-- Capítulo Cinco --
Tudo Mudar
N.B.1: Bem... Desculpem a demora. É q tivemos alguns probleminhas técnicos...
a autora grita indignada: "Probleminhas técnicos"? Vc chama perder o capítulo e ter q escreve-lo todo de novo de "probleminhas técnicos"!?!?! O.O
Hem hem. Continuando: E uma pequena crise de branco proveniente desse triste ocorrido...
N.B.2: E é bem provável que o capítulo 6 demore também... Eu estou tendo problemas com meu PC e não sei quando vou poder entrar na net de novo... Oh vida...
Charlie Brown Jr - Tudo Mudar
Quando eu vi você quase não acreditei
Nem vi você mudar, nem vi você crescer, mais
Nunca te imaginei assim
Quando me aproximei mal sabia o que falar
Nem vi você mudar, nem vi você crescer, mais
Nunca te imaginei assim...
Como pode tudo mudar
Em um segundo, nem pensar
Não vou voltar a traz, agora é assim que vai ser
Difícil acreditar que depois de tanto tempo
Eu iria me ligar em você, não posso acreditar
Quando me aproximei mal sabia o que falar
Nem vi você mudar, nem vi você crescer, mais
Nunca te imaginei assim...
Como pode tudo mudar
Em um segundo, nem pensar
Não vou voltar a traz, agora é assim que vai ser
Tudo Mudar...
"...Estive pensando em me mudar
Sem te deixar pra traz
Resolvi pensar em nós
Vou te levar daqui..."
Tudo Mudar...
Como pode tudo mudar
Em um segundo, nem pensar
Não vou voltar a traz, agora é assim que vai ser.
Harry seguiu correndo para o quarto de Hermione. Como esperava, encontrou a porta fechada. Bateu na porta e disse numa voz suave:
– Mione, abre a porta. Eu só quero conversar.
Esperou. Em vão, pois a única resposta foi o silêncio.
– Hermione, vamos lá. Seja razoável. Abra a porta. – choramingou impaciente.
Bateu na porta de novo e desta vez esquecendo toda delicadeza.
– Hermione, abre logo essa porta! – gritou.
– Não é justo. – pensava enquanto socava furiosamente a porta – Eu sei que ela está aí dentro. Ela sabe que eu sei. Então por que, diabos, ela não abre essa porra dessa porta?! – Harry descarregou toda sua raiva na porta. Esmurrou até seus dedos doerem.
Por fim ele percebeu que mesmo que ela estivesse no quarto, e ele sabia que estava, ela não abriria a porta. Harry sentiu o gosto amargo da frustração na boca.
Com o peito oprimido pelo desanimo, Harry enfim desistiu de chamá-la. Encostou a testa na porta e permaneceu assim um bom tempo, esperando a respiração acelerada e os batimentos cardíacos alterados se normalizarem.
– Não é possível! – pensava exaltado – Hermione não tinha o direito de fugir. Não de mim que sempre fui seu amigo. Nunca menti. Nunca a enganei.
– Não é verdade. E você sabe muito bem disso... – disse o lado cruel de sua consciência.
– Oras! Aquilo foi só uma mentirinha de nada. Não fez mal a ninguém. Não vale toda essa confusão. – justificou-se para si mesmo.
– Oh! É claro que vale!
– Não. Não vale. Hermione sempre foi uma garota sensata e inteligente. Deveria ter esperado e conversado mais. Só isso. Não sabia que Hermione era covarde. Ela fugiu de mim. – respondeu exaltado.
– Não ela que é o covarde da história... – insinuou maldosamente a consciência.
Harry não soube o que argumentar diante disso. Deixou o corpo deslizar pesadamente até chão sentando-se com as costas escoradas na porta. Suspirando impotente diante daquela situação, deu livre-curso aos pensamentos. Dessa vez sem tentar barrar os sentimentos inquietantes que vinham se infiltrando clandestinamente em seu peito toda vez que pensava em Hermione durante os últimos tempos.
Harry não fazia a mínima idéia de quando e porque aqueles sentimentos estranhos (e absurdos!) começaram a persegui-lo. Ou talvez fizesse...
Fazia pouco mais de um mês que as aulas haviam começado e Harry e Rony já estavam totalmente enrolados com as matérias. Hermione, como sempre, se dispusera a ajuda-los. Rony, porém, após uma hora de aula de poções desistira e subira para o dormitório alegando que "estava com muito sono devido ao adiantado da hora e que isso impossibilitava seu cérebro de registrar qualquer coisa. Sendo assim era melhor nem insistir". Fugindo ao olhar de reprovação de Hermione, murmurou um "boa noite" e saiu resmungando algo contra a necessidade de aprender sobre as propriedades soníferas da raiz de codex.
Mais uma hora depois era Harry que não entendia tal necessidade. – Pra que é que eu preciso saber dessa porcaria?! – pensava injuriado – Eu nunca tive problemas para dormir! – Suspirando, Harry mais uma vez tentou prestar atenção no que Hermione dizia apenas por consideração a garota.
– ... quando misturados adquirem uma coloração rósea pálida e um aroma que lembra maçãs maduras...
Harry olhou para Hermione que estava sentada numa cadeira ao seu lado, bem próxima a ele para poder falar baixo e ser ouvida. A faixa do roupão bordado com o brasão da Grifinória estava frouxamente amarrado revelando a camisola de algodão que Hermione vestia. O cabelo dela estava preso em uma trança lateral que caia displicentemente sobre o colo da garota. Colo este, que tinha a coloração de marfim envelhecido à luz dourada da lareira. Harry percebeu que a pele dela era salpicada por delicadas sardas naquela região e achou isso adorável. Então olhou para o rosto dela, mas Hermione estava tão concentrada no livro que nem percebeu ser alvo de exame tão minucioso. Harry aproveitou e continuou a observa-la. Algumas mechas de cabelo haviam se rebelado contra a trança e agora pendiam livres ao longo do rosto e do pescoço de Hermione. Isso, à iluminação difusa e mais o fato de ela estar sussurrando davam-lhe um intrigante – e delicioso – ar de mistério que despertavam em Harry uma estranha sensação de curiosidade. Não que essa sensação fosse desagradável. Não, longe disso. Era apenas... estranho, pois conhecia Hermione tanto quanto a si mesmo. Não tinha motivos para sentir-se curioso em relação a ela. Afinal, era apenas Mione. Sua grande e querida amiga Hermione Granger. Mas mesmo após esses pensamentos a sensação persistiu, Harry por fim, resolveu ceder ao impulso e continuou a analisa-la.
A franja de Hermione estava um pouco comprida, mas ao invés de dar-lhe uma aparência desleixada, dava-lhe um ar de amadurecimento. Olhou um pouco mais abaixo e o que viu causou-lhe espanto. "Desde quando Hermione corrigia as sobrancelhas?" pensou espantado, mais consigo mesmo do que com ela. Não sabia responder à essa pergunta, pois até aquele momento não havia sequer notado. É, talvez não conhecesse Hermione tanto assim. Ou talvez apenas não prestasse atenção. Levemente contrariado com tal constatação e determinado a reparar essa falha prosseguiu com o exame, dessa vez com atenção e interesse dobrados.
Os olhos da garota estavam voltados para o livro, portanto não pode observa-los. Concentrou-se então no nariz dela. Era um pouquinho arrebitado e tinha uma minúscula sarda na ponta. E isso, juntamente com o queixo empinado dava-lhe um ar de atrevimento e orgulho extremamente gracioso e feminino. Porém foi ao olhar a boca de Hermione que Harry realmente levou um susto. Dessa vez, algo físico. Sentiu a boca seca e a garganta apertar tornando a respiração difícil. O primeiro adjetivo que passou pela cabeça de Harry foi: suculenta. Muito suculenta. E carnuda. E vermelha. Úmida. E doce. Parecia ser muito doce. Harry perdeu-se em se imaginar provando o sabor daqueles lábios que pareciam tão apetitosos.
– Não seria delicioso, Harry? – infriltou-se a voz de Hermione em seus pensamentos.
– Oh, sim, Mione! Com certeza seria. – respondeu ele sem pensar. Mas então percebeu que ela havia perguntado qualquer coisa sobre a matéria e corou violentamente. Mas bastou olhar para os lábios dela para que os pensamentos voltassem com força total.
– O que é isso, moleque?! – pensou exasperado – Hermione Anne Granger, lembra? Her-mi-o-ne. Sua amiga! A garota do trasgo...
Bem, agora ele percebia que definitivamente aquela não era a mesma garotinha mandona e feiosa que salvara do trasgo montanhês no primeiro ano. Estava... diferente... Olhando para ela, ali naquele momento, Harry não conseguia se lembrar dela daquele jeito. "Ela não mudou de um dia pro outro!" indignou-se. Não. Ela não mudara. Ela cresceu e ele nem parou para prestar atenção. Chocava-o pensar que isso tinha acontecido ali do seu lado, embaixo do seu nariz. Mas agora ele havia notado. E como! Tentou se lembrar de quando é que aquela mudança havia começado, mas não conseguiu. Lembrava-se de tê-la achado diferente e bonita no baile em seu quarto ano. Mas percebeu que isso só ocorrera porque ele não sabia que era ela. Portanto a impressão não se transformara em certeza. Agora porém, não entendia como é que isso podia ter passado despercebida. Uma mudança que poderia ser chamada de drástica. Sentia-se um grande idiota. Como é que só ele não percebera? Porque agora ele via que fora o único a não perceber. Todos os outros já haviam notado. Com certeza isso explicava certas atitudes nos outros que Harry antes julgava como estranhas apesar de não ter dado muita atenção. Como o número de alunos a pedir ajuda a Hermione com os estudos havia triplicado, e parecia que uma boa parte desses alunos não precisavam realmente de ajuda. E Neville sempre se oferecendo para carregar-lhe os livros. Rony dizendo que Hermione estava diferente, que ela havia mudado e pra melhor. E o Malfoy que diminuíra com as ofensas. Não. Isso não! Aí também já é de mais. Ele devia ter encontrado outro para aporrinhar. Uma coisa não tem nada haver com a outra... Mas que seria até engraçado, isso seria...
– Harry?... Harry! Você não está prestando a mínima atenção no que eu estou dizendo, não é mesmo? – perguntou uma irritada Hermione.
– Ah... Eu... Bem... Eu estava um pouquinho distraído. Mione. Mas não foi de propósito. Juro! Foi mal. É que eu estou meio cansado. – disse Harry corando – Prometo que vou prestar atenção agora.
E ele realmente havia prestado atenção. "Ou pelo menos tentado..." pensou divertido recostando a cabeça na porta.
O fato era que depois daquele dia, toda vez que Hermione ficava perto dele – especialmente quando s ela ficava perto dele – coisas estranhas aconteciam com sua mente. E, principalmente, coisas estranhas aconteciam com, bem... com seu corpo.
Harry lembrava-se bem da vez em que Rony teve uma reação alérgica na aula da professora Sprout, logo no primeiro horário e passou o dia inteiro na enfermaria. Ele e Hermione então ficaram o resto do dia juntos. Só os dois. Na última aula – poções – depois de passar um dia que podia ser definido no mínimo como desastroso, Harry já estava tão aparvalhado que conseguiu bater todos os recordes. Ele aprontou sozinho mais confusão do que o Neville em seus piores dias. Eles deveriam fazer uma poção revitalizante e Harry só percebeu que tinha algo errado com sua poção quando desastradamente derramou metade do líquido azulado (que, por sinal, deveria ter ficado laranja) na mesa e livros, pergaminhos, penas e a própria mesa foram corroídos se transformando numa massa viscosa e fedorenta arrancando exclamações de toda a turma. Claro que exclamações de horror dos grifinórios e de desprezo dos sonserinos. Snape aproveitou e tirou mais de vinte pontos da Grifinória. No final foi até engraçado. Ele até achou graça da história depois de um tempo. Bem... depois de um bom tempo.
Harry lembrava-se também de uma aula do professor Firenze em que eles deveriam observar o céu noturno. Os alunos deveriam deitar-se sobre cobertores forrados no chão de uma sala da astronomia, em duplas para poderem discutir e analisar melhor depois. A atividade consistia em mapear determinadas áreas do céu que era de um profundo azul coberto por uma malha de salpicos de prata. Ao andar pela sala tinha-se a sensação de estar flutuando em meio as estrelas. O professor separa as duplas e Harry, q fazia dupla com Hermione, deveria concentrar-se em um Centurião próximo à Vênus.
Harry não sabia se exultava ou se estrebuchava. Ele e... Hermione. Deitados lado a lado, sob aquele céu estrelado com àquela atmosfera mágica que deixava a todos meio embriagados. Não. Harry tinha de aceitar. Isso era de mais pra ele. Não é covardia admitir os limites. Oh, não! É até coragem. Mas Harry corajosamente agüentou a situação. A última coisa em que Harry prestou atenção foi ao que o professor dizia. Mesmo porque seus sentidos estavam embotados de mais com Hermione e as reações do seu corpo à proximidade para que Harry conseguisse prestar atenção à qualquer outra coisa. Em um determinado momento da aula Hermione, que estivera concentrada em o que o professor mandava fazer, sussurrou-lhe algo no ouvido sobre uma estrela qualquer. Harry que, definitivamente, não estava prestando a mínima atenção ao que estava acontecendo ao seu redor só não deu um pulo porque ele não possuía mais nenhuma capacidade de reação àquela altura. E, definitivamente, se alguém perguntasse o que ela falou ele não faria a mínima idéia do que responder.
Harry lembrava-se também, e lembrava-se com um gosto amargo na boca e a sensação de um murro no estomago, de quando Hermione e Rony começaram a namorar. Foi um dos períodos mais confusos de sua vida. Ele perdido em meio a devaneios absurdos, se julgando um crápula por pensar coisas impossíveis sobre sua melhor amiga, quando de repente seu melhor amigo fizera o que ele próprio mais desejava fazer, mais não admitia nem para si mesmo. Na verdade, Harry só entendeu o que sentia, só conseguiu desvendar os próprios sentimentos, quando viu Rony conquistar para si o que ele mais desejava. Fora uma das decisões mais excruciantes da sua vida, relevar a própria felicidade em nome da felicidade das duas pessoas que ele mais amava no mundo.
Ele se levantou lentamente, deu uma última olhada para porta, e se pôs a caminho do dormitório.
Pensando sobre tudo isso, Harry deu um suspiro cansado. Um suspiro que exprimia toda a sua frustração, a sua revolta e também o seu desespero.
Mais uma vez ele a havia perdido.
N.B.3: Aí galera, eu só pude deixar esse capítulo direitinho hoje! O PC de lan-house de onde eu enviei esse cap antes, não tinha o Office... Quando percebi eu tinha enviado no WordPad e tinha ficado aquela coisa torta... Agora tá tudo arrumadinho!!!!
N.B.4: Ah!!!! A Lisse ñ vai importar se eu fizer isso... Dedico esse cap à Gika, valeu por publicar essa bagaça no seu site, valeu msm dona!!!! E ao Oficial Ricardo pelo apóio, nós agradecemos de verdade! Valeu, bjs!!!
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