que eu estava segurando.
Era óleo. E quando meu olhar dirigiu-se do pequeno recipiente que eu possuía em mãos para o rosto de Heero, vi ali algo que jamais havia visto antes.
Era confiança. Uma certeza plena e completa nas decisões daquele para o qual aqueles olhos brilhavam.
Heero havia acabado de colocar em minhas mãos a escolha sobre o que faríamos. Quem seria responsável por qual 'papel'. Em outras palavras, ele havia acabado de me dar a chance de tomá-lo da mesma forma que ele havia feito comigo, se essa fosse minha vontade. Havia me dado a incrível oportunidade de finalmente, conhecê-lo por completo, em todos os sentidos possíveis.
Era um gesto que me dizia mais do que um milhão de palavras, e eu tive de conter lágrimas de alegria.
Coloquei um pouco do óleo em minhas mãos, esfregando-as para aquecer o líquido, e aproximei-me de Heero. Ele imediatamente moveu suas pernas, abrindo-as em um ângulo mais amplo, e dando-me acesso a parte de seu corpo que eu mais desejava tocar naquele momento.
Preparei-o com cuidado, deixando que seus sons me guiassem na direção certa. Não foi uma tarefa complicada, apesar dos muitos sons que ele emitia naquele momento, serem um mais erótico do que o outro.
Apliquei uma outra quantidade do óleo em mim mesmo e aproximei-me ainda mais, posicionando-me.
Coloquei o corpo de Heero cuidadosamente de lado, e sentei-me sobre uma de suas pernas enquanto colocava a outra sobre meu ombro, numa posição que eu sabia, por experiência própria, que aumentaria muito o seu prazer. Ele olhou para mim com um pequeno sorriso, e este continha em si, tudo o que eu precisava saber e mais.
Penetrei-o lentamente, tentando aproveitar ao máximo cada centímetro de minha viagem ao paraíso.
Heero era quente e estreito, e cada movimento meu parecia levar-me mais e mais através de um caminho sem volta, do qual eu realmente não tinha qualquer interesse de escapar.
Comecei a me movimentar mais rapidamente, minha mente tendo apagado por completo, sendo incapaz de controlar a vontade da carne. Atingi alguma coisa dentro do corpo abaixo de mim, e, pelo grito alto e desesperado partindo de Heero, eu só podia imaginar que havia sido algo muito bom.
Os sons que ele fazia serviam de combustível para meus movimentos, e eu agora havia alcançado um ritmo quase frenético. Meu corpo indo para frente e para trás buscando mais contato, mais daquele calor, mais daquela sensação...
'Duo...mais...mais...', ouvi Heero dizer em uma voz rouca e gasta, prova de que ele - assim como eu - estava perdido em sensações.
Ele compunha a visão mais maravilhosa que eu já havia visto em toda a vida. Olhos fechados, rosto contorcido de prazer e o corpo brilhante, com uma fina camada de suor.
Abracei a perna apoiada sobre meu ombro sem nunca deixar de me mover, e dei uma lambida longa na parte de dentro da perna torneada de Heero. E nesse momento, seu peito subiu no ar e ele contraiu-se envolta de mim de uma forma que eu jamais havia pensado ser possível, gritando meu nome repetidas vezes, como algum tipo de mântra.
'Duo...Duo...Duo...'
E eu fui praticamente lavado pela incrível onda de desejo que me tomou como um todo em seguida, deixando meu corpo e preenchendo o corpo de Heero, ao mesmo tempo em que eu podia ouvir o nome dele deixando meus lábios em um grito longo e desesperado.
Quando, aparentemente, recuperei parte de meus sentidos, deixei que meu corpo caísse sobre o dele e ficamos durante muitos minutos tentando acalmar o ritmo descontrolado de nossas respirações e batimentos cardíacos.
Quando finalmente havíamos recuperado ar o suficiente para falar, ele repentinamente me abraçou, virando-nos na cama e ficando acima de mim.
Ele então me beijou com uma força que eu não fui capaz de descobrir de onde ele havia conseguido, e apenas fiz meu melhor para acompanhar seu ritmo.
Quando nossos lábios se separaram, Heero olhou em meus olhos.
'Duo, eu...' , ele começou, mas foi interrompido por minhas mãos, uma, cobrindo seus lábios com dois de meus dedos, e a outra tirando a rebelde franja colada em sua testa pelo suor, que tapava minha visão daquelas lindas piscinas de azul.
'Shhh...eu sei', respondi a afirmação não vocalizada, e beijei-o com tanta intensidade quanto ele mesmo havia feito apenas segundos antes.
Depois disso, permanecemos nos braços um do outro, e antes de cair inconsciente, eu não pude conter um suspiro que me escapou.
Um suspiro de pura felicidade e, finalmente, completude.
Na segunda-feira seguinte, quando voltei a empresa, fui recepcionado por cumprimentos simpáticos de minha equipe e de minha secretária. Não foram poucos os comentários que recebi a respeito de estar parecendo mais feliz e disposto. Não era mentira, eu realmente me sentia assim.
Os tolos pensavam que isso se dava ao fato de termos terminado aquele grande projeto com sucesso na semana anterior. Eu deixaria que pensassem assim.
Naquele dia, distribui obrigações como a muito tempo não fazia, delegando responsabilidades as pessoas de meu departamento nas quais eu sabia que podia confiar. No final do expediente, eu havia terminado praticamente todos os trabalhos de minha mesa, com a exceção de alguns poucos contratos que não exigiam qualquer urgência de minha parte.
Hilde tocou em meu telefone, avisando sobre a chegada de clientes. Agradeci, e levantei-me de minha cadeira para ir até a sala de meu sócio.
Bati na porta, e esperei que sua voz me mandasse entrar – hábito que eu havia adquirido desde aquele pequeno, digamos, 'acidente'. Dentro da sala, Quatre sorria de sua mesa em minha direção, como alguém que havia acabado de ganhar uma aposta muito boa.
'Eu podia te dar um murro', falei para meu amigo, uma de minhas sobrancelhas levantada em um sinal claro de meu sarcasmo.
Quatre riu. 'Mas isso não ia mudar nada, não é mesmo?', ele respondeu, sua face mostrando uma imitação perfeita da minha.
'Não, não iria mudar nada', respondi, 'melhor deixar que as coisas fiquem assim mesmo.', terminei, já com minha mão na maçaneta da porta, pronto para retirar-me. 'Mas não espere que eu te agradeça por qualquer coisa, Quatre Winner'.
Ele riu novamente. 'Claro, Duo, pode deixar'.
Coloquei meu corpo no corredor, mas antes de me retirar por completo , eu olhei para meu sócio mais uma última vez. ' E Quatre...'
'Sim?', ele respondeu.
'Eu podia te dar um beijo', falei, observando enquanto sua expressão tornava-se confusa, 'mas acho que ele pode fazer isso melhor do que eu', terminei, abrindo a porta novamente para revelar a figura de Trowa.
Dei uma pequena piscadela, que o moreno me devolveu, e abandonei a sala de meu melhor amigo, ainda rindo da cor adorável de vermelho que ele havia adquirido diante de meu comentário.
Entrei novamente em minha sala e sentei-me em minha cadeira apenas a tempo de ouvir uma suave batida na porta.
Em seguida, ela abriu-se, revelando a figura de Heero.
Ele me lançou um olhar significativo, enquanto entrava por completo no local, e trancava a porta atrás de si.
Coloquei meus dois pés em cima de minha mesa pela primeira vez na vida, e em um gesto espontâneo, ergui uma de minhas mãos movimentando meus dedos, indicando para que Heero se aproximasse.
'Vamos tratar de negócios agora, Sr. Heero Yuy', falei em um tom sexy, um amplo sorriso estampado em meus rosto.
Tudo o que obtive como resposta foi um grunhido de aprovação.
Naqueles últimos dias, e graças ao homem agora diante de mim, eu tinha adquirido uma visão completamente diferente sobre como lidar com minhas responsabilidades, com minha empresa e com minha própria vida.
Eu havia decidido que, definitivamente, poria meus pés em cima da mesa com mais freqüência de agora em diante.
FIM
[1] Fãs de "Queer as Folk", alguém notou que o apartamento do Heero é um BOCADO parecido com o apartamento de nosso querido e amado Brian Kinney? Pois é né? Eu tirei a inspiração de lá mesmo, afinal, o Heero precisava de um lar bem fodão que combinasse com sua personalidade.
[2] Três "vivas" pra encharpe de seda: Viva! Viva! Viva!
Em fim de contas, ela se tornou um item super importante no fic, e eu gostei muito, muito mesmo do papel que ela adquiriu =
[3] Eu não deveria ter que explicar isso mas...fica como detalhe de qualquer forma. Esse, pra mim, é o momento crucial do fic. Aonde você descobre - apesar de todas as investidas e comportamento do Heero - quem realmente era "Toxic" desde o começo . Espero que isso tenha vindo como uma surpresa para pelo menos alguns de vocês que acompanharam a coisa toda.
[4] Pra variar... Tudo o que o Heero faz tem que ser perfeito. Nunca perde a personalidade Soldado Perfeito. (comentário da Lien)
Olá !
"Toxic" é o terceiro fic que termino, e o primeiro deles que é um multi-partes. Eu não tenho realmente palavras para descrever a quantidade enorme de felicidade que este bebê me trouxe. Primeiramente, porque foi muito divertido escrever algo que era mais sexy do que qualquer outra coisa, e segundo, porque ele teve uma resposta do leitores que beirava o mágico .. Pessoas comentavam sobre o Heero e especulavam sobre o que ele faria e tudo mais...e eu, não posso deixar de admirar reações desse tipo.
Portanto, aqui vai uma pequena lista de pessoas, que por uma razão ou outra são especiais para mim, me ajudaram e merecem um grande beijo: Lien – pelas idéias, pelo apoio e por ser uma super beta. Yoru – por ser a fã mais calorosa de "TOOOOOOOXXXICCCCC" de todos os tempos. Evil – por apoiar e por ser alguém em quem eu confio 100%.Koorime – por me agüentar no MSN e por me chamar de sensei. K-chan – por existir, e por me apoiar em mais esta empreitada. Hi-chan – por dar a chance a meus fics, mesmo sem gostar de 1x2.
Agradecimentos vão também para todos os reviewers: Hina Minamino, Nana, Athena Sagara, Daphne Peçanha, Dani Kamiya, Kagome Higurashi San, Mudoh Belial, , Karin Kamya, Ti-kun,Misao, Diana Lua e Mariana.
Tchauzinho, obrigada a todos, e até a próxima! /"
